Pokémon Mythology RPG 13
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[Mirror's Echo] – Route 121/Mt.Pyre –

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Mensagem por Shianny Ter Dez 03 2019, 01:34

Por bem ou por mal, tinha quase certeza que as entidades que cerceavam e resguardavam a ilha do mundo lá fora não somente estavam bastante atarefadas nesses últimos tempos, como também pareciam ter tempo o suficiente para trabalhar contra sua pessoa: Ou, pelo menos, foi esse o pensamento que passou por sua cabeça quando, pela sabe-se lá que vez desde que pusera os pés naquele monte de terra (ou seria melhor dizer desde que abandonara o continente e deixara a 121 para trás?), o coração saltou atordoado dentro do peito. Era difícil dizer se era alguma brincadeira do destino ou simples coincidências que insistiam em acontecer uma após a outra mas, bem, infelizmente não teve muito tempo para refletir sobre tal situação, considerando o fato de que o motivo de seu sobressalto não simplesmente se dissipou no ar.

Ou melhor: Até o fez, mas não sem antes invocar algo mais... Físico, por assim dizer. A ruiva enxergou quando sua rebelde estatueta apressou-se na direção da rocha que havia recebido o trovão dos céus, entretanto, não teve velocidade de reação o suficiente quando um novo trovão ricocheteou de trás da pedra contra o narigudo, errando meramente por conta da própria rapidez (!). Chegou a demorar uns segundos, aliás, até reparar que na verdade não ocorreu nenhum "refletir" dos céus, mas sim que se tratava de uma nova espécie que por ali havia montado "acampamento", por assim dizer; E, de todos os que encontrara até então, o quadrúpede possuía o maior ar agressivo de todos.

— Nosepass, duplo Smack Down! — Foi sua ordem imediata. A zebra não parecia muito interessada em conversa e, sinceramente, nem a ruiva ia parar e pagar pra ver que tipo de poder o animal ocultava por trás da pelagem listrada. Naquele momento, porém, viu oportunidade também de tentar apaziguar o clima "frustrado" de batalha que havia ocorrido anteriormente entre dois pokémons, então, sua pretensão era também enviar Vileplume ao campo de batalha, seguindo ordens com um Toxic e Venoshock. E aí, huh, era pagar pra ver, né?

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Mensagem por Pagliacci Ter Dez 03 2019, 11:23

Uma Tempestade Lendária!

Se o poder de Blitzle fosse proporcional a sua ousadia, era bem provável que fosse um grande desafio para qualquer Pokémon de Natalie. Sendo assim, preventivamente, a garota lançou seus dois companheiros já conhecidos em campo: Nosepass e Vileplume, buscando mais do que uma vitória, mas também uma melhora nos laços entre os dois Pokémon. Será que isso seria possível em um clima tão hostil quanto aquele que o grupo enfrentava? Isso só seria descoberto no decorrer da batalha, certamente...

E por falar em batalha, a ruiva não perdeu tempo em dar as ordens de combate para seus dois Pokémon. Nosepass insistiria em seus mais do que conhecidos movimentos de pedra, com um duplo Smack Down, enquanto Vileplume construiria sua estratégia entorno de seu veneno, começando a luta com um infalível Toxic, seguido do cruel Venoshock, que poderia arrasar até mesmo um Tauros ou um Bouffalant poderoso.

Blitzle mantinha-se acuado, mas aparentemente disposto ao combate, sem recuar um centímetro sequer diante da desvantagem de tipo. Inclusive, foi ele que iniciou a luta, mantendo a posição, enquanto parecia absorver a energia do ar carregado para dentro de si. Um movimento passivo, que talvez definisse seu futuro, para bem ou para mal. De todo modo, Vileplume agiu em seguida, lançando uma onda grande de veneno que inevitavelmente atingiu o Pokémon, envenenando-o terrivelmente. Por fim, encerrando o turno, foi a vez de Nosepass agir, retirando uma pequena quantidade de energia do adversário com o golpe de Pedra.

Encerrando a rodada finalmente, temos Blitzle fingindo avançar sobre os dois oponentes, tentando ser ameaçador, mas na verdade repetindo a dose anterior de seu movimento passivo de carregamento de energia, apenas a espera de uma abertura para atacar. Entretanto, Vileplume parecia experiente o bastante para não cair nesses truques, tomando a dianteira para proteger Nosepass e ao mesmo tempo usando seu movimento especial para dar um verdadeiro choque séptico no adversário já envenenado. O resultado foi imediato! Em um guincho de dor, Blitzle sentiu todo o efeito do Veneno espalhar-se pelo seu corpo e simplesmente caiu no chão, nocauteado. Uma vitória limpa e simples para Natalie, que precisaria decidir se iria ou não capturar o Pokémon Elétrico antes de continuar sua exploração. 

