Pokémon Mythology RPG 13
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[OzPantalho no País das Esmerilhas] – Forina Theater –

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Mensagem por Victoria Seg Set 30 2019, 01:26



Essa será a última rodada da batalha. A Ivysaur de Luch tenta começar tudo erguendo uma barreira; a chance de funcionar era 50% e não tivera sorte. Não ergueu barreira alguma, não pontuara nada e levara um arranhão que ardera bastante, bem ao centro do miolo de sua flor (-15). Grunhira irritada e, naquela rodada, não fizera mais nada. Restava para o pokemon de Natalie golpear o adversário e, visando drenar energia e machucar o dragão que nada tinha haver com aquele teatro todo, golpeou-o com uma leve picada, sugando o necessário (-15 + 7).

Já fazia um tempo que estava em situação de risco: não via sua parceira por perto a umas 3 rodadas e, mesmo quando ela estava ali, não se sentia confiante. Sabia que não tinha mais chances e agora considerava nunca ter tido, ainda assim, atacaria até cair! Hakamo-o estava motivado a, no mínimo, ter seus devidos minutos de fama: pegou outro impulso e voou no miolo da outra flor (-15). Ideia horrível, diga-se de passagem; este arranhão era exatamente o que Ryo precisava para ativar o overgrow. Atacando quase ao mesmo tempo que Ume, a pokemon de Natalie fora mais rápido e drenara o restante da vida do pseudo lendário (-22 +11), finalizando a batalha sem que Luch pontuasse mais por conta própria: ganhara só o nocaute do inimigo.


Hakamo-o:
Nocauteado
Seadra:
Nocauteado
Hold Item 1:
xxx
Hold Item 2:
Dragon Scale
Trait 1:
Bulletproof
Trait 2:
Snipes

lv25 Hakamo-o


00/62
lv25 Seadra


00/62
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lv25 Ivysaur (Ume)


50/65
lv25 Ivysaur (Ryo)


33/65
Ivysaur:
Normal
Ivysaur:
Normal
Hold Item 1:
Miracle Seed
Hold Item 2:
Miracle Seed
Trait 1:
Overgrow
Trait 2:
Overgrow


Campo:
Palco de teatro com forte holofote cortando o exato meio do campo. Proporções normais de um campo porém com teto que limita pulos ou extravagâncias.


Shianny (50/50)


Luch (46/50)


Thomas R. Silver (49/50)

- Isso não vai ficar assim. Vão sair por bem ou por mal - Esta fora a única reação do dragão que, após isso, gritou bem alto e saíra de cena.
O berro era muito parecido com um grito de guerra ou um chamado bastante comum entre feras; o que ele chamou? As cortinas! Finalmente o ato se encerrava e as cortinas baixavam, dando tempo para Natalie e Luch se recuperarem: até então não tiveram este intervalo bem marcado, ainda que pudessem aproveitar um pulo e outro.

Por de trás da cortina a trama continuava: a plateia não via nada mas podia ouvir sons pesados de passos sincronizados, soldados talvez? A sinfonia de sapateados continuara por um bom tempo, até ouvir as clássicas palavras da rainha de copas, que anunciava o abrir de cortinas:
- Cortem-lhe as cabeças!!! - Ordenou num grito que ecoou.

Com o abri de cortina o cenário mudou: tudo parecia claro novamente e toda a palha fora varrida. Havia soldados em volta de todo o palco, fazendo cerco em nossos protagonistas. Não há para onde correr! Não há para onde escapar! O Jabberwock ancap chamou sua guarda para retirá-los de sua propriedade privada a força:
- Daqui não passarão! - Gritou um dos vários - Daqui não sairão - Gritou outro - Aqui se ferrarão - Completou o terceiro, chamando a risada da plateia infantil.

OFF: EXPs atualizadas nos spoilers

Progresso do Evento - Shianny:

Progresso do Evento - Luch:

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Mensagem por Pagliacci Seg Set 30 2019, 19:20


Sabe quando alguém diz que vai "encerrar algo com chave de ouro" e isso geralmente significa ter uma conduta impecável na conclusão de algum evento ou tarefa? Pois bem, o que eu posso dizer do meu encerramento da segunda batalha no Teatro foi o total contrário de tudo o que isso significava... Depois de ter conseguido manter um bom desempenho durante todo o combate, apesar dos pesares (e esses pesares se chamavam Dragon Tail), eu consegui cagar de vez a última rodada, esquecendo que havia ordenado um golpe Protect na última rodada... Provavelmente culpa do nervosismo de ter todo um público me observando batalhar, além de ser um combate em dupla cooperativo, o que me "tiltava" em alguns momentos... Isso me deixou quatro pontos distante do máximo possível. Era muito terrível? Bem, não... Mas não sabia como eu me sairia na última das batalhas e ainda por cima havia uma certa competitividade com um prêmio à quem fizesse mais pontos, mas enfim... Vida que segue!

— Tália, você foi incrível, recue! — Dizia para a Ivysaur, me dirigindo então ao DragBoy, que espumava pela boca - não literalmente - indignado com a sua derrota. Ele dizia que a situação não ficaria por isso mesmo e que nós sairíamos, por bem ou por mal. Depois, urrou em retirada e desapareceu, sendo seguido pela cortina que fechou-se sobre todos nós e encerrou aquele ato, finalmente. Assim que fiquei completamente seguro, sem ser visto pelo público. Dei um longo suspiro e estiquei os braços, sorrindo para Natalie, enquanto me aproximava dela — Você nasceu para isso! Além de talentosa, é sempre focada e atenta! Viu que confusão eu fiz no final? Tsc... Acho que me perdi um pouco, desculpe...— Comentei com ela, em baixo tom, evitando ser ouvido pelo público. Depois, lhe dei um selinho e sorri novamente, dando alguns passos para o lado até a marcação no palco que determinava a minha posição na próxima cena.

Enquanto estava ali, esperando a movimentação de todos os figurantes que formava a guarda da Rainha de Copas, aproveitei para chamar minhas três Pokémon até próximo de mim, utilizando itens de cura nelas. Ume ainda estava razoavelmente bem e não necessitava de atenção, mas Mey, desmaiada e Lenora, ferida, urgiam por isso. Retirei um Full Restore da bolsa, junto de uma Sitrus Berry, Ofertei a frutinha para Lenora, enquanto espirrava o conteúdo daquela forte poção no corpo desacordado da felina. Diante dos meus olhos via as duas recuperarem suas energias e sentirem-se completamente prontas para a ação em pouquíssimo tempo. Foram segundos ideais para que o Diretor surgisse anunciando a chamada final para a re-abertura das cortinas, então tratei de deixar aquela expressão boba no rosto, típica do Espantalho e também mantive as três Pokémon ao meu redor, como se me defendessem do que estaria por vir.

