Pokémon Mythology RPG 13
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Capítulo 23 - Desbravando a Tormenta [Luch]

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Capítulo 23 - Desbravando a Tormenta [Luch] - Página 6 Empty Re: Capítulo 23 - Desbravando a Tormenta [Luch]

Mensagem por Pagliacci Sex 24 Jan - 2:16


Mantinha-me sério e compenetrado, até tentava evitar sorrisinhos sarcásticos, porque querendo ou não esse tipo de comportamento não me pertencia, não é mesmo? Não.. é.... mesmo...? Deixar a felina sair de sua Poké Bola foi uma atitude bem fácil reverberando o que meu coração mandava para os meus braços e mãos em forma de desejos sombrios, estalos de músculos, que só eu podia ver, sentir... É. Eu sentia que estava no controle de alguma forma, não acontecia sempre e eu não tinha a mínima vontade de abandonar essa posição. Ele podia fazer-se até de durão, mas todos nós sabíamos que sem Pokémon em condições de combate ele não era mais do que uma marionete diante das vontades daqueles que tinham. Quem poderia me julgar? Quem poderia me acusar?. Um lugar perigoso como esse, com chuva constante e raios tão de repente que podem só te matar e pronto, acabou. Era um cemitério MALDIÇÃO! CE-MI-TÉ-RIO! As pessoas vem aqui porque já estão  mortas, mortas por dentro ou por fora, que diferença faz. Se aquele parceiro demorar um pouco mais, estúpido como era certamente nem se lembrará de mim, ou pensará que fui mesmo uma assombração talvez?. Por que então não ir até o fim? Se uma árvore cai na floresta e ninguém está por perto para ouvir, ela fez barulho ou não? Se um ser humano inescrupuloso é torturado e morre no Mt. Pyre sem ninguém por perto para ouvir ou ver, ele foi assassinado ou só deixou de existir?

Enquanto meus pensamentos brincavam comigo e faziam questionamentos éticos que jamais imaginei fazer, o tal rapaz simplesmente mantinha seu comportamento de sempre, desafiador e cheio de frases tóxicas que deixavam a situação ainda mais deleitante para mim. Sorte minha que por fora eu era apenas uma estátua de mármore, observando a figura chiar e retorcer-se, como uma criatura que foi pega pela perna em uma armadilha de laço. Caso contrário, se Mey pudesse ler-me por inteiro, talvez corresse do Luch que ali existia ou largaria-se de vez nesse véu de morte e sangue que me cobria de dentro para fora, quem sabe? A única coisa de que tinha certeza era que a Meowth não recuaria diante de uma ordem dada. Apesar dos riscos e danos que pudesse causar ela foi em frente e adianta e adiante... E adiante... Um grito! Um grito soltou-se dos lábios do homem, ainda comedido, ingênuo, tímido, parecia brincar comigo e com minha vontade de ouvir mais. Fechei os olhos e agitei minha cabeça como uma onda, de um lado para o outro, como se ouvisse uma música pelos meus fones de ouvido, que na verdade não existiam. Pedia, aguardava, ansiava, mas nada veio. Abri os olhos então e o encarei com as pálpebras pesadas... Ele havia dito algo antes sobre não saber quem eu era para tentar exigir algo de alguém. Mas... Quem eu era mesmo, afinal? Levei então a mão até o pescoço e toquei minha própria tatuagem, mas nada senti. Estranho...

Com um olhar perdido, observando o nada distante a alguns metros de mim, para o lado contrário do rapaz, fiquei um pouco pensativo. Deixei que ele se expressasse, era sua vez de falar, de me dar alguma sugestão, dica. Parei por um tempo para averiguar. Seu corpo parecia emanar um calor pelo efeito do golpe recebido, não estava bonito, mas qualquer tratamento médico básico conseguiria deixá-lo novinho em folha, quem sabe para mais um dia perturbar um transeunte ou assediar uma menina, seja aqui ou onde é que quisesse estar. Enquanto isso, bravatas e mais bravatas saiam de suas bocas retensas. Ele dizia que eu era inútil sem meus Pokémon e por um instante, quase não aguentei segurar o sorriso. Era o tipo de coisa que alguém em desespero diria para tentar atrair atenção de uma pobre alma apegada aos conceitos de pena e perdão, de honra? Que seja. Afinal, a melhor parte ainda estava por chegar. Mais uma vez ele tentou falar sobre Natalie, mas nada do que eu realmente queria ouvir. Primeiro nas entrelinhas, depois escancaradamente, ele dizia que Natalie devia estar morta. Já estaria morta. Morta. Muitos Poréns contudo. Nem mesmo o "Garanto" podia trazer um voto de confiança para aquela pessoa que encontrava-se a um passo do seu destino final — Acho que... — Comentei, dando uns passos adiante, mas não ficando muito perto, apenas abaixando-me para ficar na mesma altura de seus olhos — Que precisa refrescar mais a sua memória... Faltam tantos detalhes... Está tudo tão confuuuso! Mey, nosso amiguinho quer mais um Thunderbolt! Vamos ajudá-lo? Vamos refrescá-lo?  — Comentei falando baixo, quase sussurrando e depois aumentando a voz, até dar a ordem de forma firme e em alto e bom som, terminando por um sorriso plástico em meu rosto, como se os músculos da face tivessem se contraído involuntariamente. Meus olhos estavam secos, bem abertos, mas não os tirava do homem. Da primeira vez havia me perdido. Será que não quis olhar? Ou só esqueci? Dessa vez seria diferente, queria ver tudo!
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Capítulo 23 - Desbravando a Tormenta [Luch] - Página 6 Empty Re: Capítulo 23 - Desbravando a Tormenta [Luch]

Mensagem por Shianny Sex 24 Jan - 5:04

Perguntas, perguntas e mais perguntas - tantas, tontas, margeando e abandonando o senso de ética que pacientemente se aconchegava nos braços do moreno há pouco tempo atrás. Àquela altura, já era difícil afirmar com veemência se o combustível de suas ações era o ódio pelas palavras do homem, a vingança por sua amante ou mera e somente o prazer de ter a condenação de uma vida dançando deliciosamente por entre seus dedos, à mercê de sua própria vontade. As questões que o assaltavam chegavam ao ponto de pôr sua moralidade à prova, porém, como todas as outras que passara e tentara desde sua chegada naquela maldita ala, não foi capaz de conquistar nenhuma das respostas que tanto almejava. A retoricidade de toa a situação chegava a ser doentia, acolhendo preocupações e desejos íntimos de Valassa em seu abraço pútrido, concedendo-lhe embasamento e liberdade para simples continuidade às duvidosas atitudes que tomava em relação ao rapaz largado contra a fonte de água.

