Pokémon Mythology RPG
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#003? - Na trilha do ouro.

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Mensagem por Cunha Qui 14 maio 2020 - 18:44


OFF: Usei meus dois Zincs no Charjabug.

Me sinto na obrigação de dizer que não ignorei Cadu, mas, como o garoto bem havia entendido, eu não estava muito para conversa. Não queria muito falar sobre aquilo, então simplesmente agradeci a atenção enquanto estava no chuveiro.

- Tô sim. Não é como se eu nunca tivesse levado um soco na vida. - Falava, forçando um tom de brincadeira. Eu tentava me manter da mesma forma de sempre, brincalhão e sorridente... Mesmo que não me sentisse daquela forma sempre. - É... Não avaliei direito as opções. Obrigado... Pelas palavras. Mais tarde a gente se fala. - Dizia ainda no boxe.

E, bem, depois de toda a contextualização da narradora, finalmente estava no pátio, na ligação com Lisanna. Eu não tinha certeza do que dizer, mas as coisas eram muito mais fáceis com ela por perto. As palavras... Simplesmente saíam. Eu não tinha que pensar em como dizer ou como me comunicar. E acho que era exatamente daquilo que eu precisava.

- ... Dai? - Ela atendia do outro lado, a voz suave não conseguia esconder o peso do cansaço, ela, provavelmente, estava perto de ir dormir. Além do mais, geralmente, não me chamava pela abreviação, pelo menos, não em público.

- Ei... Tudo bem? - Eu perguntava do meu lado da linha, a voz já em tom mais ameno, esboçando nítida tristeza.

- Sim. Eu estou, apesar do dia ter sido cheio. - Falava em tom de queixa. Eu não sabia o que vinha acontecendo com ela, mas Lisanna havia ficado em Lilycove, até onde eu saiba. Será que eles estavam em isolamento lá também? Eu queria perguntar, mas antes disso, ela já me interrompia. - Mas você não, né? O que aconteceu? Tomou um toco da loirinha? - Dizia em tom provocativo e dava umas risadas.

- A Kath é só uma amiga. Sossega. - Dizia meio sem graça, caindo totalmente em sua provocação. - Mas quem me dera se fosse isso... Aconteceu muita merda hoje. - Dizia, com nítido pesar na voz.

- Sou toda ouvidos. - Dizia, sinalizando a maior paciência do mundo, e, enquanto eu falava, me aproximava de um banco e pegava dois frascos de Zinc da minha mochila, limpava-os com álcool em gel e os deixava aberto em cima do banco, em seguida, liberava Hope no banco e pedia para que ele bebesse, tapando momentaneamente o auto-falante para falar com ele. - Ainda não tinha te recompensado pela Battle Tower. Esse são meus parabéns, vai te deixar mais forte! - Dizia para ele, que, em resposta, sorria e tomava as vitaminas lentamente enquanto ele sorria como uma criança. Em seguida, tirava a mão do alto-falante e tornava a falar normalmente no telefone.

- Então... Vou começar do início. Você viu no noticiário quando eu e a Kathryne fomos gravados naquela manifestação, né? Acontece que a gente simplesmente tava parado na frente do Centro Pokémon e não queria ser filmado naquela hora. Então fomos até um advogado para processar a emissora...

- Oh, bem, eu tenho certeza que teria sido mais simples quebrar a câmera e seguir com sua vida. - Disse ela levantando um ponto bom. - Ou não, né. Eles tinham sua imagem. As coisas podiam ficar... Complicadas.

- E ficaram, vai por mim. Quando a gente chegou para falar com o dono da emissora, descobrimos que o cara era um mão de vaca do caralho, e ai meu estressei com ele e o ameacei. Quase perdi o acordo, mas espera, fica melhor. A gente conseguiu o acordo e logo depois descobriu que tinha um vírus por aqui, o...

- Corsola Vírus. - Dizia ela completando minha frase. - Eu vi no noticiário. Quer dizer que agora você ta em quarentena? Não ta contaminado, não... Né? - Perguntava ela, em tom de preocupação.

- O exame só sai em 24 horas... Até lá eu tô preso aqui. Mas não tô com nenhum sintoma. E, bem, o isolamento foi tranquilo. Teve até um torneio Pokémon por aqui, com batalhas em dupla e tal. Foi divertido. - Dizia, com um sorriso de canto. - Mas aí... Num certo momento a gente viu uma médica entrando num quarto com um Beldum e achou aquilo esquisito. Depois fomos pesquisar um pouco na internet e descobrimos que estamos no CesarTC, e eles usam o Beldum aqui para auxiliar no tratamento de câncer. E, bem...

- Foi aí que a merda começou, não é? Você estranhou o Beldum entrar na sala, principalmente sabendo que ele é usado para tratar câncer e foi dar uma olhada. O que aconteceu em seguida? - Dizia, já conseguindo supor meu comportamento. Eu sempre achei bizarro esse tipo de coisa nas Lis, mas acho que estava sentindo falta, já que eu não achei aquilo irritante... Quer dizer, não tanto.

- É. Bem, a gente fez umas perguntas para uma médica estressada que não fez questão nenhuma de nos responder. Então, achei que ela tinha ido para uma sala de estoque e mandei o Brave cuspir... No chão da sala... Que era uma enfermaria. Um cara saiu de lá, chutou o Brave e me socou no rosto. Eu quis reagir, mas fiquei indefeso quando o Gloom começou a tossir... Ele ta contaminado... - E dava um suspiro. Eu não tinha nem ideia de como continuar aquilo, mas não precisei, Lis já estava preparada.

- Você realmente não achou que essa ideia ia prestar de algum jeito, não é? Caramba, Fernandez. Essa coisa é capaz fazer as pessoas desmaiarem. Imagina o que ela faria com os doentes? - Dava um puxão de orelha.

- Eu não tenho nem ideia, e não quero saber o que faria também. Eu queria respost-

- Vai bancar a Mirajane agora? - Me cortava antes que eu pudesse terminar. - Vai lá, cara. Você é livre para fazer o que quiser, e para conseguir as coisas da forma que acha melhor, não é? Por que não aproveita e começa a andar com uma espada pra lá e pra cá? Por que não aproveitou e usou a maldita faca que ela te deu pra arrancar o pescoço do cara que te esmurrou? - Ela suspirava. Em seguida, fazia uma pausa e voltava a falar. - Dai. Você querer respostas não é justificativa. Existem formas melhores. Queria usar os Pokémon? Tudo bem, os usasse. Mas de outro jeito. As ações que você toma podem fazer a diferença, tanto pra melhor, quanto pra pior. O que cê ia fazer se aquela coisa apagasse os médicos dentro da enfermaria? Provavelmente os pacientes morreriam, e eles também!

- Eu dispenso o-

- Se dispensasse o sermão, não teria me ligado. - Me cortava de novo. A voz impaciente agora. - Além do mais, já chega de se comportar como criança, né? Você mesmo quem disse. Já chega de ter dezesseis anos. Não da pra ficar simplesmente esperando que as coisas se resolvam.

- ... Você ta certa, desculpa. - Dizia meio cabisbaixo. Eu não tinha muito o que falar naquela situação. Eu realmente só...

Eu só não estava esperando por aquilo. Não esperava um tapa daqueles. Não esperava que fosse jogar as coisas daquele jeito.

- ... Não vai dizer nada, Fernandez?

- Eu... Não achei que estivesse parecendo a Mirajane. Só achei que estava indo atrás do que importava. Mas você ta certa. Preciso pensar sobre outras perspectivas antes de tomar uma atitude daquelas.

[b]- Bem. Não é o que eu esperava. Mas já é um início.
- Falava mais aliviada. - E vem cá. Aquela garota, ela não ficou no meio de tudo isso não, né? - Perguntava agora, curiosa.

- Erm... Talvez... Só talvez. Ela tenha visto o Gloom começar a cuspir e entrou em choque e começou a chorar sentada num degrau. - Falava meio sem graça enquanto observava de Hope havia terminado de tomar as vitaminas. Em seguida, o recolheria para sua Pokéball.

- Boa sorte. Eu pediria desculpas. Em especial, por ela ter ficado naquele estado. - Dizia ela.

- Que desculpas o que. Se eu tô bem sabendo, ela ficou o tempo todo reclamando que podia ser presa e o caramba. Mano, quem ia dizer que ela era cúmplice minha? Dava mais para falar que eu a arrastei para lá contra a vontade dela, e qualquer um poderia ver nas câmeras que ela não estava no momento em que eu comecei a... Burrada. - Falava meio indignado.

- Bem, aí é com você. - Dizia agora aparentando estar tranquila. - Boa sorte, Dai. Depois veja o que te enviei nas mensagens. Não se chateie com isso agora, tenta... Sei lá. Focar no que ta aí. Nos falamos depois. - E desligou.

Bem... Depois de todo aquele extenso diálogo no telefone. Eu fui até o banheiro e percebi que minha roupa estava bem molhada ainda, o que queria dizer que eu teria de esperar mais um pouco longe do colchão até dormir. Eu só tive ideias geniais hoje, credo. Nem para achar a toalha eu servi. E, me aproximando do espelho, podia ver que meu olho estava inchado, provavelmente ficaria roxo. Eu devia ir atrás de um pouco de gelo? Bem... Não custava nada, né? E comecei a procurar por ali mesmo, no primeiro andar, algo que eu pudesse colocar no olho e reduzir o inchaço.
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Mensagem por Victoria Sex 15 maio 2020 - 14:14


Primeiro de tudo: o susto de Cadu quando ouviu sobre o soco. Até então nem Kathryne nem o próprio Daisuke teriam mencionado essa consequência e, ao ouví-la, Cadu quis fazer de tudo para ajudar! O problema é que, quando o garoto o dispensou, ele já entendeu que ele acharia outros meios de se reconfortar.

No final, concluiu que devia haver uma vergonha no estado atual do rapaz e decidiu de fato deixá-lo sozinho, sem se aprofundar muito. Pois bem, voltou para o quarto no meio da conversa e só teve vontade de se cobrir mesmo, assim como o narrado outrora; Marconi se via na obrigação de dar seu apoio psicológico à Kathryne e também falar que acreditava que ela estava certa:
- Você não te errada em ta com uma puta raiva dele.... na verdade, quer dizer, talvez você esteja, mas se você estiver errada, eu também to, porque só de ouvir isso eu quero ir lá mesmo brigar com ele. Onde ele tava com a cabeça, cara?! Não é possível. Você não ta errada por ta com raiva, pode ta errada por várias coisas, inclusive por ta insistindo nisso a essa hora da noite... mas por ta com raiva? Acho que é o mínimo que a gente devia estar mesmo - Marconi fora bem incisivo; por sorte Daisuke não estaria nem perto de ouvir aquilo.

Por outro lado, Carlos Eduardo estava. O garoto, de baixo dos lençóis, ouviu aquilo com bastante dor; ele não estava se importando com as possíveis consequências (que não ocorreram) do ato de Daisuke, ele estava se importando com a frustração do rapaz. Num completo oposto de Marconi, o garoto sentira raiva da atitude de Kathryne; a garota que nem lhe ajudara após ser vitima de uma agressão. Agora sabia que o menino estava sozinho, possivelmente choramingando, em algum canto daquele hospital.

Eram de fato dois extremos; talvez o que nós três (eu e vocês) construímos em conjunto já não esteja mais tão em conjunto assim... o grupo que antes parecia meio rachado, se bifurcara por completo, tendo uma linha bem rente que separava os times. De um lado, Daisuke e Cadu, que estavam certos de que o ato fora burro mas não causara nada demais aos envolvidos e o único de fato prejudicado era o próprio Dai... há nesse time uma certa empatia as consequências reais, ignorando (um pouco) a possível besteira que viria a acontecer. Do outro lado? Kathryne e Marconi, que estavam ainda mais certos de que não podiam "passar pano" para uma atitude impulsiva e desleixada, que poderia ter colocado a vida de tantos em risco! Era este grupo que tinha certeza; Daisuke não sofreu mais do que mereceu... ou se sofreu, não foi tão mais assim... né?!

Pois bem, era com essa rachada que Cadu engolia os seus pensamentos e fingia dormir; com a luz apagada, Marconi deitou-se em sinal positivo ao indicativo da garota e logo pegou num sono... como ele conseguiu dormir?! Só deus sabe. Deus e eu, é claro; num momento oportuno, o homem tomou suas pílulas de sono, que carrega consigo na bolsa-do-escritório. Ok Daniel, você carrega isso mas não carrega algumas roupas para caso precise dormir fora de casa, né?! Entendi...

