Pokémon Mythology RPG
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— Ai, que preguiça.
— resmunguei enquanto caminhava para fora da cidade de Littleroot Town — Ao menos dormi bem confortável, graças ao Professor Birch, claramente uma boa pessoa que se destaca nesse mundo podre.

Finalmente o dia havia chegado, sou oficialmente uma treinadora Pokémon. A excitação foi tanta que mal consegui dormir direito. Lembrei que havia um tempo que não deixava Abra fora da Pokébola e que à essa altura ele já deveria estar agoniado de ficar preso por tanto tempo. — Não sei como, se eu pudesse, viveria para sempre escondida...  — pensei

— Vamos, Abra, vem aproveitar o dia já que finalmente começa nossa jornada. — disse após dar um beijo de leve no centro da Pokébola e deixar o pequeno Pokémon sair. — Se comporte e não corra pra longe de mim, não conhecemos nada aqui.

A animação do Pokémon era contagiante. Diferente de mim, Abra era sempre muito brincalhão e tive que dar esse aviso, porque se deixar, ele some à minha vista.

O caminho para fora da cidade estava lindo, principalmente com o dia ensolarado. Os raios de sol passavam pelos feixos entre as folhas das árvores que me cobriam e o vento que vinha do norte jogava meus longos cabelos loiros para trás. — Espero que eu dê muito orgulho a vocês. — disse enquanto fitava as folhas da árvore mais alta que tinha ali. Pensei, por um segundo, que Abra estava muito quieto e o quanto isso era estranho. Olhei para baixo e o Pokémon havia sumido da minha vista.

— MEU DEUS, SUSHI! Não posso sequer ter um minuto de reflexão que você já apronta. — reclamei enquanto apertava os passos mais para dentro da rota.  — Por favor, se estiver escondido, não estou achando a menor graça, pode ser perigoso.

Não deu 2 segundos e o Pokémon usou Teleport  e apareceu atrás de mim; o que me daria um susto se eu não estivesse acostumada. Abra parecia um pouco aflito mas imagino que tenha sido porque se perdeu... muito bobo.

Seguimos por alguns minutos e continuei contemplando o balançar das árvores com os raios de luz, enquanto meu Pokémon ia um pouco à minha frente, brincando diversas vezes com algumas ervas daninhas no caminho.

— Imagino que tipo de Pokémon deve ter por aqui, Abra. Fora que me parece meio deserto, acho que nem todo mundo gosta de acordar cedo. — disse enquanto me encostava em uma pequena árvore e colocava meu cabelo todo para o lado direito. — Vamos fazer uma pausa e beber um pouco d'água, saí tanto na correria que sequer lembrei de tomar café.

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Última edição por Karinna em Qui 14 Mar - 1:14, editado 1 vez(es)

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Rota 101, 7:10am


Com o coração a mil sigo em direção a Rota 101, meu primeiro pokémon estava ali, no bolso do meu vestido, esperando por mim, eu nem conseguia acreditar. Saí da cidade e caminhei alguns minutos, a paisagem me acalmava aos poucos. Mesmo decidindo passar a noite na cidade, eu ainda estava nervosa, passei a noite toda encarando a minha pokébola.

Retirei a esfera bicolor do bolso devagar, o sol reluzia, fazendo aquele momento se tornar ainda mais especial, atirei a pokébola no ar e esperei a criatura se materializar. O feixe rubro translúcido começou a ganhar forma, e finalmente a criatura foi revelada para mim.

Era um pequeno montinho de areia, com uma pá vermelha na cabeça uma boca enorme e dois olhinhos feitos de cascalho, suas mãos pequenas eram apenas pequenas elevações na areia, achei graça por um momento. O meu pokémon era um monte de areia possesso.

— Olá, amiguinho... — disse meio sem jeito — Me chamo Tábata e serei sua treinadora pokémon, tudo bem?

Perguntei a criatura que parecia tão confusa quanto eu. Apontei a pokédex em direção a ele, eu precisava saber mais sobre ele. Ainda nem sabia o nome da criatura. Nunca tinha visto uma igual, acho que talvez seja porque ele é um pokémon do litoral. Uma verdadeira piada do destino, logo eu, que detesto calor e fui à praia pouquíssimas vezes, ter um pokémon assim. Mas acho que é o normal, afinal eu estava em Hoenn, o continente azul.