Neste ponto, enquanto o olhar do unoviano se perdia ao redor do ambiente, é importante acrescentar alguns detalhes que antes não estavam ao alcance da vista, ao fundo do corredor. Em realidade, não existiam muitas coisas interessantes na arquitetura do cômodo mas, sim, existiam saídas: Duas escadas, cada uma em lados opostos do lugar. À esquerda, os degraus entalhados em mármore seguiam caminho em direção aos níveis superiores e, tal como a área em que estavam, sua subida era acompanhada por tochas alternadas nas paredes e, curiosamente, todas acesas. Já à direita, a descida era clara, um pouco menos iluminada que sua antagonista - e muito menos atraente, considerando que o cume parecia ser o objetivo inicial do treinador. Além disso, é claro, havia a entrada pela qual tinham acabado de chegar, mas que provavelmente estava fora de cogitação no momento.

De todo modo, certamente não era o ambiente que chamava a atenção de Luch, e tampouco o jovem se perdeu nele por muito tempo, visto que tinha algo - alguém - mais interessante bem à sua frente naquele exato instante. Com um grau invejável de sadismo, o criador se deleitava diante da imagem do Aqua contorcendo-se por conta da energia ofensiva liberada por Meo-Mey, contudo, reservou aquele prazer apenas para si, recusando-se à exibi-lo para sua companheira inicial... Pelo menos, em um primeiro momento que logo seria desmascarado por conta das próximas atitudes do moreno.

Isso nos leva ao ponto em que Drac se abaixava na altura de sua presa, como um predador que brinca com o alimento antes de devorá-lo. Ao ouvir suas palavras que também lhe serviam de sentença, Jean não teve muitas reações - mas a única que juntou forças para arriscar certamente sobrepujou qualquer outra que pudesse tentar. Com um fôlego só, o Aqua fez questão de cuspir na cara de Valassa: E, bem, infelizmente (para ele, apenas) não tinha condições de tentar revidar com nada mais; Além disso, sua atitude também foi aquela que desencadeou a obediência da felina ao lado que, ao testemunhar a "agressão" contra o moreno, não parou para pensar se era certo ou errado - e outra descarga elétrica fortíssima foi invocada de suas patas para sufocar o corpo já fragilizado do jovem de sidecut.

A corrente em seu corpo, para dizer o mínimo, com toda a certeza havia sido mais forte que a primeira. Ele gritou, e não foi capaz de conter o próprio som dessa vez; O corpo se contorceu diante da energia imposta por Meo-Mey, para seu próprio desespero e também para deleite de seu torturador, debatendo-se contra as pedras do baixo muro da fonte. Mais linhas negras deslizavam por seu rosto, estragando definitivamente o resto de maquiagem que decorava a área em torno de seus olhos e, em velocidade impressionante, a coloração de sua pele - as partes que faltavam, pelo menos - tingiram-se com um invejável e forte vermelho, como se exposto à horas e horas de sol, e pior: A área inicialmente atingida pelo raio da felina simplesmente foi altamente danificada, e o pedaço de carne viva em que se transformou foi a maior denúncia sobre a queimadura de terceiro grau sofrida - e provavelmente não era a única.

Não é aí que acaba, porém. De perto, também se era possível ver como alguns pedaços das roupas do treinador simplesmente chamuscaram e queimaram ao contato, praticamente carbonizando-se - a própria bandana amarrada no pescoço se soltou e caiu sobre o colo do rapaz, quase que totalmente preta e incinerada. A situação perdurou-se por alguns segundos antes que Meowth optasse por interromper seu "trabalho sujo", e o corpo de Jean se largou quase que instantaneamente contra a parede da fonte, o pescoço pendendo por completo para frente, exaurido. O ritmo respiratório havia sumido quase que por completo - e apenas um olhar afiado seria capaz de reparar a respiração fraquíssima e afetada do rapaz, coisa que certamente não faltava ao criador.

— ... ... ...Ela... — Um fio de voz, então. Exausto, descompassado, rouco. — ...Morreu. — Insistiu. Sem deboche, dessa vez - pois sequer o olhava, talvez sem forças para tal. O corpo tremulava, em ritmo fraco e muito provavelmente involuntário, considerando a maneira como o rapaz parecia evitar demonstrar fraqueza até o momento, independente de sua péssima posição. — ...Você pode... Não querer aceitar, mas... É isso. — Murmurou. Pelo menos de uma coisa o moreno podia clamar vitória: E era sobre como havia arrancado o sorriso do rosto de Jean, por meio da dor ou simplesmente por drenar suas energias. Os músculos tesos eram carimbados pelas veias coloridíssimas de seu corpo, assim como acontecia com algumas marcas sobre sua pele que muito lembravam uma corrente elétrica - as tais Marcas de Lichtenberg. — ...O Kyogre... — E então, admitia ele próprio a existência do lendário, pela primeira vez. — ...Pegou ela, pra ele. — Uma tosse fraca, seca, que cortou-lhe as palavras e, por um instante, sua consciência vacilou - embora, felizmente, não houvesse cedido; Fosse por insistência, ou pelo temor inconsciente de que, caso se entregasse diante do unoviano, muito provavelmente seria a última vez que fecharia os olhos.

