Hell Kaiser
A escuridão do outro lado da terra e a brilhante lua, refletindo o sol, agora entravam em cena naquele ambiente de cidade marítima. Slateport era realmente uma bonita cidade. Mesmo portuária, ela aparentava apresentar a versatilidade de uma metrópole e a originalidade cultural de uma cidade histórica. Sendo assim, ela possuía tudo para agradar os moradores mais amargos e os visitantes mais estressados. Desde uma belíssima praia, de areia limpa e uma enseada melodiosa, até comércios e entretenimento de qualidade para todas as necessidades. Contudo, havia uma pessoa que não parecia dar a mínima para nenhum aspecto daquela cidade, ou mesmo nenhum aspecto pútrido do mundo que cercava seu insignificante Ser. Johan, agora passando por um momento de questionamento e reflexão de sua vida — para não dizer que estava passando por uma crise de identidade e existencial — estava pouco se importando com as situações. Precisava somente pensar, vagar, ver, e nada mais.
Sendo assim, chegou à um impasse. De um lado, havia a bela praia, de ondas e marés que quebravam em cima das lustrosas rochas, criando uma melodia suave, acalmante. Do outro, o passeio para uma vida noturna "responsável", voltada para os civis aproveitarem suas noites após saírem de sua escravidão condicional durante o dia, preparados para receber seu pão e circo para não atingirem um nível de insanidade irrecuperável. E havia também o terceiro lado: as ruas comerciais. Estas estavam escuras, os comércios fechados, provavelmente só traria desgraças para qualquer um que resolvesse se aventurar por aquelas localidades, aguardando pelo perigo que rondava a cidade. O treinador parecia tão pouco interessado em fazer escolhas, e tão fora de sua própria mente enquanto perguntava-se tantas coisas que as vezes parecia que não estava pensando em absolutamente nada. Resolveu, então, tomar uma decisão que parecia ser mais confortável para seus gostos, dada a sua vivência: as ruas escuras pareciam tão confortáveis quanto qualquer outro lugar.
Era uma decisão mais inconsciente do que consciente. Vendo que estava desamparado e sem nenhum motivo para continuar caminhando, resolveu se aproximar do lado negro que tanto lhe aconchegara antes. Traiçoeiro, porém, familiar. Ele não se importava. Não parecia estar em plena consciência de suas escolhas e seus atos, e parecia pouco interessado em tomar uma decisão que fosse realmente benéfica para si. Só queria que as coisas voltassem a ser como deveriam ser antes. Tão perturbado quanto nunca, o subconsciente de Hyde resolveu que a melhor opção naquele momento seria "voltar às raízes". Simples assim. Sem se demorar muito, já estando vagando, o andarilho resolveu explorar essas raízes. Já havia conhecido Slateport City anteriormente, fora o primeiro lugar onde desembarcara em Hoenn, após sair do porto de Vermillion City, em Kanto. Porém, dada as condições, provavelmente não se lembraria de nada naquele momento. Tão absorto e afundado em seu conturbado cérebro, que provavelmente nem estava se importando muito para onde caminhasse, mas estava preparado para qualquer interação que viesse até ele.
Sem demorar muito, vagaria por essas escuras ruas a procura de um propósito, um sentido. Se é que viesse a existir realmente algo assim. Mesmo com uma enxurrada de pensamentos alagando até mesmo seus olhos, estava aberto e preparado para qualquer experiência que as condições estivessem dispostas a lhe oferecer. Suficientemente dopado de questionamentos, começar-se-ia desbravando pela primeira rua escura que fosse revelada. Quem sabe alguns diamantes pudessem ser encontrados em meio ao lixo?
Ran - Cupcake Graphics
off: obrigado por decidir narrar, espero q tenhamos uma boa rota. Não tem problema perder o fio, não tinha fio até esse momento pq era mais treino msm ueheuheuh
aliás, fica a vontade e deixa a criatividade fluir. Gosto de roleplay de todos os tipos (principalmente os mais "pesados", particularmente, não sei se é tão bem visto aq), mas fica à seu critério, pois, como disse, meu personagem está aberto à novas experiências (joguei no random e deu a rua escura)