Bem, querendo ou não Daisuke ainda levaria um tempo para secar; isso lhe faria pensar e reverberar as palavras de Lisanna... tão fortes, por sinal! Ela parecia ir ao encontro de Kathryne, porém sendo muito mais didática em dar-lhe o sermão. É claro que com o tempo, intimidade e conhecimento, é mais fácil ser didático... talvez o casal atual chegue a esse ponto... talvez não.

Fato era que Daisuke passaria ali uns 40-50 minutos só para seu cabelo começar a secar... o tempo úmido não lhe ajudaria em nada e só depois de uma hora e meia ele estaria certo que poderia entrar e deitar, mas antes desse tempo todo, algo esquisito aconteceria! Cadu, sem conseguir nem sequer pregar o olho, sai de sua toca-de-edredons, levanta devagar, abre a porta e sai de fininho, tentando não acordar ninguém.

Mas será que alguém além de Marconi... dormiu?! Kathryne estava dormindo?! Bem, não sei ao certo; se tivesse acordada, veria isso. Fato era que Cadu, desistindo de se acalmar e pegar num sono, iria para fora, treinar seu Spinda e, de quebra, encontrar Daisuke e convidá-lo para fazer o mesmo, enquanto lhe fazia companhia... não saberia como encontraria o garoto; talvez ele já tivesse fazendo isso, talvez estivesse no telefone, ou talvez dormiu em algum banco de pedra daquele pátio.

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Mensagem por Sleepy Sex 15 maio 2020 - 16:01


Minha amizade com Daisuke estava indo tão bem, até mesmo minha amizade com Marconi e Cadu, mas tudo parecia estar se desmoronando e o quarteto se via dividido em dois. Parabéns Daisuke, olha o que você fez. Eu talvez esteja um pouco errada, posso estar, mas eu queria o ruivo me pedindo desculpas, será que ele não entendeu que eu não estava preocupada apenas comigo mesma mas também com ele? Apenas ouvia o comentário de Marconi e acenava positivamente sem dizer nada e apagava as luzes, era melhor ir dormir mesmo.

Mas a minha tentativa de dormir se mostrou falha, pois eu ouvi a porta, que a princípio eu podia estar simplesmente ouvindo coisas, mas eu acabei conseguindo notar que Cadu havia sumido. O que será que ele vai fazer? Fiquei curiosa e o segui e por sorte o garoto não foi até o terceiro andar completar a merda que o ruivo fez, apenas desceu as escadas. E bem, continuei seguindo, na esperança de que ele não me notasse, pra isso eu andava mantendo uma distância considerável, mas o suficiente para saber onde ele estava indo.

E então o seguia até o pátio e encontrava Cadu indo em direção a Daisuke, que também estava lá. O que eu estava esperando? É claro que Cadu queria ver como o ruivo estava, afinal ele foi o único que pareceu ficar com pena dele. Já fiz aquele caminho todo, não voltaria para o quarto agora, mas na verdade aproveitaria uma daquelas arenas vazias para treinar os golpes que peguei com Winnie. Manteria distância de Daisuke e Cadu, não queria nada com eles, era Daisuke quem tinha que me confrontar e não eu confrontá-lo, afinal eu já fiz isso. Chegava em uma das arenas bastante distante dos meninos e liberava dois pokémons, Zen o meu Kadabra e Venger o Woobat.

- Bem, sei que já é tarde da noite, mas o que acham de um treino? Inclusive acho que você gosta da noite, Venger. - Zen gostou da saída inesperada da pokébola, ainda mais naquele clima ameno da noite. E Venger, por ser um pokemon naturalmente de atividade noturna havia gostado, ele apenas não tinha muita familiaridade comigo. - Treinaremos o movimento Psychic, que não deve ser muito difícil pra vocês dois até mesmo pra você Venger, apesar de ser bem novinho, hehe. - Então eu acabava andando em círculos ansiosa e pensando em como eu podia instruí-los.

- Zen, eu sei que você tem muito potencial ainda restrito, o que eu acho que explica essas marcas no seu corpo. - Deduzia que aquelas marcas eram selos, o que explica porque elas desaparecem após a evolução: - Mas mesmo com esse potencial restrito, você ainda é bastante poderoso. Então para começar tente canalizar a mesma energia que você usa para o Psybeam, mas ao invés de fazer um raio, crie várias ondas de "choque" e então vá deixando elas mais fortes o quanto mais você se sentir confortável fazendo essas ondas.

- Venger sei que você ainda não é muito experiente mas você tem um golpe bem parecido com o que você vai aprender, o Confusion. Use um dos seus Confusion para pegar mais familiaridade com o golpe e faça o mesmo que Zen, aumente a intensidade do ataque.

Enquanto isso, eu acabei dando uma olhada para a direção onde Daisuke e Cadu estavam, mas logo virei meu rosto e resolvi prestar atenção no treinamento. Minha primeira vez fazendo isso e também a primeira vez desses dois pokémon, espero que isso dê certo.



Última edição por Sleepy em Sex 15 maio 2020 - 23:23, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Cunha Sex 15 maio 2020 - 18:29


Bem, depois de rodar um pouco pelo primeiro andar pude descobrir que não iria conseguir aquela bolsa de gelo. Olhei em cada canto daquele lugar e não achei uma cozinha ou algo do gênero, e, bem, considerando que somos pacientes, foi até ingenuidade da minha parte achar que eu teria acesso aquele tipo de coisa. Eu podia sentir o clima esfriar ao meu redor, já que, claro, estava de noite, então eu tinha quase que a obrigação de me manter em movimento para não ficar com muito frio.

Bem, já que eu havia falhado em encontrar uma bolsa com gelo, e ainda demoraria algum tempo, eu até pensei em me sentar e ler as mensagens de mais cedo, mas... É muito melhor fazer isso debaixo de uma coberta. Não é? Na ausência dela, me encontrei no pátio, sem muita ideia do que fazer. Inicialmente, eu revirava minhas anotações enquanto andava em círculos pelo pátio do CesarTC, depois relia alguma coisa sobre algumas das revistas que eu havia comprado. Erm... Bem... Se lembram quando zoei o Cadu por ter um "Guia de como criar o seu Spinda em casa"? Bem, eu tinha várias edições da Treinador Semanal, que eram mais ou menos um "Como deixar tal Pokémon OP". É. Nada como um novato passando vergonha.