As cortinas se abriram e a cena estava montada. Uma infinidade de guardas reais surgiam com a frase clássica da Rainha ao fundo "Cortem-lhe as cabeças!". Ao ouvir isso, fiz uma expressão de pavor, esperando que os coadjuvantes dissessem suas falas e arrancassem risadas das crianças pela forma bem besta que exclamavam. Quando cessaram, fiz um comentário para Oz — Senhor Oz, se eu perder a cabeça, por favor não abandone-a. Afinal, só preciso dela para ter um cérebro novinho, não é mesmo? Promete? — Comentei, arrastando um olhar de pidão para trás, na direção de Natalie e fazendo um beicinho. Depois, retornei meu olhar para frente, para o grupo convocado pelo Ancapistão de Taubaté. Onde já se viu? Convocar o Estado para proteger sua propriedade privada. Mais uma das incongruências infantis que atraiam tantas crianças e adultos, não é mesmo? — Calma meus senhores, nós somos viajantes, refugiados de uma terra distante. Só queremos cérebros e voltar para casa! — Dizia a estranha frase, sem consciência de que podia soar pior do que não dizer nada, principalmente pela necessidade exótica de "querer cérebros". Bem, ansiava por saber até onde iríamos nessa loucura.
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Mensagem por Shianny Seg Set 30 2019, 20:37

off:

Foi um alívio quando as cortinas desceram.

Toda a pose mantida até então se desfez como num passe de mágica, e os ombros caíram. Esfregou o rosto por um momento, e puxou uma respiração funda, além de retirar a cartola da cabeça, apertando-o momentaneamente entre os dedos. Sua primeira preocupação após esse instante se tratou de verificar o estado de sua inicial, e foi exatamente isso que fez, movimentando-se no palco para o lado de sua Ivysaur. De imediato, se abaixou ao lado da gramínea, e os dedos correram devagar por seu rosto em um afago gentil, largando o chapéu no chão do palco. O corpo da quadrúpede se voltou para si, e a cabeça da pequena se inclinou mais na direção do carinho, enquanto apertava um dos olhos e espiava a treinadora pelo outro - reação esta que a fez devolver um mínimo sorriso, tão suave quanto aquela breve interação. Considerando que já estava no chão, não precisou se inclinar muito mais, mas tocou de leve a testa contra a da anfíbia, apertando as pálpebras brevemente, ouvindo-a emitir um baixo grunhido.

— Você foi ótima, Ryo. — Segredou, e afastou o rosto outra vez, após um beijo entre as orelhas da espécime. Tinha consciência da importância de vitória para a animal quando ela "assumia o palco" naquele tipo de batalha - em competições, digo -, e não seria diferente agora. Sentia o coração mais leve, e tinha consciência de que provavelmente acontecia o mesmo com sua parceira; Afinal, ainda que discreto, sabia que ajudaria a dissipar suas frustrações com "falhas" passadas - bem, bem passadas, lá da época de Kanto. Mas enfim, não era algo que valia a pena trazer à tona, então que deixasse por isso mesmo. Apesar de ser um fato que existia, não era necessário retirá-lo daquela área implícita de interação entre pokémon e treinadora, e aquilo bastava.

Sabia que bastava, pelo brilho no olhar carmim.

Os dedos se afastaram de Ivysaur, mas apenas para abrir a maleta que carregava até então. Dali de dentro, retirou duas das frutas que mantinha consigo, e as ofereceu à venenosa, que observou por alguns momentos, chegando mais perto e as cheirando antes de abocanhar uma delas - e fez uma careta e apertou os olhos quase de imediato. A ruiva riu em resposta, contida, e ergueu uma das sobrancelhas quando a planta virou o rosto, recusando a próxima.

— Ora, vamos, não é tão ruim assim! — Exclamou, recebendo em resposta um olhar que tinha absoluta certeza significar um "ah, é? Come aí, então", o que arrancou um riso inevitável. — Anda, Ryo! Vai te fazer sentir melhor. A primeira já não ajudou? — Questionou, observando o jeito que a pequena franziu de leve a testa, soltando ar pelas narinas. — Ah, é? Então se você tiver que ir pra batalha, vai toda quebrada pra tomar um chute na bunda, é? — Perguntou, divertida. A possibilidade fez a bulbo arregalar os olhos e, numa outra bocada, engoliu a Sitrus restante de uma vez só. Quase na mesma hora, contraiu a boca, fazendo uma careta e botando a língua pra fora depois, desgostosa. A treinadora limitou-se em rir, e afagou as orelhas da quadrúpede, fechando a maleta e a agarrando pela alça novamente enquanto recuperava a cartola entre os dedos. — Vamos, jájá você nem vai lembrar do gosto! — Sorriu, e com um pequeno impulso, levantou outra vez. Viu a maneira como a gramínea torceu o nariz para si, mas respondeu ao dar língua para a pokémon, e um sorriso divertido a seguir. A anfíbia, por sua vez, balançou uma das vinhas no ar e virou o rosto para o outro lado, observando os outros atores que começavam a marchar para dentro da cena.

Foi Drac quem desviou, brevemente, sua atenção da pokémon. A ruiva balançou a cabeça, e também o fez com os ombros, ajeitando o chapéu outra vez sobre as madeixas avermelhadas. Caminhou, junto ao rapaz, para a marcação que indicava onde se daria o início da próxima cena - cercados, costas uma contra a outra. Parecia algo válido para a cena, afinal... E quem diria que a entrada em um ninho levaria àquele ponto da cena?

— Se eu nasci pra isso, o teatro algum dia vai falir, isso sim. — Respondeu, dispersa. Respirou fundo, e esfregou o rosto. — Desculpe por não avisar. Nem eu percebi, na verdade... — Comentou. Se manteve em silêncio e direcionou o pensamento para a concentração na cena que se seguiria, ao perceber que o moreno estaria mais ocupado em recuperar seus pokémons (por motivos justos e claros). Da expressão, tentou arrancar a diversão de há pouco e também evitou manter seriedade completa - afinal, era necessário emergir no papel... de novo. O que, particularmente, não tinha certeza se queria??? Mas, enfim...

Quando as cortinas se ergueram outra vez, foi difícil manter a "seriedade" com o comentário do Espantalho. Engoliu o riso na garganta, deu um nó, e acabou deixando escapar um sorriso sem jeito, o olhar se voltando brevemente para trás em busca do boneco.

— Que é isso, Espantalho! Você não vai perder a cabeça, não! — Retrucou. — Já pensou, vir até aqui pra perder? Balela desse pessoal! — Respondeu, antes que a atenção se voltasse aos guardas diante de si. Ergueu as mãos brevemente, num gesto (apesar de meio falso) de "rendição". — Peraí, galera! Pra que tudo isso? Não parece muito justo essa contagem contra aí não, cês não se garate? — Alfinetou, apesar de que apenas pra ganhar... Tempo? — Mas afinal, é pra gente sair ou não? Vocês não tão querendo que a gente saia, mas achei que a gente devia sair... Então essa é a nossa nova casa, é? — Enrolou nas próprias palavras. Bem, não custava nada tentar...

