Pokémon Mythology RPG
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[Parents Meeting: Axégando na Onda do Bronzeado] – Sootopolis City –

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Como mais uma das muitas vezes, sentiu o coração se aquecer com a gargalhada em reação à - supôs - os cabelos bagunçados, tanto quanto com o comentário - de tantos sentidos, se parasse para pensar - em resposta à sua contra pergunta. Viu o rapaz aproximar os dedos do seu rosto, e ficou longe de se incomodar com o afastamento do resto dos fios, se permitindo um sorriso tão tranquilo quanto as águas estavam no momento.

A cereja do bolo, porém, veio muito provavelmente em reação à sua pequena ousadia, que pareceu ter atiçado o moreno o suficiente para não se contentar em apenas retribuir o toque, como aprofundá-lo e, digamos, intensificá-lo. Os ombros se sobressaltaram por um momento rápido, mas logo relaxaram, assim como as pálpebras, que caíram sem muita demora: Já o contato direto, no entanto, foi novidade. Sentir seus dedos sob a pele a induziu numa aproximação um pouco maior dos troncos, e um estremeceu inevitável deslizou pela região, principalmente com os leves arranhões ali deixados.

Com suavidade, os dedos de uma mão apertaram um pouco o tecido de suas roupas, assim como o enlace do abraço se fechou em alguns centímetros, limitando mais o espaço entre ambos. Se era uma gelatina, poderia dizer que se derretia tão fácil em suas mãos quanto uma, descobriu.

Não, não havia imaginado que acabaria na água, de noite, com um "estranho".
Talvez por isso fosse tão... ...bom?

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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
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A esta altura, não havia nada mais a se dizer, realmente... Voltamos a sentir um ao outro, entre toques, respirações e leves suspiros contidos ou nem tanto, entre cada longo beijo dado. Sentir a textura sedosa de Natalie sob meus dedos era um mundo completamente diferente e ainda mais dentro d'água, que retirava literalmente todo o peso, flutuava simplesmente... Podia sentir o arrepio da ruiva pelo meu toque e sua reação, praticamente instantânea e inocente, me levava a querer explorar em detalhes cada uma de suas novas sensações dessas sessões de pele-com-pele. Deixei então os arranhões de lado, deslizando os dedos por um caminho sinuoso até próximo de sua cintura novamente, apertando-lhe sua lateral com suavidade, mas adequada pressão. Buscava entender através do tato os centímetros quadrados de seu corpo, aguçado pela descoberta, enquanto inevitavelmente ficávamos mais e mais próximos um do outro, tão quanto era possível dois corpos ocupares o mesmo espaço.

Enquanto isso, nossos lábios brincavam em um constante jogo de pega-pega, onde certamente só havia vitoriosos... Aproveitei a proximidade para acertar meu corpo, que a esta altura mantinha-se agachado dentro d'água para ficar equilibradamente no mesmo nível do de Natalie. Praticamente sentei em uma saliência do leito do mar, encaixando meu corpo parcialmente por baixo da garota. Uma posição confortável e perfeita para usar da outra mão, subindo lentamente pelas suas costas té próximo da nuca, conduzindo-a ao máximo possível em que conseguíamos nos aproximar. Pela forma com que estava "sentado", a garota até parecia ser mais alta do que eu. Pausei então o beijo brevemente, sentindo a respiração dela ritmada à minha, apenas para roçarmos nossos narizes como antes, numa brincadeira bem particular de nós dois, que sempre despertava um sorriso. AQUELE sorriso... Tentava não imaginar o que alguém, de fora, pensaria vendo nós dois solitários nessa escuridão marítima, mas era inevitável. Felizmente, ao invés de despertar timidez e insegurança, esta incerteza me deixava ainda mais motivado, talvez pelo risco, pelo desconhecido! Não estava ali para pensar, apenas em deixar levar, como a onda já fazia com nossos corpos, mesmo sem sair do lugar, num sobe e desce incansável da maré.

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Ainda que tentasse, seria impossível conter os sutis estremeceres a cada contato direto de seus dedos ou pegada mais firme. Ainda que embaixo d'água, sentia os formigamentos temporários que ficavam após a saída dos dígitos do moreno, e o coração aquecido aos poucos permitia que o poderio das chamas se apossasse gradativamente de sua alma. A leveza de seus toques, mesmo os mais sólidos, faziam lembrar a delicadeza de pétalas macias roçando por seu corpo, num ato curioso e, por que não?, instigante. Envolta e incentivada pela maré de ritmo próprio, criou o seu com o rapaz, entre os beijos e carícias suaves - que não eram interrompidos por público repentino, no encontro gentil de céu e oceano.