Honestamente, eu estava perdido no tempo, e, com roupas molhadas e tempo livre, me peguei pensando se aquele não era o momento ideal para começar um treino de status. Eu poderia madrugar naquilo e provavelmente nem me daria conta... Ou não? Bem, não sei, talvez seja bom deixar os pequenos descansando depois. Primeiro, eu peguei a Pokéball de Brave, quase que por instinto para liberá-lo. Mas antes de fazer, me lembrei que ele estava doente.

- É, amigão... Vou ficar te devendo um treino. Me desculpa. - E encostava sua Pokéball na minha testa, como um gesto de carinho. Em seguida, antes que meus olhos pudessem me trair e lacrimejar, eu peguei as Pokéball dos meus outros quatro parceiros: Zhár, Hope, Fuujin e Maru. Um a um, eles eram liberados e tentavam não estranhar muito o ambiente a sua volta.

Como era meio antisocial, Maru ficava um pouco mais afastada dos demais, enquanto Zhár cumprimentava Hope e tentava se comunicar com Fuujin, que a respondia da maneira que achava mais apropriada: Um toque corporal na testa. Ela não entendeu direito, e ficou olhando o Pokémon com certa dúvida antes que Hope entrasse no meio dos dois para interromper a falha tentativa de entrosamento do Minior. Erm... Eu não sabia direito o que fazer. Eu nunca havia tentado coordenar um grupo grande antes, mas, sabia como lhes chamar a atenção, então, de início, eu forcei uma tosse para lhes ganhar a atenção, e, até mesmo Maru que se encontrava mais distante, se prestou a me dar certa atenção.

- Certo, pessoal. Eu sei que está tarde, mas vocês estavam na Pokéball até agora, então espero que não tenham problemas em treinar por agora. - Dizia em altura audível, mas sério. Zhár estranhava a forma que fazia minhas colocações, uma vez que seu semblante não abrigava o rotineiro sorriso brincalhão, já o resto do grupo apenas assentia, que foram seguidos da Bulbasaur. Bem, já era um começo. - Muito bem... Vejamos... Já sei! Escuta, hoje nós vamos treinar a defesa especial de Fuujin, Maru e Hope, certo? Já você, Zhár, vai treinar sua velocidade. Eu queria ter como preparar um treino com mais empenho, mas, hoje, como instrumento de treino, nós só teremos esse espaço grande aqui. - Dizia enquanto abria os braços e os Pokémon se forçavam a prestar mais atenção ao seu redor.

Quando percebeu que o pátio que se localizava era um pouco maior, Maru, a antissocial, se aproveitava para se manter mais distante ainda. Eu com certeza precisaria pensar numa forma distinta de lhe tornar íntima do resto do grupo, mas acho que seu entrosamento possa melhorar uma vez que se acostume comigo também. Dei um suspiro. Para defesa especial eu tinha que treinar dois encrenqueiros e um Pokémon protetor. Levei a mão ao queixo até que finalmente decidi como engrenar o treino do pessoal.

- Certo, Zhár. Para começar, eu quero que você trote ao redor do pátio. Não precisa se esforçar muito, é só o suficiente para você não estranhar um esforço muito grande de forma súbita, okay? - Dizia para a pequena que assentia com a cabeça, ainda perdida em minhas feições, distoantes das usuais. Parei prestar atenção naquilo balançando a cabeça de leve, em seguida, me virava para Fuujin,  Charjabug e Maru. - Já vocês três... Inclusive você, Maru. Precisam entender que o treino da defesa especial consiste em preparar sua mente para as condições adversas que vão enfrentar, e até mesmo sobrenaturais, em conjunto com seu corpo. É um trabalho de sincronia entre corpo e mente, então, para começar, quero que comecemos a trabalhar a concentração. Podem fazer isso da onde preferirem, eu não tenho muitos problemas com isso. Apenas fechem os olhos e tentem sentir melhor o ambiente a sua volta. O vento, a brisa gelada, o chão, bem como o calor das outras criaturas que estão aqui. Eu sei que é muito abstrato, mas, confiem em mim. Tem muito mais a ver com entender o que está ao seu redor do que com o entendimento de si mesmo. Ao menos por enquanto... - Dizia, de forma confiante, quase como um mestre que guiava seus pupilos.

Antes de lhes dar o sinal, eu me distanciava um pouco, quase que na entrada do pátio, para conseguir ver o desenrolar do treino daqueles quatro e observava seu posicionamento. Zhár vinha para perto de mim e correria em círculos pela parte mais externa do pátio. Já a Skorupi, subia em cima de um dos bancos, mais distante dos demais, enquanto o Charjabug e o Minior ficavam mais ao centro, bem próximos um do outro. Eu não sabia nem dizer se isso era bom, aja vista o potencial de encrenca que aqueles dois tinham em conjunto, mas dizem que são as duplas mais adversas que nos surpreendem melhor, não é? Quer dizer, eu esperava.

Em seguida, eu dava o sinal para que começassem, e após isso, era surpreendido por Cadu, que saía do quarto e vinha até mim. Logo que notei sua presença, eu lhe direcionava algumas palavras, apesar de estar ainda centrado no treinamento dos meus pequenos. De relance, pude ver que Kath vinha logo atrás dele. Aparentemente, acho que ficaríamos meio... Estranhos. Ao menos por enquanto, minha teoria se provou quando ela libertou seus Pokémon e começou a treiná-los. É. Não seria eu que a interromperia.

- Ei, cara. - Dizia, de forma mais simpática, mas ainda mantendo o semblante sério, me direcionando a Cadu. - Ta tudo bem? Não conseguiu dormir?
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Mensagem por Victoria Sex 15 maio 2020 - 22:19


Antes de tudo peço desculpas ao Daisuke por esquecer da sua bolsa de gelo. No intuito de recompensá-lo, narro aqui que Cadu logo que chegou no pátio, viu a situação de Daisuke, liberou uma segunda esfera (dessa vez realmente de um pokemon-bebê), liberou um pokemon-sorvete e pediu que ele fizesse gelo. Enrolou os cubinhos em um pano e deu ao rapaz; sem precisar achar a cozinha, Daisuke teria seu "remédio". Claro, isso só aconteceu após garoto dar-lhes todas as sugestões de treinos. Cadu já faria outra coisa; ele estava muito mais focado em um treino de "experiência" ao seu Vanillite e não se misturaria muito com os quatro pokemons do lutador:
- Ta foda hoje, né? Marconi não para de roncar também... - Dera uma desculpa idiota, tentando não parecer preocupado demais.