Ainda que o facepalm fosse inevitável quando ouviu o Espantalho falar sobre querer cérebros. Esperava que não arrancasse uma reação terrível dos guardas, né, mas agora já era...

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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
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Mensagem por Victoria Ter Out 01 2019, 23:53



Em tempo de improviso quem acerta o que o outro pensa é rei: infelizmente (ou não) nenhum dos nossos personagens nem sequer tentaram impedir o que os roteiristas tiveram em mente. Vendo a necessidade de encaminhar-se para o próximo ato os guardas que estavam atrás de nossos protagonistas se aproximaram e, com uma delicadeza quase que nula, enlaçaram os braços magros nos nossos amigos. Oz e o espantalho podiam até se debater, se negar ou tentar soltar-se; ninguém ali estava de fato fazendo força ou machucando-os, só (o que já não é pouco) invadindo o espaço daqueles que nem sabiam o que faziam ali. Desespero, ansiedade e medo eram o que definiria aquela cena numa situação normal: para onde vão os levar? O que diabos está acontecendo? Quem são vocês? Perder a cabeça pode ser uma expressão comum no mundo real mas no nonsense perder a cabeça é morte. Morte morrida! Sabe porque? Porque numa história sem pé nem cabeça, perder o que não se tem é o ápice da perda: é a perda da capacidade de ganhar o que nem se tem. Entendeu? Não? Nem eu. De qualquer forma os dois foram-se. Foram sem saber.

Foram pra onde? Até a onde? Porque? Oh, é fácil dizer isso: a viagem dos nossos protagonistas não durou tanto assim, fora só de uma ponta do palco à outra. Os homens que cercavam aquele lado do tablado logo saiam para trazer três objetos enormes, empurrados por vias manuais, comumente chamadas de força; auxiliados por quatro rodinhas de metais que os faziam, ao menos, deslizar. Ainda que "malas de rodinhas", aqueles objetos ainda eram "malas sem alças" e empurrá-lo por ai não parecia tão prazeroso: precisavam de dois por caixa vazia e, para a última, três. Isso porque a última tinha alguém. Oh, mas como tinha alguém? Acho que faltou uma pequena explicação do que diabos era aquilo, né? Retornemos, retomemos e retumbemos um pouco.
Não era lá um objeto imenso (ainda que espaçoso) ou de grande magnificência, nem uma arquitetura bela, artística, muito menos um cenário incomum, inusual. Claro que você não encontraria aquilo em qualquer esquina ou compraria para por em suas casas mas, sem dúvidas, era algo que ao bater os olhos nossos telespectadores saberiam do que se tratava. Era o seguinte: um cubo, seis lados. Paredes feitas com hastes de metais, maioria verticais e algumas horizontais, de espessura mediana (em torno dos vinte e cinto milímetros de diâmetro) e espaçamento de três dedos que... eu sinceramente não sei quanto daria em centímetros.  Hastes grossas o suficiente para firmarem a estrutura e finas o bastante para que Natalie e Luch pudessem passar as mãos em volta e agarrá-las como bons presidiários. Bem, acho que está compreensível o que quero lhes dizer: eram jaulas e, em instantes, nossos protagonistas estariam presos nelas.

Era interessante notar o terceiro bloco gradeado: uma figura curiosamente majestosa e familiar coloria o ambiente cinzento. No chão, jogado, deitado, numa mistura de dormidongo floral, vinha o Lírio... e seu uniforme verde. Era curioso observar que as pétalas que ganhara de Natalie não estavam mais em seu corpo. A tinta que outrora manchara a menina agora parecia grudenta, suja e velha... para piorar a situação seu rosto era manqueado com uma delicadeza bruta: a perfeita obra fina de espetacularização de machucados. Traços finos, feridas horrendas. Para completar o kit trazia em seus olhos enormes olheiras, que mais pareciam carregar a Esclera que o contrário.
Ali estava o ex-inimigo; talvez o rival. Era este o único ponto verde ao meio das jaulas cinzentas e os uniformas vermelho-sangue dos soldadinhos-de-chumbo. Eis a única representação da esperança... quase morta. Viva porém adormecida; nem parecera acordar com toda aquela barulheira e, provavelmente, nem iria. Sem dó ou piedade um dos guardas gritou aos que carregavam nossos protagonistas:
- Para dentro já! - Dizia fazendo uma referência com as mãos aberta; não apontava, até porque, apontar é feio, mas indicava com a mão esquerda o caminho para o cubículo.

A bravata era um anuncio: mais dois dos soldados saiam do posto-circular e iam auxiliar nossos arrastadores. Corriam até as jaulas e abriam a porta. Dali a tarefa se tornou simples; com uma força fingida o exército vermelho empurrara Natalie e Luch, cada um para uma jaula e fecharam-os ali. Os cadeados eram falsos: podiam fugir numa quebra de quarta parede mas, fariam? O lírio ainda não parecia acordar e nesta altura talvez Oz duvidasse que ele estivesse sequer vivo.
As jaulas tinham certa de um metro e noventa, ou seja, era possível ficar de pé; ao menos para o personagem travestido, para o espantalho? Bem, este teria que se inclinar um pouquinho, mas nada que o papel não explique por si só. As dimensões terrestres eram de quatro metros quadrados e, ao fim da prisão, os soldados que até então não trabalharam, trataram de empurrar as três jaulas para o centro, uma ao lado da outra, embaralhando-os um pouco. A ordem era a seguinte: Primeiro vinha Oz, depois o Lírio e, por fim, o Espantalho.

Os vermelhos saíram de cena; a presença de todos ali foram justificadas, até porque, não daria para arrastar nossos viajantes, buscar os elementos do cenário, dar as ordens, abrir as portas e realocar tudo sem ao menos umas dezoito pessoas, ao menos não na disciplina e organização que fizeram.


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Mensagem por Pagliacci Qua Out 02 2019, 00:30


Se tinha algo que ninguém poderia negar é que esta peça tinha exímios momentos dramáticos, mesmo com bastante comédia envolvida, Aliás, por falar em comédia, era importante ressaltar que o termo não significava necessariamente um pastelão qualquer e sim um tipo de comédia mais contido, baseado em trocadilhos de baixa compreensão para o público em geral, mas deleite instantâneo para aqueles que conseguiam "fisgar" todas elas no tempo certo e com o tom de bom humor ideal. Mas enfim... Onde havia parado? Ah sim... Espantalho e Oz, representados por mim e por Natalie, encontravam-se cercados pela guarda real bastante numerosa. Estávamos prontos para reagir e ir às vias de fato, mas para o bom funcionamento da trama pré-estabelecida, não reagimos. Pelo menos não de verdade... Quando a multidão de figurantes nos cercou, apenas nossos braços agitavam-se para fora do bando, como se tentássemos escapar.