Àquela altura, a falta de fôlego era uma fatalidade, que infelizmente aconteceu - as respirações descompassadas próximas uma à outra, quentes, eram a evidência principal de sua necessidade, mas a "tristeza" de sua existência certamente foi suprimida perfeitamente com o roçar usual das pontinhas de narizes, um tímido beijo de esquimó que começava a ameaçar tomar forma de "rotina" e era mais que suficiente para tingir um sorriso nos lábios. Sentia, agitado ao espírito, as mesmas cores do poente, confusas e exigentes de atenção; O coração, em seu ritmo forte, cedia suas graças para o acalento da companhia. Não pensou, naquele momento, se existiriam ou não testemunhas do lado de fora - mas, oras, aquilo realmente importava? Quando se segue a emoção, que tipo de intruso é maligno o suficiente para destroná-la?

Talvez guiada por esse pensamento - ou sentimento, melhor diria? -, arriscou nos tímidos contatos um pouco mais. O rosto se esquivou um pouquinho do seu, mas não sem antes depositar um beijo no canto dos lábios, e então formou uma trilha úmida com eles até seu maxilar. Afastou, então, para esconder a fronte na curva do pescoço do rapaz, roçando a pontinha do nariz na pele nua, longe de estar oculta por um cachecol, e se embriagou de perto com seu cheiro, parcialmente corrompido com o do salitre das águas. As pálpebras se apertaram de leve, e a respiração quente veio e foi na pele - ainda meio molhada, quem sabe? -, o abraço há muito folgado para meros apoios de dedos em seus ombros, mas que ainda o envolviam parcialmente o corpo. Quis seguir em frente, e encontrou caminho para isso com um beijo tímido e demorado em seu pescoço, manso, suave - e que iniciou uma sequência de alguns mais curtos que vieram logo a seguir, com pequenas pausas entre cada um: E, neles, o gosto da liberdade do oceano.

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Podia culpar o balançar das ondas, o perfume da maresia, a meia-luz do luar, mas verdadeiramente o que me instigava a deixar a vergonha de lado e mergulhar de cabeça, cada vez mais fundo e em um turbilhão nos braços de Natalie só podia ser proveniente da própria existência da ruiva. Era como se ela fosse um pedacinho do maquinário que restava ao meu desejo, uma engrenagem delicada e necessária ao funcionamento do meu "querer", que só a proximidade para com o meu mecanismo, já disparava a potencialidade do encaixe perfeito de nossos seres em um só construto de amor e do mais sincero prazer. Minhas mãos, passeando pelas suas costas, trilhavam caminhos ora divinos, ora nem tão ortodoxos... em direções desconhecidas, novas, estimulantes que... inevitavelmente e acreditem... inocentemente, acabavam erguendo cada vez mais a "boiante" blusa de Natalie. A quem culpar pelo rumo seguido se não ao próprio mar? Simetricamente, os lábios de Naty também pareciam sedentos de descobertas e deixaram os meus lábios, movidos por uma previsível falta de ar, em busca de novas texturas, áreas, sensações, encontrando um abrigo, ora no meu queixo, ora no meu pescoço. A sensação estimulante neste momento atingiu níveis extraordinários em meu corpo, que faziam eu me afogar fora d'água, tentando respirar pesadamente, mas não parecendo ser o suficiente.

Meus dedos enterraram-se então nos cabelos de Naty, como se estivessem entrelaçados em uma continuidade direta de seus fios para a base da minha mão. Éramos um só? Se não éramos, estávamos quase lá, eu podia sentir! Éramos quentes, ainda somos... mas a água do mar mascarava a temperatura e o suor, mantendo tudo sempre tão úmido, não que fosse um obstáculo de qualquer tipo... Resolvi então que gostaria de compartilhar da mesma brincadeira, roçando a ponta do meu nariz em uma linha reta através do rosto sedoso da garota. Minha boca buscou seu queixo em uma mordidinha leve, mas.. por que não sensual? E então havíamos trocado de posição, pois agora eram meus lábios que buscavam seu pescoço, descendo a partir do queixo da ruiva, enquanto fazia seu rosto inclinar-se para trás. Não satisfeito com isso, beijava devagar cada pedacinho desta região, demorando-se suficientemente em cada uma delas, pressionando a pele sobre a pele. Entretanto, não parei por aí, descendo minha boca até a região do seu "colo", logo abaixo da base do pescoço, onde depositei mais um de meus beijos, sem tirar a mão de seu corpo, que deslizava em um vai e vem entre a cintura e o meio das costas. Não tinha freios para meu desejo e com Natalie eu iria até onde as ondas me levarem...

