Hefesto (Onix) concluiu o treino com sucesso, e aprendeu o movimento Rock Slide! Hefesto recebeu 131 de experiência e +2 de felicidade, subindo para o nível 8.
Treinar não era tão difícil quando os pokémons envolvidos precisavam apenas acumular uma energia que era tão conhecida por eles. Tanto Gible quanto Nidoqueen possuíam essa breve vantagem; Ambos os animais apenas sorriram com suavidade diante das instruções de Raiko, e fecharam os olhos para que pudessem se concentrar apropriadamente.
_________________ O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
Visto a facilidade com a qual seus parceiros conseguiam acumular tal tipo de energia, o jovem de cabelos verdes decidiu continuar a orientá-los naquele treinamento.
- Isso, vocês estão indo muito bem! – Elogiou. – O movimento Earthquake consiste em criar um poderoso terremoto. Então, peguem toda a energia que juntaram e a liberem num único golpe no chão com toda a sua força.
Dito aquilo, Raiko ficou a observar seus parceiros, tentando identificar quaisquer problemas que tivessem naquela etapa.
Com um novo time em mãos fui até o campo de batalha e liberei Espeon e Clefable, os dois Pokémon deveriam treinar seus novos movimentos para estarem preparados para a próxima rodada do Battle Tower.
- Bem vejamos, Hero vai treinar Light Screen. Olha eu acho que não deve ser muito dificil. O conceito do golpe é exatamente a mesma coisa que do Reflect, porém dessa vez ele vai cortar pela metade o poder de golpes especiais. Faça a tela de luz e vejamos o que você consegue.
Em seguida me virei para a fada que aguardava as ordens.
- Certo, você começa com Calm Mind. Concentre-se e acalme-se, tente reunir toda a energia que você tem e aumentar seu ataque especial e sua defesa especial. Você deve fazer quase como se entrasse em um estado de transe. Tipo ioga, sabe? - disse para Kimberly.
Após Thomas e seus amigos ensinar os TMs para seus pokémons, fui para um banco dentro do Centro Pokémon para poder conhecer melhor o Eevee que havia nascido há algum tempo. Não sabia para o que evoluir ele, eram tantas opções que me faziam ter dúvida no que ele viraria. O pokémon dormia em meu colo por algum momento até acordar lentamente, deu um longo bocejo e olhou para mim.
-Bom dia, garoto. - cumprimentei-o sorrindo. O bebê respondia-me com um sorriso tímido vindo a esconder seu rosto com sua cauda em seguida. Era cena engraçada e um tanto quanto fofa, ele realmente era bem tímido, mesmo perto de mim. Assim como da vez em que nos conhecemos, no dia em que ele saiu do ovo, começou a abaixar seu rabo e a lentamente olhar para mim, mas não com coragem de me ver nos olhos, já havia percebido que ele se dava melhor com pokémons do que com pessoas, como ele reagiria aos cinco ovos que eu carregava comigo? A resposta veio em seguida. -Você.. é uma figura, sabia? - foi o que eu disse após ele pular de meu colo e começar a se esfregar nos ovos. Resolvi deixar ele brincar um pouco com os futuros bebês antes de fazer outra coisa.
A sincronia dos terrestres - considerando que o pobre Gible perdia bem mais em velocidade de reação - chegava a ser bonita de se ver. Seus progressos eram bem similares, sinceramente; Na hora de emanar a energia contra a terra, a única diferença foi que o dragão deu um pulo e a venenosa simplesmente bateu o pé no chão. A energia que ambos acumulavam, entretanto, mera e somente se dissipou, sem efeito algum.
/ / Hero também era outro que tinha um pouco de facilidade. Porém, a psíquica não tinha muita certeza de como simplesmente transformar a serventia do movimento, então tudo que fez foi refazer seu costumeiro Reflect em frente ao corpo, o olhar em busca de seu treinador na esperança de mais instruções.