>> Nosepass recebeu 637 EXP, +6 pontos de felicidade
pela batalha, +3 pontos de felicidade pelo Soothe Bell e
subiu para o Nível 20!

>> Vileplume recebeu 637 EXP e +1 ponto de felicidade!

Blitzle:
Fainted
Hold Item:
---
Motor Drive:
Normal

Lv. 17 Blitzle


0/42
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Lv. 19 Nosepass


38/40
Lv. 24 Vileplume


58/70
Sand Force:
Normal
Chlorophyll:
Normal
Hold Item:
[Mirror's Echo] – Route 121/Mt.Pyre – - Página 12 Soothebell
Soothe Bell

Hold Item:
--
Nosepass:
Normal
Vileplume:
Normal

Campo: Chuva torrencial constante. Uma planície árida e com poucos arbustos ressequidos. Há algumas paredes de rocha maciça próximas e uma grande rocha mais ou menos no centro do campo.

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Mensagem por Shianny Ter Dez 03 2019, 13:33

Se no início do combate sua preocupação fosse o tipo de poder que se escondia por detrás da determinação que o selvagem demonstrava, ela se transformou vagarosamente ao longo do combate: Primeiro quando o espécime nada realizou, fazendo-a recordar de imediato (claro, visto que tão recente era o acontecimento) da descarga repentina de poder emitida pela tartaruga de outrora após tanto apanhar. Entretanto, quando o quadrúpede tombou nocauteado diante da exibição tenebrosa de força de seu Vileplume, o pensamento bailou em questionamentos se o animal de fato era apto a se manter de pé (quer dizer, isso não era) no coração de tão caótica tempestade.

Sinceramente, não esperava que o resultado do confronto se desse de maneira tão veloz; Exatamente por isso que ficou sem reação nos primeiros segundos, encarando o campo de batalha por um momento antes de se convencer que, sim, havia acabado. E foi ainda com hesitação, mesmo após a certeza se acomodar em seu pensamento, que se aproximou do listrado, abaixando-se ao seu lado por um momento e observando a pobre situação que sua própria agressividade o havia colocado. Com sutileza, os dedos se arriscaram a encostar no pescoço da zebra, em carícia discretíssima - questionou a si própria que tipo de coisas se esconderiam por trás das nuvens que se acumulavam cada vez mais, e se a profundidade de suas entranhas apenas ocultaria sua maior fragilidade.

...
Não encontrou respostas, naquele momento.

Mais uma vez, retirou uma esfera bicolor vazia dos pertences - uma das últimas, já. Com um suspiro profundo, encostou o centro metálico no corpo inerte do selvagem, observando-o ser sugado para dentro do objeto avermelhado e, então, talvez pela primeira vez de fato, esperou. Não tinha certeza se sua força de vontade de batalha seria tão grande para quebrar outra de suas esferas mas, bem, essa questão só poderia ser respondida mediante paciência, não?

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Mensagem por Pagliacci Ter Dez 03 2019, 14:23

Uma Tempestade Lendária!

Com o poderoso golpe de Vileplume, não houve escapatória para Blitzle e seu único destino foi cair no chão levemente alagado, levantando uma quantidade substancial de água com o impacto. O Pokémon, apesar de nocauteado, ainda mantinha-se lúcido, mas agia como se estivesse sedado ou paralisado, apenas piscando brevemente os olhos em alguns momentos pontuais e respirando bem devagar. Foi exatamente essa cena que Natalie presenciou ao aproximar-se da criatura.

O Pokémon observou calmamente a treinadora, mas nada podia fazer. Apesar de seu corpo ainda manter uma estática forte ao redor de si... Assim que a ruiva tocou o Pokémon, essa energia dispersou-se, como se ele tivesse aceitado a sua aproximação e o cuidado. Por isso, não foi nenhuma surpresa quando, ao tocar a Poké Bola alvirrubra sobre a pelagem preto e branca do Elétrico, ele tenha sido facilmente absorvido e em poucos segundos, completamente capturado. Era como se o Blitzle tivesse aceitado esse destino de bom grado, mas isso só seria confirmado posteriormente, uma vez que a esfera desapareceu imediatamente, levando-o ao Storage da garota.

