Pokémon Mythology RPG
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02 - Cidade Natal

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2 participantes

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Off: Beleza!

- Excelente pessoal. Um já foi, agora vamos derrubar o outro.

Lucas olhava para a geleia roxa desmaiada no chão e começava a pensar nos prós e contras de tê-lo em seu time nesse momento. Mas como havia planejado desde o início que saiu de casa, seu objetivo principal no momento era derrotar Roxane, e para isso precisava capturar um pokemon aquático e um terrestre/lutador para fazer um 3x3 mais equilibrado visto que Ekans não teria vantagem de tipo. Não faria sentido capturar outro venenoso nesse momento, fora que Ekans era sua parceira, não a substituiria por um outro pokemon qualquer, ela era o único pokemon que não tinha espaço para sair de seu time.

- Marco, acho que esse Grimer seria uma adição útil ao seu time, o que você acha? Um pokemon de fogo de postura ofensiva e um pokemon venenoso suporte capaz de causar status negativos ao adversário e sobreviver bem ao combate. Acho que é uma boa você capturá-lo. Eu já tenho meu venenoso, então se quiser tê-lo é só lançar a pokebola. Mas vamos focar o outro Grimer e finalizar isso de vez.

Víbora olhava para sua Ekans agarrada no corpo endurecido da geleia. Esse último Grimer sabia que a sequência de golpes seria nele e já estava se preparando aumentando sua defesa, não vai ser tão simples derrotá-lo.

- Ekans seus ataques diretos vão dar muito pouco dano nesse Grimer, continue com Wrap e foque em ficar na frente dos ataques dele. Não deixe que ele acerte Torchic. Marco, você já sabe que Ember é o golpe mais útil dessa batalha agora, logo o Disable perderá efeito e você poderá finalizar essa batalha de vez.

O pássaro de fogo precisa se lembrar rápido de como soltar suas brasas, se não estará em uma situação difícil com esse veneno lhe consumindo. Lucas aproveitou o momento pré ataques para observar o que era exatamente aquele local interditado, tinha vindo para cá para achar o item que curava venenosos mas os 2 Grimers do combate não possuiam tal item, talvez uma olhada ao ambiente pudesse ser uma boa ideia.

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Os treinadores estavam bastante animados com as mudanças na batalha. E agora com um dos selvagens derrotados, eles poderiam captura-lo. Lucas decidia deixar a oportunidade para os outros dois, já que Ekans já era suficiente para suprir a vaga de venenoso do time. Assim ele disse para Marco que seria uma boa ideia que ele fizesse a captura, mas antes que o outro pudesse responder, Thomas tomou a frente.

- Ele gostou de mim. Então vou pegar ele! – Ele dizia pegando uma de suas esferas vazias. - Depois eu dou um banho nele, pra tirar o fedor. – Ao terminar de falar, ele arremessou a esfera. O objeto bicolor se abriu ao tocar o corpo do pokémon, e em seguida o engoliu e se balançou até captura-lo efetivamente. Com um salto animado o garoto comemorou.

Os outros dois concordavam com o feito do garoto e continuavam com a batalha. - Torchic, vamos continuar com os mesmos movimentos. E tome cuidado para não ser atingida, você já não está muito bem. – Marco dizia concentrado.

Ekans continuava a apertar o corpo de Grimer, causando mais um incomodo do que um dano realmente. Torchic vinha logo em seguida, avançando com mais uma bicada, o golpe acertava em cheio, causando mais danos. O Grimer estava ficando enfraquecido, mas ainda tentava fazer alguma coisa. E como se seu parceiro nunca tivesse tentado aquilo, ele soltava seu gás tóxico para tentar contaminar Ekans com seu veneno. A cobra nem sentia nada, e apenas fazia uma careta por causa do cheiro.

O segundo aperto de Ekans naquela rodada, acabava falhando, ela se escorregava e perdia a força por um momento. Mas Torchic estava ali para compensar seu fracasso, e acertava mais uma bicada contra a parte exposta do corpo de Grimer. Por fim, o selvagem aumentava mais uma vez sua defesa, fazendo seu corpo endurecer ainda mais.

Por mais que se endurecia, o aperto de Ekans ainda conseguia causar bastante dano. E Torchic ainda sofria com aquela toxina em suas veias. Mas apesar de tudo, se tudo ocorresse bem, a batalha terminaria em breve já que a habilidade de Torchic se ativava, criando uma aura avermelhada ao redor de seu corpo.

- Vocês são muito bons juntos! – Thomas comentava guardando a esfera de seu pokémon fedido. - Na próxima eu também quero ajudar.



Grimer 1:
-1 Atk, +3 Def, Wrap 3/? (-5HP)
Grimer 2:
Desmaiado
Hold Item:
---
Hold Item:
---
Trait:
Stench
Trait:
Stench

lv12 Grimer


16/41
lv15 Grimer


00/49
02 - Cidade Natal - Página 5 Grimer
02 - Cidade Natal - Página 5 Grimer
02 - Cidade Natal - Página 5 Ekans
02 - Cidade Natal - Página 5 Torchic

lv08 Ekans


18/23
lv15 Torchic


12/38
Trait:
Intimidate
Trait:
Blaze
Hold Item:
---
Hold Item:
---
Ekans:
-2 Acc
Torchic:
Envenenada (-2HP), -2 Acc, Ember 4/4

Campo: Espaço aberto entre uma pequena construção de alvenaria trancada e um amontoado de cubos de lixo reciclável prensado. Cheiro forte vindo de toda parte.


PROGRESSOS DA ROTA - Víbora :


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Tomas levou em consideração que como o Grimer tinha agarrado sua perna, poderiam ter uma boa relação treinador-pokemon, o capturando-o em sequência. O jovem também elogiou a dupla de batalha e parecia empolgado para uma próxima batalha. Aquela frase animou Lucas, afinal ele precisaria de ajuda para derrotar mais grimers se quisesse achar o Black Sludge que desejava. Só não poderia ter sua Ekans derrotada nessa batalha afinal o jovem estrategista só tinha esse pokemon.

- Parabéns pelo novo parceiro Tomas, ele vai ser bem útil pra você, aposto.

Lucas torcia também para aquela batalha ser suficiente para Ekans aprender um golpe novo que não seja venenoso, facilitará bastante a próxima batalha, se houver uma.

- Torchic está mais preparado que nunca para finalizar isso Marco, vai com tudo! Ekans termine essa batalha com mais dois Wraps!

Ekans já deveria estar cansada de tanto apertar esses Grimers, mas o jovem acreditava na força de sua serpente.

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Off: :


Marco fazia um movimento de positivo com o polegar e dizia: - Pode deixar que vamos acabar com isso agora! Torchic já deve se lembrar de como usar o Ember. Então vamos com tudo! Ember!

Com os comandos dados, Ekans e Torchic avançavam pela última vez. A cobra apertava o Grimer com força, causando apenas uma leve pressão sem causar muito dano. Mas o ataque seguinte, vinha com toda a força do espirito de Marco. Com um brilho fumegante, as brasas acertavam Grimer, derrubando-o de vez com um dano crítico. Vitória!

Apesar da vitória, Torchic ainda sentia as dores do veneno uma última vez.

- Vocês ganharam! – Thomas comemorava pulando.

- Foi bem difícil, mas conseguimos. Obrigado pelas estratégias Lucas. – Marco agradecia e pegava alguns itens para dar a sua pokémon.

Com o fim da batalha, era hora de tratar as feridas para poder continuar com a missão, assim Marco se abaixou ao lado de sua Torchic e começou a aplicar alguns remédios. Primeiro usou um antidoto para acabar com o veneno, em seguida as poções de cura. No fim, ela já estava pronta para outra. Mas algo estranho aconteceu, Torchic começou a brilhar e seu corpo todo foi envolvido pela luz. Ela estava evoluindo.

Seu corpo dobrava de tamanho com o crescimento de seu tronco e suas pernas, e suas pequenas asinhas agora se tornavam grandes braços com garras. Suas pernas tinham músculos fortes, e pareciam prontas para saírem chutando. Torchic agora era uma bela e forte Combusken.

- Não acredito! Ela evoluir. – Marco abraçava sua pokémon bastante emocionado. - Parabéns!

Com toda aquela comemoração, eles até se esqueciam do fedor por alguns instantes. Mas o refeitório interditado estava ali, com aquele fedor exalando para todo lado. A faixa na porta apenas indicava que era para se manter afastado, mas não havia nenhuma indicação de que a porta estivesse trancada. Lucas tinha ficado bastante interessado em ver o que havia ali dentro, e agora parecia ser uma boa oportunidade. Mas se quisesse, poderiam continuar andando ao redor da construção, para ver se encontravam algo estranho também.

Marco e Thomas aguardavam orientações de seu líder, enquanto admiravam a beleza de Combusken. O que Lucas decidiria fazer agora?