Oh, jovem Valassa.
Não te ensinaram que é preciso dosar a força, quando seu objetivo é extrair informações?
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Mensagem por Pagliacci Sex 24 Jan - 10:22


Com o sorriso plástico em meu rosto e o descontrole do restante da musculatura facial, já não tinha mais certeza se Meo-Mey não tinha noção do estado em que eu estava diante dessa seção de tortura qualificada a que me propunha a fazer, ou melhor, que me propunha a ordenar que ela fizesse. Eu sabia que não era a coisa mais correta do mundo, se me é permitido esse ultra-eufemismo, mas sinceramente... Não estava mais ao ponto de me importar! Quem se importaria com esse crápula além de seus parceiros, talvez? Como eu havia dito, ele seria apenas mais uma vítima dos trovões estranhamente "vivos" que assolavam o Mt. Pyre... Isso e apenas isso. Mas enfim, dessa vez, como prometido a mim mesmo, não tiraria os olhos de seu corpo enquanto os raios que deixavam Mey, achavam inúmeras passagens por entre a pele do rapaz, deixando marcas nada agradáveis em seu corpo.

Agora mais abaixado, na altura do corpo que jazia recostado sobre a mureta da fonte, tirava um tempo para observar com mais cautela o restante do ambiente. Haviam duas passagens com destinos distintos e bem, considerando o objetivo dessa exploração ao Mt. Pyre, não seria difícil escolher quais dos caminhos seguir. Provavelmente aquele que subia, se não fosse alguma pegadinha do destino e me levasse a um penhasco ou uma posterior descida única. Mas enfim... Não podia esquecer do jovem diante de mim. Aliás, ficar abaixado ali naquela posição sendo tão alto como eu era realmente incômodo, para não dizer doloroso. Pensei em levantar,  mas antes de tomar forças para tal, fui surpreendido por uma cusparada vindo do tal indivíduo. Fechei os olhos e fiz uma expressão de irritabilidade, enquanto usava minhas próprias mãos para limpar o rosto e afastar sua saliva de meus olhos, nariz e boca. Não precisei dizer nada depois disso entretanto, porque agora a própria felina decidira aplicar o golpe de uma vez, como castigo pela ousadia.

Droga! Um descuido e olha o que acontece... Eu quase perdia a seção de eletrochoque. Que adiantaria todo esse show se não pudesse assistir as expressões de dor daquele homem tão de perto. Felizmente, abri os olhos a tempo de vê-lo se debater contra a mureta e deixar a voz fluir em um grito desesperado de dor. Ele não tinha mais auto-controle e só esperava que isso não significasse um completo descontrole de suas necessidades básicas, não gostaria de estar presente diante de um indivíduo que "não se segurava mais". Entretanto, era delicadamente prazeroso saber que ele havia deixado para trás aquela expressão carrancuda, aquele orgulho que nem o permitia gritar livremente pelo que sentia. Era evidente que tudo isso faria até bem para ele e sua capacidade de exprimir seus verdadeiros sentimentos, se não ficasse com muita sequelas, é óbvio. Ele não tinha muita capacidade respiratória mais, sua bandana havia caído quase carbonizada e eu tinha certeza que quando voltasse, o estúpido do seu amigo iria perguntar se não havia feito um bronzeamento artificial enquanto ele esteve fora. Diante desse último pensamento eu até me permiti sorrir de canto, mordendo o próprio lábio para segurar-me em seguida.

Claramente derrotado e lutando para manter-se vivo e desperto, aquele rapaz - com a pausa na tortura - falava palavra por palavra, em um ritmo tão lento, que ficava até difícil uni-las com sentido se não estivesse ligado. Eu o deixei falar, ouvindo-o atentamente, mas tratei de me levantar antes e concordar com a cabeça para tudo o que ele dizia. Era engraçado a sua tentativa de reunir ar para emitir som e havia coisas tão interessantes em seu estado, que quase não dava mais atenção ao que ele dizia. Bem, será que alguma vez me foi importante? Ao que tudo indicava, ele queria dizer que Natalie havia subido o monte e ido ao encontro do suposto Kyogre, provavelmente morrendo lá. Algo que já havia ficado um tanto evidente pela sua última frase, previamente ao longo choque, mas o importante aqui era mais do que ouvi-lo falar, é ouvi-lo não conseguir falar — Olha, eu devo te dizer que fiquei decepcionado, sabe?  — Comentava, com uma expressão séria, realmente com um tom decepcionado — Eu ouvi dizer que as pessoas espumavam quando chegava a esse nível de dor, mas não sei se era mentira ou se você que resistiu bravamente. Se for o segundo caso, parabéns! — Completei, esboçando um tímido sorriso para ele em seguida.

Coloquei as mãos na cintura e fiquei olhando para o vazio da caverna, pensando no que deveria fazer com ele em seguida. Respirei fundo e tentei desanuviar minha mente para esclarecer as ideias, mas realmente era difícil. De alguma forma, eu estava realmente farto daquilo. Não me dava mais prazer os seus gritos e nem a sua imagem. Na verdade, era grotesco e repulsivo, apesar de já achá-lo assim anteriormente. Evitei encará-lo então e refleti sobre minhas opções. Independente do que ele havia dito, deveria continuar subindo o monte. Era bem provável que Naty estivesse lá, viva ou morta. Eu contava que estivesse viva, mas se estivesse morta, era bastante provável que eu também estaria em breve, talvez até mesmo antes do seu derradeiro local de descanso. Mas... Não havia mais nada a ser feito, já que fugir não estava em meus planos — Bem rapaz, eu estou indo. Foi um prazer passar um tempo contigo, mas não posso dizer que você tenha sido útil. Que dificuldade em se expressar, precisa se soltar mais. E não estou dizendo dos pedaços de carne que estão se soltando, isso aí vai precisar de uma pomadinha. Enfim, adeus! — Comentei, esfregando as mãos e esticando os braços para que Mey subisse nele. Em seguida, fui até a fonte e retirei a lâmpada de lá, afinal... Não precisava de provas me incriminando. Depois disso, trataria de continuar subindo o monte pela passagem que me dava condições para isso, em busca do tal "Kyogre".
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Mensagem por Shianny Seg 27 Jan - 3:08

