[Mirror's Echo] – Route 121/Mt.Pyre –

Uma Tempestade Lendária!

Notando um leve agitar "vivo" por entre as rochas, Natalie desviou seu olhar do tempestuoso horizonte e tratou de tentar identificar o que havia por ali... Não era a coisa mais fácil do mundo decifrar a criatura, mas provavelmente tratava-se de um Pokémon e sabendo disso e do surgimento de espécies exóticas, a ruiva aproximou-se. Nesse instante, para a sua surpresa, mais um espécime de mesmas características surgiu pelo outro lado da pedra, arrastando-se tão vagarosamente que acompanhar seu movimento só podia causar sono... Mas não parou por aí, mais dois deles deram as caras, contornando ainda a mesma rocha em que Natalie se encontrava, até que finalmente agiram!

— Hahaha! Isso vai ser interessante! — Disse Brooklyn, sentando-se na posição de lótus sobre uma das pedras, observando como a treinadora que a acompanhava reagiria agora que, de uma só vez, com bastante sincronia, as quatro "serpentes cegas" saltaram na direção da ruiva, agarrando-lhe os braços e pernas. — Naville, fique atenta aos arredores porque eu não quero terminar igual uma personagem de Hentai — Complementou a menina de cabelos azuis, colocando a mão sobre a boca e dando uma risadinha debochada, ainda assistindo a situação nada agradável em que a outra se encontrava.

Se Natalie tentasse se mover, notaria que aquelas criaturas eram resistentes ao agarrar sua vítima e mesmo que não fizessem exatamente força para apertar, não seriam tão fáceis assim de serem retirados. E bem... A surpresa final ficou por conta da revelação de que o esquadrão tentaculoso não passava de um único Pokémon, quando uma última "serpente" deu as caras, subindo na rocha junto de uma espécie de concha meio esférica e avermelhada. Além do mais, dessa vez, a criatura contia um rosto. Sua expressão não era raivosa, mas era evidente que não estava ali para fazer amizades. Diante da situação no mínimo.... estranha... Como Natalie reagiria? ◄

Uma Tempestade Lendária!

Enrascada - e enroscada - Natalie não teve outra saída a não ser chamar seus companheiros para o combate. Afinal, o olhar penetrante e sem expressão de Shuckle deixavam um tom de mistério no ar sobre suas verdadeiras intenções ao prender a garota de tal maneira. E a ruiva não teria piedade do inseto rochoso, já ordenando que Vileplume o envenenasse e depois absorvesse sua energia, enquanto Nosepass trataria de usar seu ataque de rochas para fazer com que Shuckle soltasse a treinadora... Imediatamente após os comandos, os dois Pokémon iniciaram a ação, mas o próprio adversário manteve-se praticamente imóvel, talvez tramando algo para uma reação.

— Parece que não tem mais muitos Pokémon interessantes por aqui.... — Dizia Brooklyn, mais para si do que para Natalie, observando o desenrolar da luta que a ruiva levava. Entretanto, Naville parecia ter sentido a aproximação de algo e sutilmente avisou sua treinadora com um breve e decidido cry, que facilmente lhe chamou a atenção. — Tem mais alguma coisa por aqui? Onde ser... — Disse a Monotreinadora, levantando-se e mal tendo tempo de terminar a frase, quando um Pokémon surgiu de baixo para cima, quebrando as rochas onde ela estava e levantando uma nuvem de poeira ao redor, que só poderia fazer a garota tossir. — Cof... cof... Surpreendente! Naville, fique na retaguarda! Shedinja, é a sua vez! — Disse Brooklyn, lançando o fantasma em campo para um combate paralelo.

De volta ao Shuckle, os dois Pokémon de Natalie dividiam-se para cercá-lo e facilitar o combate, mas a criatura não esboçou muita reação, apenas fazendo seu corpo brilhar levemente com uma aura avermelhada, como se a temperatura corporal houvesse aumentado bruscamente. Vileplume ignorou o ocorrido e apenas eliminou uma toxina diretamente sobre o adversário, que o envenenou instantaneamente. Nosepass veio logo depois, fazendo despencar uma pedra sobre um dos "tentáculos" que liberaram Natalie, deixando sua perna livre. Em seguida, o Gramíneo novamente agiu, absorvendo fortemente a energia do Pokémon, sem muito efeito sobre a sua energia, restando apenas ao Rochoso libertar mais um membro da ruiva, dessa vez um dos braços. O que Natalie faria em seguida? ◄


Campo: Uma grande rocha, grande o suficiente para ser ocupada por Natalie, Nosepass, Vileplume e também o Shuckle adversário. Chuva constante cai sobre o campo de batalha

Uma Tempestade Lendária!

