Sinceramente, todo o desenrolar do combate parecia bom o suficiente para seu lado - e, levando em consideração todo o histórico que costumava ter naquele tipo de situação, talvez estivesse até demais. Se parasse para refletir um pouco sobre isso, talvez seu coração houvesse denunciado que alguma coisa não estava "nos eixos", entretanto, não foi necessário. Sem sequer receber o luxo de comemorar ou se deleitar com a vitória desenterrada, o que interrompeu qualquer pensamento que pudesse ter foi a exibição do salão da consequência dos brutais tremores provocados pela força estrondosa de Nidoking; O primeiro alarme que recebeu foi o barulho altíssimo que denunciava o desabamento (por mais mínimo e parcial que fosse) e, sinceramente, não precisou de muitos mais. Em uma reação instantânea, o olhar se esquivou para cima e, ainda que enxergasse a coluna deslizando e tombando em sua direção, o único ato que pôde - e conseguiu - fazer contra a situação se resumiu a um aperto forte das pálpebras e uma contenção imediata da respiração.
Ouviu, então, o sonoro e pesado tombar das rochas. Os ombros retesados eram um ótimo resumo da própria situação no momento e, com hesitação, os orbes acinzentados arriscaram forçar sua liberdade. Não compreendeu de imediato ao ver a proximidade repentina de seu bípede arroxeado, mas o alívio foi o primeiro sentimento que a atingiu em pancada violenta ao aperceber-se da estrutura que o roedor suportava sobre seus ombros. Devagar, os pés recuaram para que não atrapalhasse de o companheiro se livrar daquele peso (principalmente considerando os machucados que já se espalhavam pro seu corpo!) sobre si, entretanto, não encontrou tempo para agradecer. Não por acreditar se tratar de algo insignificante: Pelo contrário!
Na verdade, o que aconteceu foi que o olhar passeou pelo salão, confuso, apenas para se deparar com seu vazio. No canto do salão, entretanto, captou a imagem do rapaz que anteriormente se impunha com tanta grandeza contra si: Mas não foi sua tentativa de fuga que fez gritar todas as células de seu corpo, tampouco algum tipo de risco que ele poderia apresentar ao fantasminha que agora o perseguia, e sim a percepção da estrutura bamba logo acima do menino.
— Cuid...!
...Dois segundos.
Dois benditos segundos era todo o tempo que hesitara ao se pronunciar: E também era tudo o que o universo precisava para cumprir seu papel. Fosse destino, acaso ou azar, tanto fazia - tudo o que pôde fazer foi assistir, imponente, o choque grotesco da estrutura solta contra o chão e, tal como a coluna fizera, o grito que rasgou o ar também o fez com o seu coração. O silêncio após a queda imperou do mesmo jeito que a nuvem de poeira que se espalhou numa explosão incômoda pela área próxima ao tombo das rochas - e, nos primeiros momentos, não reagiu.
Foram precisos alguns bons e demorados segundos antes que os passos se arriscassem à frente. Não por consciência própria, longe disso: Eram um movimento automático, que a arrastaram na direção dos escombros aparentemente amontoados. O mesmo sentimento que a atordoava há momentos atrás retornava e, desta vez, com um impacto que crescia gradual e exponencialmente - a garganta seca, o embrulho no estômago que se apertava e confundia a cada passo que arriscava para próximo do espaço de colisão. Agitado, o olhar percorria os escombros enquanto o véu de partículas que havia se erguido começava a se assentar vagarosamente, em busca de... Alguma coisa.
Qualquer coisa.
Qualquer uma!
...Ou nenhuma.
Sim - talvez nenhuma fosse melhor.
Ouviu, então, o sonoro e pesado tombar das rochas. Os ombros retesados eram um ótimo resumo da própria situação no momento e, com hesitação, os orbes acinzentados arriscaram forçar sua liberdade. Não compreendeu de imediato ao ver a proximidade repentina de seu bípede arroxeado, mas o alívio foi o primeiro sentimento que a atingiu em pancada violenta ao aperceber-se da estrutura que o roedor suportava sobre seus ombros. Devagar, os pés recuaram para que não atrapalhasse de o companheiro se livrar daquele peso (principalmente considerando os machucados que já se espalhavam pro seu corpo!) sobre si, entretanto, não encontrou tempo para agradecer. Não por acreditar se tratar de algo insignificante: Pelo contrário!
Na verdade, o que aconteceu foi que o olhar passeou pelo salão, confuso, apenas para se deparar com seu vazio. No canto do salão, entretanto, captou a imagem do rapaz que anteriormente se impunha com tanta grandeza contra si: Mas não foi sua tentativa de fuga que fez gritar todas as células de seu corpo, tampouco algum tipo de risco que ele poderia apresentar ao fantasminha que agora o perseguia, e sim a percepção da estrutura bamba logo acima do menino.
— Cuid...!
...Dois segundos.
Dois benditos segundos era todo o tempo que hesitara ao se pronunciar: E também era tudo o que o universo precisava para cumprir seu papel. Fosse destino, acaso ou azar, tanto fazia - tudo o que pôde fazer foi assistir, imponente, o choque grotesco da estrutura solta contra o chão e, tal como a coluna fizera, o grito que rasgou o ar também o fez com o seu coração. O silêncio após a queda imperou do mesmo jeito que a nuvem de poeira que se espalhou numa explosão incômoda pela área próxima ao tombo das rochas - e, nos primeiros momentos, não reagiu.
Foram precisos alguns bons e demorados segundos antes que os passos se arriscassem à frente. Não por consciência própria, longe disso: Eram um movimento automático, que a arrastaram na direção dos escombros aparentemente amontoados. O mesmo sentimento que a atordoava há momentos atrás retornava e, desta vez, com um impacto que crescia gradual e exponencialmente - a garganta seca, o embrulho no estômago que se apertava e confundia a cada passo que arriscava para próximo do espaço de colisão. Agitado, o olhar percorria os escombros enquanto o véu de partículas que havia se erguido começava a se assentar vagarosamente, em busca de... Alguma coisa.
Qualquer coisa.
Qualquer uma!
...Ou nenhuma.
Sim - talvez nenhuma fosse melhor.