(002) - Clean 250px-769Sandygast
Sandygast, o pokémon monte de areia
(002) - Clean GhostIC_Big(002) - Clean GroundIC_Big #769
Nascido do montinho de areia feito por uma criança brincalhona, esse pokémon encarna os ressentimentos dos que já se foram. Diz a lenda que sempre que construir um montinho de areia, destrua-o antes de ir, ou ele se transformará em Sandygast.
Ele gosta da pá em sua cabeça, ficará bravo e lutará com qualquer criança que tentar tirar ela dele. Controla qualquer um que tentar colocar a mão em sua boca, obrigando-o a adicionar mais areia para aumentar-lhe de tamanho.


— Uau! — exclamei ainda incrédula com tamanho mistério envolvendo o pequeno montinho de areia.

O pokémon me olhou um pouco estranho e depois deu os ombros, parecia não se importar muito, me encarou por alguns segundos e virou de costas, aproveitando a sombra da árvore próxima. Me aproximei do pequeno montinho de areia, querendo criar um bom laço com o espírito, mas talvez pokémon fantasma fossem mais reservados assim mesmo, era questão de tempo.

Foi aí que me dei conta, eu tinha um pokémon para chamar de meu, finalmente. Um Sandygast, algo raro para mim, nunca imaginaria um pokémon feito de areia, fiquei por um tempo viajando nos meus próprios pensamentos, como seriam seus golpes, como ele se comportaria na batalha.

À distância avistei uma menina, era loira e alta e estava com um pokémon do seu lado, aquele eu conhecia, era um Abra, um pokémon do tipo psíquico, fiquei encarando ela por um tempo, não queria me aproximar e assustá-la, ou criar algum tipo de confusão, mas estava curiosa em saber o que ela estava fazendo ali, será que estava disposta batalhar? Com toda certeza se ela visse meu pokémon recusaria a batalha, retornei o pequeno fantasma e comecei a cantar uma doce canção, afim de atrair a atenção dela.
(C) ROSS

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Última edição por Serafini em Qui 14 Mar - 1:36, editado 1 vez(es)

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Rota 101 - 30º - 7:12

Ambientação.
Rota 101, o lar dos treinadores iniciantes e um local muito admirado por sua nostalgia dos treinadores mais veteranos. Local onde tudo começa e tudo termina, a terra onde os sonhos se afloram e dão o primeiro passo a se tornar realidade. Rota 101.

E felizmente não seria diferente tanto de Tábata como também de Karinna, as moças, que ainda não se conheciam, ainda estavam apenas aproveitando aquele gostoso clima ensolarado com uma fresca brisa que batia em seus rostos. O dia apenas começava e sentir aquela sensação deliciosa de ter um começo a sua frente poderia ser animador. Elas percebiam isso ao passo, que a disposição de diversos atrativos entretinha os que caminhavam pela rota que ligava Oldale a Littleroot.

Logo a sua frente era disposta uma pequena barraquinha de sorvetes, eles tinham uma grande máquina em sua lateral, de onde os refrescos eram mantidos e uma alta placa de madeira, suportada por dois pilares também de madeira, além, lógico, da placa que tinha uma figura de um Vanillite, Pokémon de uma região bem distante de Hoenn, e o nome “Sorvetes da Anna”.

Um pouco mais a esquerda, próximo a um pequeno lago, estava um lindo e cheiroso campo de flores, ele fazia com que a rota toda ficasse com aquele aroma agradavelmente doce, além de revigorar os que passavam por ali e viam aquele mar de rosas com diversas cores.

A rota também estava relativamente movimentada, havia diversas pessoas transitando para lá e para cá, afinal, esta era a única conexão entre aquelas cidades, também haviam alguns carros e outros andando de bicicleta. O dia estava muito bom e várias pessoas decidiam aproveitar para passear e aproveitar aquele adorável ambiente.