Com isso, restava ao grupo seguir em frente. Ou não... Natalie precisava decidir se continuaria a subir o Monte através da trilha em que se encontrava ou se retornaria para averiguar o estranho cenário de arbustos e árvores despedaçadas. Além disso, ainda havia a trilha inicial que havia sido dispensada por não parecer tão tranquila quanto esta e ainda poderia ser explorada. Diante de tantas possibilidades, qual seria a escolha de Natalie para continuar sua aventura pelo Mt. Pyre

Blitzle foi capturado!:

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Mensagem por Shianny Ter Dez 03 2019, 14:42

Ao contrário do que imaginou que poderia acontecer, o jovem pokémon listrado se revelou o espécime mais "tranquilo", até o momento, de se realizar captura. Pela calmaria diante de sua aproximação, ficava impossível dizer ao certo se o animal havia aceitado o destino que lhe era "imposto" ou se o avanço repentino era meramente uma tentativa de encontrar meios para abandonar aquela área de tormenta; Qualquer que fosse a realidade, porém, este seria um detalhe que não descobriria tão cedo, considerando que malmente pusera os pés naquela ilha e, se tudo seguisse o mesmo ritmo de até então, não acreditava que sairia tão cedo - com isso em mente, a ruiva se ergueu outra vez poucos segundos após o desaparecimento e encaminhamento da esfera bicolor ao seu Storage, e o foco se voltou pacientemente à dupla que coordenara a batalha (se é que poderia chamar assim) contra o selvagem. Se aproximou outra vez dos pequeninos, e a atenção se voltou para Nosepass:

— Era isso? — Perguntou, ajeitando a alça da mochila em um dos ombros. Por algum motivo, estava esperando um "fim da linha" mais... Metálico, considerando que a eletricidade parecia estar por todo o lado naquele pedaço de terra. Era difícil acreditar que a estatueta havia focado em um pokémon específico no meio de toda aquela tormenta mas, bem, não era como se ainda o compreendesse por completo, então hipóteses errôneas não eram impossíveis de se acontecer. — Se era, nós podemos seguir caminho. Afinal, as coisas aqui ainda estão... Agitadas. — Comentou, os orbes acinzentados se desviando brevemente na direção do topo do monte, oculto entre as pesadas nuvens de tempestade. — Vamos? — Convidou, então, seus pokémons. A pretensão era seguir, pelo menos por enquanto, na mesma trilha: Talvez sua paisagem "comum" pudesse trazer mais surpresas do que poderia esperar... Bem, só tinha um jeito de descobrir, afinal!

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Mensagem por Pagliacci Ter Dez 03 2019, 15:19

Uma Tempestade Lendária!

Com a captura de Blitzle, não havia realmente mais nada a fazer naquele pequeno planalto, nos primeiros "andares", ainda externos ao Mt. Pyre propriamente dito. Sendo assim, Natalie poderia simplesmente seguir em frente com sua exploração ou retornar para ver o que havia deixado para trás. Contudo, o que a ruiva primeiramente buscou descobrir era se os fenômenos físicos sofridos pelo corpo Magnético de Nosepass haveriam de cessar com a captura do Elétrico ou se algo a mais estaria por trás de tão estranhos eventos.

Como esperado, o nariz de Nosepass ainda brilhava intermitentemente, mesmo que felizmente, ele não estivesse preso a nenhuma direção pelo efeito observado. Isso significava claramente que algo a mais estava criando um campo elétrico na região e, pelo "andar da carruagem", seja lá o que estivesse causando isso seria localizado no topo do Monte. Por isso, a garota simplesmente seguiu em frente, sendo acompanhada de perto pelos seus companheiros Nosepass e Vileplume.

Mais adiante naquele planalto, havia uma nova trilha colada ao Monte, que fazia com que os viajantes ganhassem cada vez mais altitude. Nesse ponto inclusive, a água da chuva que descia pelos barrancos, formava uma espécie de riacho pelo trajeto que seria para pedestres. Isso certamente tornava tudo mais complicado e fazia com que a garota tivesse que redobrar a atenção para não acabar escorregando. Sem contar com os inesperados trovões ensurdecedores e tão brilhantes que poderiam cegar os desavisados. Por sorte havia uma espécie de gruta na rocha alguns metros a frente, caso a menina resolvesse abrigar-se por algum tempo. Contudo, se preferisse subir, poderia continuar arriscando-se contra o fluxo forte de água que vinha em sua direção. O que Natalie decidira então?