Como já bem pontuado, era difícil dizer ao certo a razão por trás de toda aquela pose do unoviano - se por influência dos fantasmas do cemitério, por vingança ou, no pior dos casos, até mesmo por simples e puro prazer. Quase impossível então era saber ao certo o que a felina que o acompanhava achava de tudo aquilo, considerando a expressão inflexível e o jeito silencioso da monstrinha, que se limitava a seguir ordens (e até adiantá-las, de certa forma) sem sequer olhar uma única vez as reações estampadas nas feições de seu treinador e, mais importante, sem ousar interrompê-lo durante todo o procedimento aplicado ao homem de cabeça raspada. O único real movimento que fizera havia sido o dos braços, ao preparar o lançamento do poderoso raio que praticamente fritou o Aqua vivo mas, além disso, os manteve caídos ao lado do corpo, os olhos vigilantes passeando por toda a cena que se desenrolava à sua frente sem exibir sequer um único tremular de boca.

Suaves, suas pupilas escuras se voltaram na direção de Valassa, com a singela menção de decepção. A gatuna também não protestou diante das palavras embebidas de sadismo daquele que, até o momento, só havia conhecido o lado parceiro, pacífico e brincalhão - e nem mesmo ao ver o sorriso quase dócil se esboçando em seu rosto, em contraste violento diante de cada sílaba pronunciada. O olhar profundo acompanhou cada ínfima movimentação realizada por seu mentor, desde mãos na cintura até o ar quase tedioso que aos poucos dominou seu rosto, à medida que pensamentos disformes dominavam-lhe a mente. A vigília silenciosa se manteve sobre Luch, enquanto se despedia de Jean e, enfim, quando o braço do rapaz foi estendido para si.

Em um primeiro instante, não se moveu.

Vítreo, o olhar se manteve fincado no - até então - genérico moreno. Sem emoção alguma, se manteve nele por alguns segundos antes que volvesse na direção da figura à frente, largada contra a estrutura da fonte. Só nesse momento os membros criaram vida outra vez, e a felina ergueu as patas na altura do peito, encarando os resquícios das faíscas elétricas que ainda fluíam por entre seus dedos - e, como que em avaliação, os moveu vagarosamente e, quando os fechou, o olhar se perdeu no piso de mármore. Por um singelo instante que pareceu infinito, o foco dos orbes (bem abertos, por sinal) se manteve sobre os azulejos antes que enfim retornasse ao (ex) maquiado.

Uma sensação estranha, era aquela. Vê-lo caído, sem forças para reagir e, ao mesmo tempo, com a consciência de que era a responsável por aquilo por conta das ordens de seu treinador. Encarar o estado deplorável do Aqua de cima para baixo era, para dizer o mínimo, algo que agitava seu coração de maneira inquieta e incerta. A cabeça pendeu alguns milímetros para o lado, enquanto estudava toda a situação que, querendo ou não, se impusera no meio de seu caminho e trazia para si o título não só de parceira de jornada mas, sobretudo, de cúmplice de um crime.

...

A cabeça se endireitou, quase ao mesmo tempo que os braços tombaram ao lado do corpo outra vez. As pálpebras relaxaram, e o semblante vítreo se desfez pacientemente de sua expressão.
Observando de cima para baixo, sentiu o poder de estar no topo do mundo.
E então, o mais singelo dos sorrisos se desenhou em seu rosto.

Moveu-se, então; Sem mais tempo a perder, saltou para o braço de Luch, e escalou até se acomodar tranquilamente em seu ombro, esfregando a cabeça contra a do rapaz num carinho silencioso de inúmeros significados. Aguardou com paciência enquanto o criador recuperava a lanterna encharcada da pequena fonte central mas, foi quando o jovem voltou-se para a escada e começou a ir em sua direção, que suas orelhas se moveram suavemente - e, como reação, uma das patas se pressionou contra a bochecha do unoviano como um pedido mudo de "Espera". A cabeça se voltou na direção do Aqua caído e, por um instante, o olhar se estreitou com sutileza.

Um pouco de atenção seria necessária, claro - e, caso não obtida pelos gestos suaves de Meo-Mey, a felina provavelmente daria seu jeito para... Forçá-la um pouco mais, por assim dizer, pelo menos naquele momento -, mas era possível perceber alguns murmúrios ininteligíveis emitidos pelo há pouco alvo de Meowth que, de maneira teimosa e até meio inacreditável, permanecia consciente. Apesar de ser inviável a compreensão das palavras ditas pelo eletrocutado, três fragmentos se destacaram, claros como a própria neve, perdidos entre os tantos já proferidos:

"...Olhos púrpura...", "...também..." e "...cabelos azuis.".

Trechos possivelmente sem significado, valia ressaltar, mas que infelizmente não poderiam ser investigados muito à fundo. Não pelo estado de Jean - apesar de também ser por conta disso, de certa forma -, mas por barulhos que surgiram ao fundo, contínuos, e que pareciam chegar cada vez mais perto. À primeiro momento, não era possível deduzir o que seriam mas, aos poucos, ficou óbvio: Passos. Inúmeros, provavelmente mais que dois pares, que ecoavam da passagem além das escadas que conduziam ao nível inferior e, como bem dito, que aumentavam e ficavam mais próximos a cada segundo que passava.