Kimberly, por outro lado, não tinha a menor ideia do que estava fazendo. A fada coçou o rosto e demorou alguns segundos pensando nas palavras de Thomas, mas acabou dando de ombros e tentando se concentrar. Pelo menos acumular energia era algo que sabia fazer, né?
Enquanto isso, em outro ponto distante do eeveerso, um Ranger de vício oculto por raposinhas marrons se deleitava com a presença de um dos tantos que mantinha em sua posse. O pequenino possuía uma falta de jeito singular e, pelo menos até onde podia perceber, não seria fácil "dissipar" aquela timidez. De todo modo, não era um problema imediato e, àquela altura, nem chegava a ser um problema. O quadrúpede se distraía observando os ovos em processo de chocagem, um olhar curioso enquanto movimentava um e outro com a pata para lá e para cá.
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Infelizmente, logo que atingiram o chão, a energia havia sido dissipada, não concretizando aquele movimento. Parecia que, aos olhares do jovem de cabelos verde, faltava certa manipulação da energia, onde de fato deveriam concentrá-la e emiti-la de maneira bruta.
- Estamos quase lá. – Comentou Raiko. – Dessa vez, após acumularem toda a energia, tentem condensá-la e usem sobre o chão na intenção de criar um impacto, talvez formando o o mini terremoto que queremos.
Apesar de tímido, era curioso, duas características de sua personalidade que se diferenciavam muito, não é? Qual das duas costumava predominar sobre a outra? Era difícil dizer, pois uma hora ele se escondia atrás de sua cauda, em outra já estava brincando com os ovos em processo de chocagem. -Aproveite para brincar, eles não vão continuar sendo ovos pra sempre. - o Eevee não ligou muito, continuou colocando suas patas enquanto era observado.
-Ele é bem fofo, não acha?
-Hã?
Uma voz feminina e familiar me fazia uma pergunta, então ao olhar para frente vi alguém com quem não me encontrava há muito tempo... antes até mesmo de começar a minha jornada. No susto, acabei pulando para trás e acertando minha cabeça na parede, o resultado disso foi Eevee ter se assustado e se escondido atrás dos ovos além de chamar a atenção de quem estava em volta e notou a cena.
-Você tá bem?
-Ah, sim, tô bem. Só acho que não vou conseguir pensar direito em algo importante chegando, mas tá tudo tranquilo.
A pancada foi forte, mantive pressionando minha mão à área da pancada, provavelmente não iria doer por muito mais tempo, mas me incomodava no momento. Alguns se passaram e Eevee saiu de seu "esconderijo" e veio em direção a mim, subindo em meu ombro e se esfregando na região onde doía, era um jeito de demonstrar sua preocupação.
-Ele é mesmo fofo, não é? Mas... não vim aqui só pra falar dele. Podemos conversar?
-Claro, acho que... temos que colocar o assunto em dia.
Hero até tentava utilizar o Light Screen de maneira certo, mas o máximo que ele conseguia era um Reflect. Bom, não dá pra dizer que era muito diferente né? Era quase isso afinal.
- Acho que está no caminho certo, esse é um bom começo. Agora tente focar no poder da sua defesa especial na sua joia. Tente criar um tela de luz que te proteja de golpes como Psychic e Flamethrower.
Deixei que Espeon continuasse treinando e virei minhas atenções para a fada. Kimberly aparentemente tentava concentrar energia em seu corpo, o que aparentemente não era tão fácil como eu imaginei. Porém ela parecia ter um bom avanço.
- É bem isso, tente concentrar energia especial em seu corpo e assim aumentar seu stats, sei que você pode fazer isso.
As novas ordens eram um pouco confusa aos monstrinhos - e isso ficou explícito pela maneira como um ponto de interrogação praticamente se desenhou nas expressões de cada um dos pokémons. Se entreolharam, grunhiram alguma coisa entre si e começaram a acumular energia outra vez. Com um novo pisão - ou pulo -, um leve tremor se espalhou pelo terreno.