As jovens, logo, poderiam decidir o que fazer, afinal, opção era o que não faltava e restava a elas optarem pelo que decidir se envolver, lógico, de acordo com seus planos para com sua aventura e inspirações.

PROGRESSO KARINNA :


PROGRESSO TÁBATA :


OFF :


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Abra continuava brincando com as folhas de uma samambaia enquanto eu escovava um pouco o meu cabelo, ainda encostada na pequena árvore. O dia continuava lindo, com uma brisa levemente fresca; o vento agora carregava um cheiro bem característico de flores, o que me fez relaxar ainda mais. Algumas pessoas se reuniam em uma barraca de sorvete mais à frente, parecia bastante popular para as pessoas da região.

Decidi dar uma olhada nos itens que o Professor Birch havia me dado; como estava em uma pausa, imaginei que não teria problema algum. Abri a bolsa e olhei um por um, reconhecendo-os aos poucos. — Que gentil. — pensei — Ganhamos muitos mimos, Abra. Em pensar que cheguei aqui com uma mão na frente e outra atrás...

— Huh? — disse enquanto levantava um pouco a cabeça e olhava para frente. — Que som é esse?

Ao olhar para a estrada, percebi uma menina baixinha de cabelos pretos relativamente perto de mim caminhando em minha direção. Sua doce voz cantarolava uma música que eu não conhecia, com um sotaque levemente diferente; claramente ela não era daqui de Hoenn e nem de Johto.

 — Ah, não. Como ela já está tão perto de mim? Me distraí conversando com o Abra que nem percebi. — pensei enquanto guardava meus itens na bolsa e desviava o olhar em direção ao meu Pokémon. — Já sabe, né?

Abra me fitava com um ar de reprovação; apesar de estar sempre de olhos fechados, os músculos de seu rosto sempre o fizeram muito expressivo. Ele sabia que eu mudaria imediatamente de personalidade para não fazer amizades ou me afeiçoar a ninguém e claramente o Pokémon não aprovava isso, tendo em vista que ele sempre foi muito comunicativo, extrovertido e contagiante. Deu de ombros, se sentou ao meu lado e ficou olhando para a menina.

Cada vez mais a jovem se aproximava de mim. Fechei a cara, desviei o olhar e continuei escovando meu cabelo, ignorando completamente o fato de que ela estava prestes a falar comigo. — Talvez ela vá embora se eu não reconhecer a existência dela.


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Última edição por Karinna em Qui 14 Mar - 1:17, editado 1 vez(es)

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CLEAN
Enquanto caminhava na direção da garota cantando percebi que ela não deu nenhum sinal de que falaria comigo, inclusive, ficou meio hostil, fechou a cara e desviou o olhar, meus planos de atraí-la para uma batalha foram por água abaixo. Continuei a cantarolar enquanto passava por ela, já que ela não queria contato eu não a incomodaria, eu também detestaria se alguém aleatório viesse falar comigo, como aquelas pessoas envolta da tendinha de sorvete.

Muitas pessoas me incomodavam de uma forma sobrenatural, resolvi ignorar a menina e seu pokémon que parecia não tirar os olhos de mim, eu sabia que ele não estava me vendo por assim dizer, seus olhos continuavam serrados, mas sua expressão facial mudava a todo instante, ele parecia um pouco inquieto na verdade.

Segui meu caminho um pouco afastada da menina, mas ainda sentia a presença de Abra por perto, mesmo estando de costas, era uma sensação estranha de se sentir, porém não dei muita importância, eu estava a procura de uma batalha excitante, de algo que me deixasse estasiada como antes, como quando conheci meu pequeno montinho de areia fantasmagórico.

Toda aquela sensação, energia, adrenalina, me transformava, me deixava excitada, eu me sentia verdadeiramente viva, sem essa dose diária de excitação eu me tornava a mesma menina sem sal, sem vontade de sempre, que perambulava pelos locais sem expectativa alguma do que poderia acontecer. Eu poderia quebrar a cara, mas eu não ia deixar essa oportunidade passar, problema é dela se ela não tá a fim de conversa, eu quero me sentir bem comigo mesma.

— Oi! Você ai, do cabelo dourado! — gritei enquanto caminhava de volta na direção da menina — Você quer fazer algo? Batalhar? Explorar a rota?