Lucas:
- Ekans recebeu 1265 de EXP, subindo para o Lv. 13 [153/403]. +12 de felicidade [28]. Ekans aprendeu os movimentos Bite e Glare.  
+1 Bottle Cap vencer uma batalha contra pokémon selvagem. (1/2)



PROGRESSOS DA ROTA - Víbora :

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Off: Entendido.

Com uma última rajada de fogo, Torchic fez a gelatina ser nocauteada. Após a batalha ter finalizado de vez, Ekans rastejava até o ombro de Lucas fazendo um olhar paralisante e mostrando suas presas envoltas por uma áurea negra. Ela estava querendo mostrar que aprendeu novos golpes.

- Excelente garota, agora nossas batalhas serão muito mais interessantes e estratégicas. Ihh. - Interrompeu Lucas enquanto via o pássaro de fogo começar a evoluir enquanto estava sendo curado. O pequeno Torchic tinha evoluido para um imponente Combusken. - Parabéns Marco.

- Ekans precisa de cura agora? Você me parece bem saudável. - Perguntou o jovem enquanto via sua serpente fazer um sinal de negativo com a cabeça.

- Então vamos continuar pessoal? Vai querer capturá-lo Marco? Se não deixamos ele ai e tiramos na volta.

Lucas tinha a intenção de entrar no local interditado com a faixa, não parecia trancado mas o fedor parecia se intensificar quanto mais os jovens se aproximavam da porta. O estrategista estava animado, acreditava que ali poderia ser o local onde encontraria seu Item. Só esperaria a resposta de Marco quanto ao selvagem nocauteado e lideraria o grupo rumo ao local.

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Lucas parabenizava o colega assim que via que sua pokémon havia evoluído, ele mal podia esperar para que sua Ekans também ficasse mais forte, e apesar de ainda não ter evoluído, ela o mostrava que tinha aprendido alguns truques novos.

Com o fim daquela batalha, o líder do grupo questionava se alguém capturaria o segundo Grimer. Os dois outros treinadores apenas balançavam a cabeça negativamente, e resolviam deixar a criatura ali até que eles voltassem. Sendo assim, estavam livres para seguir em direção ao próximo destino, o refeitório.

Lucas guiou o grupo novamente, mas dessa vez em direção ao interior do cômodo inutilizado. Eles empurravam a porta e a abriam com cuidado. A medida em que a porta se abria, o fedor se alastrava ainda mais. Foi até possível ver que debaixo da pia que ficava do lado oposto à porta, havia um rastro de lodo de Grimer no chão, e parecia bastante fresco. Além disso, um grande buraco havia sido aberto ali, deixando uma passagem para algum lugar no subterrâneo do lugar.

- Credo! Que coisa nojenta. – Marco comentava ao olhar as marcas por onde os pokémon haviam passado. - Desculpe Thomas, mas esse pokémon que capturou é bem nojento. Eu nunca treinaria um deles... – Ele seguia andando perto da parede e deixando que Lucas fosse na frente.

- Lucas, você acha que vamos ter que entrar ali? – O mais novo perguntava parecendo animado. Era típico de uma criança querer fazer esse tipo de coisa. - Marco, acho que o meu Grimer vai precisar de um Potion, você pode me dar um?

- Claro. Tome aqui. – Ele pegava um dos itens de cura na mochila e entregava a Thomas.

- Depois eu dou ele. Obrigado!

Enquanto esperavam Lucas decidirem o que fazer, os dois ajudantes começavam a observar o local. Um geladeira velha ao lado da pia, um fogareiro de duas boca, uma mesa de madeira, essas eram as únicas coisas lá dentro além deles e os prováveis Grimer dentro do buraco. Ao se aproximarem o suficiente do buraco, perceberiam que ele era grande o suficiente para que uma pessoa passasse, e fundo o suficiente para leva-los até a rede de esgoto da cidade. O buraco parecia ter sido feito com uma espécie de ácido, que foi corroendo o concreto aos poucos até formar aquela cratera. Com certeza era obra daqueles pokémon. O que eles fariam?

PROGRESSOS DA ROTA - Víbora :


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Conforme iam entrando no fétido local interditado, o cenário ia ficando mais parecido com de um filme de terror. Móveis empoeirados e com rastros de veneno fresco. Lucas estava bem atento, ao contrário dos jovens que conversavam naturalmente. Marco mais jovial e animado estava doido para entrar no buraco feito no chão enquanto Thomas mais centrado parecia ter um pouco de noção de que as coisas poderiam não ser um conto de fadas ali em baixo, afinal já se preocupava com a saúde de seu pokemon.