— Eu prefiro morrer do que perder a vida! — Bradava, com a voz ofegante, emulada por mim mesmo, para dar mais veracidade ao conflito. Entretanto, o resultado só podia ser um, pelo bem da peça. Lentamente levados, enquanto uma épica trilha sonora de combate se derramava sobre o público graças ao bom trabalho da sonoplastia, acabamos do outro lado do palco, aparentemente derrotados. Diante de nós, três jaulas ou algo que parecia muito com gaiolas. O tal cubículo era gradeado, impedindo a fuga e ainda assim permitindo que todos vissem o seu conteúdo. Será que o fim dos nossos personagens estava próximo? Aposto que as crianças no palco arregalaram os olhos ao ver o que viria... Ainda mais com uma figura familiar e inesperada... Era nada mais nada menos do que... O LÍRIO!

Sem qualquer cuidado, fomos levados até nossas jaulas individualmente, deixados ao relento, enquanto os guardas arrastavam as gaiolas pelo palco, como se estivessem embaralhando elas. O que isso significava? Haveria diferenças nas ordens em que estivéssemos no final disso? Pelo menos, era possível que a plateia pensasse isso. Ninguém sorria, ninguém ria, ninguém quase respirava. Quando todos os guardas saíram, restaram apenas as três prisões e corpos abandonados. O do Lírio, mais do que nós dois... Era como se o coitado estivesse morto, pelo menos diante dos ferimentos que a maquiagem e pintura tentavam transmitir para quem via, principalmente de longe. Mas até para mim, que estava perto, elas pareciam minimamente convincentes... Pois bem... Tínhamos silêncio e uma carga dramática, só restava agora que eu falasse a minha fala — Oz, você tá vendo? É o Lírio! Tadinho dele... O que fizeram com o coitado? Use sua mágica Oz, vamos escapar daqui! — Comentava inocentemente o Espantalho, meio curvado dentro de sua cela, debatendo-se para tentar se livrar, em vão.
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Mensagem por Shianny Qua Out 02 2019, 12:55

Infelizmente para si, deixar-se levar era uma obrigação inevitável. Primeiro porque, caso contrário, não seriam capazes de dar uma continuidade decente para a peça (não que fosse impossível mas, veja bem, a própria essência de Oz tornava impossível conseguir dar cabo de tantos guardas de frente daquele jeito) e segundo que... Olha só esse tanto de gente! Imagine só a confusão para que conseguisse sair correndo do meio de tantos atores e, pior, também os obrigaria a acompanhar em prol de seus papéis, ou seja... Aquela cambada toda correndo pelo palco, de um lado para o outro? Nem queria pensar!

— Ei, ai! Que falta de educação! Os pais de vocês não ensinaram bons modos? — Protestou ao ser agarrada pelos soldados, remexendo o corpo e tentando forçar os braços um pouco - óbvio, não realmente se deu ao luxo de tentar - para que pudesse escapar das mãos dos oficiais. O que a fez parar, entretanto, não foi meramente seu personagem aceitando o destino atirado no meio do seu caminho, tampouco os guardas subjugando-a, não; O único detalhe que drenou a já parca resistência de seu corpo, tal qual um poderoso Giga Drain, foi a mancha esverdeada naquele mar de sangue e cinzas, aprisionada em uma cela onde logo eles próprios estariam.

Lírio. O tal singular que a fizera desviar do próprio papel anteriormente, o mesmo que a moça não tinha a menor ideia que retornaria em um futuro próximo - raios, será que ele, por si só, tinha consciência do fato, ou o balanço emocional de outrora o deixara refém da necessidade de improviso? Infelizmente, assim como em questão da presença da flor falante, não tinha a menor consciência de qual seria a resposta para essa pergunta.

Foi o rapaz, ou talvez mais precisamente seu estado, que enfraqueceu-lhe os músculos dos braços, e a expressão surpresa inevitavelmente correu em sombra por seu rosto. E assim foi até que os oficiais os empurrassem para dentro das gaiolas, quase como se fossem verdadeiras bestas a serem encarceradas. No solavanco, o chapéu entortou acima da cabeça e ameaçou cair e, embora felizmente não o fizesse, a moça o ajeitou quase de imediato, os orbes atraídos pela imagem da planta enquanto os guardas... Embaralhavam as prisões?

— Espera aí! Soltem a gente, soltem já! — Reclamou, o corpo indo de encontro às barras da jaula e as mãos se prendendo em duas delas. — Vocês vão se arrepender disso, não se esqueçam! — Exclamou, puxando e sacudindo os limites de sua gaiola. Como esperado, porém (ou não), os homens simplesmente deram as costas e foram embora, até que apenas o trio restasse no centro do palco, presos, indefesos e de "mãos atadas". A ruiva mordeu o lábio inferior, frustrada, mas não demorou tanto antes que a atenção se voltasse à pobre esperança desacordada. — Lírio! Lírio, vamos, levante! — Pediu. Em seu íntimo, tinha consciência de que o estado do rapaz era meramente interpretativo... Mas, além disso, as profundezas de seu coração se agitavam em desconforto, como uma memória distante que luta para escapar. — Lírio! — Insistiu, e foi quando o Espantalho pediu para que usasse sua mágica e os tirassem dali.

Foi sua âncora.

— ...Isso... — Os dedos se apertaram mais uma vez nas barras de metal e, devagar, afrouxaram. — Claro. — Respirou fundo, lento, e esfregou as mãos no rosto antes de se voltar à porta da jaula. Chegou mais perto (não que estivesse longe), escorregou os dedos para fora e segurou o cadeado, inspecionando-o em silêncio. Tinha consciência de que era falso, mas ao mesmo tempo tinha um "quê" de realidade que era, hm... Espetacular, à distância, por assim dizer. Após alguns segundos de análise, recuou, e os dígitos se dirigiram para os próprios cabelos, sem demora. — Eu vou nos tirar daqui. Com os meus... — Começou. Da lateral dos fios, retirou dois grampos que estavam sobrando e, felizmente, não alteraram em nada o penteado. — ...Grampos mágicos! — Finalizou. Novamente grudou nas grades e, apesar de ter um pouco de trabalho tanto semi-ocultando o cadeado quanto "trabalhando" com os grampos, em pouquíssimo tempo pôde "destrancar" a gaiola, empurrando sua porta com um rangido metálico. — Ahá! Essas trancas não são de nada! — Exclamou. Rápido, passou para a porta de Luch e, por fim, quando o libertou... A de Lírio.