A minha coragem começava a diminuir ao passo que a menina me encarava, e fui abaixando o tom de voz, ficando cada vez mais retraída, qual era o meu problema?

— ... É, se você quiser... — minha voz parecia que iria falhar a qualquer instante — Eu não conheço nada daqui, vim de longe e queria uma aventura...

Meu deus como eu parecia brega e besta tagarelando desse gente numa voz chorosa e falhada como a minha, parecia uma menina da alfabetização pedindo autorização para a professora para usar o banheiro. Fiquei parada ali, esperando a resposta da menina, meio sem jeito, a coragem literalmente evaporou de uma hora para a outra.
(C) ROSS

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Última edição por Serafini em Qui 14 Mar - 1:37, editado 1 vez(es)

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Rota 101 - 30º - 7:16

Ambientação.
Nada de novo sob o sol, talvez alguns dos transeuntes pensavam. A coisa mais comum era ver dois treinadores novatos, algo que muitos conseguiam identificar facilmente, tentando encontrar algum modo de conciliar suas conflitantes personalidades para tentarem se dar bem, ou algo parecido com isso.

As perguntas e ações bem antissociais, pelo lado da Karinna, atraia uma certa atenção a ela, como se ela fosse motivo de chacota de algumas pessoas na barraquinha de sorvete. “Que típico de treinadores iniciantes...” e “essa tem muito a aprender!” eram facilmente ouvidos pelos que estavam na fila aguardando sua vez para serem atendidos.

Ao ser indagada por Tábata, a jovem dona do Abra precisaria responder, ou fazer algo, a altura.

O sol começava a dar um tom mais “acalorado” a rota. As pessoas, que esperavam o atendimento na barraca de sorvete se dirigiam a uma sombra de uma árvore próxima, e muitas outras, quase a maioria, ia na direção do pequeno lago, atravessando uma pequena passarela de pedras coloridas pelo jardim e se sentando em um dos vários bancos dispostos a beira do lago.

Havia também outros treinadores passando pela rota, caso isso de alguma forma conseguisse atrair a atenção das garotas, eles passavam com seus Poochyena, Taillow e Zigzagoon se exibindo por sua força e experiência, mas que claramente não passavam de garotos metidos que mal ganharam a primeira batalha contra um Pokémon selvagem e já estavam se considerando os “Mestres Pokémon”.

A rota, bem-disposta por suas diversidades, esperava pelas garotas com toda sua individualidade, sem pressa ou qualquer outra inquietação. Ela aguardava de bom grado.

PROGRESSO KARINNA :


PROGRESSO TÁBATA :


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Droga, não acredito que terei que socializar, mas ter que conversar com ela, seria melhor que ter que aturar esses caras que estão doidos para aparecer, não demoraria para que as batalhas começassem, puramente para reforçar suas masculinidades. - que bobagem - pensei enquanto olhava em direção aos rapazes.

Após um longo silêncio depois da pergunta da menina, desviei o olhar em sua direção. Seus grandes olhos negros me fitavam e suas bochechas levemente coradas denunciavam sua timidez. A jovem, um pouco mais baixa que eu, parecia bastante nervosa, o que não me incomodava já que tenho uma certa tendência de causar esse sentimento em estranhos.

— Olá, não precisa ter vergonha. Me chamo Karinna. - disse enquanto observava o meu Pokémon já indo cumprimenta-la. — E esse é o Abra, mas ele já fez questão de se apresentar. Ele não aprende que nem todo mundo gosta de contatos físicos, desculpe.

Puxei Abra de volta pro meu lado, deixando-o um pouco aborrecido e voltei a encostar na pequena árvore. A temperatura agora havia aumentado um pouco, então decidi prender meu cabelo em um rabo de cavalo a fim de diminuir um pouco a sensação de calor. Apesar da brisa, o sol de Hoenn parece ser bem mais quente que o que estava acostumada.

— Eu me interessaria em uma batalha sim, mas não no momento. Estava a procura de algum Pokémon selvagem ou até mesmo de algo para fazer enquanto descanso um pouco. - disse olhando e reparando na menina e sua timidez. — Talvez seja melhor andar mais até a próxima cidade ou dar uma volta no pequeno lago... O que acha?