Mesmo com três treinadores, nenhum fazia esforço para se juntar; felizmente aquele pátio tinha muito espaço. Não narrarei o treino de Cadu, não é relevante e me gastará muito tempo e palavras, sendo assim, pularemos para o que importa. A primeira de tudo era Kathryne, que apesar de ter chegado depois, não parou as orientações para conversar com os colegas; focou no Psychic e esperou que isso desse algum resultado.

De fato, não era um golpe complicado; justamente por já saberem golpes "psíquicos" e terem o tipo em suas "veias", o movimento não demoraria para ser assimilado. O problema passava muito mais por uma questão de disciplina à que de habilidade! Venger não entendia muito bem o conceito de "treino" e apenas ficara usando seus Confusions seguidamente. Havia um problema sério no treino de Kathryne: ela havia mostrado aos seus pequenos o Technical Machine a horas atrás, o vídeo gerado pelo CD Play já não estava mais tão fresco na mente deles... seria bom que ela ao menos rememorasse a fisionomia do golpe para eles.

No mais, Kadabra parecia bem confortável tentando maximizar seu antigo Psybeam, ampliando-o. O problema?! Bem, o problema chave era não fazer ideia de para onde o ampliar. Acabava fazendo aureolas maiores e não mais fortes; o que não era bem o intuito do golpe. Woobat seguia a mesma lógica com o Confusion, mas como dito anteriormente, ele não entendia aquilo como um treino; achava que era apenas uma demonstração de poderio. Quando enjoou de repetir o mesmo golpe várias vezes, apenas pousou no chão e ficou olhando sua nova treinadora, esperando uma nova interação.

Se faz Kathryne se sentir melhor, Daisuke não estava numa condição que podemos chamar de agradável. Nenhum de seus pokémons tinha sequer paciência para meditar; após uma longa estadia na pokébola e (antes disso) no Storage, agora estavam muito mais dispostas a caminhar por ali e verificar o que diabos era aquele lugar esquisito. Pois bem; a tossida deu atenção ao Daisuke, mas apenas silêncio e olhares bastava?! O garoto tinha de fato seus ouvidos e olhos, mas não tinha seus entusiasmos. Prova disso?! Bem, prova disso era Zhár, que obedecia o garoto como se aquilo fosse apenas uma ordem, trotando de qualquer jeito em volta do pátio, numa velocidade bem... lerda?! É... acho que é esse o termo.

Talvez o único que não parecesse de todo desinteressado era Minior. Por quê? Não sei ao certo, mas o pokémon era tão esquisito que não se incomodava em aproveitar o tempo para ser introspectivo.

Pois bem; aquilo não era um treino em dupla nem em trio. Apesar das almas-vivas no campo, não passavam de três pessoas treinando individualmente os seus pokémons.

Progresso Daisuke:
Zhár                                                    Fuujin
Magu                                                  Hope

Progresso Kathryne
Zen                                                     Venger


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Mensagem por Sleepy Sáb 16 maio 2020 - 0:20


Os meninos não pareciam ter notado que eu estava lá, ou notaram e não vieram até mim, o que ainda é bom, pois estou sozinha com meus pokémon, sem ser perturbada. Já o treino em si não parecia estar indo muito bem, principalmente para o pequeno Venger que estava completamente perdido e repetia seus Confusion várias vezes e então ele pousava me olhando. Resolvi dar atenção primeiro para ele, pois é de se esperar que ele tenha mais dificuldades pois é quase um bebê. Me ajoelhava em frente a ele e o acariciava levemente os seus pelos,, sem saber se ele gostava desse tipo de coisa.

- Então Venger, o que a gente tá fazendo é pra melhorar ainda mais suas habilidades. Sei que você consegue fazer muito bem o Confusion, mas também sei que você consegue fazer um poderoso Psychic. Acho que precisamos testar sua concentração e eu tenho uma boa ideia pra ajudar a calibrar sua "energia psíquica". - Eu pegava uma pedra ou qualquer outro tipo de falha no chão - Eu vou jogar arremessar essa pedra no ar e eu quero que você tente deixá-las suspensas o mais rápido possível. E então quando você tiver o controle sobre ela, arremesse ela ao chão com toda a sua força, tente fazer algo mais forte que o Confusion, - Dizia ainda ajoelhada para que ele visse o meu rosto claramente. O pequeno morcego se mantinha inexpressivo, espero que ele tenha entendido.

De fato o Confusion e o Psychic eram golpes bem parecidos e ambos eram capazes de suspender algo no ar e então arremessar essa coisa ao chão então eu assistia atentamente o movimento de Woobat antes de me voltar para Zen e então me preparava para instruí-lo. Com ele eu continuaria com a abordagem das "ondas de choque" pois ele conseguiu entender o conceito, apenas não estava executando da maneira certa. Me aproximava dele e também acariciava o psíquico dourado na testa.

- Você tá no caminho certo, só tem uma coisinha que você precisa arrumar. O ataque que você tá tentando dominar não é algo amplo para afetar uma grande área, mas sim uma onda de choque concentrada em um único ponto. Então faça o seguinte, o seu alvo sera o chão, mais precisamente o exato centro da arena. Tente criar suas ondas de choque e bem, umm... danificar o maximo possível, mas faça isso com que o raio da "explosão" seja pequeno. - Afagava o Kadabra mais uma vez: - Você consegue, desde aquela vez que você me salvou eu sei que você sempre consegue.

Minhas instruções foram para que Zen danificasse o chão o mais forte que ele puder. Creio que isso não vá me trazer problemas, pois certamente esse pátio é usado para batalhas e ouso dizer que com uma certa frequência, então é basicamente um machucado a mais no chão. Eu ficava andando de um lado para o outro, estava ansiosa com o desempenho de meus pokémon e tinha até medo de estar os forçando demais.