Quando o último cadeado foi aberto e pôde largá-lo de qualquer jeito no chão, o coração se apertou brevemente, tolo - ver o rapaz naquele estado, praticamente imóvel, era uma tormenta para os pecados que rastejavam sorrateiramente por suas costas. Talvez não fizesse sentido para os atores, mas certamente fazia para a plateia, e a angústia inevitavelmente se espalhou e expandiu por todo seu peito. Se livrando de toda e qualquer cerimônia, abandonou a maleta no chão e invadiu por si só a gaiola da planta destroçada, apoiando o corpo parcialmente nas grades quando recuperou o Lírio entre os próprios braços, em um aconchego repentino e silencioso - o qual já podia até dizer que se tornara costumeiro naquele curto período de tempo entre ambos. O acomodou no colo, manteve seu corpo contra o peito, e roçou os dedos devagar pelo rosto do jovem, em uma carícia quase inexistente. Dali, também pôde tomar seu tempo para analisar em silêncio os detalhes de expressão e maquiagem do figurante-de-repente-protagonista, assim como perceber a ausência das pétalas azuladas que anteriormente cobriam seu corpo.

— Ei, Lírio... — Chamou, "baixo", ou tanto quanto poderia fazê-lo. — Acorde, vamos. Levante! — Foi o que disse, as costas se pressionando com sutileza nas barras de metal. — Você precisa levantar! — Suplicou, as lembranças agindo em prol de embargar o tom da própria voz. Aquele, pelo menos aquele - ainda que em uma peça. Pelo menos ele, não poderia ser capaz de salvar? — Não pode ir, logo quando podia florescer... — Murmurou com pesar, o volume das palavras gradualmente diminuindo. Num gesto de carinho único, a testa se encostou contra a da flor, e as pálpebras se apertaram com sutileza - assim como o próprio coração.

Poderiam ir embora, claro. Seria o momento ideal, o perfeito para uma fuga! Não deviam nada à planta!

...Mas sabia que não iriam.
Nem o Mágico, nem Natalie.

Não mais.

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Mensagem por Victoria Sex Out 04 2019, 01:58



OFF: Escrevendo na primeira pessoa porque.... ai, porque eu posso. Desculpa qualquer coisa, eu não to muito bem @_@

Manter os olhos completamente fechados parece uma missão simples mas nunca é. A cena continuara e o balançar da caixa me fizera falsear. Eu conseguiria manter-me inerte ainda que estivessem me... movendo? Oh, ao menos para chegar ao tablado eu prestei. Continuei parado ali, sem mais nenhuma função; ao mesmo tempo que não me era atribuída tarefa alguma, eu provavelmente tinha a missão mais difícil a se cumprir! Pressionei os olhos novamente e, sem me mover quase nada, engoli a seco. Mantive minha respiração baixa e fiz todo o passo-a-passo que me orientaram até... até não dar mais. Eu não tinha hora para acordar ou ressurgir, ainda assim, sei bem que uma peça dramática não seria nada sem o essencial drama e eu deveria cumpri-lo! Quanto pior puder parecer, melhor. Ainda assim admito não ter resistido muito à voz de Oz. Eu ainda não sabia direito quem era aquela garota mas, ao bravejar a primeira vez, estremeci. Estremecer pode ser reparado; ela mantinha-se numa guerra com os guardar enquanto eu? Eu ouvia sua voz poética e estremecia. Não há problema, né? Um tremelique ou outro; qualquer coisa alegamos febre ou mal-estar.

Mantive-me inerte. Inerte no que podia: estremeci mais uma vez mas ainda não findei coisa alguma. Carregaram-me de novo e mantive-me inerte. Meus pés até quiseram se espreguiçar mas mantive-me inerte. Chamaram-me e... mantive-me inerte mais uma vez. Dessa vez minha coxa já formigava, minha posição fazia de meu pulso uma dobradiça, tão torto estava! Mantive-me inerte. Com câimbra, dormências, fadigas e vertigens. Abriram a jaula e mantive-me inerte. Oz passou por mim num solavanco único, um trote típico de um herói e... mantive-me inerte. Mais que sua cartola, mais que seu cabelo, mais que seu desanimo. O espantalho se livrou e eu ainda me mantive inerte; agora já não era mais uma questão biológica de mexer-me ou não, o drama era real! Até que ponto eles continuariam sem mim?

Minha gaiola abriu e... eu? Mantive-me inerte, mas só por fora: por dentro eu já gritava, a ansiedade surgia e meu peito disparava. Oh coração, não precisa se manter inerte mas, por favor, se mantenha dentro do peito. A protagonista me chama e eu enfim grunho. Mantive-me inerte mas o silêncio morreu. Chamam-me de novo e meu drama vence. Uma terceira vez e pouco suporto mas, ainda, mantive-me inerte. Ela invade minha cela, adentra meu campo e toca-me sem pudor: quebrei o quebrado roteiro. Parei a parada e, enfim, esbocei movimento. Delonguei as pernas pela extensão do chão e deixei que minha testa repousa-se na de Oz um pouco. Abri os olhos as pouco e, quando finalizei a tarefa, deixei que a luz entrasse de mansinho. Podia não estar mais inerte mas ainda demoraria retomar a visão.

Usei o tempo da luz para tramar alguma coisa; óbvio que não consegui. De todas as coisas do mundo que poderia fazer ao abrir meus olhos, só fiz uma: forcei para dentro do meu peito meu coração. Sua batida estava tão alta que eu estava certo de que daria para ouvir do outro lado do teatro! Se não controla-se agora, a vermelhidão tomaria conta da minha maquiagem, se é que já não tivesse tomado.
Enxerguei. Enxerguei e vi. Vi a única paisagem angelical que podia contemplar minhas vistas: vi Oz. Vi seu carinho e sua preocupação. Desfaleci, sem saber se era eu ou o lírio desfalecendo. Meu desalento ilustrou um choro bastante abafado e esganado; com lágrimas grossas porém inconstantes. Mais uma vez estava eu, Lírio, esparramando o blazer já sujo da moça. Mais uma vez eu, lírico, poetizando a donzela à frente. Mais uma vez eu, onírico, devaneando com os meus sonhadores miolos, que somavam ao doce aroma que meu nariz captava e o toque suave que minha testa sentia, margeando assim o sonho que esbocei até então.

Eu, um lírio, já não sabia mais o que era peça e o que era eu, o lírio. Rezei para que este instante não acabasse mas... acabou. Enchi de peito o ar; não o contrário, já que era meu espernear que tomava a cena e não o ar que acalentava meus pulmões:
- Fui pegar os Miolos para vocês... - Comecei, bastante tímido, quase sem voz. Tinha dúvidas se a plateia conseguia ouvir, por isso, fui gradualmente aumentando minha amplitude - ... a rainha não me permitira e mandou cortar minha cabeça. A minha, a sua e a dele. Acho que foi a rosa que caguetou, ainda assim, não sei se fez por mal.