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Sentia como se fosse um instrumento e, o rapaz, o músico. Cada toque acendia uma fagulha diferente, quem sabe até mais forte, em limites que há muito já ultrapassavam os meramente teóricos, roçando pelo físico em intensidades alarmantes. Ainda que sufocados pelas águas, um único milésimo inflamava chamas potentes que escorriam por todo o seu corpo, em que os breves estremeceres se transformaram facilmente em ocasionais suspiros do mais puro deleite, principalmente quando os papéis se viram trocados para que o próprio pescoço oferecesse abrigo ao seus lábios, e inclusive fez questão de conceder mais espaço ao incliná-lo para o lado oposto. Não viu problemas, também, de invadir os fios negros com os dedos, apertando-os entre si com a suavidade sempre oferecida. Tinha quase certeza, além de tudo, que um breve olhar no fundo do seu seria suficiente para desvendar a nebulosidade do prazer nele contido - ou a pouca iluminação bastava para ocultá-los?

Não sabia, não soube.
Não precisou, também.

***

Aparentemente, encarar o próprio reflexo havia se tornado uma espécie de sina inevitável em pouquíssimo tempo.

Dessa vez, porém, a imagem refletida não a assombrava, enquanto os dedos trabalhavam silenciosamente com a escova para retirar os embaraços das madeixas ruivas. Mesmo que as lembranças anteriores ainda estivessem um pouco embaçadas em sua mente, não tinha nenhuma escapatória - não que desejasse - das imagens e enquadres da noite passada; A maneira como todas as sensações e vontades pareceram alavancar em uma simples fração de segundo ainda atordoava parte de seus pensamentos, e o bater insistente do coração não a deixava mentir ao dizer que o envolvimento havia ocorrido bem mais rápido do que sequer sonharia algum dia a respeito da possibilidade de acontecer. Por um breve momento, ao fechar os olhos, ainda conseguia sentir o fantasma das carícias e beijos recebidos na noite passada, e os arrepios retornavam novamente, sem preocupação alguma de fazê-lo.

Os orbes cinzentos se desviaram do espelho da pequena e simples penteadeira, apenas para encontrarem a cama vazia com os lençóis ainda bagunçados - questionou a si mesma, sem nenhum motivo especial, se o calor ainda passeava pelos amassados das cobertas. Recordava-se vagamente, entre um toque mais quente e um suspiro trêmulo, do sussurro de um quase sutil "Aqui não", embora ainda estivesse incerta se por culpa sua ou do rapaz. Tinha consciência de que, talvez ainda envoltos no feitiço do oceano, saíram do mar, mas não saberia informar quais ruas haviam tomado, ou sequer quanto tempo demoraram nelas, para que pudessem retornar ao Centro. Também não conseguiria lembrar de quantas vezes suspirou por seu nome - quem sabe se não algo mais? -, da quantia de... marcas, certamente espalhadas pelo seu corpo em um lembrete da própria presença.

A atenção se desviou, então, para a porta entreaberta do pequeno banheiro do quarto.
Por ironia ou não, de fato, acabaram dormindo juntos naquela noite. Embora, a... demora... em fazê-lo, havia destruído completamente os planos de chegarem cedo em Forina, ao que tudo indicava.

Suspirou, suave, e tornou a observar a superfície prateada. Em seu reflexo, pôde ver as mochilas abandonadas de qualquer jeito junto a uma das paredes, ainda unidas pelo amassado cachecol: Lembrou, então, que não tinha exatamente parado para retirá-lo. Repousou a escova por um breve momento na penteadeira, se levantou, e caminhou sem pressa até os pertences para que pudesse se abaixar e desatar o nó, antes de recuar ao móvel e se acomodar à sua frente outra vez. Com paciência, as mãos trabalharam para desamassá-lo tanto quanto possível: As roupas molhadas da noite passada, felizmente, já devidamente ensacoladas.