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Última edição por Karinna em Qui 14 Mar - 1:18, editado 1 vez(es)

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CLEAN
Por um momento desviei o olhar da menina loira e fuzilei com os olhos as pessoas na barraca de sorvete que faziam comentários sem noção da menina, ela tinha total direito de se comportar da maneira que bem entendesse, eu também não queria conversa com ninguém, mas aquela menina me parecia especial de alguma forma.

Mesmo minha primeira intenção tenha sido atraí-la para uma batalha contra mim e claramente ganhar pela vantagem dos tipos, ela me parecia diferente, talvez seu pokémon psíquico tenha feito algo para a gente cruzar os caminhos dessa forma, quem sabe? Olhei para a menina e ela me cumprimentou, logo em seguida Abra veio na minha direção, um pouco desengonçado para falar a verdade, seus braços eram maiores que suas pernas, e ele não levava muito jeito para caminhar, talvez seja pelo fato dele flutuar a maior parte do tempo.

— ... Eu sou Tábata, prazer — eu disse por fim — não costumo abordar as pessoas assim, me desculpe.

Desviei o olhar sem graça e tentei cumprimentar o pequeno, mas ele logo fora puxado pela sua treinadora, não me importei e me aproximei dele, fazendo um leve carinho no que me parecia ser a bochecha do pokémon. Eu me perguntei se aquele pokémon conseguia ler pensamentos, talvez, o mundo pokémon era tão misterioso.

— Entendo, podemos batalhar depois, então. — sorri para a menina e encarei a imensidão da rota, o que será que nos aguardava? — Vamos dar um passeio pelo lago, então, quem sabe não encontramos um pokémon por lá, ou uma batalha, seria um bom começo!

E então caminhei com a menina em direção ao lago, esperando para ver o que nos aguardava por ali.
(C) ROSS


Última edição por Serafini em Qui 14 Mar - 1:37, editado 1 vez(es)

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Rota 101 - 30º - 7:18

Ambientação.
A dupla dinâmica das moças começava então sua miniaventura pela rota 101. A dupla estava apenas criando o esboço de que, caso surtisse um efeito compassível de amizade, pudesse ter um futuro incrível.

Caminhar até o lago não seria problema algum, exceto pelo fato de os jovens terem algo a reclamar. Suas posturas não se condiziam com seu tamanho, mas sua petulância era bem maior do que qualquer Snorlax vivo. Eles enchiam o peito de ar e erguiam seus braços apontando para as garotas com uma voz, esganiçada, mas que, esforçadamente, queriam impor alguma coisa.

- Ei! Vocês aí! Como podem ignorar os melhores treinadores dessa rota? – Dizia um garoto mais a frente, ele estava com o Taillow em seu ombro, que também demonstrava uma atitude mais prepotente.

Os três garotos eram bem distintos, suas personalidades não eram nada compatíveis, ou parecidas, e muito menos suas aparências.
O primeiro era um jovem um pouco mais “desenvolvido” do que os outros, mas ainda assim uma simples criança. Ele usava um boné para trás vermelho, com o desenho de um Swellow, e uma regata branca com alguns detalhes avermelhados também e suas bordas. Usava bermudas jeans vermelhas com vários bolsos e seus tênis pretos tinham alguns detalhes de linhas e pokébolas.

O segundo era menos barulhento quanto o primeiro, mas a expressão em seu rosto era bem peculiar. Ele tinha uns óculos escuros pendurado sobre a testa, seus olhos azuis e cabelo loiro revelavam alguém que, claramente, não era dali. A região de Hoenn, muitas vezes, era tinha uma população morena, mas isso é algo completamente irrelevante. Suas camisa branca de mangas verdes era caracterizada por desenhos de Rayquaza, um famoso Pokémon de Hoenn que guarda várias lendas, e sua bermuda jeans também preta com detalhes verdes fazia conjunto com sua camisa, que assim como a outra, tinha desenhos do dragão esverdeado. Ele, ao invés dos demais, calçava sandálias brancas, que começavam a ficar escuras pela poeira.

