Miss Americana & The Heartbreak Prince

Teatro Continental!

Lysander e Karinna!

Apesar de tudo indicar que sim, a Rainha ainda não estava presente naquele ambiente. Ambas as jovens decidiam seguir por um caminho, a fim de parar os guardas reais, enquanto indicavam que Miss Americana & The Heartbreak Prince fossem por outro. E assim o fizemos: guardei a Pokéball de Sushi e dei a mão novamente para Lysander, apertando-a um pouco de nervoso.

Fitei-o um pouco preocupada, respirando fundo logo em seguida. Apontei a espada para a frente e caminhamos com certa rapidez na direção do que nos esperava. Minhas pernas tremiam um pouco, afinal, precisava passar a mensagem de que finalmente estaria de frente contra quem jurava vingança há meses. No mais, apesar de confiar no moreno, não tinha certeza se ficaria do meu lado no confronto final, já que a adversário é ninguém menos que sua própria mãe.

— Ei... — disse baixinho — Você está comigo, não é? — abracei-o, tudo para tentar fazer a audiência do teatro suspirar com nosso casal — Vai dar tudo certo.

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Finalmente adentrávamos o local, dando de cara justamente com a Rainha de Copas, sentada majestosamente em seu trono. Meus olhos brilharam, reconhecendo a atriz imediatamente: a mulher era ninguém menos que Sabrina, a melhor e maior treinadora de psíquicos já conhecida em todos os continentes possíveis. A líder de ginásio era minha maior inspiração, bem como quem eu gostaria de ser quando mais velha! Não existe sonho maior recente pra mim que um dia me tornar aprendiz da mesma.

Engoli seco, deixando a iminente intimidação passar por mim despercebida. Minhas veias corriam e queimavam como fogo e se pudesse descrever meu olhar, diria que nunca foram tão determinados. Se existia um momento para impressionar tanto a ela quanto ao público era agora.

Nesse instante.

Cerrei os olhos e os punhos com raiva, afinal, ali estava a tão prometida vingança que almejava. Fitei Lysander e consenti com a cabeça, como quem dissesse que estava pronta para dar o meu máximo.

— Não estou cega de amor. — meu tom de voz era firme, empunhando minha espada na direção de Sabrina — Estou cega de vingança. — saquei a esfera metálica de Kadabra — E agora poderei prová-la!

Fitei o mono-treinador mais uma vez. Talvez para seu personagem, aquela seria uma difícil batalha... Imagina, ter que lutar contra sua própria mãe? Tendo que deixá-la pagar por tudo que já fez contra a população de todo um país?

— Sei que é difícil para você, mas entenda que é necessário. — me aproximei, quase sussurrando as palavras e colando minha testa na dele, sabendo que isso deixaria o público extasiado— O destino do povo do País das Maravilhas está em nossas mãos. — respirei fundo — Estamos juntos nessa, certo?

Ergui a Pokéball de Sushi sem sequer lança-la no ar. Aos poucos o item começou a se abrir, liberando o psíquico após o clássico brilho reluzente que o formara. Kadabra parecia mais disposto do que nunca, apontando a colher para o adversário, talvez por reconhecer a figura imponente que estava contra.

— Apesar de que... — peguei na mão de Lysander — Seu filho tem um coração completamente diferente do seu. — ergui a sobrancelha direita — Ações falam mais do que palavras e Jetto mostrou que não compactua com nada que você faz. — apertei a mão do moreno com força e lhe dei um sorriso — Você pagará pelos seus crimes! De um jeito ou de outro!

Assim que terminei de apertar a mão do rapaz, um vulto surgiu das sombras e o puxou para trás; no processo, quase fui junto, cambaleando e perdendo um pouco do equilíbrio.

— O que fez com ele, sua maldita? — pisei no chão com força, extremamente dramática, para espanto do público — Sushi, Reflect e em seguida Thunder Wave!

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Apesar de estar me tremendo inteira por dentro por estar lutando contra minha maior heroína, era preciso mostrar para o público que o medo e o nervosismo não iriam me dominar. Ouvi as frases e abri um sorriso desafiador, evidenciando que aquela batalha seria difícil, por mais que Sushi estivesse em certa desvantagem no momento.

Empunhei a espada na direção da tirana mais uma vez:

— Não importa nada do que diz! Nós possuímos algo que você jamais entenderá: o poder da amizade, do amor, da solidariedade! — continuei apontando a arma branca — Estou aqui representando não só o meu como os demais reinos caídos! Seus anos de malignidade acabarão aqui e agora! — joguei meus cabelos para trás, guardando a espada no coldre uma última vez — Sushi, duplo Shadow Ball! Vamos tentar diminuir a defesa desse passarinho de aço!

A ideia não era das melhores, mas era a única que passara pela minha cabeça naquele momento. Sob o efeito de Taunt, o psíquico que já é extremamente esquentado em batalhas, se tornara ainda pior. Não havia muito o que se fazer, já que não poderia ordená-lo a usar outras coisas além de ataques diretos — não só pelo status move, mas também pelo temperamento de Kadabra. Consigo enxergar em seus pequenos olhos que deseja vencer essa batalha de qualquer maneira e na maioria das vezes, na cabeça do mesmo, vencer é partir pra ofensiva. Essa mania de se achar invencível é algo que estamos trabalhando há um tempo, mas ainda sem sucesso.

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