Eu levei belos minutos para retomar ao posto e, quando voltei, não estava apito para o serviço. Felizmente Oz não ligaria. Talvez eu tivesse sido escolhido para voltar justamente por isso: eu podia não ser um bom ator mas, ao menos, conquistei a protagonista e, junto dela, a plateia. Sabia que por pior que eu fosse, alguém viria me salvar e isso até retomava um pouco minha confiança enquanto ator. Mesmo com tantas paredes quebradas a situação ainda era um pouco rígida e quadrada, ainda assim, a cada segundo o palco ficava mais espontâneo.
Estremeci mais uma vez; talvez este fora o recorde da cena, o maior tempo sem um calafrio me tomar! Mas ele fora em resposta, em resposta à voz que vinha do fundo, num megafone típico:
- Já cortaram a cabeça daqueles três? Não quero enxeridos no meu reino, cortem a cabeça! - Gritou a atriz da rainha de copas.

A essa altura os guardas voltavam mas, felizmente, só vinham dois. Não passariam por tudo aquilo de novo: imagino que aqui dou minha deixa e volto à ser coadjuvante, já que uma batalha estaria prestes a começar. Os dois guardas não deixariam que Oz e o Espantalho ficassem por ai soltando-se das jaulas. Levariam-os para a forca nem que fosse à luta, já que a força não funcionou.
Os homens que vinham pareciam segurar duas esferas bastante bonitas. Não eram o vermelho-e-branco habitual; uma tinha coloração roseada e a outra um verde musgo, com detalhes na fronte, em cores primárias. Talvez isso não fosse relevante mas cores são características que me prendem e, por isso, notei a diferenciação do detalhe. Talvez esta seja a razão do papel floral: devo admitir que jardins me trazem um encanto bastante acalentador.

Progresso do Evento - Shianny:

Progresso do Evento - Luch:

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Mensagem por Pagliacci Sex Out 04 2019, 03:27

OFF:

Ao que tudo indicava, estávamos conseguindo fluir perfeitamente pelos desafios desta maravilhosa arte teatral, sem muitos tropeços além de alguma falta de entonação de vez em quando, leves deslizes na hora de nos posicionarmo em algumas marcações e etc. Nada absurdo, nada que eu um ator profissional já não tenha passado e não passe de vez em quando. Ao menos era o que eu dizia para mim mesmo enquanto tentava me manter calmo. Era inevitável ficar exaltado pela proximidade do fim... Apesar de ser bem verdade que ainda restava bastante pela frente, incluindo combates, se seguíssemos à risca o roteiro pré-determinado. Contudo, já havia se ido com certeza mais da metade desta peça e tudo, desde os cenários até nossas interpretações e as reações das crianças e adultos, indicavam a construção de um clímax glorioso para a história desenvolvida ao redor de nossos personagens principais: O Mágico de Oz, O Espantalho e.... O Lírio? Havia algo ali que eu não estava compreendendo e suspeitava que esse leve... incômodo... girava em torno da presença inesperada do Lírio nesta cena. Bem, improvisos eram previstos pelo Diretor e o Produtor antes mesmo de definirmos o roteiro, mas de alguma forma eu não estava preparado para este tipo de intromissão criativa. Se é que podemos chamar assim... Independente disso, era notável - ao menos para mim - que um clima diferenciado pairava sobre aquele palco e eu sentia no peito, como um sintoma! Mas de quê exatamente? Certamente de algo que não deveria surgir, não agora... Um balançar ou dois de cabeça me fizeram "entrar nos eixos" e focar no que deveria me concentrar, a atuação.

Encerrado na jaula cenográfica, me esforcei para não sair do papel do Espantalho e dar algum pitaco mais inteligente do que deveria. Precisava sobretudo manter a ingenuidade, mesmo que em muitos momentos fosse bastante difícil para mim. Claro, uma ou outra iluminação do suposto personagem "sem cérebro" era aceitável em certos momentos, como já bem elucidei anteriormente, mas não seria tolerado o tempo todo, deixando de ser como um paradoxo estimulador da sabedoria da plateia para se tornar, na melhor das hipóteses, um Deus Ex Machina. Foi então pensando nisso que usei a estratégia de transferir ao Mágico o foco novamente, sem alívio cômico desta vez, apenas reforçando a visão que o Espantalho possuía sobre o personagem de Natalie, que nada mais era do que... Esperança. Isso já havia ficado bastante evidente nas últimas cenas, até mesmo pela referência à mancha nas vestes da garota. Mas enfim... Como esperado, a ruiva não decepcionou nem um pouco e, rebatendo de prontidão a minha própria frase, nos levou à cena seguinte com maestria. Bastou um grampo de cabelo, um maldito e simples grampo de alguns centavos de Pokédolares para que sua magia entrasse em cena e certamente convencesse os infantes que ali sentavam, agarrados ao estofado dos assentos como se estivessem em um avião prontos para decolar. Uma mexida daqui, um estalo dali e PIMBA!, o cadeado daquela jaula havia se soltado e O Mágico de Oz estampava seu sorriso em liberdade. Já não bastasse o brilho de Natalie é claro, havia também um forte spot de luz sobre a sua cabeça, indicando o iluminado, o detentor do poder naquele instante e também, o centro das atenções.

Sem qualquer cerimônia, dei um passo para trás, encostando-me sobre a lateral da gaiola que me prendia anteriormente. Deslizei minha mão pelo material que a compunha e, deslocando meu corpo até seu interior novamente, agarrei-me com firmeza às grades de aço falso, mantendo a melhor expressão de curiosidade que minha face poderia expressar, mesmo para quem estivesse na última fileira daquele anfiteatro. Enquanto me mantinha nesta interpretação muda e face-corporal, explorei minuciosamente a atitude e os micro-gestos de Natalie perante o ator que encarnava o Lírio. A atitude em seus movimentos, à posição de suas mãos sobre o corpo semi-desfalecido e magoado da flor, ao seu olhar. Principalmente ao olhar... AQUELE olhar que se confundia entre o do Mágico e o da Mulher... Meus olhos estáticos, pregueados em meu rosto, branco como mármore, mantiveram-se fixos naquela cena e já haviam perdido o brilho da inocência do personagem que precisava caracterizar. Fitava secamente aquele retrato como um crítico fitava apaticamente um prato de um restaurante ao qual entrara para avaliar. Sentia-me naquele momento, externo ao palco, a peça e aos demais atores e não conseguia controlar-me em julgar compulsivamente o que havia, sem escrúpulos ou auto-controle. Minhas mãos, que apoiavam-se nas grades feitas de esponja, agora apertavam-lhes com ódio e, felizmente, de uma posição que impedia a visão da plateia para o ocorrido. Além disso, com exceção de alguns poucos espectadores que não estivessem muito interessados em observar a interação digna de Romeu e Julieta que ali explicitava-se, não haviam muitas testemunhas de meu descontrole que pudessem me fulminar, na penumbra do palco. Aproveitei o momento do toque entre suas testas, estranhamente repugnante ao meu estômago, para virar levemente o olhar ao fundo do palco, numa posição disfarçada que mantive até o fim daquele ato, apenas guiando-me pelas falas, caso precisasse referenciá-las adiante.