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Mensagem por Shianny Ter Dez 03 2019, 15:39

Felizmente, a atração constante que forçava e até "controlava" o corpo do pokémon pedregulho ao arrastá-lo por aí finalmente havia cessado, pelo menos ao que tudo indicava. Considerando que a única diferença entre um momento atrás e o atual era literalmente o desaparecimento da zebrinha para bem longe da ilha, a conclusão óbvia que restava para si era que era justamente o quadrúpede o culpado pela "isca" que tão bem havia sido seguida pelo narigudo - e pela própria moça, consequentemente - até então. Levando isso em consideração, a esperança era de que não mais tivesse problemas no mínimo ao que dizia respeito ao pokémon-bússola insistentemente caminhando para alguma direção aleatória o que, pelo que podia notar, seria algo bem mais arriscado de se fazer agora que haviam chegado na ilha: A proteção e segurança, por assim dizer, parecia muito mais escassa naquela localidade do que era, anteriormente, na 121.

Como bem dito, seguiram caminho. Por algum tempo, quase que como um milagre, não encontraram problema algum, ou sequer existência - fosse ela humana ou animalesca. Até mesmo a estrada não possuía obstáculo nenhum com o qual precisassem se preocupar de imediato, o que poderia se tratar de um fator extremamente esquisito se considerasse o caminho trilhado até então: Irônico se pensar que uma calmaria temporária faz florescer desconfiança com tanta (e mais!) facilidade do que a existência do próprio caos - não tão surpreendente, entretanto, levando em consideração que o distúrbio da tranquilidade é muito mais preocupante do que mais um "sacode" no meio de uma tormenta.

De qualquer jeito, o fato é que não puderam seguir adiante por muito mais tempo. Não por um empecilho propriamente dito, mas por um que poderia chegar a ser: O caminho que tinham para seguir, pelo menos naquele momento, era inundado por uma constante corrente de água que descia para os níveis mais baixos do monte, fazendo um digníssimo papel de escoador. Normalmente, esse ocorrido poderia acarretar um desânimo significativo no ânimo da ruiva, entretanto, a existência de uma gruta que levava às entranhas do Monte foi a maior responsável por protegê-la de tal situação. Há muito não descansava, e não era como se estivesse andando há pouco: Desde que entrara na 121, sua maior parada havia sido meramente após atravessar o braço de mar com Ariel, onde os passos se interromperam por alguns segundos para que pudesse respirar; Àquela altura, os músculos trêmulos e cansados já praticamente imploravam por um descanso e, ali, encontrou um local aparentemente adequado para fazê-lo.

A primeira atitude foi retornar a besta aquática (que os acompanhava em silêncio) para sua respectiva esfera bicolor: Ao que podia ver, a entrada não era grande o suficiente para comportar o gigantesco espécime e, bem, não seria muito agradável entrar com todo mundo e simplesmente deixá-lo do lado de fora, principalmente com a quantidade de raios aleatórios que testemunhara irrompendo das nuvens e castigando a terra abaixo de si. Acompanhada de Nosepass e Vileplume, dirigiu-se até a pequena caverna na montanha, com a pretensão de se abrigar por um momento que fosse, recuperar o fôlego e, só então, seguir o planejamento mental de continuar até o topo do monte. Se manteve alerta, porém, e pediu que seus companheiros fizessem o mesmo: Não tinha como saber que tipo de coisa encontraria no interior da fenda, e sequer se seria algo amigável se realmente existisse algo lá dentro (o que não era impossível, parando para pensar; Afinal, era literalmente um abrigo no meio da tempestade!). De todo modo, o mero pensamento não a impediu - precisava descansar por um momento que fosse e, bem, duvidava que encontraria uma área melhor do que aquela lhe parecia.

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Mensagem por Pagliacci Ter Dez 03 2019, 16:08

Uma Tempestade Lendária!

Subir aquela trilha contornando o monte era uma tarefa cada vez mais complicada, seja pelo pouco espaço para todos passarem ou pela constante correnteza formada pela água que escorria do topo do monte pelos paredões de pedra e os barrancos de terra fofa. Sendo assim, quando Natalie encontrou um suposto abrigo natural escavado pelo tempo nas rochas, não pensou duas vezes em encará-lo, mas não sem antes trazer Ariel de volta para sua cápsula em segurança. Em seguida, a garota apressou-se até a gruta, finalmente deixando de receber uma enxurrada sobre sua cabeça.