O terceiro era o “nerd” do grupo, aquela aparência bem específica era facilmente destacada. Ele usava óculos de grau, tinha um cabelo partido ao meio e uma pintinha de nascença bem no centro de sua testa. Suas roupas sociais impecavelmente limpas e sapatos sociais pretos revelavam uma certa, e questionável, superioridade na aparência em relação aos demais. Ele, por fim, não revelava nenhum tipo de intenção de comunicação, sua vergonha era bem maior do que ele.

O pequeno grupo dos garotos continuava avançando na direção das moças, como se eles quisessem impor alguma coisa.

- E aí? Vão sair da nossa frente ao vão querer encarar? – Disse o garoto a frente do grupo.

- Vai encarar, gatinha? – Completou o loiro dizendo na direção de Karinna.

PROGRESSO KARINNA :


PROGRESSO TÁBATA :


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Não sei dizer se gostava da sensação de ter uma "parceira" agora. Desde que perdi minha família e comecei a viver nas ruas, sempre fui sozinha e pude ver as verdadeiras cores dos seres humanos, o que fez com que eu me fechasse para o mundo, pelo menos até encontrar o senhor que cuidou de mim já na minha adolescência. Tábata parecia inofensiva e era bastante tímida, mas eu não iria abaixar minha guarda, pelo menos por enquanto. Abra parece ter gostado bastante dela, mas ele gosta bastante de todo mundo... Nunca vi um Pokémon, psíquico, tão simpático.

A brisa fresca continuava e o cheiro das flores ia aumentando conforme eu terminava de arrumar minhas coisas para irmos ao lago. A menina estava parada do meu lado meio sem jeito de conversar; achei melhor puxar assunto, acredito que a ajudaria a perder a timidez e eu saberia um pouco mais sobre ela.

— Percebi que você possui um sotaque meio diferente, de qual região você vem? Kalos? Sinnoh?
- disse enquanto guardava o potinho de comida de Abra. — Eu sou de Johto, caso esteja se perguntando.

Antes que Tábata pudesse responder, três garotos, do fatídico grupo que estava querendo chamar atenção de qualquer maneira na rota, nos gritaram. Parecia que para eles, ignorá-los era algo absurdo a se fazer. Fechei os olhos, respirei bem fundo e os olhei de cima a baixo. Três adolescentes, com um mais desenvolvido que o restante; claramente ele era o líder dali. Vivendo nas ruas, aprendi a lidar com todo tipo de criança ou adolescente prepotente: a marra deles só vai até certo ponto e abaixar a cabeça é algo que nunca deve-se fazer. Somos claramente mais velhas, mas obviamente o fato de sermos mulheres foi o porquê de acharem OK mexerem com a gente.

— Você, criança e líder dos três patetas, nós duas não vamos a lugar algum.  - disse enquanto apontava para ele. —  Se continuar na nossa frente, passaremos por cima de você se for preciso.Tábata me olhou um pouco assustada, mas não pude deixar de observar o sorriso no canto do rosto da mesma assim que terminei a frase. — Interessante. Parece que jovem não é boba e não deixaria ninguém mexer com ela. Gostei. - pensei quando percebi que jovem empunhara sua Pokébola.

— E você, típico jovem mimado, sua mãe não te ensinou a respeitar as mulheres? Gatinha é o caralho. - gritei para o garoto loiro, claramente para já chamar atenção dos transeuntes e deixar os três sem graça; o que já os deixaria desestabilizados, seja por vergonha ou por raiva.  — Me parece que vocês três tem duas opções: Saiam da nossa frente e nos peçam desculpas ou preparem-se para passar vergonha na frente de todo mundo.

À essa altura, Abra já estava na minha frente, encarando os rapazes. Nunca tinha visto o Pokémon agir dessa maneira, ele parecia aborrecido com o desrespeito e incômodo dos adolescentes. Por um lado, eu já estava puta de ter que me aborrecer no primeiro dia da jornada, mas por outro, é fofo saber que meu Pokémon me protegeria a qualquer custo.


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Última edição por Karinna em Qui 14 Mar - 1:22, editado 1 vez(es)

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