Era o momento do Lírio, ele tinha muito a se justificar, afinal ele nos atacou duas vezes com uma mesma tacada. Numa delas saiu na pior, mas na seguinte nos derrubou de alguma forma, pelo menos da condição de únicos protagonistas. Fisgara Natalie definitivamente, ainda que eu não soubesse explicar como, tão pouco descrever minha reação quanto a tudo isso, pelo menos não com palavras que fizessem sentido. Não sabia se a produção combinara com o ator anteriormente ou lhe orientava nos bastidores, de última hora, mas ele estava alinhado à situação... Tratou de jogar a culpa para cima de mim indiretamente, como uma trouxa suja de roupas que acumulara há dias. Em busca de miolos? Me poupe... Talvez tivesse sido de mais bom grado realmente ter chegado e encontrado a cabeça pendurada e vacilante de um Lírio decapitado a ter de deglutir estas enroladas e engasgadas falas de misericórdia. Tentei disfarçadamente tocar meus cabelos e ajeitá-los, como uma fuga ou toque, tirando-os e colocando-os debaixo do chapéu que cobria minha cabeça. Implorava em silêncio pelo fim daquilo, algo que felizmente não demorou a chegar. E foi retumbante o "relâmpago" que o cortou... A voz da Rainha ressoou do megafone para o palco e do palco para o ambiente como um todo. Cabeças iriam rolar... E por um instante eu esperava que fosse a do Lírio ou a minha própria, que seja... Aproveitando que estava encolhido pelo interior da jaula aberta, tratei de fechar a porta rapidamente, como um Espantalho espertinho faria para não ser pego "no flagra" pelos guardas que aproximavam-se, mas quando estes figurantes ali chegaram, o desfecho foi que a portinhola abriu-se espontaneamente e 'rangente', quase arrancando-me um riso pela maneira inesperada de ser.

Pois bem, veja só... Os guardas que se aproximaram não eram comuns, pareciam ser dois dos bons, os melhores talvez? Quem sabe não compunham a Elite Real? Tanto faz... Traziam consigo Poké Bolas diferenciadas e nada mais. Nem mesmo um sinalzinho de quais criaturas usariam para desafiar nossa desobediência. Provavelmente esperavam que, desta vez, movidos pela incerteza, agíssemos primeiro e se esse era o roteiro a seguir, só nos restava fluir novamente pelo improviso e acatá-lo. Revirei os olhos na direção de Natalie, mas não os mantive lá por muito tempo. Em seguida, procurei na memória que tipo de vantagens aquelas cápsulas poderiam trazer e, com isso, tentar adivinhar seu conteúdo... Fui feliz nisso? Certamente que não. Se só haveria de ter três opções, resolvi ir na sorte mesmo e utilizar a primeira das criaturinhas ao meu alcance — Por favor, vocês dois, se vocês vão perder a cabeça e atacar eu não sei, mas a minha eu pretendo manter bem coladinha no meu pescoço, pode ser? — Comentava, calmamente e com as mãos levantadas em rendição, mas sem tirar os olhos da Pokémon que escondia-se na escuridão do palco, em um dos poleiros adicionados exatamente para ela apoiar-se enquanto não era chamada — Se a Rainha quer tanto assim nossa cabeça, acho que ela vai ter que vir pessoalmente pegar. Não é mesmo, Senhor Oz? — Comentei por fim, sacudindo a cabeça, num gesto que chamava Lenora para o palco. A Alada pousou então com suas grandes asas, levantando qualquer resquício dos cenários passados que ainda permaneciam por ali, sejam folhas ou palha perdida. Era o momento de nos engajarmos em mais um combate e eu certamente não enrolaria para tal. Afinal, quanto mais próximo do clímax, mais fácil é perder a plateia para distrações ou enredos arrastados. Se havia um momento de acelerar esta peça para a ação frenética, esse momento era agora. Restava saber se Natalie também pensava assim e seguiria adiante com a escolha de um Pokémon.
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Mensagem por Shianny Sex Out 04 2019, 12:40

off:

Ainda que de maneira tola, foi inevitável para si não sentir os ombros mais leves quando o personagem em seus braços enfim demonstrou algum tipo de reação. Dentro do peito, o coração se tranquilizou, amenizando gradualmente o ritmo inquieto das batidas - o rosto se afastou com brevidade (ainda que apenas alguns poucos centímetros) quando sentiu seu corpo responder às súplicas que lhe oferecia e, dessa vez em silêncio, o olhar terno se manteve sobre o falso gramíneo enquanto ele tirava seu tempo para, por assim dizer, se reestruturar. O calor confortável subiu e espalhou por sua essência, acolhendo e sufocando os indícios de desespero; Naquele curto instante, encontrou a âncora que a manteve firme no chão, e viu-se agarrada pelo mais ingênuo sentimento de que, sim, estava tudo bem.

Ingênuo, pois de toda forma estaria: Toda a situação era apenas uma encenação, independente da (momentânea?) dramaticidade contida no momento. Ainda com essa consciência - ou teria a moça perdido tal fio de meada? -, era puro e verdadeiro o alívio que ecoava, brando, na alma da ruiva. Um sentimento sem pé nem cabeça, que perdia o sentido no próprio contexto, e que ao mesmo tempo era por ele sustentado. À plateia, com certeza todas as peças se encaixavam mas, e quanto à si própria? Também, diria, mas não existia de fato um motivo que fizesse a calmaria invadir-lhe de maneira tão abrupta, como se cada gesto ecoasse em profunda veracidade. Confundia-se ao personagem, ou tentava sua mente tomar as rédeas como se o personagem à ela pertencesse?

Complicado, era o que era.

Importante dizer, aliás, que tão profundo invadiu a serenidade, do mesmo jeito se partiu o coração quando, enfim, se deu conta das lágrimas que o ator deixava escapar. Já não tinha mais certeza se era aptidão para encenar o sofrimento, ou se o rapaz realmente o sentia; De todo modo e qualquer que fosse a resposta, foi suficiente para afetá-la de maneira incalculável. Viu-se embarcar naquele navio sem destino, e a expressão se modificou, margeando entre empatia e sufocamento de vê-lo em tão penoso (ou seria despetalado?) estado.

Sem nenhuma reação verbal, manteve o olhar em suas linhas de expressão enquanto a planta explicava sua situação: Com apenas uma respiração profunda, foram os dedos quem primeiro o concederam resposta. Suaves, suas costas se apoiaram na bochecha do moço, em um afago sereno e de sentido único que, em primeiro momento, apenas limparam suas lágrimas. O mesmo ocorreu do outro lado da fronte, antes que a palma enfim se acomodasse em seu rosto e, então, oferecesse uma carícia gentil, vagarosa. Uma conexão já existia, e o Mágico - ou seria a treinadora que o interpretava? - não parecia disposto a romper tão tênue ligação.

