#2 - Lucky Future

Após o breve momento de alegria após salvar o pokémon, Kath se via pressionada mais uma vez. Agora tinha que procurar Marg e fugir de seja lá quem for que está incendiando a floresta. Andava devagar, mas em pânico, os últimos eventos afetaram muito a saúde mental da garota, que vira um monte de coisas terríveis pela primeira vez, deixando-a paranoica e assustada. Ao ouvir o som de alguém pisando em um galho, começava a ficar preocupada e começava a acelerar o seu passo com medo de ser encontrada, mas aparentemente foi em vão, pois encontrou uma lanterna, dando um grito sonoro quando deu de cara com outra pessoa.

Kathryne então olhou com mais cuidado a pessoa que segurava a lanterna e via que era um Ranger e começava a se sentir aliviada. O Ranger fazia perguntas para ela, mas antes que pudesse responder, via outro deles chegando, carregando Marg. -Ai meu deus Marg. Ela está bem? Os ferimentos foram muito sérios?- Ao ver a amiga ia direto para o Ranger que a carregava e o bombardeava com perguntas, ficava aliviada ao ver a amiga, mas então começava a pensar que deveria ter sido algo estranho achar uma jovem desmaiada no meio da floresta e então começava a se explicar: -Bom,ela é minha amiga e estavamos fugindo de pessoas brutais, que mataram dois amigos nossos. Daí ela ficou ferida e eu saí pela floresta para procurar algo. Sei que não foi algo prudente de minha parte.

Ela se via na necessidade de contar a história para os Rangers, talvez tivesse algo a ver com a queimada na floresta: -Sobre o incêndio, não sei se o que vou falar está relacionado, mas as pessoas de quem fugimos eram deformados, vítimas de um acidente em uma usina nuclear, são selvagens e perigosos. Eles vivem aqui no meio da mata, matando pokémon e viajantes que passam perto deles.- Ela suspirava e dava uma pausa um tanto longa para voltar a falar, apesar de ser recente, era uma história dolorosa para ela: -Mesmo que não tenha nada a ver com a queimada que está acontecendo agora, acho que é algo importante para as autoridades verificarem. Já estive na casa deles, mas não lembro exatamente onde fica, pois fugi usando o teleporte do meu Kadabra e vim parar aqui, mas sei que tem um túnel na parte rochosa da rota que dá para lá.

Kath acabou por agir impulsivamente ao ver Marg, não deveria agir desse jeito na frente de autoridades, por sorte eles não chegaram a fazer nada para punir a garota. Então ela se explicava, a história era de fato bastante "improvável" mas fora o que aconteceu com ela, chorava enquanto contava a história e ao ver a reação dos rangers, fez mais um comentário: -Quer dizer, acho que o que eu disse não tem nada a ver com as queimadas que estão acontecendo agora, mas é algo que deveria ser levado as autoridades.- Enquanto Kath contava sua triste história, os Rangers notaram algo que ela não havia notado, estava ensanguentada, estava cega pelo medo e desespero, apenas com vontade de fugir que mal havia notado esse detalhe. -Bom, isso tudo é consequência do que passei hoje.

O grupo seguia em direção a um posto dos Rangers, no caminho, Lukako perguntava mais sobre a vida de Kathryne: -Sou uma treinadora novata, meu segundo dia de jornada. Nunca esperava passar pelo que passei hoje.- Falava dando pausas e suspirando e tentava não tocar mais nos eventos recentes e mudava de assunto para o motivo de sua jornada: -Sempre vivi muito protegida pelo meu pai, depois que minha mãe veio a falecer. Ela era uma mulher forte e cheia de energia e uma boa treinadora pokémon e queria que eu seguisse esse caminho. E eu também tinha vontade, mas tinha medo do desconhecido e depois que ela se foi, meu pai ficou com medo de me perder também, o que fez com que eu demorasse para começar.- Se sentia que havia se prolongado na sua história: -Me desculpe, acabei falando demais.

Chegando ao destino, era posta em uma maca e dormiu rapidamente, estava exausta e acordou apenas pela manhã. Via Marg acordada, o que a deixava aliviada e esta ao ver que Kath acordou ia diretamente para ela. -Você tá bem pelo menos. Mas perdemos os outros dois garotos, eles não deveriam morrer.- Não tinha como, voltava a cair em prantos quando se lembrava do que aconteceu. -Tenho você ao meu lado ainda, como sempre. Vamos seguir juntas, para Oldale depois que estivermos prontas.- Se sentia um pouco mais confortável com a amiga por perto, mas seria uma tarefa difícil sair em uma jornada e enfrentar todos os seus medos.

Kath então começava a se distrair e olhar para os arredores e via um homem de jaleco, o que a fazia dar um pequeno salto de susto, parecia o homem que era dono da tal usina nuclear, o responsável indireto por tudo o que passou naquele dia. Temendo com que Marg se preocupasse, Kath falava: -Não foi nada, só estou assustada.- Não queria deixar a amiga com preocupações, queria se livrar de tudo relacionado com esses eventos traumáticos.

ROTA ENCERRADA