...
Talvez fosse hora de, realmente, ir.
Ou não, claro! É por sua conta, meu rapaz.

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Mensagem por Pagliacci Seg 27 Jan - 18:23


Não havia tido tempo de analisar tão meticulosamente as reações de Mey ao ocorrido com o rapaz. Talvez tivesse um pouco de medo, e vergonha, também de saber quais seriam as consequências de colocá-la em tal situação, mas se havia um companheiro Pokémon em quem eu confiasse para esse "serviço" de tanta cumplicidade, era Meo-Mey. Enfim... Com tudo encerrado, restava partir e foi por isso que estiquei meu braço para que a Pokémon subisse em meu ombro como sempre fazia. Sendo assim, é compreensível que depois de alguns passos em que ela não havia vindo ainda, um estalo houvesse soado em minha mente que me fez virar e observar o que havia de errado. Para a minha surpresa, ela já vinha animada em minha direção e depois desta sensação a única que sobrou era felizmente o alívio. Fiz um carinho na cabeça da Meowth então, logo atrás de sua orelha esquerda, e sorri. Dei meia volta evitando olhar a "vítima" abandonada na Fonte e já comecei a ganhar terreno, quando fui interceptado pelos toques constantes das "almofadinhas" que a felina chamava de pata, como se pedisse que eu esperasse.

— Hm? — Emiti a interjeição de dúvida e surpresa, enquanto virava a cabeça para trás. Nesse instante, com um silêncio obtido no ambiente, conseguíamos ouvir os murmúrios de dor do homem, comentando algo bastante peculiar sobre características físicas que não eram de Natalie. Meus ossos pareciam congelar ao ouvir tudo aquilo e "fazer as contas". A soma batia e só podia bater numa direção: Brooklyn. — Era só isso que me faltava... Eu havia esquecido dela. Como eu pude? Aposto que ela que arrastou Naty para a confusão... — Comentei em um quase monólogo, se não estivesse na companhia de Mey, que apesar de ser muito nova quando conheceu Brooklyn, certamente ainda lembraria dela, por isso reagiu. Depois de eu ter fugido com a Meowth daquele beco e nunca mais olhado para trás, Brooklyn veio me visitar algumas vezes na minha casa. Primeiro, bastante exaltada e ameaçadora, mas depois com mais ternura e paciência, talvez realmente por confiar na nossa amizade ou simplesmente porque queria uma abordagem mais tranquila para não me afastar. Infelizmente, não confiei nela como deveria. Ou como achava que deveria... O resultado é que fugi para Hoenn e agora ela está atrás de mim. Provavelmente sem querer dar um abraço e pegar leve comigo, é claro...

De todo modo, não poderia ficar ali refletindo sobre isso por muito tempo. Até tinha pensado em recuperar minha equipe de uma vez por todas antes de seguir, mas alguns sons de muitos passos subindo as escadas me fizeram acordar para a realidade. Eu iria em breve encontrar a fúria de todo um grupo de "parceiros" horrorizados e irritados com o que ocorreu com o amigo deles. Então, nada mais justo e inteligente do que seguir adiante e ganhar uma boa vantagem. Se eu tivesse sorte, ficariam horas remoendo o ocorrido, perguntando ao tal babaca e não compreendendo uma só palavra, até decidirem investigar e pronto. Era isso, era o tempo que eu precisava para chegar até onde queria. O TOPO! — Vamos Mey! Se chegarmos ao topo e encontrarmos Naty, tudo isso vai ter valido a pena... Eu tenho certeza... — Comentei com a Meowth, dando uma frase que de certa não tinha nada. Era mais uma grande esperança do que certeza absoluta. Eu só não gostava mesmo é de deixar isso muito claro, porque se eu declarasse em alto e bom som, tornaria-se realidade. Sendo assim, silenciando-me e conformando-me momentaneamente, parti.
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Mensagem por Shianny Ter 28 Jan - 0:53

Dentre tantos os fantasmas que corriam pelas entranhas daquele maldito cemitério vertical, eis ali mais um entregue nos braços trêmulos do criador - um há muito praticamente esquecido mas, desde sua entrada na 121, parecia se tornar mais e mais real à medida que avançava em direção à origem da tormenta. A pior parte era que aquele era o tipo de assombração que não se era fácil de lidar com uma simples batalha; Com exceção de se, tal como o unoviano se dispusera a fazer com o Aqua, o problema fichado como "Brooklyn" fosse resolvido de mesma maneira. Infeliz ou felizmente, pelo menos até onde se sabia, não parecia uma possibilidade muito palpável.

De qualquer modo, Luch não poderia usufruir de muito tempo para pensar a respeito - e o barulho cada vez mais próximo do provável grupo se aproximando era sua maior sentença. Então, sem pensar duas vezes, virou-se na direção da escadaria e partiu, subindo degrau por degrau com pressa evidente. Quando já havia subido uns bons metros das escadas (que faziam curvas folgadíssimas como se fossem encaracoladas), um baixo grito ecoou pelas paredes, provavelmente vindo do cômodo anterior; Mas, não só isso! Também logo a seguir veio um "O que estão esperando? Vão atrás dele!", altíssimo, irritado, junto de um "Ngh!" e, então, o eco de passos apressados subindo os degraus logo atrás do moreno.

Havia alguém atrás da dupla, e era bom se apressar se não quisesse correr o risco de descobrir que tipo de fúria encontraria ali.

A escadaria seguiu por vários e vários degraus - suficientes para pôr à prova a resistência de qualquer pessoa. Havia chegado a um ponto em que até Meo-Mey se lançara para correr por conta própria, liberando o peso dos ombros de seu treinador e incentivando para que seguisse em frente - minutos longos, exaustivos e pior: Pareciam até não ter fim, principalmente com a perseguição invisível que insistia em se manter logo atrás de Valassa e sua felina. A pior parte era que o cenário se recusava a mudar independente de quanto subiam, fato capaz de pintar uma incerteza paranoica se não estariam presos eternamente em uma espécie de looping infinito.