...
Ah...

off :


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O farfalhar de prazer quase cósmico construía-se como uma semente plantada em dois corpos unidos por uma só energia. Um incêndio fazia-se sobre a floresta de nossos desejos mais profundos, fazendo-os escapar pelos poros e saltar de pele em pele, de mim a ela, dela até mim. Não havia limites, não havia fronteiras para nossos seres, que se misturavam com ardência, assim como o Sol tocando o Oceano no crepúsculo de outrora, uma mistura de cores e sons, de formas e curvas. A espiral de nossas existências extrapolava-se de nossos receptáculos tão ínfimos, unindo-se nos céus em uma dupla fita etérea, transcendendo a realidade, mergulhando no mar sob nós, espalhando-se em todas as direções! Já estava mais do que embriagado pelo seu cheiro, pelo seu sabor que penetrava minha alma. Fervemo-nos, fervemo-nos sim naquele momento, como em uma chaleira que apita o momento ideal de tomar o chá, mas o que tomávamos era, na mais singela forma: amor. Sabíamos o trajeto que seria seguido, mesmo que não compreendêssemos o final daquela trilha. As paredes pintadas de uma tinta ardente, nos banhava e espremia-nos até arrancar a última barreira. Não seria ali a tela de nossa mais bela pintura, não importa qual dos artistas havia decidido. Fomo-nos emoldurar em outra tela. Sabe-se lá como, já não me importa. Os estreitos corredores que compõe a existência nos guiaram, beco após beco, viela após viela, porta após porta.

E lá pela última das portas...

Em êxtase máximo... Chegamos.  


---


Já fazia muito tempo que não sonhava em levitar sobre a cidade... Geralmente quando criança só tinha dois tipos de sonhos: o bom da levitação e o ruim, da queda, que toda criança tem. Voltar a esta espécie de ilusão do sono era sem dúvida, sentir-me novo. Uma criança, novamente? Bem, ao menos a alegria simples e humilde de uma criança me pertencia nesta manhã preguiçosa. Estiquei os braços, o máximo que pude e fui abrindo os olhos devagar, com um sorriso sem fim. A imagem, ainda embaçada revelava um quarto muito semelhante àquele meu da noite anterior, mas invertido. Poltronas em posição contrária, janela, TV, frigobar... Teria o sonho invertido minha percepção da realidade ou eu realmente... O baque da lembrança veio forte, mas ao mesmo tempo gentil. Fechei os olhos... Sensações voltaram a inundar meu corpo, fazendo-o reagir como se estivesse acontecendo ali,  agora! Não, por Arceus, não foi sonho. Foi mais do que real, foi a primeira realidade! Meus olhos percorreram o quarto, vislumbrando as nossas mochilas ainda unidas, como deveriam estar. O nó agora havia sido desfeito, mas a proximidade ainda havia...

Em seguida, meus olhos percorreram da esquerda para a direita até a porta entreaberta do banheiro. Sentei-me na cama e cocei o olho, procurando o calçado com os pés. Não o achei de primeira, estavam do outro lado do quarto, mas toquei alguma roupa ainda úmida com o pé. Levantei-me e fui cauteloso até o cômodo em anexo. Esperava ver lá a pessoa dos sonhos e não me arrependi. Meu reflexo chegou primeiro, estampado no espelho, dando um bom dia silencioso para Natalie, que o observava. Cocei novamente o olho e sorri, dessa vez um tanto quanto maliciosamente... Após o reflexo, foi a minha vez de chegar afinal — Bom dia, Naty... — Saiu enfim a frase, numa voz rouca que quase não reconheci. Aproximei-me da ruiva então, que penteava os cabelos e a abracei, pelas costas mesmo, encarando seu lindo rosto através do espelho. abaixando minha cabeça até a altura de seu ombro para lhe dar um beijo na bochecha — Parece que eu dormi demais, né? Que pena, queria tanto ver você dormindo igual um passarinho... — Comentei, ainda observando-a, admirando-a.

Então, dúvidas naturais surgiram em minha mente. Dúvidas que não se expõe em palavras, pelo menos sem que houvessem constrangimentos. A explosão de emoções da noite passada certamente não foi um mero ápice de sensações e.. só, pelo menos eu esperava que não fosse. Havia dito, talvez mais de uma vez, lúcido ou não, o quanto sentia o recomeço... Lembrava de nossas vozes sussurrando os nomes um do outro entre acalorados pedidos, brandidos gemidos... Algo assim não devia ocorrer e depois não significar nada, ou poderia? Abracei então mais forte o corpo da ruiva, como se o mero pensamento de perdê-la, fizesse com que a garota escapulisse por entre os seus dedos, como areia. Queria gritar e dizer tudo o que pensava e sentia, mas controlei-me e sobretudo, sorri. A ansiedade não poderia destruir esse momento. Transloquei então as súplicas constrangedoras que queriam sair de que ela me dissesse que tudo aquilo foi bem mais do que "uma noite" apenas, como possivelmente era óbvio, transformando as frases quase escapulidas em palavras mais brandas, para que saíssem sem me envergonhar — Acho que ainda conseguimos chegar na hora do café, não é mesmo? — Disse, com um largo sorriso.