— Esse pestinha vai se ver comigo! Shedinja, use um duplo X-Scissor! — Comandou Brooklyn para seu Inseto Fantasma enquanto o adversário misterioso simplesmente avançava em alta velocidade para ser o primeiro a atacar. Contudo, para a infelicidade da criatura, Shedinja não podia ser afetado por qualquer um de seus golpes e mesmo que ele se esforçasse muito, o resultado seria o mesmo. O Pokémon, agora claramente revelado como um coelho bastante engraçadinho, não teve nem muito tempo para compreender o que havia e já estava sendo golpeado com força num golpe em "X" do oponente, que o fez rolar algumas vezes no chão, até parar. Era evidente que isso se repetiria até o nocaute do selvagem.

Já na batalha de Natalie contra o Shuckle, diante da dúvida da real estratégia da tartaruga, a ruiva ordenou que seus companheiros usassem de ofensiva total para cima do adversário, afinal o nocaute era a melhor "saída" para aquela situação. Vileplume e Nosepass se prepararam para agir, mas foram surpreendidos pela reação inesperada do Inseto, que simplesmente lançou-se com tudo na direção do Rochoso, lançando uma onda de energia avermelhada, que o afastou de si imediatamente. Restou ao Vileplume continuar sozinho, aplicando um movimento de absorção, enquanto Nosepass, indginado, desobedecia sua treinadora para lançar uma onda eletromagnética sobre o corpo de Shuckle.

Apesar de ser quase um motim, o movimento do Pokémon de Pedra foi bastante assertivo. Além de paralisar o oponente, ele também deixou dormente seus braços e pernas alongados, que afastaram-se na mesma hora da treinadora, libertando-a de uma vez. O próprio Inseto, lutando contra a paralisia, ainda reagiu, repetindo o mesmo movimento de antes e recebendo mais uma dose de Absorção de Energia e Pedradas dos companheiros da ruiva, que deixavam o adversário bem perto de um nocaute. O que Natalie faria então para acabar de vez com essa batalha? ◄


Campo: Uma grande rocha, grande o suficiente para ser ocupada por Natalie, Nosepass, Vileplume e também o Shuckle adversário. Chuva constante cai sobre o campo de batalha

Uma Tempestade Lendária!

Com apenas dois golpes, o Inseto Fantasma de Brooklyn havia decidido o combate contra o selvagem, que agora jazia sobre a rocha, completamente nocauteado. Suas orelhas longas - a principal arma de seu corpo -caíam sobre a pedra indicando que não haveria mais o que fazer para a luta. A Monotreinadora então, apertou o botão central de sua cápsula e lançou uma esfera na direção da criatura, que quase instantaneamente foi sugado para dentro e não tentou reagir, sendo capturado com perfeição pela garota — Bem, vou levar você pela AUDÁCIA de me atacar... Hunf... Volte Shedinja!— Murmurou Brooklyn, terminando com as duas Poké Balls em mãos antes de guardá-las.

Voltando para Natalie e sua dupla de companheiros, era o momento de encerrar o confronto de uma vez por todas. Mais uma vez a ruiva ordenou os ataques para seus Pokémon, apesar de Nosepass não estar ainda nada feliz por ter sido o "saco de pancada" da vez. A criatura nem sequer avançou em um movimento de interceptação do alvo como das últimas vezes e manteve-se distante, apenas observando. O Gramíneo então tratou de agir sozinho, aproveitando a morosidade do adversário para absorver parte de sua energia. Como o Rochoso não atacou, o contra-ataque de Shuckle foi todo direcionado para Vileplume, acertando-o violentamente.

Por sorte o Pokémon do tipo Grama era bastante resistente e teve ainda força suficiente para revidar mais uma vez, absorvendo até a última gota de energia do Shuckle, que caiu nocauteado sobre a rocha que servia de campo de batalha. Já Nosepass, emburrado, encontrava-se de costas para tudo o que acontecia, deixando Vileplume um tanto magoado pela reação. Mesmo depois do combate os dois Pokémon mantiveram-se distantes e talvez tivessem algum problema para interagir se Natalie não fizesse nada. Além do mais, Shuckle estava ali pronto para ser capturado se assim a ruiva desejasse. Sendo assim, o que a treinadora faria? ◄

>> Vileplume recebeu 585 EXP e +1 pontos de
felicidade!