... ... ...

Talvez estivessem, afinal.

... ... ...

De qualquer modo, não foi uma preocupação que perdurou taaanto assim - bem, não se era recente, considerando o tempo naquelas escadas infindáveis. Eventualmente, uma porta à frente indicava seu fim, felizmente, mas não era o melhor dos cenários que aguardava a chegada do rapaz e de sua inicial, fato que ele provavelmente pôde presumir quando Meo-Mey estancou na soleira da porta, encarando o horizonte sem arriscar um passo a mais.

Adiantemos: O que havia era uma ponte de pedra looonga, que se estendia acima de um fosso profundíssimo. O problema, porém, não era nem esse: Toda a sua extensão parecia eletrificada, assim como os arredores do lugar, impedindo por completo uma tentativa de ir para baixo, a menos que quisesse fritar tal como havia feito ao Aqua abandonado na ala anterior. A única saída parecia ser uma porta ao fim da ponte, distante, e uma sombra parecia formar guarda em sua frente, imóvel.

Que faria, então?

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Mensagem por Pagliacci Ter 28 Jan - 8:36


Com a mente cheia de dúvidas e receios, deixei o cômodo anterior para trás e iniciei uma subida pelas escadarias que tinha a frente, na companhia de Mey. Durante o trajeto, minha mente ia sendo bombardeada de informações, pensamentos, frases, vozes. Era como se todo meu sistema estivesse em pane entre o Luch que eu era antes daquela maldita sala e o Luch depois. Pensei em Natalie e o que ela diria ao me ver fazendo aquelas coisas, nos meus pais, até mesmo em Blake, que mal havia conhecido e já tinha tido tanta confiança em mim. Certamente não teria tido a mesma depois de ver o sorriso sádico em meu rosto com os pedaços de pele do rapaz soltando-se. Que inferno... Eu queria simplesmente não pensar nisso tudo e seguir em frente com a minha vida. Eu estava reagindo, certo? Se era uma reação desproporcional ou não interessava? E se ele tivesse feito o que disse ter feito com a Naty? Não deveria ser punido? Não deveria... Morrer? Eu ainda o deixei viver, então creio que tenha sido algum tipo de piedade. Sim, eu fui piedoso com ele, apenas "brinquei" com seu lado debochado, devolvendo com a mesma moeda. Claro, com alguns Quilowatts a mais de diferença...

Bem, até que pensar um pouco e refletir sobre minha conduta não era uma má ideia... Eu estava realmente conseguindo voltar ao normal, nem que fosse através de justificativas bastante pessoais das atitudes tomadas. Entretanto... Burburinhos vinham dos degraus inferiores e com um cuidado na hora de ter atenção à eles, eu poderia identificar como vozes masculinas irritadas, falando algo sobre "ir atrás de mim". Isso era a deixa perfeita para que eu me mandasse dali o quanto antes — Ouviu a mesma coisa que eu, né Mey? É hora de apressar o passo... — Comentei com a felina em meu ombro e então, apoiando-se no corrimão, comecei a subir aos saltos, de dois em dois degraus. Era evidente que essa explosão de energia não conseguiria ser mantida por muito tempo, até porque não era a pessoa mais ativa como era em Nimbasa, dançando em vídeo-games de shopping todo o dia e caminhando sem rumo de um lado para o outro do Parque de Diversões. Bem, era óbvio que depois de alguns muito degraus eu começava a ficar sem fôlego algum, repensando a ideia de pular tanto assim.

Talvez por notar minha ineficácia em avançar, Mey até mesmo desceu de meus ombros e começou uma corrida na minha frente, sempre parando para ver onde eu estava e então recomeçando, afinal era algo extremamente simples para ela. — Isso, continue... Eu estou quase lá... Se essa escada tiver fim... — Dizia, com pouco fôlego, olhando para cima e sem ter noção alguma do quanto restava e depois para baixo, apenas para ouvir passos e vocês cada vez mais próximos, independente de quão rápido eu corresse. Entretanto, quando meu desespero já batia a porta e as dúvidas sobre estar em um lugar amaldiçoado pareciam cada vez mais reais, o topo foi alcançando. Não que fossem bons sinais, é claro... O cenário encontrado era bastante ameaçador e perigoso... Um passo em falso ou um descuido e eu estaria fadado a morte e provavelmente à danação eterna. Até havia uma ponte... Mas aquela Ponte era como uma armadilha para mim, ainda mais com um vulto que havia distante, do outro lado. A chuva constante em minha cabeça, gotejando sobre meu cérebro e os sons cada vez mais altos atrás de mim não me deixavam pensar com clareza, mas não podia me dar ao luxo de fraquejar.

— Ok, ok... Vamos pensar com calma... — Disse para mim mesmo, fechando os olhos e respirando fundo. Ainda de olhos fechados, peguei as esferas de Buddy e Syd, libertando-os ao lado de Mey e então, observando-os. Era evidente que o Roserade nem podia levantar-se, pois o nocaute havia lhe sido pesado — Desculpe pelos tempos difíceis que vocês estão tendo que passar por minha causa... Mas, ainda precisamos ir em frente, sem parar... — Comentei, fazendo um carinho no Gramíneo. Em seguida, retirei alguns frascos de Potions, enfileirando-as ao meu lado. Três delas foram utilizadas em Buddy, a última em Syd. Tentei aplicar o medicamento o mais rápido possível e depois ajudar o Roserade a se levantar, deixando que os princípios ativos agissem naturalmente, a seu tempo. — Vocês vão ter que se recuperar conforme avançamos... Tem algo do outro lado que está nos esperando, provavelmente não é nada amigável... — Comentei, olhando adiante e me perguntando se eram mais rapazes como aqueles uniformizados de antes, talvez Brooklyn? Talvez um Pokémon Selvagem? Ou quem sabe a sorte sorria para mim e finalmente encontraria Natalie, ou até mesmo Blake... Enfim, não tinha como ter certeza... Tratei então de pedir de volta o Normalium Z de Buddy, entregando-lhe uma Water Gem no lugar — Bem, espero que estejam prontos... Vamos! — E assim que completei as modificações na equipe, avancei com o trio de Pokémon pela Ponte em direção do desconhecido vulto ao seu final.