Nosepass e Vileplume vieram logo atrás da ruiva, acolhendo-se no escuro túnel para deixar a água acumulada, principalmente no Gramíneo, escoar para fora do corpo. Realmente era um local seco e portanto, acolhedor. Entretanto, não era nada quente como poderia-se cogitar. Havia uma forte corrente de ar que entrava ali ainda mais veloz e sequestradora de calor do que para quem estava fora. Isso só poderia significar que havia um final para esse túnel do outro lado, só assim o ar passaria com tamanha intensidade.

Natalie, se observasse também logo acima de sua cabeça, na parede à sua direita, veria que ali existia um archote. Contudo, o fogo que iluminava o trajeto já devia ter sido apagado pelo forte vento e também pela chuva que às vezes invadia a gruta. Se ele estivesse aceso, seria fácil ler o que estava pichado bem ao lado, mas não era o caso.... Na verdade, mal era possível enxergar que se tratava de um texto ou talvez uma pintura. O pouco que podia ser visto visto - se fosse interessante para a treinadora observar melhor - indicava uma espécie de nome ou identificação por símbolo com mais dois sinais ao lado que deveriam significar uma data de nascimento e de morte, um Sol e uma Cruz, com números próximos.

Só então a garota notara que algo lhe incomodava as costas quando tentava se recostar. O que antes poderia ser bem uma simples saliência na rocha, na verdade era a maçaneta arredondada de uma gaveta. Não uma simples gaveta, mas uma mortuária. Opa! Até que fazia sentido! Afinal, eles estavam escalando um Monte que servia de cemitério a todos os moradores de Hoenn... E olhando para o fim do corredor, era notável que essa não era a única câmara. Haviam dezenas dessas gavetas enfileiradas por todo o trajeto. Possivelmente ali era a parte mais pobre do cemitério e que acolhia os moradores de baixa renda que não podiam enterrar seus entes nos níveis mais altos do lugar, em túmulos de mármore ou granito bem localizados. O que Natalie faria então? Seguiria pela gruta mausoléu ou descansaria o bastante e retornaria para o trajeto alagado?

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Mensagem por Shianny Ter Dez 03 2019, 16:32

O ar gélido que a atingiu em violenta lufada assim que adentraram a gruta, sinceramente, não foi uma grande surpresa. Era verdade que em algum canto de seu coração, existia a esperança de que o interior da gruta fosse um pouco mais quente do que o lado de fora mas, bem, também tinha consciência de que abandonar uma área onde se está constantemente recebendo a umidade da chuva para entrar em um local seco e desprotegido contra a ventania era mais que suficiente para que o frio praticamente esquecido retornasse com força total contra sua pele já álgida. O fato, porém, não foi suficiente para impedi-la de tirar um tempo apenas para respirar, descansar as pernas e, principalmente, clarear as ideias. Não tinha certeza quão difícil seria seguir a trilha alagada que seguia na lateral do monte, mas também não sabia se valeria a pena tentar buscar alguma outra que estivesse em melhores condições: Sabe-se lá quanto tempo demoraria, ou sequer se seria capaz de, de fato, encontrar outro caminho.

Ao adentrar o local, não prestou atenção aos arredores em um primeiro momento - porém, se tornou impossível não fazê-lo após alguns longos segundos parada no mesmo lugar, enquanto seus pokémons se livravam da água acumulada sobre suas pétalas/capa de chuva e também tiravam seu tempo para relaxar, após tanto esforço de batalhas e de constante caminhada ao longo da 121 e, até o momento, de parte do monte que, imponente, se erguia bem debaixo dos seus pés. Enquanto os olhos gradualmente se acostumavam com a escuridão (além dos casuais raios que caíam, distantes, e iluminavam parcialmente o interior do local), a primeira coisa que a visão captou foi o archote apagado e apoiado na parede. O cenho se franziu com sutileza: Por qual raios de motivos existiria uma tocha em uma gruta qualquer no meio do  caminho rumo ao cume do Pyre?

A resposta logo veio à sua mente: Não era uma fenda qualquer, descobriu, quando o corpo se bateu contra um pequeno formato meio esférico: Os dedos exploraram a área, e não demorou a perceber que se tratava de uma gaveta - mas não só isso! Felizmente, o cérebro "pescou" a lembrança de que o local que estavam não somente se tratava de um monte para escalar mas, bem, guardava em suas vísceras um gigantesco cemitério de sabe-se lá quantas gerações. Feliz havia sido esse fato pelo único motivo de que a imagem se apossou de seus pensamentos antes que os dedos trabalhassem para puxar a maçaneta e, bem, seu interior provavelmente não seria a coisa mais agradável de se deparar.