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Mensagem por Cunha Sáb 16 maio 2020 - 20:15


Bem, logo que Cadu chegava ao pátio, a vida ou a narradora linda e maravilhosa me mostrava que valia a pena esperar. Enquanto eu assistia o meu fracasso coordenado, o jovem preparava uma espécie de pano com gelo para mim. Olha, eu não sabia que Cadu tinha mais um Pokémon, e fiquei até surpreso em saber que ele o tinha. Parecia uma casquinha, então supus que se tratava de um Vanillite, um Pokémon relativamente comum em algumas séries de TV. Assim que ele me dava a bolsa com gelo, agradeci o gesto e a colocava no olho inchado.

- Obrigado. - E então, eu me atentava novamente no treino enquanto ouvia a "justificativa" do jovem por estar ali. - Putz. Que chato. Eu não tenho muito problemas com isso, geralmente apago logo que bato na cama e durmo igual uma pedra. - E ria meio sem graça, enquanto passava a mão atrás da nuca. Em seguida, sinalizava para que o treinador de ursos-assassinos esperasse um pouco e seguia até onde meu quarteto estava.

Decerto, eu não esperava um sucesso imediato, mas é no mínimo... Diferente vê-los tão indispostos. O único que se mantinha, aparentemente satisfeito com o treino, era Fuujin, mas aquilo começava a me perturbar. Ele estava realmente "meditando" ou estaria apenas usando aquilo como desculpa para tirar uma soneca? Suspirei. Eu deixaria as instruções para o treino de defesa especial para depois, de cara, eu precisava conseguir entender a problemática dos bichinhos, então, tirava meu bloco de anotações e escrevia os nomes de Zhár, Fuujin, Hope e Maru, e, em seguida, puxava uma seta para cada um deles, no intuito de escrever sobre suas problemáticas durante o treino. Talvez pudesse ser útil.

Bem, de cara, eu pude escrever sobre a falta do entendimento acerca do que fazer. Para todos os quatro. Eu estaria sendo pouco claro? Pouco objetivo? Eu não tenho nem ideia. Mas, se fosse realmente esse o caso, o problema não estaria neles. Estaria em mim. Então, escrevi um outro nome no bloquinho: Daisuke. Puxei uma setinha e escrevi "Pouco claro (?)". Ainda era muito cedo para dizer uma dificuldade real de meu companheiros. Para tal, eu pensei em lhes mostrar um pouco mais sobre do que se tratava. Me aproximei um pouco mais de Fuujin, a ponto de ficar mais ou menos a uns três metros dele, e lhe fiz um pedido, da forma mais gentil que consegui.

- Ei, Fuujin. Se importa de me fazer um favor? - Lhe direcionava a pergunta enquanto o Pokémon abria de leve os olhos rochosos e finalizava uma rotação completa com seu corpo redondo. - Pode usar seu Ancient Power para materializar algumas rochas? Três, na verdade, uma na frente de Hope, outra na frente de Maru, e outra atrás de você... Por favor. - Fazia o pedido. De início, Fuujin não parecia ter simpatizado muito, e tenho certeza que ele me deu uma encarada feia, mas me mantive firme. Então, fazendo um barulho estranho, que lembrava de leve um suspiro, o Pokémon o fez, e então três rochas surgiram no pátio. Uma para cada um deles.

Era minha deixa.

- Escuta. Aparentemente vocês estão um pouco dispersos. - Me dirigia a Hope e Maru, que me olhavam a certa distância. - Mas quero que entendam que isso é importante, e, se estão tão a fim de gastar energia, talvez seja melhor começar por outra perspectiva. - Dizia enquanto arrancava uma expressão de dúvida dos três. - Certo, então, de primeiro, quero que façam contato com a rocha. Ela tem algumas propriedades distintas das usuais rochas do Rock Slide ou de um Stone Edge. E quero que compreendam qual é. Para tal, se familiarizem com ela, da forma que acharem melhor. Podem subir nela, atacá-la, senti-la... Só quero que entendam a diferença entre essas rochas e o chão que está a seus pés, okay?

Em seguida, eu me afastava dos três e me aproximava de Zhár, enquanto observava de longe o grupo. Conhecendo eles, Maru provavelmente nem esperaria eu pedir para tentar devastar a rocha por inteira, já que, a priori, ela tem uma noção de espaço muito... Própria. Ele lhe pertence. E não pode compartilhá-lo com ninguém, muito menos, pedras que se materializam subitamente em sua frente. Já Hope, bem, era provável que ficaria meio acuado, mas tentaria fazer contato aos poucos, e, Fuujin... Bem. Eu não tenho muita ideia. Compraria briga com ela? Tomaria ela como sua filha? Eu não sei o que esperar dele. Sério. Era muito único em tudo que lhe tangia. E, foi com os olhos fixos nos três que me aproximei de Zhár e pedi para que ela parasse momentaneamente o seu trote.

- Certo, garota. Eu... Acho que não fui muito claro com o que queria, né... Bem, se lembra quando a gente foi para Petalburg depois da inundação de Kanto? Se lembra quando a gente dava voltas toda as manhãs nos últimos dois anos para começar bem o dia? - Então, começava a andar pelo pátio, circulando os seus limites através de um trote leve e a chamava para me acompanhar. - É no mesmo esquema. A gente começa devagarzinho, sob esse ritmo suave, somente para aquecer o corpo, okay? - E caminharia com ela, até que se sentisse confortável ou familiarizada com o caminho para novamente chegar ao lado de Cadu, aliás, fazia questão de frisar, toda vez que passava em sua frente, que já voltaria, e passaria as voltas com os olhos se dividindo entre ver a minha tríade em treino de defesa especial e a minha Bulbasaur.

Bem, eu não sei exatamente como me comportar com Kathryne, mas acho que passaria perto dela algumas vezes, se o fizesse, eu fingiria que não, me manteria focado ao treino de meus pequenos. Quem sabe, quando o treinamento acabar, né?

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Mensagem por Victoria Sáb 16 maio 2020 - 20:59


Meu comentário agora era uma afirmação; os três faziam treinos distintos e nem cogitavam se misturar! Kathryne já ocupava mais "espaço", tomando o centro do pátio como um alvo viável. Sua estratégia até que lhe caiu bem! Kadabra encarava um ponto fixo e tentava resultar todas as ondas do "Psybeam" naquela própria região, tornando o golpe um tanto quanto mais forte que um raio-psíquico comum, mas ainda não era um Psychic! Precisava um pouco mais de força, Zen!