— Ah, pobre flor... — Foi o que disse, os braços se movendo apenas para acalentá-lo melhor. — Não se preocupe mais com miolos. O arranjamos de outra forma! — Consolou. — Está tudo bem, agora; Você está bem. — Afirmou, concisa. O polegar deslizou sobre a pele, e o afago tomou o papel de reafirmar as próprias palavras sem que outras fossem necessárias.

A cena, entretanto, foi interrompida por meio de uma das maneiras mais trágicas possíveis: Pelo berro da Rainha, que mais uma vez trazia ao trio a sentença. O olhar se desviou, automático, quando reparou as figuras da Guarda novamente adentrando o palco e, com uma sutileza quase impressionante, sua primeira reação foi trazer o Lírio mais contra si, em uma - mais uma vez - ingênua proteção, que certamente não teria efeito se não agisse em prol de sua efetividade. Como bem dito pelo Espantalho, não, não se entregariam daquele jeito; E, arrisco dizer, tão imersa sua mente estava em toda a situação que quase não reparou na mudança repentina, apesar de extremamente discreta, do tom e trejeitos de Drac em sua interpretação de coprotagonista. No caso, a palavra-chave é "quase", e foi ela quem induziu os orbes cinzentos a pairarem pela imagem do moreno, embora nada pudesse dizer sem que afetasse o próprio... Personagem?

...

Nada disse, então. Agiu, entretanto, ao libertar a mão do rosto de Lírio e a guiar até o bolso do paletó, resgatando a esfera bicolor dali de dentro e, mais uma vez, dando espaço de palco para Roserade que, ao ser materializado em cena, posicionou-se de guarda contra os soldados, em esplendor e vigor máximos - quer dizer, talvez não tanto, mas bem próximo disso, se fosse considerar seu natural -, lado a lado com a majestosa Honchkrow, sua parceira temporária.

— Roserade, não os deixe avançar! — Foi sua palavra (frase?) de ordem. E esperava que o buquê fosse capaz de cumprir com ela, independente de quais fossem os oponentes a serem invocados - mas, bem, caso não, ainda tinha mais dois companheiros, não é verdade? O ponto crucial agora era que não poderiam se deixar abater, de forma alguma.

E lutaria para cumpri-lo.

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Mensagem por Victoria Sex Out 04 2019, 21:54



A cada frame de realidade que nossos personagens passavam novos sentimentos vinham à tona. Talvez Luch seja quem mais tenha problema em interpretá-los num improviso chave, isso pelo motivo principal de que ciúmes talvez fosse o único carácter que não poderia adicionar ao espantalho.  Fugia-lhe completamente do papel e, como ser regrado que era, não se permitiria. Claro que o mago charlatão desviou bastante da mensagem que normalmente traz à si mas, ainda assim, conseguia ver uma congruência com a fatídica imagem espedaçada que Oz ganhava ao fim de seu conto: aquela imagem ridícula, fraca, exposta e minuscula do mágico trazia consigo uma coisa importantíssima ao personagem, a fragilidade. Isto era um lado que facilmente se explorava entre idas e vindas de Natalie; fragilidade e manter-se em pé é algo muito semelhante à capacidade de adaptação. Quebrar-se e reconstituir-se como der; pode parecer resiliência mas não é! Isso porque resiliência nem sequer existe, nada nunca volta ao seu estado anterior, o Oz de Natalie não era resiliente e sim moldável.

Tomaram entre si seus segundos de sentimento, a dificuldade de um improviso não é atuar, é lidar com os afetos que nos pegam de surpresa. Luch lidara como ninguém; talvez este fora o ápice do seu personagem! Se a todo momento era expansivo e tomava para si iniciativas e desfechos, agora precisava se conter. O grande desafio, repito, não esta em atuar, mas sim em tamponar o jovem Luch. Conseguiu... na medida do possível é claro. Manteve-se enquanto Espantalho até quando pode e diria que foi o suficiente: os guardas já estavam no pé das jaulas. A ridícula cena da porta de sua cela, mais uma vez, tensionava a trama. Ponto para o ator que,num ato milimetricamente descalculado, ganhara o roteiro. O ranger das dobradiças tornaram-se música e sobrepôs a ordem da vossa majestade; vossa... mas é Majestade de quem? Dos nossos três que não eram.

Assim como não resistiu à nada até então, o ator do lírio não impediu uma risada frouxa vinda subsequente ao abrir de portas de Drac; sabia que dali para frente seria mais um figurante e, por isso, soltou-se de Oz e desejou-o boa batalha. Com um acariciar leve, um toque frio de seus dedos em sua bochecha, ilustrou o que sentia. Em geral o personagem não saberia se tinha este direito de tocar a moça, mas o inquieto toque que outrora ela deu-lhe nas costas pareceu legitimar o ato: ele não teve pudor e o fez, como uma resposta demorada, um delay qualquer que teve para responder o carinho de mais cedo. Sorriu amarelamente e disse alto, porém suavemente, com esta amplitude só para que todos da plateia ouvissem:
- Salve a gente.

Sua fala fora o que anunciou o piscar das luzes. Em instantes os pokemons dos nossos novos anti-heróis estavam em campo e nossos protagonistas se viam em outra batalha.

- Weaville, Hail e Nastly Plot - Ordenou o primeiro dos guardas, que tirou seu Weavile de uma Love Ball bastante exuberante.
- Flareon, duplo Fire Fang em Roserade - Ordenou o segundo dos guardas, que tirou sua eevolution de um verdinha Friend Ball.

Seus ditos eram tão sucintos e regrados que de fato pareciam dois soldados comandados. O lírio até tentou caçar alguma linha que prendesse-os no teto de tão fantoches que pareciam. Movimentos quadrados e vocalizações completamente robóticas!

flareon:
Normal
weavile:
Normal
Hold Item 1:
Life Orb
Hold Item 2:
Icy Rock
Trait 1:
Flash Fire
Trait 2:
Pressure

lv25 flareon


67/67
lv25 weavile


70/70
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[OzPantalho no País das Esmerilhas] – Forina Theater – - Página 8 Honchkrow[OzPantalho no País das Esmerilhas] – Forina Theater – - Página 8 Roserade
lv25 Honchkrow


71/85
lv25 Roserade


65/65
Honchkrow:
Normal
Roserade:
Normal
Hold Item 1:
Metal Coat
Hold Item 2:
xxx
Trait 1:
Moxie
Trait 2:
Natural Cure

Campo: Palco de teatro com luz ambiente. Proporções normais de um campo porém com teto que limita um pouco extravagâncias.

Progresso do Evento - Shianny:

Progresso do Evento - Luch:


Última edição por Victoria em Sáb Out 05 2019, 01:50, editado 1 vez(es)

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