Lucas quase não ouvia o que eles falavam, focava em entender onde estava e onde pretendia ir, se agachou ao lado do buraco enorme e imaginou que aquela passagem levaria para o esgoto. Isso explicava o motivo de ter uma infestação de Grimers em um local privado desses.

- Já sabemos de onde eles vieram agora. E sabemos como podemos bloqueá-los. Avisamos depois para o segurança que ele precisa vedar o chão desse local com algum material resistente a...

Víbora então olhou melhor e tentou entender como um buraco desses foi feito ali, Grimers não eram escavadores por natureza, seria obra de alguém  de propósito ou.. - Pausa dramática. Lucas percebeu alguns buracos menores perto do buraco maior com sua superfície bem amolecida.

- Pessoal, eu sei que pedi para vocês me ajudarem a conseguir esse item mas talvez essa missão esteja além do nosso potencial. Ta vendo esse buraco? Ele não foi cavado, ele parece simplesmente ter derretido por causa de algum ácido, estão vendo? E eu não acredito que um ou 2 Grimers desse que derrotamos sejam capazes de criar um buraco desses apenas com um gás venenoso, precisa de um golpe ou uma habilidade mais poderosa para abrir um rombo desses. Não sei exatamente o que tem lá embaixo mas pode estar em uma alçada diferente da nossa.

Lucas avaliava um pouco mais a situação antes de tomar uma decisão.

- Pode ser muito perigoso lá embaixo mas eu estou disposto a entrar e procurar meu item, é minha melhor chance de consegui-lo, mas vou entender se não quiserem entrar. Mas se quiserem, precisam me prometer que se eu falar para vocês correrem e me abandonarem vocês farão sem pensar duas vezes. Só iremos entrar se me prometerem isso.

Víbora sabia que sua mãe, a famosa Ranger que é, não recomendaria entrar num local desses desprovido de pokemons fortes e com o suporte de dois garotos mais jovens que ele. Lucas sabia que se a situação se mostrasse ser muito perigosa focaria em garantir que os garotos escapassem em segurança. Independente da resposta dos jovens ele iria entrar, tirou um lenço branco que levava no bolso de seu paletó e cobriu seu nariz, o cheiro nesse momento já estava insuportável.

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Lucas analisava aquela situação com bastante atenção e cuidado aos detalhes. Ele percebia que os Grimer não conseguiriam fazer todo aquele estrago no concreto, pelo menos não no nível em que estavam. Pensando nisso, Lucas percebia que aquela missão poderia ser mais perigosa do que esperava, e não poderia deixar os dois garotos o seguirem sem avisar.

- É claro que nós vamos! – Respondia Thomas com sua costumeira animação. - Não é Marco? – Ele perguntava ao mais velho somente para pressiona-lo a concordar.

- Sim. Nós vamos com você, e a qualquer sinal de perigo saímos correndo de volta para cá. Não precisa se preocupar. – Ele respondia.

Com a confirmação dos dois, Lucas então se preparava para descer na frente. Ele pegava um lenço e amarrava em seu rosto de forma que filtrasse o cheiro que entrava por suas narinas. Thomas queria fazer o mesmo, mas não tinha nada para usar, então apenas tentou puxar sua blusa para cobrir o nariz. Marco não estava tão preocupado com o cheiro, já estavam ali a tento tempo que começava a se acostumar. O problema real era o que poderiam encontrar lá dentro.

Assim que começou a descer pelo buraco, Lucas viu uma seria de canos partidos, que poderiam ser usados como suporte na descida. Não era uma descida muito longa, e depois que chegava ao fim, acabava tendo que ficar um pouco curvado já que o teto era baixo. O único que não aprecia ter nenhum problema era Thomas, já que era baixinho.

Parecia ter apenas um caminho para seguirem, mas a medida em que avançavam o local ficava ainda mais escuro. Estava bem difícil enxergar o que tinha à frente, tanto por causa da escuridão, quanto por causa da sujeira. As lanternas ajudavam a melhorar a iluminação, mas naquele túnel estreito ficava difícil manipular a lanterna enquanto andava encurvado.

Sem saber a quanto tempo estavam andando, e sem saber a distância que haviam percorrido, o grupo finalmente encontrava algo. Era uma espécie de encruzilhada. O túnel que seguia em frente continuava estreito e escuro. O da esquerda era maior e parecia ter uma iluminação fraca a uns metro à frente. Do lado direito continuava o mesmo breu do caminho em que seguiam, mas também parecia mais confortável para andar, já que também era mais largo.

Diante das opções, qual caminho Lucas escolheria para seguirem?