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Não tinha certeza se por estar absorta em demasia nos próprios pensamentos ou se realmente não tinha ocorrido nenhum barulho do lado de "fora", mas foi levemente surpreendida quando, de um momento para o outro, o reflexo de Drac tomou espaço ao lado do seu na superfície vítrea, antecipado por um breve ranger da porta terminando de se abrir. O sobressalto, de qualquer maneira, não foi capaz de alarmá-la, e se dar conta da expressão ainda sonolenta do rapaz só serviu para que um breve sorriso se abrisse no rosto... ...Ainda que, huh, não deixasse de reparar no tom daquele que foi oferecido para si: E, desconfiada, ergueu uma das sobrancelhas, embora esse ar duvidoso tenha desaparecido assim que a voz rouca de Luch encontrou espaço.

— Bom dia... — Respondeu, em baixo tom. Observou-o se aproximar, e sorriu quando se viu em seus braços - mais uma vez -, assim como em resposta ao beijo no rosto. Aproveitando a posição, esfregou com sutileza a bochecha na sua, num breve gesto carinhoso. — Bem, eu não acordei faz tanto tempo, também... — Comentou. Uma última dobra no cachecol, e o colocou de lado, apoiando enfim as próprias mãos sobre a do treinador, afagando seu dorso com o polegar.

Não deixou de sentir, porém, o pequeno aperto no abraço por parte do moreno, fato que aqueceu seu coração. Se tivesse que admitir, até tinha tido um pouco de receio sobre como seria quando ele acordasse... Mas, com aqueles sutis atos e palavras, arrancava um peso discreto dos ombros e o deixava para trás. Ao menos, não acreditava que tudo iria por água abaixo tão de repente, né?

— Nem que você chore e implore... — Respondeu, e acabou dando um riso sem jeito — Já são quase 13h. Então, a menos que suborne algum cozinheiro por aí... — Explicou. Observou seu reflexo no espelho, e acabou virando um pouco o rosto em sua direção, um sorriso tímido tomando conta dos lábios. — Mas, se você tomar um banho e se arrumar logo, podíamos almoçar juntos... — Sugeriu. Após tantas agitações, o coração enfim batia tranquilo dentro do peito, encontrando seu momento de paz - o qual, em silêncio, desejou que perdurasse... Só pra variar.

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Sentir o roçar do rosto de Natalie no meu, fez meu coração imediatamente acalmar-se, como um remédio milagroso para a ansiedade da minha alma. Seria eu bobo demais de ficar apreensivo sobre como ela reagiria a tudo o que aconteceu entre nós? Tinha um receio corrosivo de que ela podia de alguma forma ter se arrependido pela última noite, o que certamente cortaria meu coração em pedaços! Mas... Não... Seu corpo transmitia uma sensação em meus braços bem diferente, era como um alívio, uma estabilidade que só podia transmitir verdadeira paz... A ruiva ainda comentou sobre não ter acordado há tanto tempo, mas eu só conseguia pensar em como eu devia estar engraçado aos olhos dela, deitado na cama em uma posição estranha e de boca aberta. Por Arceus! Será que eu tinha babado durante a noite? Esperava realmente que não... Quando eu questionei sobre o café da manhã, a garota virou seu rosto levemente para mim em um sorriso, dizendo que nem que eu esperneasse e implorasse conseguiria, pois já era para lá das 13 horas. Arregalei os olhos com a constatação. Não era possível, dormimos tanto assim? Entretanto, relaxei em seguida, afinal qual era a nossa pressa se não precisávamos chegar em Forina tão cedo.