Afastou-se. Os orbes percorreram o breu por alguns segundos e, então, fez o mais óbvio: Visto que não possuía fogo para acender o archote (e talvez nem conseguisse fazê-lo, de qualquer maneira), libertou seu elétrico companheiro para iluminar o caminho. Imaginava que o fantasma também poderia se tranquilizar naquela área, visto que, bem, tecnicamente era uma assombração por si só. Com a luz que emanava constantemente do assexuado, pôde enfim percorrer as pupilas pelo longo corredor que se encaminhava cada vez mais em direção às entranhas do monte, seguindo para sabe-se lá onde. Em primeiro momento, porém, não seguiu caminho: Se deu ao luxo de analisar melhor o local onde se encontravam, agora com uma iluminação apropriada para fazê-lo e, mais importante, tirou um tempo para realmente descansar.

Passou-se algum tempo, enquanto refletia sobre as possibilidades que tinha em mãos. Observando o corredor mortuário que parecia não ter fim, a ruiva enfim decidiu-se: Ainda que a área fosse um pouco mórbida, acima de tudo, era seca, e se tivesse sorte poderia encontrar alguma trilha mais favorável para escalada rumo ao topo do monte. Resolveu seguir pelo projeto de mausoléu "natural" e, se não encontrasse nada, sempre poderia retornar para verificar se a torrente de água havia, no mínimo, diminuído.

Aliás, no meio do caminho, teve a sensação de sentir a mochila se remexer, de leve...
...Descartou o pensamento: Devia ser só impressão, certo?

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Mensagem por Pagliacci Ter Dez 03 2019, 16:50

Uma Tempestade Lendária!

Estando ciente de onde estava exatamente, Natalie pareceu ter clareado ainda mais as suas ideias. Se ela ainda cogitava sair de volta àquela chuva e retomar a difícil escalada em meio a uma forte correnteza, essa opção provavelmente havia dissipado-se... Mesmo não sendo exatamente quentinho como gostaria, os túneis eram uma opção seca e mais segura, se conseguisse continuar através deles é claro. E para isso, a treinadora lançou mais uma de suas criaturas para fora de sua Poké Ball, dessa vez o fantasmagórico Rotom, que emanava naturalmente uma luz eletrizante enquanto possuía o barulhento cortador de grama.

Com a criatura na liderança, a garota continuou através do túnel até alcançar uma curva fechada em L, para a direita. Durante todo o trajeto as paredes, dos dois lados, mostraram-se carregadas de gavetas mortuárias, confirmando totalmente a teoria inicial. Além do mais, no novo corredor, uma luz emanava de uma entrada à direita, enquanto a frente havia uma nova saída como aquela por onde entrou, que a levaria para outra trilha talvez tão perigosa quanto a anterior. De todo modo, ainda havia um local iluminado a observar.

Rotom mais uma vez assumiu a dianteira, deslizando pelo chão de terra batido e bem conservado até parar de frente para a tal entrada. O Pokémon observou por um tempo e colocou parte do corpo para dentro, voltando em seguida para avisar - a sua maneira - de que tudo parecia tranquilo por ali. Se Natalie seguisse o Pokémon, encontraria um salão espaçoso, mas sem muitos detalhes. Havia piso e uns túmulos bastante simples. A infra-estrutura não era a das melhores, nem parecia ter sido bem cuidada recentemente, mas ainda era melhor do que os meros túneis. Além do mais, havia uma escada que subia e outra que descia, para níveis diferentes do cemitério.

Apesar do som alto de Rotom e do barulho abafado da chuva, se Natalie tivesse um pouco de atenção também ouviria algo como um choro ecoando do piso superior e no mais, todo o ambiente parecia abandonado. Sem funcionários ou visitantes. A iluminação era feita por archotes, que aqui, não estavam apagados e traziam uma sensação de calor bem agradável. Para complementar ainda mais a situação atípica, a mochila de Natalie parecia começar a brilhar, vazando luz pelas pequenas aberturas e emitindo puxões curiosos. Como a garota lidaria com a situação e para onde iria em seguida?

Progresso da Rota:
Pagliacci
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Especialista Flying II

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