PROGRESSOS DA ROTA - Víbora :

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Os jovens decidiram que iriam descer e concordaram com a proposta de Lucas, logo a missão estava dada. 3 Jovens inexperientes se aventurando no esgoto de uma cidade grande, a sensação era meio amedrontadora mas excitante, afinal era pra sentir esse tipo de emoção que o jovem abandou seu cargo na empresa.

- Vamos lá então rapaziada.

Desciam se apoiando em uns canos soltos até chegarem em um corredor estreito, escuro e bem fedorento. Era basicamente o que Víbora tinha imaginado de um esgoto, nunca tinha estado em um mas sua imaginação levava a uma imagem parecida com essa. Conforme caminhavam, parecia que o caminho ia ficando mais escuro e apertado, Lucas começava a se preocupar daquilo não levar a lugar algum. Tentava achar rastros de veneno mas aquele lugar era tão nojento que tudo parecia rastro de veneno.

Finalmente encontraram uma trifurcação. - Ok... Não esperava por isso. - Disse Víbora antes de pensar qual seria sua próxima ação.

- Ambiente: Esgoto. Risco 1: Ficar perdido. Controle para mitigar o risco: Utilizar o método do labirinto que sua mãe lhe ensinou. - Lucas cochichava sistematicamente de forma estranha. - Pessoal, vamos fazer o seguinte: Não podemos nos perder aqui, a melhor estratégia nesse caso é sempre virar para mesma direção até que não exista mais caminhos naquela direção, nesse caso voltamos até a divisão de caminhos anterior e marcamos o caminho feito para não o repetirmos posteriormente. Dessa forma podemos demorar para encontrar uma saída, mas é garantido que encontrará a saída em algum momento.

- Não acho que isso vá ser um labirinto elaborado, estou falando isso apenas para o caso de precisarmos voltar com pressa.
- Falou Víbora colocando seu pedaço de pano que antes tampava sua boca na parede a seu lado para marcar a entrada por onde tinham vindo. - Então o que me diz Thomas? Direita ou esquerda?

Lucas seguiria para onde o menino mais novo decidisse, ali era 50% de chance para cada lado, o pensamento sistêmico e probabilístico do estrategista não permitia ele perder tempo escolhendo objetos ou ações de mesma probabilidade. Só sabia que não seguiria em frente.

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O trio acabava se vendo diante de seu primeiro obstáculo subterrâneo. Enquanto os dois garotos esperavam para saber o que Lucas decidiria fazer, o estrategista começava a resmungar algumas coisas para si mesmo. Os dois garotos não entendiam muito bem daquilo, mas sabiam que Lucas era bastante inteligente, então resolveram ignorar.

No fim, Lucas decidiu que o caminho em frente deveria ser descartado, e que seguiriam um dos dois laterais. O grande problema veio em seguida, quando ele disse para Thomas escolher o caminho. - O que!? – Marco disse sem pensar. - Vai deixar nossas vidas nas mãos do pirralho? Sem ofensas. – Ele fez questão de completar.

- Para Marco. Ele sabe que eu sou muito esperto. Por isso mandou eu escolher. E é obvio que vamos para a esquerda, é sempre pra esquerda. – Ele dizia indo na frente com passos fortes. Estava nitidamente com raiva. - Tem luz lá na frente.

Marco parou pensando no que tinha dito, e pareceu um pouco chateado. - Desculpa. Você é bem esperto. – E foi atrás. Parecia que estava tudo resolvido.

O caminho escolhido por Thomas, parecia ser o mais confortável dos três. Eles não tinham nenhum problema para caminhar, e nem precisavam se encurvar para isso. Andaram por mais alguns metros até chegarem na parte iluminada. A iluminação vinha de uma abertura a alguns metros acima, e parecia ser um bueiro de algum ugar do lixão.

Eles estavam com sorte, pois havia apenas um filete de água escorrendo bem no centro do túnel, deixando-os livres de se sujarem muito. Ao continuar andando, não parecia haver nenhum sinal de Grimer por ali. Não havia rastros para seguirem, já que como observado por Lucas, todo parecia ter sido esfregado por um Grimer. O caminho à frente continuava tendo alguns pontos iluminados, que provavelmente eram outros bueiros, mas dessa vez o caminho parecia se inclinar um pouco para baixo. Era uma descida.

- Lucas, será que essa descida segue em direção à cidade lá embaixo? – Marco perguntava.

Thomas que por alguns minutos parecia bastante pensativo, olhava as coisas ao redor e percebia que poderia ajudar ainda mais. - Que tal usar o Geleia como guia? – Ele perguntava animado. Mas quem era Geleia?

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