Era um problema similar ao de Venger, que demorou conseguir "segurar" as pedrinhas no ar, mas quando pegou o jeito, começou a jogá-las no chão sucessivamente. Não eram pedras grandes, o que facilitava bastante o trabalho! Era um ou outra brita perdida ao chão; o pokémon aos poucos pegava o jeito, mas ainda não tinha a força de um Psychic.

Com problemas muito parecidos, Kathryne esboçou o completo oposto de Daisuke; que agora lidava com problemas muito (mas muito) particulares. Ao iniciar uma variável não-reativa no treino, o garoto quase que adicionou o "monólito" de Odisseia no Espaço. Agora todos os três monstrinhos olhavam aquele pedaço de rocha manufaturada como um grandíssimo ar de mistário.

Minior por si só já era um mistério; uma cria dele então?! Pois bem, o único que não sentia "receio" quanto aquele troço era o próprio pai-de-pedros. O meteorito voador apenas olhava para o Ancient Power completamente parado em sua frente. Seu olhar naturalmente vazio pareceu se esvair mais e a sensação que tínhamos é que Fuujin estaria apenas... imitando a rocha?! É, parecia que sim...

Pois bem, os outros dois não tiveram o mesmo conforto; Maru foi a primeira a tomar coragem de fazer algo quanto aquilo, usando seu ataque físico para empurrá-la para longe dali, com uma trombada infame. Infelizmente não fora lá muito efetiva a tática; podemos dizer que a inseto até acabou se machucando um pouco com a ideia. Acabara usando a estratégia errada para se defender do objeto-especial.

Hope? Bem, Hope fora a mais estranha; rodeou o pedregulho e de fato o estudou como Daisuke mandou, o problema é que ela não conseguia ver um motivo para aquilo ser diferente do chão em que pisava. Na tentativa de enfim descobrir (e obedecer o treinador), optou por morder o Ancient Power, provando uma lasca e tendo certeza absoluta de que nunca mais faria o mesmo; o gosto daquilo não era de terra ou pedra, era um amargo indescritível! Esperamos que esse não seja o sabor da alma de Minior.

Zhár? Vai bem, obrigada. Talvez lembranças nostálgicas a fizera animas... ok ok, aquela não era bem uma manhã de sol em Petalburg, mas certamente era algo mais útil. Agora a pequenina começava a "pegar no tranco", ganhando velocidade e começando a arfar, simbolizando o calor que começava a surgir.

Progresso Daisuke:
Zhár                                                    Fuujin
Maru                                                   Hope

Progresso Kathryne
Zen                                                     Venger


PROGRESSO CUNHA:

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Mensagem por Cunha Sáb 16 maio 2020 - 22:45


Bem, assim que eu caminhava com Zhár, pude ver, de longe, Maru tentando atacar a pedra do Ancient Power e saindo de perto dela, balançando a cauda. Aparentemente, havia se machucado, mas sabia que ela detesta aparições súbitas, então dei um certo tempo para me aproximar, e, nesse meio tempo, instruía a Bulbasaur. Sem fazer muito barulho, ou dizer muito alto, eu prosseguia com Zhár até ver que ela começava a arfar. Satisfeito, eu me dirigia para ela ir até uma das pontas do pátio, acompanhando-a, e, ao chegar lá, pedia para que minha pequena Bulbasaur visualizasse bem o local. Observando-o, eu tentava estabelecer dois pontos de referência (bancos, árvores, etc), com mais ou menos cinco metros de distância entre eles.

- Zhár, esta vendo esses dois locais? - Dizia, apontando-os para a gramínea. - Eu tenho uma tarefa difícil para você. Sei que é quadrupede, e conseguir sincronizar as quatro patas para andar pode ser mais complicado, por isso, quero que treine como andar de costas. - Bem, aqui, caro leitor, tenho a obrigação de dizer que a estranheza da Bulbasaur foi imediata. Mas eu não poderia cobrar um suicídio logo de cara da pequena, não é? Eu teria de pedi para ela entender todas as etapas. Primeiro, o ritmo, segundo, como fazer, e, por último, a aplicação.

Mas para ela, a ideia de andar de costas, é simplesmente bizarra. Ela até mesmo projetou um Vine Whip para encostar na minha testa, como se tentasse medir que eu estava com febre, e, pela primeira vez desde que liberei os monstrinhos, eu me permiti rir. Sabia o quanto podia soar esquisito, e sua reação só aguçou essa ideia.

- Calma. Eu sei que parece esquisito, mas tenta, por favor. É só ir de um ponto até o outro. Comece devagar e vá acelerando aos poucos. A meta é conseguir desempenhar a mesma velocidade nesse tipo de passada como quando estava fazendo os trotes do meu lado, okay? - E, como se tentasse aproveitar o Vine Whip projetado, ela colocava o chicote sobre sua testa e o jogava para frente, como um "sim, senhor", me tirando outro riso, antes de eu ir até a tríade restante.

E, bem... Eu tinha uma Skorupi machucada, um Charjabug enojado e um Minior imitando uma pedra. Os resultados desse treinamento não paravam de me surpreender, eu seria realmente tão idiota assim? Quer dizer, eu não conseguia fazer progresso significativo com nenhum deles... Ou eu estaria? Eu não conseguia dizer o quanto eles haviam entendido da pedra, então eu precisava pensar numa forma de mostrar a eles o quanto ela era distinta... Para isso, interagir com o meio a sua volta, como o próprio chão, poderia ser necessário... Mas para quem? Eu podia ter mais formas de mostrar quais eram minhas intenções, e era que eu iria fazer, mas, antes, eu precisava me certificar que Maru estava bem. De longe, eu lhe perguntava.

- Ei, Maru. Você ta bem? - E não fui respondido. Eu tentava me aproximar, mas, assim que fiquei a quatro ou cinco metros dela, a escorpiã rosnava e fazia barulho com as garras de sua cauda. Ali, pude ver um leve inchaço na junção de sua cauda com o resto do corpo, então fiz o que achava que devia fazer. Amarrei bem o pano com o gelo e o deixei ali onde eu estava, em seguida, recuava. - Ta aqui. Coloca no machucado. Deve melhorar. - Dizia, e, após isso, a Skorupi pegava o pano e colocava no inchaço. De início, tremia um pouco, mas depois sentia melhorar, e, a distância, fazia um cumprimento com a cabeça, que eu respondia da mesma forma, mas com um sorriso no rosto.