Resumo escreveu:

3x Potions no Roserade
1x Potion no Dwebble
Trocando Normalium Z por Water Gem no Roserade

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Mensagem por Shianny Qua 29 Jan - 2:38

off:

Não havia muito tempo - isso era óbvio, considerando o eco apressado dos passos atrás do rapaz. Também eram poucas as opções, descobriu, ao chegar na ponte; Ali, sua decisão se resumia em enfrentar o desconhecido ou a frustração dos colegas de equipe de Jean, sabe-se lá quantos o perseguiam. Na dúvida e na precaução, ao atingir o topo das escadarias, sua escolha óbvia foi recuperar rapidamente seus pokémons (ou pelo menos dois deles) antes de seguir caminho (embora com um receio gritante de Meo-Mey ao perceber que o moreno realmente pretendia seguir pela ponte eletrificada sem mais nem menos), a esperança gritando para que o vulto distante acabasse se provando um aliado.

Felizmente, as faíscas no chão acabaram por se revelar inofensivas diante dos primeiros passos arriscados e, com essa consciência, a felina bateu em retirada por seu caminho, irritadíssima pela umidade do local. Quando alcançaram o centro da estrutura, porém, a sombra pareceu aperceber-se de sua presença e, com passos pesados e até ameaçadores, foi vagarosamente se aproximando do pequeno grupo. Para sua plena falta de sorte, porém, todas as opções almejadas pelo rapaz foram rasgadas em mil pedaços diante da imagem listrada de um poderosíssimo (e agressivo!) elétrico.

Capítulo 23 - Desbravando a Tormenta [Luch] - Página 6 Electabuzz

Se as coisas parassem por aí, estava ótimo. Entretanto, em pouquíssimos segundos, uma pisada forte também foi ouvida por detrás do unoviano - e, se arriscasse olhar, descobriria que estava cercado por dois daquela espécie. De onde havia saído o segundo? Era difícil saber. Alguma janela que não tinha percebido, alguma entrada que passara batido, talvez até mesmo voando do fundo do fosso (ainda que essa possibilidade fosse menos crível)! Um de cada lado da ponte, bloqueando caminho e forçando um confronto, separados por poucos metros do grupo e avançando cada vez mais.

...Então, o grito.

"Ei, filho da puta!", palavras raivosas ecoadas do lado pelo qual acabara de vir. No topo da escadaria, agora também a imagem de uma mulher de longos cabelos amarelados, com uniforme idêntico ao de Jean e de seu companheiro abobado, acompanhada de perto por um irritadíssimo Mightyena. Sua presença certamente seria catastrófica para Valassa, contudo, naquele instante, ela foi uma benção: Pois, assim que se deu conta da presença feminina, o bípede elétrico que o cercava por trás parou, virando-se na direção da Aqua e, com uma pisada firme no chão, uma estranha barreira amarelada subiu por suas costas, criando um bloqueio no meio do caminho e também separando-o de Luch para que pudesse focar especialmente na nova "visitante" (fato que a enfureceu, ao se dar conta que havia perdido o fugitivo bem ao alcance de seus dedos e, ao mesmo tempo, a fez se preparar para atacar) - e, se acabasse dando cabo da mulher, pelo menos oferecia ao moreno uma janela de oportunidade para se livrar daquele à sua frente o mais rápido possível e, com sorte, escapar antes de ter de encarar dois daqueles estranhos animais.

Por que eles estavam ali, afinal?

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Mensagem por Pagliacci Qua 29 Jan - 3:54


Devido à pressão de ter um possível grupo de indivíduos agressivos atrás de mim, não podia me dar ao luxo de pensar demais sobre "o que" e "como" fazer as coisas. Rapidamente, fiz apenas o básico do necessário, curei dois dos meus companheiros e os deixei fora da Poké Ball, ao lado de Mey para servirem de guarda-costas. Em seguida, tomei uma atitude bastante inconsequente, mas necessária, partir pelo único lugar que me impediria de acabar linchado por uma multidão de treinadores vingativos. Era uma Ponte carregada de energia, mas apesar da aparência ameaçadora, não era perigosa - pelo menos não diretamente - e eu havia chegado a essa conclusão correndo riscos. Coloquei a pontinha do calçado sobre a sua superfície eletrificada e esperei não morrer... Bem, e eu não morri! Além disso, isso significava que tinha uma saída, mesmo que o conteúdo do outro lado ainda fosse um mistério. De todo modo, era trocar o certo e ruim pelo duvidoso,algo não tão ruim assim... Tanto é que Mey, Buddy e Syd não pensaram duas vezes em partir rumo ao desconhecido.

— O que? — Questionei a mim mesmo, fazendo uma careta de dúvidas conforme o vulto tomava forma e cores, assumindo a identidade de um Pokémon, muito provavelmente selvagem. Parei de andar, sendo acompanhado pelos meus companheiros e antes de mais nada, retirei a Pokédex do bolso, colocando-a para trabalhar: "Beep! Electabuzz! Pokémon Elétrico! Electabuzz alimentam-se de eletricidade, por isso costumam ser vistos rondando Usinas de Força ou escalando montanhas em bando para absorver a energia de raios durante a tempestade. É por isso que muitas cidades os utilizam como Pára-raios naturais... Seus corpos possuem um fluxo intenso de energia, até mesmo sobre a camada mais superficial de pele, que brilha na escuridão de tamanha energia acumulada. É por essa habilidade que alguns estudos tratam do uso desses Pokémon como grandes baterias. Além disso, esses Pokémon também utilizam a eletricidade como forma de comunicação, transmitindo sentimentos pelas variações de corrente entre dois da espécie. Beep! Boop!". Finalizou o aparelho, desligando-se e sendo guardado por mim.