/ /
Apesar da teoria parecer simples, a prática era complicada para os dois monstrinhos - ou, bem, pelo menos para um deles. Hero era capaz de concentrar sua energia, mas tudo que conseguia fazer era sobrepor o Reflect já ativo de maneira inútil. Faltava um "quê" que o quadrúpede não era capaz de pensar na hora.. Kimberly, por outro lado, pacientemente acumulava mais e mais suas energias. Alguma hora devia fazer algum efeito... Ou não?
Era engraçado como as coisas escalavam velozmente de oito à oitenta; Uma cena pacífica do amarronzado dormindo no colo de seu treinador eventualmente se modificou para cutucadas curiosos nos pokémons que ainda não haviam chocado e, de repente, sua preocupação se resumia à se esconder da desconhecida que havia gankado e também de verificar o estado de seu treinador, que simplesmente sentou com a cabeça na parede. Apesar de esfregar a área onde Torres havia batido, o canino parecia receoso diante da nova presença, e simplesmente se enrolou por trás da nuca do Ranger, em uma boba tentativa de desaparecer de vista.
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-Então... O que andou fazendo esse tempo todo, Mei? - a garota era Mei, minha amiga de infância e que havia prometido competir comigo para ver quem cresceria mais em sua jornada. Apesar de ela ter conseguido seu inicial, um Squardo, primeiro que eu, não conseguiu treinar como queria tendo em vista que seus pais não a deixaram sair de casa até chegar a uma certa idade, isso me deu uma vantagem sobre ela, eu acho. Bem, pelo menos foi o que ela me disse nesse curto tempo em que nos reencontramos.
-Depois daquilo que aconteceu com a nossa casa, eu vim pra cá com minha família. Como eu disse, eles não queriam me deixar, então eu... eu... eu fugi, tá bom? Peguei minhas coisas e meti o pé... Que foi? - a garota viu minha expressão de desaprovação, logo tentou se defender -Eu não sumi assim do nada, eu deixei um bilhete, tá bom? Não é como se eles não soubessem que eu tô viajando por aí.
-Mas... você não devia sair assim, depois da enchente eles podem ficar preocupados de verdade e... - fui interrompido.
-Que nada! Meu irmão tá lá com eles, podem se virar lá com ele. Eu volto... um dia. Mas vamos para de ficar me julgando, vamos falar desse bichinho felpudo atrás de você.
Eevee já havia percebido o quão doida Mei realmente era, e para alguém como ele não seria fácil se acostumar com uma menina como aquela, foi difícil até para mim quando éramos crianças -É um bebê, nasceu faz algumas semanas, ainda não sei em que evoluir ele, acho que ainda vai levar um tempo, enquanto isso eu tento fazer ele perder a timidez... E acho que você não tá ajudando muito com isso.
Mei ficou quieta por um instante, até notar que sua atitude invasiva estava fazendo o bebê se esconder dela -Ah! Desculpa! Acho que tem um jeito de consertar isso. Ele parece gostar mais de pokémons do que de gente, né? Então acho que ele precisa de um amigo furry.
-... Furry?
-Significa peludo. Não me atrapalhe, eu tenho alguém que vai fazê-lo se sentir muito bem à vontade - Mei pegou uma de suas pokébolas e liberou o pequeno Vulpix -Acho que você já conhece, não? É hora do Eevee conhecer. Vamos lá fora para eles brincarem um pouco.
-Mei... - ela já sabia a pergunta que eu ia fazer -Você... trouxe o mascote da sua família com você, não é?
-Se eu trouxe o mascote? Hehehe... hehehe... hehe... Chega de conversa! Vamos lá fora.
A garota pegou Vulpix no colo e correu para o lado de fora enquanto eu a seguia com Eevee em meus braços junto dos ovos muito bem incubados presos a mim que dava muito certo no mundo pokémon enquanto gritava que ela não devia fugir de casa e levar o mascote da família junto. Ela me escutaria? Provavelmente não, mas resolvi ir atrás dela mesmo assim.