Os velhos olhos vermelhos
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Os velhos olhos vermelhos
E assim se iniciou mais um dia de verão. Apesar de estar cedo, o sol já mostrava suas garras, espalhando-se pelas docas e ruas da cidade de Slateport. Um jovem garoto chamado Linus morava na parte baixa da cidade, conhecida por ser mais próxima ao oceano, na qual tudo o que se ouvia nesse horário, além da gritaria matinal dos Wingulls, o que se destacava era o som das carroças. Era sábado de manhã, um dos dias mais movimentados da Feira Municipal, e todo mundo que tinha um espaço lá pra vender suas coisas se aprontava na correria, correndo com caixas para lá e para cá. Esse era o caso do pai de Linus, acordava sempre antes do sol nascer, fazia o café e logo em seguida ia para a horta regar e quando com sorte, colher algumas berrys fresquinhas. A mãe usualmente acordava lá para o meio da manhã, pois sempre dormia tarde devido ao seu trabalho como engenheira naval chefe no Porto; entretanto, no dia de hoje acordou um pouco depois de seu marido para preparar a mochila e as roupas de seu filho.
Era chegado o dia em que finalmente o garoto iria aplicar os conhecimentos adquiridos todos esses anos. Os resultados dos últimos testes tinham chegado e foram motivos de comemoração durante quase toda a última semana, até sua avó com problemas nos joelhos fez um esforço para atravessar o oceano e vir comemorar. Junto com ela veio Charlie, o Horsea, que permaneceu agitado quase todo o tempo. Mas voltando ao dia de hoje, Linus decidira que partiria para sua jornada pokémon. Acordara aproximadamente as 8 da manhã, escovou os dentes, deu arrumada no cabelo e desceu para a cozinha, onde passou uns 30 minutos ouvindo conselhos de sua avó enquanto fazia carinho no Horsea. Sem muita delonga, subiu para o quarto e pegou a mochila, verificando se havia um guarda-chuva e um casaco presentes.
Ao descer novamente para o andar debaixo, verificou que a casa se encontrava vazia e ao sair para o jardim, todos estavam lá. Parecia mais uma das festas que rolaram na última semana, só faltaram os sucos e doces e as conversas jogadas fora, porém dessa vez todo mundo esperava pelo menino em silêncio. Linus olhou nos olhos de seus pais e de sua avó e sem conseguir pronunciar qualquer palavra, os abraçou e chorou. Após alguns minutos, os sorrisos voltaram a aparecer e chegara a hora dele partir, foi aí então que a mãe decidiu quebrar o silêncio:
- Linus, o assistente do Professor Birch está te esperando no portão. Boa sorte em suas escolhas!
Dirigindo-se ao portão, Linus não sabia muito o que esperar do momento, estava muito ansioso por aquilo, mas agora que está acontecendo o peso só parecia maior.
- Bom dia! Me chamo João, prazer! Como sua mãe já deve ter dito, sou assistente do professor Birch e venho aqui para entregar alguns itens essenciais para sua jornada e lhe dar a chance de escolher seu pokémon inicial. Tenho aqui três opções: Torchic, do tipo Fogo, Mudkip, do tipo água e Treecko, do tipo planta. Já pensou sobre qual irá escolher?
Após ficar minutos refletindo sobre qual escolha fazer, um vulto assustou o iniciante. Algo esbarrara nele e com seus reflexos conseguira segurar o que quer que isso seja. Ao olhar para seus braços viu Charlie o encarando. Ficaram assim por minutos, nunca tinha reparado no quanto aqueles olhos eram vermelhos e cintilantes, exalavam determinação. Foi aí que seus problemas de indecisão foram resolvidos.
- João, acho que não vou querer nenhum dos três. Meu amigo aqui esteve comigo esse tempo todo, seria injusto deixá-lo para trás.
- Faz sentido! Aceite esses itens e peço que nos ajude com nossa pesquisa, o professor, como você deve saber, estuda os pokémons e suas evoluções e para que nosso trabalho possa continuar coleta de dados são necessárias, portanto aceite esta pokedex. Esse é um aparelho que registra e possui informações sobre os diferentes tipos de pokémons, prometo que vai ajudá-lo bastante! Além disso, utilize uma das pokebolas para guardar o Horsea, pois assim poderão, diríamos, "oficializar" essa nova amizade. - Dito isso, Linus colocou a esfera na frente de horsea, pois ainda não sabia muito como manuseá-la. Ficaram alguns minutos até que o assistente veio e mostrou que tinha um botão que deveria ser apertado. Charlie então entrou. E assim, ela começou a girar... Foi uma sensação estranha, nunca antes sentida, a ansiedade subia, mas era uma ansiedade boa, e após alguns segundos a luz que piscava cessou. Era isso, podia parecer bobo, mas a nova fase começou de verdade, é isso que é se tornar um treinador pokémon?
A despedida que veio a seguir foi rápida, depois de alguns abraços e beijos, os dois novos (ou velhos) companheiros seguiram em direção ao portão. Só esperaram ouvir a batida da porta da frente, lágrimas escorreram novamente e não havia mais o que fazer, era seguir para a saída da cidade.
- LinusMonotrainer - Water
- Alertas :
- TyrantEspecialista Grass II
- Alertas :
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