— Acho que aquele plano de irmos cedo para Forina já era então... Não que eu me importe, prefiro ficar na cama até mais tarde com você mesmo... Na verdade, isso é melhor do que qualquer outra coisa nesse mundo! — Disse, beijando-lhe o ombro algumas vezes e depois dando um beijo leve em seu pescoço. Naty até comentou sobre irmos almoçar, se eu fosse tomar banho logo e concordei com a cabeça — Por mim, fechou! A gente almoça e depois vê o que faz... Ou você tem pressa de ir para Forina? Se tiver a gente almoça no caminho, de navio... — Comentei, indo na direção do chuveiro e aprontando-me para tomar banho. Em seguida, abri a torneira das águas fria e quente, ajustando-as até a temperatura ideal, mas sem deixar de falar com Natalie, que ainda estava por ali — Acho que nossas roupas ainda não secaram totalmente... Se não tiver pressa, a gente pode dar uma volta na cidade enquanto elas terminam de secar e na volta a gente arruma tudo... Porque... Sinceramente, ainda tenho esperanças de que nós consigamos fazer uma última coisa em Sootopolis... Consegue imaginar o que, Senhorita Chase? — Questionei em um tom de desafio para a menina, enquanto me ensaboava e depois enxaguava, esticando a cabeça para olhá-la melhor por trás do vidro fumê do box.

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Não deixou de achar graça na expressão de Luch quando ele descobriu a respeito do horário - e não o culpava, também, porque tinha certeza que teve uma reação bem parecida quando olhou o relógio pela primeira vez. Entretanto, observou a calmaria logo retornar aos seus olhos, talvez se conformando que já não tinha mais jeito: Afinal, ainda não conseguiam voltar no tempo, embora ela mesma não o faria se fosse capaz, àquela altura...

— Com certeza! — Riu, apenas para logo depois sentir o coração derreter com as palavras do rapaz. Sentiu os beijos subindo por sua pele, e voltou o rosto para frente, observando o espelho - sutil, inclinou a cabeça um pouquinho para o lado e sentiu as pálpebras ameaçando cair com o toque úmido de seus lábios na pele do pescoço, estremecendo com suavidade e deixando escapar uma breve respiração suspirada. — Posso te dizer o mesmo... — Segredou, com um sorriso manso, e as mãos calmamente soltaram as suas quando o sentiu se movimentar para ir ao chuveiro — Não tenho pressa, não. Na verdade, quanto mais demorar, pode ser até melhor... — Gracejou, dando uma espiadinha no moreno - e inevitavelmente se permitiu correr o olhar pelos entalhes de suas costas, algumas marquinhas acidentais de arranhões e... ... ...Enfim, voltou ao espelho, os dedos correndo pelos cabelos ainda um pouco úmidos. — Olha, Senhor Drac... — Começou, e as mãos seguraram as madeixas ruivas atrás da cabeça por um breve momento, tentando visualizar um rabo-de-cavalo. Os orbes cinzentos se voltaram para o tutor... — Sinceramente, depois de ontem, eu não consigo esperar é mais nada. — Brincou, soltando os cabelos e permitindo que eles se derramassem pelos ombros outra vez. Então, se voltou de costas ao espelho, apoiando os quadris na borda da bancada, assim como as mãos. — ...Mas! Se eu tiver que apostar todas as minhas fichas, eu perguntaria se você ainda tem esperança com nosso maior destruidor de sonhos: O sorveteiro!

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Enquanto eu ia entrando no banho, Natalie foi me dizendo que não tinha pressa e que por ela, o quanto mais demorasse melhor. Dei uma risadinha em resposta, enquanto sentia o sabão queimando a minha pele em alguma parte das costas... Parece que os arranhões de ontem tinham sido realmente intensos, mas eu certamente não a culpava por isso. Essa era a "ardência" mais vantajosa do mundo, realmente... Enquanto isso, conversávamos normalmente sobre os próximos passos e o que esperar para o dia de hoje, onde deixei uma dúvida no ar que foi perfeitamente respondida pela ruiva, mas não sem antes deixar-me até tímido com o comentário sobre a noite anterior. Não que realmente houvesse mais timidez entre nós, depois de tudo... Desliguei o chuveiro e coloquei a cabeça para fora novamente, observando Natalie apoiada no lavatório — Isso mesmo, o Sorveteiro Misterioso! Mas claro, nós podemos fazer qualquer coisa... Qualquer coisa, Naty... Não vamos nos prender a isso... — Comentei, deixando as possibilidades no ar — Inclusive, você já tomou banho? Se não, tem espaço para mais um aqui, sabe? Apesar de eu já ter terminado, se for o caso, coincidentemente eu me sentirei bastante sujo, sabe? Então nada como uma segunda ducha...  — Brinquei, rindo em seguida, observando que a toalha estava do outro lado do banheiro, próximo da garota — Mas bem, se já tiver tomado, pode me passar a toalha por favor? — Pedi, fazendo uma expressão de "cachorro pidão" para Natalie, enquanto meu cabelo e me corpo não paravam de pingar, ameaçando molhar todo o chão do banheiro.

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