>> Nosepass recebeu 585 EXP, +3 pontos de felicidade pela batalha e +2 pontos de felicidade pelo Soothe Bell!

Campo: Uma grande rocha, grande o suficiente para ser ocupada por Natalie, Nosepass, Vileplume e também o Shuckle adversário. Chuva constante cai sobre o campo de batalha

Uma Tempestade Lendária!

Era evidente que, com o fim da batalha, o clima no ar entre todos os presentes havia ficado bem estranho, pelo menos no núcleo que envolvia Natalie, Nosepass e Vileplume. Os Pokémon viravam as costas um para o outro e apenas Natalie tentava resolver a situação, mesmo que isso também significasse dar um esporro meteórico em Nosepass. Algo mais plausível agora que ele havia esquecido como se explodir por aí... Durante todo o sermão o Pokémon manteve-se quieto, mas em certo momento seu nariz começou a piscar em uma coloração amarelada, que não era possível de se identificar o real sentido. Antes o Rochoso até mantinha-se envergonhado pelas palavras da ruiva, mas agora parecia bastante incomodado, talvez por não entender completamente a dinâmica das batalhas ainda.

Na verdade, quem melhor reagiu às palavras de Natalie foi o Vileplume, que certamente tinha um coração "mole" e terminou por abraçar a garota ao vê-la tão indignada pelas atitudes do Pokémon de Pedra, que provavelmente tinha um coração do mesmo tipo. Eram situações difíceis, mas que faziam parte da construção da personalidade de cada uma das criaturas e da relação que a ruiva tinha para com cada uma delas. Afinal, só se conhece o outro quando se vivencia muitas situações diferentes, não é mesmo? De todo modo, a garota tratou de curar os dois Pokémon com mais Poções, de um estoque que esgotava-se mais rapidamente do que ela gostaria... Em seguida, lançou uma Poké Bola na direção do nocauteado Shuckle.

— Dramático... Mas pelo menos um problema resolvido. Agora... Resta irmos até aquele Mt. Pyre e descobrir tudo o que está acontecendo... — Disse Brooklyn com as mãos na cintura, observando o fenômeno meteorológico tão singular. A Monotreinadora não viu nem o momento em que Shuckle escapo da Poké Bola de Natalie e começou a tentar fugir... A garota então lançou outra esfera, que mais uma vez o sugou para seu interior, agitou-se intensamente e pela segunda vez, espatifou-se, revelando a face do Inseto agora levemente irritada, apesar de ainda com muito pouca expressão. A ruiva não tinha outra escolha a não ser lançar a terceira cápsula, que dessa vez ficou agitando-se desesperada por muito mais tempo até finalmente parar e desaparecer no ar com o Shuckle, enviado diretamente ao Storage.

— Hum? Vamos logo! O que estamos esperando? Quero chegar o quanto antes! — Dizia Brooklyn, rindo e correndo agora sobre as rochas, saltando de uma para a outra na companhia de Sneasel, apressando-se bem antes da treinadora na direção desejada. Já Natalie demorou-se, mais uma vez reforçando o sermão para Nosepass, que a olhou por um tempo e simplesmente parou de piscar seu nariz, mas sem a reação que seria esperada de talvez.... Arrependimento?. Até Minccino deu as caras para ver o que estava acontecendo, mas não emitiu nenhum juízo de valor, apenas observou, enquanto todo o grupo começava a caminhar e seguia Brooklyn - que já estava muito distante, observando o mar pensativa - pelo resto do trajeto, até finalmente chegar na orla da faixa de água que separava a Rota 121 do Mt. Pyre.

— Bem... DECIDIDO! Eu irei encontrar um Barco e atravessar por conta própria... Acho que é aqui que nos separamos! Foi um prazer conhecê-la Natalie! Nos esbarramos por aí do outro lado, talvez... Boa sorte na sua caminhada, acho que você e eu também iremos precisar — Disse a menina, curiosamente mais séria do que quando afastou-se, sem nem olhar para a treinadora que chegava. Agia de uma maneira bastante repentina... Ela olhava a todo momento para o Mt. Pyre e para as terríveis ondas que chocavam-se contra a terra, algumas vezes quase acertando-as quando avançavam demais sobre o continente. E então, em segundos, a menina de cabelos azuis tão estranhamente quanto chegou, partiu após dar uma última olhada para a ruiva, complementando com uma piscadela misteriosa. Estaria ela tramando algo secretamente? Enfim... Agora Natalie estava sozinha novamente e precisava decidir como chegar ao seu destino. O que a treinadora faria? ◄