Então, eu tive uma ideia maluca. Mas que poderia funcionar. Eu precisaria me centrar em cada um deles de uma forma diferente. Não adiantava. Eles eram muito distintos, seja pela sua anatomia, pela sua natureza, personalidade. Não adiantava querer padronizar algo para a minha tríade se eles não eram iguais. O que acontecia, de fato, era eu tentar lhes conceder uma igualdade descabida. Aja vista que eu nunca atingia meu objetivo e ainda assim, eles não absorviam o que precisavam. Me aproveitando de estar mais próximo de Maru, eu lhe dava novas intruções.

- Maru... Eu não sei ao certo como te pedir isso. O que eu sei é que precisamos melhorar sua defesa especial, e, o que preciso, é te mostrar o que ela é. Dessa forma, vamos fazer o seguinte. Está sentindo a bolsa gelada no seu corpo, certo? Eu quero que você use o Acupressure até que sinta menos o frio no seu corpo. É esse o propósito, lhe deixar mais resistente aos estímulos não-corporais. Okay? - Dizia para a escorpiã, que até tentou erguer uma sobrancelha, mas ela não tinha.  Então... Ela se contentaria em tentar?

Eu pensava em como coordenar isso para o Minior e o Charjabug. Felizmente, eu tinha uma boa ideia de como mostrar isso ao elétrico. Como ele era
mais sociável, me aproximava mais dele, e lhe dava as direções do seu treino.

- Hope, eu vou te mostrar qual vai ser nosso objetivo. Eu quero que você use o seu Charge o máximo de vezes que conseguir. O charge é um movimento que energisa seus ataques elétricos e aumenta sua defesa especial, que, no caso, fazer o último é nosso objetivo. Então precisa que sinta que seu corpo está mais resistente ao ambiente externo. Vamos começar maximizando sua defesa especial, em seguida, vamos testar sua resistência. Mas por hora, siga apenas com o Charge. - Dizia sério. Isso também causava certa estranheza ao Charjabug, mas ele não questionava, e, por isso, prosseguia com seu treino enquanto eu caminhava até Fuujin, que estava fingindo ser uma pedra. Ou eu achava que estava. De início, eu suspirei. Em seguida, me lembrei sobre um conto de infância.

Ele dizia que as estrelas cadentes eram Miniors que ficavam pesados demais na atmosfera e caíam. E bem, eu não sei se era verdade, mas valia o esforço. Viver no espaço, decerto, deve ser diferente. Os estímulos que você recebe são muito mais dignos de uma resistência conjunta entre corpo e mente. Meu objetivo? Relembrar Fuujin essa sensação, e, aos poucos, acostumá-lo com ela. Eu me aproximava do Minior, que, logo que percebia minha aproximação, abria os olhos.

- Ei, Fuujin. Vamos tentar algo diferente. Quero que você use seu Swift para ficar rodando em torno da rocha. E quero que faça o mesmo que eles. Se imagine no espaço, a mercê das estrelas, das rochas, e de tudo o mais. Quero que use sensação para se fortificar. Lembre-se, vez ou outra, tente colidir com as estrelas do Swift, mas só um pouco. Não para se ferir, mas para se sensibilizar com a sensação que quero te passar. - Dizia concentrado.

Em seguida, eu observaria o desenrolar do treino ao lado de Cadu. Suspirava e lhe direcionava uma pergunta, com os olhos fixos no treino dos meus pequenos.

- E então... Com sorte no seu treino? - Perguntava, puxando assunto.
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Mensagem por Sleepy Sáb 16 maio 2020 - 23:13


Agora eu deveria pensar em um jeito de aumentar a intensidade do poder dos meus pokémon, mas como eu faço isso sem ser um ato de vandalismo descarado? Principalmente para o treino de Venger já que aquelas pedrinhas pareciam ser pouco para o objetivo do treino. Vendo isso dessa vez eu chegava em Zen primeiro, já que ele se mostrava mais próximo de chegar ao seu objetivo, apenas precisava de um pouquinho mais e então eu teria certeza de instruí-lo direito nesse pouquinho mais.

- Querido, você tá quase lá, mas quase lá mesmo, só precisa de um pouco mais de força. Hey, presta atenção aqui. - Eu marcava o próximo alvo no chão dando uma leve pisoteada na área, já que não haviam muitas áreas já delimitada: - Você vai atacar o chão de novo, vai focar a sua mente e causar uma onda de choque de um raio pequeno, mas dessa vez eu quero que você consiga mais que uma marca no chão, quero que você o quebre, ou melhor, faça um buraco. - Afagava mais uma vez a testa do psíquico: - Vamos lá. - Dava mais umas pisoteadas na área alvo para chamar a atenção e então fazia um sinal de "ok" enquanto tirava o meu pé de lá

Já para o treino de Venger, minhas ideias estavam escassas, por mais que eu não tenha conseguido fugir do vandalismo de qualquer jeito devido ao treino de Zen que consistia em fazer um buraco no chão eu queria amenizar o tal vandalismo o máximo possível. E também há a falta de objetos que o pequeno morcego poderia manejar, eu estava numa área aberta sem muita coisa e minha mochila ficou no quarto. Então eu tive uma ideia estúpida, ele iria manejar um objeto mais pesado, mas não iria tentar destruí-lo.

- Sei que pode parecer idiota, Venger, Mas quero que você tente me levitar, e claro obviamente, não é para você me arremessar no chão. Eu te aviso quando você puder me "descer"> - Eu suponho que até um ataque de um recém-nascido como Venger seria capaz de me matar, mas eu tenho que confiar nos pokémon, sei que ele não faria isso comigo, apesar de eu ser a treinadora dele por apenas um dia: - E então quando você me colocar no chão, eu quero que você use a mesma energia que precisou para me levantar, para então destruir aquelas pedrinhas. Eu me ajoelhava e acariciava os pelos do Woobat e o olhava com um sorriso no rosto para transmitir confiança pra ele. Eu conseguia confiar nele e espero que ele confie em mim.

Espero que essas minhas escolhas estúpidas deem resultados. É claro que eu sou mais pesada que aquelas pedrinhas, mas algo ainda mais pesado seria melhor, pensei em Daisuke, mas ele mal quer falar comigo e nem eu com ele, quem dera ser cobaia de treino. Mas o ponto é: minha ideia foi completamente estúpida, mas eu sinto que pode dar certo mesmo assim.

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