5 - Slateport

OFF: QUEM NUNCA NÉ KKKKK na copa união fiquei dando Round em um Froslass

Vendo o inevitável fim, Letícia apenas largou os ombros e fez como quem não ligava muito; sabia que não tinha dano para derrubar Minun e com a cura de Volbeat, não poderia nem sonhar com um crítico:
- Duplo Ancient Power em Minun então! - Pediu a moça, retornando Lala para a esfera personalizada.

Como imaginado, esse era o fim. Volbeat usou seu Prankster para ir na frente, se curando com o Moonlight (+23) e voltando a ser o inseto revigorado que todos esperavam! Logo mais Corsola usava seus pedregulhos contra o roedor cansado (-6), ativando seu efeito secundário (+1 em todos os Evs). Apesar do fortalecimento, sentia o retorno do golpe em uma breve faísca-elétrica que dessa vez não só causou certo dano (-3) como também o paralisou por sorte, além de ativar seu Weak Armor. Com o coral paralisadinho, as chances de Letícia se tornavam zero; ele tomou um novo Spark (-4) e por fim um Dazzling Gleam finalizador (-8 ), que lhe levou ao chão.

Fora inegável a experiência, paciência e calma de Merle ao liderar aquele confronto; apenas Volbeat era um pokémon de Technical Machines avançados e golpes diferentes do habituais, ainda assim isso fora chave para administrar um bom confronto. Agora ao olhar para o campo, via uma moça-primaveril retornando para a esfera Lesly e dizendo, sem um ar muito bronco, mas também não tão animada:
- Parabéns, você ganhou! Como é uma batalha amigável, não posso lhe dar nada em troca, mas peço que devolva os Power Itens antes de ir. Pode ser?!

Pois bem; não havia condições de revanche. No mais, Merle já tinha a carta, já passara pela arena e já aprendera o necessário, ficaria muito mais por ali?!


Campo: Descrição do campo de batalha e clima.

Letícia sentiu-se feliz com o elogio de Merle. Era um fato, não eram monstrinhos de batalha, ainda assim foram incríveis! A menina então sorriu animada, assentiu com a cabeça e agradeceu ao rapaz com um singelo "obrigada" pouco audível. Logo mais ela sairia de cena e, junto dela nosso pescador também. Não demoraria para que Merle encontrasse a saída (que inclusive era ao lado da entrada) e desse de cara com uma praça lotada!

Oh, passara tanto tempo assim por ali? Bem, se olhasse no relógio, levou pouco mais que uma hora e meia para fazer aquilo tudo, o que era mais que o suficiente para que o evento lotasse e começasse. Teria um breve problema para chegar no ponto de ônibus; ou caminharia aquém da sorte para encontrar um ponto de ônibus disponível naquela rua fechada, ou esperaria a banda passar... bem, ao menos ela não parecia tão distante! Já conseguia ouvir barulhos de marchar e marchinhas ao fundo, junto com batidas ritmadas. Logo mais ela estaria ali.

OFF: Progresso atualizado <3

Talvez não fora a mais rápida das soluções, mas certamente a mais sensata! Merle logo decidiu ficar onde estava e esperar o diminuir da correria; talvez pudesse sentar num meio fio, já que daquela distância não conseguiria ver muita coisa. Pois bem; como imaginado, logo a banda chegou. Seus pés batiam tão sincronizados ao chão e era tão extensa que o chão tremia no mesmo ritmo! Todos os milhares de homens fardados e enfileirados passavam, de dez em dez, numa velocidade um pouco menos que cinco quilômetros por hora.

É, aquilo de fato iria demorar... mas nada garantiria que Merle dar a volta pelo evento resolveria; fora obrigado a ouvir e ver a ala de sopro, que tocava uma marcha bastante animada. Depois disso, a parte da percussão, que fazia mais que o chão tremer; ao fim o conjunto de vozes e pés que dava imponência ao exercício. Tudo isso passar levara cerca de trinta minutos, mas a menina que foram caminhando, levava consigo uma enxurrada de gente! A banda muito provavelmente pararia apenas no famoso píer de Slateport, fazendo algum tipo de menção honrosa a alguém e inaugurando uma festa curta.

Bem, o fim daquilo não parecia seer do interesse de Merle; e nem do de Lora. Quando a multidão enfim se esvaziou, Merle pode ver uma rua completamente atravessável. Do outro lado dela? Uma pequena praça (antes não acessível a ônibus) com um ponto de ônibus bastante lotado. Logo na frente da parada, um ônibus de número 250, intitulado "Centro Pokémon"). Era o mesmo que outrora pegou, mas estava voltando por uma rota mais próxima.

Atravessou a via de mão dupla, apressou-se e pegou o ônibus lotado. A fila não demorou encaixar naquele sardinha-móvel e logo mais se viu em pé no meio de tantas pessoas. Ao menos havia uma vantagem nisso! O veículo estava tão cheio que não pararia mais para subir ninguém; contornou a praça, pegou a via outrora interditada e seguiu reto até o centro. Não levaria nem dez minutos para chegar lá! Não havia nada nem ninguém na rua que acabara (literalmente) de reabrir.

Além disso, o trânsito urbano era todo no sentido contrário. O único motivo do ônibus estar lotado nesta hora e nessas condições, era o simples fato de que havia mais gente como Merle, que acabara preso por causa do desfile. Com o fim dele, esse pequeno contingente de pessoas desinteressadas no evento foram de uma vez procurar seus devidos destinos.

Pois bem, era melhor que segurasse, porquê o motorista estava com pressa! Era a última viagem de sua escala e torcia para ir para casa tirar um soneca. Já próximo do centro, a mochila do nosso treinador pareceu chacoalhar, incomodando uma das passageiras que logo proferiu:
- Ei, não tem como deixar essa mochila quieta?!

Bem, infelizmente não! A PokeDex de Merle também apitava e em sua tela uma mensagem de aviso:

Oh, o que é isso?! Um ovo está chocando!
1... 2... 3...
Skitty está tentando sair

Quando se tocou do motivo de tanto solavanco, a garota corou por completo! Desculpara-se incessantemente e começara a olhar por cima dos ombros de Merle, procurando a face da coisinha que nasceria ali. Como esperado, a gatuna logo surgia de uma brilhante luz, maximizando o tamanho esperado do pequeno ovo em alguns centímetros e colocando a cabeça para fora.

"Miau". Fora a única coisa que disso. O suficiente para que quase todos do ônibus olhassem.

Situação constrangedora onde Merle se meteu! Num coro uníssono, um "ownt" fora ouvido do centro daquele veículo. Os tantos olhares chegaram a assustar o bebê! Amedontrado, a Skitty apenas afundou bolsa-a-dentro, tentando sumir de vista e emitindo um miado manhoso, típico de um choramingado.

Apesar de reparar o medo, alguns vizinhos de Merle não pareciam se importar muito com ele; pediam para tocar, ver ou passar a mão. Claramente a recém-nascida rezava para que seu treinador falasse não, mas sem a certeza de que isso aconteceria, apenas se encolheu ainda mais. A única coisa visível? Os olhos da Skitty, que contrastavam no fundo da obscura mochila.

A salvação? A inevitável chegada. Ao meio de todo esse alvoroço, o ônibus parecia parar em frente ao centro pokémon. Apesar do emocionante nascimento, o motorista batia forte no teto do ônibus, indicando que precisariam descer. Emburrados, a tripulação de fato saia, mas esperava Merle e sua pokémon logo na porta, a beira do Centro Pokémon.