Era evidente que eu não passaria sem batalhar e eu PRECISAVA passar... Mas para minha surpresa, dois eventos seguidos ocorreram. O primeiro foi a chegada de um segundo Electabuzz, me cercando por trás. A outra? A chegada de uma mulher vestida de maneira semelhante ao rapaz torturado e que provavelmente era uma de suas parceiras... — Não acho que seja uma boa hora...  — Eu comentava tão baixo quando podia, tentando evitar a atenção dos Pokémon. Contudo, a jovem insistia em me chamar aos gritos e acabou atraindo um dos Electabuzz para si. A deixa perfeita para eu "lidar" com o "meu"  que havia sobrado e com isso, dar o fora de lá — Pessoal, esqueçam a garota sem educação! Meo-Mey, comece com FAKE OUT no Electabuzz e então, PROTECT! Syd, insista com dois X-SCISSOR sobre o Pokémon! E você Buddy, aproveite a chuva e a sua gema para um caprichado WEATHER BALL no nosso oponente! Depois, repita se for necessário! — Comandei aos três Pokémon, esperando um desfecho rápido da batalha para poder seguir adiante no meu caminho e ganhar tempo.
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Mensagem por Shianny Qui 30 Jan - 0:50

Apesar dos pesares, o universo parecia ter conspirado para empurrar uma pequena vantagem nos braços de Valassa e, bem, ele certamente não poderia recusar um presente do destino (ainda que, inicialmente, os planos desse tal karma fossem simplesmente ferrá-lo o mais severamente possível, pelo que se podia analisar). Uma batalha era necessária para que seguisse em frente, e uma batalha o unoviano concedeu ao selvagem à sua frente. Suas ordens foram rápidas, e tanto quanto agiu Meo-Mey, saltando no adversário com as garras para fora e empurrando-lhe alguns passos para trás e o fazendo perder o equilíbrio; Infelizmente, porém, a estática que rodeava tanto a ponte quanto o listrado respondeu em sua defesa, atingindo-o num "ZÁS!" certeiro - a eletricidade correu violentamente pelos músculos da bípede, travando-os, para desespero do apressado treinador.

Entretanto, o sacrifício de Meowth foi suficiente para retardar as possíveis ofensivas do elétrico - e, com essa janela de tempo, Roserade agiu. A primeira coisa que o gramíneo fez foi arremessar a gema presenteada acima de suas cabeças e, erguendo ambos os buquês, uma energia esbranquiçada a envolveu e fez levitar. Com um pouco de concentração e respirando profundamente, Buddy manteve o movimento enquanto a esfera vagarosamente era tingida com a chuva, as gotas ultrapassando a camada externa e preenchendo seu interior, fazendo com que a gema flutuasse e, mais importante, se dissolvesse. Toda a cena não durou mais que alguns segundos e, então, com um "lançar" de braços, o venenoso arremessou aquela redoma aquosa na direção de seu oponente, que explodiu ao mero contato e causou danos absurdos no animal.

Por fim, veio Syd - e arrisco dizer que ele apareceu mais pra ser uma carinha bonita do que por necessidade. Apesar de extremamente devagar, o alaranjado não encontrou problemas em avançar bem rapidinho pela ponte, com suas patas divertidas esquivando das poças de água mais acumuladas e, ao chegar bem pertinho, esticou as pinças e cortou um enorme "X" na perna do bípede, terminando com um bizonho chute na canela que fez o coitado do elétrico cair desmaiado sem ter nem chance de agir - ou melhor, quase sem ter chances de agir, pois o campo estático ao redor novamente achou um absurdo aquela patifaria e, tal como fizera com Meo-Mey, puniu o inseto com uma mortífera paralisia.

Tenho certeza que, em algum lugar, isso configura como maus-tratos animal, senhor Valassa.


       
Electabuzz:
Nocauteada
Hold Item:
---
Trait:
Static

Lv.25 Electabuzz


00/67
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Capítulo 23 - Desbravando a Tormenta [Luch] - Página 6 MeowthCapítulo 23 - Desbravando a Tormenta [Luch] - Página 6 DwebbleCapítulo 23 - Desbravando a Tormenta [Luch] - Página 6 Roserade
Lv.25 Meo-Mey


47/55
Lv.20 Syd


40/50
Lv.27 Buddy


60/69
Trait 1:
Technician
Trait 2:
Sturdy
Trait 3:
Poison Point
Hold Item 1:
Silk Scarf
Hold Item 2:
Choice Band
Hold Item 3:
---
Meo-Mey:
Paralisada
Syd:
Paralisado
Buddy:
Normal

Campo: Uma ponte de pedra estranhamente eletrificada.

Hora da Experiência! escreveu:
Roserade recebeu 859 de experiência por vitória contra Electabuzz e ganhou 2 pontos de felicidade.

Dwebble recebeu 859 de experiência por vitória contra Electabuzz e ganhou 2 pontos de felicidade.

Meowth recebeu 859 de experiência por vitória contra Electabuzz e ganhou 2 pontos de felicidade.

Sem a cabeça antenuda do listrado à frente, porém, era possível observar que o que aguardava do outro lado era uma porta única de madeira em estilo medieval - sua maçaneta era uma argola de metal e, diante da queda de Electabuzz, uma barreira amarelada parecidíssima com aquela erguida em suas costas começava a se dissipar, embora as faíscas elétricas ainda cercassem a entrada. O outro selvagem ainda estava ocupada com a loira que o perseguia, então aquela era uma ótima janela para dar o fora dali... ... ...

Mas, valeria a pena?

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