Flores de fogo - Tony Dragnell

Flores de fogo!

Um vasto campo florido em tons pastéis introduziam a belíssima cidade de Verdanturf Town ao jovem viajante Tony Dragnell. Em busca de encontrar algum patrocinador para o evento feito por sua sociedade, o mono-treinador se apressava junto à sua canídea em direção ao Contest Hall tão famoso da região.

Ao chegar lá nosso herói se deparava com a belíssima arena fechada e com suas portas trancadas e luzes desligadas. Incomum, já que dizem os rumores que a competição daqui é aberta e funciona quase toda semana, sendo a principal fonte turística e de renda da cidade. Uma pequena criança brincava de bola por ali com seu Whismur e ao ver o mono-treinador perto do edifício fechado, se aproximou:

— Tio, cuidado aí. — o garoto parou e arregalou os olhos espantado — Dizem que tem um fantasma muito bravo aí, ele espantou todo mundo! — a criança contava a história gesticulando, super entretido — A dona do Contest da cidade mora por ali, ó! Ela tá muito triste. — apontou na direção de uma casa amarela bem próxima, ao lado do que parecia ser a prefeitura — Se tá procurando alguma coisa de Contest é com ela, mas não recomendo tentar entrar aí, viu?

Flores de fogo!

Não havia muito o que continuar fazendo ali: assim que a criança dava a informação a Tony, sua mãe o chamava e o pequeno corria sem sequer se despedir. Por sorte, nosso herói havia conseguido o que queria e agora era hora de falar com os responsáveis pelo Contest para ver o que estava acontecendo.

Caminhando em passos largos junto com Espoleta, o mono-treinador batia na porta da casa antes mencionada pela criança. Passaram-se alguns segundos e uma simples senhora atendia a porta com um olhar um tanto quanto entristecido.

— Boa tarde, meu filho. — ajeitou seus óculos que quase caíam de seu rosto — No que posso ajudá-lo?

Atrás da senhora surgia um Growlithe também, o que fez com que Espoleta logo se animasse e praticamente se convidasse a entrar na casa da idosa. Para sorte de Tony, ela não parecia se importar:

— Você parece ser um viajante... Se quiser entrar pode tomar café conosco, já que sua cachorrinha parece entretida e querer brincar. — sorriu, abrindo a porta e convidando-o para entrar — Venha, tem comida suficiente para todo mundo. — deixou a porta aberta para que Tony a fechasse quando passasse — Deixa eu adivinhar... O senhor é um coordenador e queria participar do Contest?

Flores de fogo!

Agora se juntando à senhora para tomar um café, Tony dizia de uma vez o porquê de estar em Verdanturf e logo toca no assunto sobre o Contest. O semblante da senhora era extremamente triste: seus olhos lacrimejavam e juntava ambas as mãos em nervosismo.

— Sim, meu filho. E me chamo Lily, sou a presidente do Contest Hall aqui da cidade. — deu um sorriso sem graça, talvez por não ser tão espontâneo assim, afinal, estava abatida — E se fosse somente um fantasma estaria tudo bem, mas parece que são vários. — tomou um gole do café com leite — Um rapaz daqui a cidade tentou enfrentá-los, mas não temos ninguém por aqui que é treinador e forte o suficiente para derrotá-los...

Em sua lenta velocidade a senhora levantou-se e buscou um envelope dentro de um dos armários da sala:

— Até coloquei um anúncio no jornal, mas ninguém apareceu ainda... — abriu o papel, que possuía várias notas de dinheiro — Estou oferecendo esse prêmio de PK$1400 para quem nos ajudar a tirar aqueles fantasmas de lá. —respirou fundo — A única condição é que não pode capturar os Pokémon que estão lá para não nos dar problema futuramente... Caso alguém consiga derrotá-los, libertaremos eles no Monte Pyre. — voltou seu olhar para Tony — O que acha, querido? Gostaria de tentar? Só peço que tome cuidado.

Flores de fogo!

A senhora escutava as ideias de Tony atentamente. Claro, o rapaz queria ajuda para o Contest de Mauville da The Wolves, mas como faria isso? A moça estava tão abatida. Quanto a ideia sobre chamar os Rangers para recuperar os fantasmas, Lily abriu um sorriso.

— Tem razão, meu filho! Sequer tinha pensado nisso. — levantou em seu ritmo lento e buscou um caderno amarelo — Ligarei para eles e como são sempre prestativos, tenho certeza que chegarão aqui bem rápido. — a senhora parecia animada agora — Não acha melhor você ir logo derrotá-los? Que aí eles já chegam só para pegar os bichanos. — respirou fundo — Quanto ao seu Contest, posso te dar algumas dicas depois, se quiser!

Dito isso, Lily deixava o caderno ao lado do telefone e entregava um molho de chaves a Tony. Parecia que chamar a ideia de nosso herói sobre chamar os Rangers havia levantado um pouco seu espírito já entristecido.

— Tome cuidado, rapaz! Você parece ser experiente, mas fantasmas gostam de pregar muitas peças.

Flores de fogo!

E lá se foi nosso herói novamente em busca de uma eletrizante aventura, dessa vez para não deixar uma senhora triste mas também para não decepcionar sua sociedade e retornar com o que lhe foi pedido: um patrocinador para o Evento Sakura. Com Garm sendo seu monstrinho mais forte, Tony logo decidiu liberá-lo para intimidar os fantasmas, mas sabe-se lá o que o aguardará lá dentro, né?

Não demorou muito e o mono-treinador já estava em frente ao Contest Hall. A aparência do lugar estava estranha e, assim que abria a porta, uma risada maléfica ecoava por todo local. De fato o edifício estava abandonado, e apesar da pouca luminosidade — já que não possuía mais energia elétrica — era possível ver o quão bonito era: em tons prateados, todas as cores orneavam entre si e criavam um belíssimo esquema que mostrava o porquê de ser um dos Contests mais disputados da região. Mesmo belíssimo, o local ainda dava calafrios já que sem dúvidas parecia que alguém estava por perto mesmo não aparecendo fisicamente... Oras, mas essa não é a premissa dos fantasmas?

E, bom, como já se era esperado, as coisas começariam a ficar tenebrosas a cada passo que Tony desse dentro do edifício. Diversas estantes começaram a balançar e livros da recepção começaram a cair no chão rapidamente. Se realmente existe alguns Pokémon vivendo por ali, claro que querem se livrar do rapaz o mais rápido possível; mas para o azar das assombrações, nosso herói não é medroso que nem os outros que se aventuraram a desvendar o "mistério".

Garm parecia disposto a não baixar sua guarda por um momento, olhando em volta sempre que podia. Os livros assustaram-o um pouco, mas nada que o fizesse perder a compostura. Esperto e já experiente, ao perceber que um dos livros estaria sendo jogado em sua direção, deixou que o atingisse, mas lançou um Flamethrower na direção oposta, revelando, assim, seu primeiro oponente: