Desvendando mistérios na selva de pedra

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O vento no rosto dos garotos mexia os cachos da caucasiana que reclamava constantemente pela aquela odisseia que Thomas estava vivendo. Desde que conseguira aquela pedra pequena e misteriosa, a vida do treinador tivera várias visitas entrelaçadas no de correr dos últimos dias. Alpha, obediente, logo inclinava o seu corpo para pousar de frente do prédio que era o Centro Pokémon: Thomas sabia disso por conta do símbolo padrão na frente. Mais uma vez, o moreno voltava aos céus. De longe se via um treinador em um Flygon deixando a cidade, enquanto toda aquela região era coberta por prédios cinzentos ou bege, que eram banhados pelo céu nublado e alaranjado.

As nuvens em vários tons ensaiavam o pôr do sol que se seguia em poucos minutos. Um vento mais gélido soprava indicando uma noite mais fria, digna de poder tomar uma sopa bem quente.  O movimento da cidade estava frenético, com um trânsito caótico de funcionários tentando voltar para casa, crianças saindo da escola, semáforos/sinaleiras tentando conduzir melhor. Até oficiais da polícia eram deslocados para poder cuidar daquele trânsito frenético. Ainda bem que com o seu Aerodactyl, Thomas conseguia contornar toda aquela arena de guerra e pousar na área de frente da Corporação Devon, local alvo de mais um capítulo da história de Thom e sua bolinha.

Com sua montaria guardada em sua Pokébola, o rapaz entrava no prédio cujas portas se abriam automaticamente, enquanto sentia sua mochila, onde guardava suas incubadoras dos ovos de Pokémons, mexia constantemente. Parecia que os seus ovos estavam emanando um calor que era possível sentir dali. Thom andava ali no luxuoso prédio sede da Corporação Devon. Seus olhos pairavam sobre uma grande fonte no meio do prédio. O clima bem temperado ali dentro era agradável. O ambiente em um design bem claro era um contra ponto ao prédio cinzento do lado exterior. Na verdade, era antagônico à toda Rutsboro. O menino ia até a recepcionista que estava digitando algo em seu computador. Tinha cabelos longos escuros, pele tão branca quanto de Thom. Seus olhos púrpuras eram um destaque na mulher, que conferia alguns relatórios e outros afazeres administrativos

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A frustração de Thomas era saber que o presidente daquela empresa estava em reunião, situação nada incomum para um grande chefe de corporação. Era óbvio que um homem naquela importância tinha muita coisa a se fazer, mas o menino insistiu. A morena via a sinceridade no olhar dele, como algo que fosse muito importante e até recebia indicação de uma líder de Ginásio. Era claro que aquela secretária/recepcionista entendia bem que vários líderes vieram procurar o sr Stone alguma vez.

- Bem, para sua sorte, eu sou a secretária do Mr Stone, estou só substituindo uma colega na recepção. - dizia sorrindo, tentando elevar as esperanças de Thomas. - Mas infelizmente, é uma reunião de pessoal importante sem hora para acabar, embora...- pegava a agenda e começava a folhear ... - Não tenha mais compromissos hoje...

Parecia que a agenda do homem não tinha mais compromissos, mas a secretária não tinha a mínima ideia de quando eles iriam conseguir falar com o homem tão importante.

- Será que eu não posso ajudar? Que tipo de item seria este?

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Aparentemente, Thomas teria que esperar. A mulher via a decepção no olhar do moreno, que se afastava para poder esperar o importante homem. Ela mesma olhava no seu relógio de pulso, em seguida direcionava o olhar para o relógio na parede, conferindo o horário. O menino preferia que seu item fosse avaliado pelo o dono da empresa, mas parecia que ao dizer “mineral”, a secretária levantou a cabeça, como se tivesse lembrado de alguma coisa.

- Mineral? - dizia, ainda pensativa... - Talvez eu possa ajudar... Os funcionários estão começando a sair, caso seja o que eu estou pensando, Mr. Stone irá precisar de um dos nossos cientistas para avaliar o item... De uns meses para cá, vários treinadores vieram procura-lo para saber sobre algumas pedras que encontraram em um monte... e relato de lendários entre nós e essas coisas...

Parecia que aquela mulher estava a par do que estava acontecendo. Outros treinadores já vieram procurar o Mr. Stone sobre algum item similar e ela, como secretária do dono daquilo tudo, sabia mais do que ninguém quem realmente deveria avaliar o item (de fato, o homem já era poderoso o bastante para mandar seus funcionários fazerem o serviço e ele só olhar).

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Após mais um chacoalhar na mochila, por conta das incubadoras, Thomas via naquela mulher atraente uma oportunidade para poder descobrir qual tipo de pedra ou item era aquela. Gwen tinha suas suspeitas, mas apenas um equipamento necessário como da Devon Corporation seria necessário para poder desvendar o que era aquela pedra. A mulher saia de detrás do balcão, tirando o microfone lapela da cabeça, segurando um tablet na mão e saindo andando na direção do rapaz.

- Pode me chamar de Mírian.

Após a identificação, a secretária acompanhava o rapaz até o elevador, onde aproveitava para abrir o seu aparelho para rever mais um dos compromissos do seu chefe no dia anterior e relatórios. O caminho se seguia ali dentro enquanto as portas se abriam, em algum andar. Ali, o design moderno do prédio continuava e se espelhavam nos equipamentos high tech dali. Vários aparelhos de tamanhos variados, enquanto tinha algumas pessoas, com jaleco branco, cientistas, arrumando as suas coisas para trabalhar. Duas das quatro paredes daquele andar era de vidro, separando uma água e uma ambiente artificial daquele local. Era possível ver algumas pedras no fundo daquele aquário, enquanto uma cientista mexia em um painel na parede lateral do grande aquário para poder mudar as características daquele ambiente.

Enquanto Mirian e Thomas chegavam no local, as pessoas que aproveitavam para sair ignoravam os dois. Ao longe, uma mulher de óculos vermelhos, cabelos púrpuras em uma blusa rubra brilhante e jaleco branco por cima digitava alguma coisa em seu computador. Do lado dela, uma Kirlia. A Pokémon era um pouco diferente... Tinha uma aparência bem séria, usava uma pochete rosa choque com caveiras negras, enquanto tinha grandes fones de ouvido em que passava uma música em volume bem alto. Era possível ver as olheiras da Pokémon enquanto ouvia aquele rock metálico. Não tinha nenhuma graciosidade de uma Kirlia, apenas um olhar de poucos amigos.

- Betty! - a secretária chamava. A mulher que estava no computador se assustava, fazendo movimentos bruscos e deixando os óculos ficar suspenso só por uma perna. Ela se levantava bem rápido até se encontrar com Mírian e o garoto do lado dela.

- Não fui eu.. Oi?! Ah! Oi Mirian... Juro que não vou ficar trabalhando até tarde!!! Prometo!- respondia a mulher em tom afirmativo, como se já tivesse acontecido uma situação parecia outrora.

- Talvez hoje eu faça vista grossa... O RH já reclamou que você sai daqui 2h da manhã e chega 7h... Mas se você ajudar o jovem Thomas aqui, eu posso ignorar isso um pouco...- em um tom cômico, Mirian pedia ajuda, embora, com Mr. Stone mandando, ela iria fazer de qualquer jeito, sem bônus.

- Claro... - responde olhando com uma face questionadora para Thomas.

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O olhar de Betty pairava sobre aquela pedra singular. Thomas retirava aquela “bolinha de gude”, fazendo com que os olhos, não só da cientista, mas também da Pokémon bailarina, ficassem grandes. Só de ver, Betty parecia reconhecer o objeto e como Mirian já tinha dito, outras pessoas já tinham procurado o sr Stone acerca daquele estranho objeto. Não era tanta surpresa assim para a cientista que era especialista naquilo.

- Acho que eu sei o que é isso, mas antes de te dizer, preciso saber se é verdadeira... Afinal, nada te serviria esta informação se fosse uma pedra falsa.

A mulher dizia, levantando-se de sua cadeira confortável, seguindo para um equipamento do lado da sala. Mirian fazia questão de acompanha-la, enquanto Kirlia fazia questão de acompanhar o pobre treinador. A mulher de cabelos roxos e blusa vermelha começava a digitar na tela “touchscreen” do aparelho. No notebook ao lado, que parecia ligado aquele aparelho branco, que tinha uma altura de mais ou menos 1 metro e 70 centímetros, a sua base bem firme estava ligada a um cabo de aço que transmitia energia. A máquina era inicializada e assim ela se abria. Uma plataforma era vista após uma semilua vermelha se abrir, deixando o espaço aberto para que Thomas colocasse ali dentro o objeto.

- Deixe eu advinhar, Zapdos também te deu isso, né?- a cientista perguntava, sorrindo para Thomas. Aquela história era velha para a mulher. Enquanto a cientista esperava que o jovem Thomas colocasse a pedra ali, Mirian chamava a atenção para algo que via em seu tablet.

- Eita! Parece que a Devon Corporation terá muito trabalho nos próximos meses! Parece que as chuvas em Tohjo recuaram... Vamos amplificar o projeto de reforma com a empresa parceira, que por sinal está em reunião agora e com o RH com o Mr. Stone.- a menina redirecionava o tablet para o rapaz e a cientista, mostrando a reportagem feita naquela manhã:

–  ...Sim Bettany, ao que parece essas imagens não são gravadas, são uma transmissão aérea dos Rangers em parceria com a Silph Co., uma transmissão ao vivo! –  Uma voz digna de um apresentador de telejornal era ouvida na transmissão do Canal PBC. Enquanto sua imagem encontrava-se reduzida a um quadrado na ponta inferior esquerda, a maior parte da tela era preenchida por uma sequência de três câmeras. Uma delas subaquática, mostrando uma espécie de Pagoda antiga e submersa, nada impressionante. A segunda, no que parecia ser uma Rota de grande altitude que levava a uma região costeira, mostrava nuvens pesadas de chuva afastando-se na direção do Oceano, dando lugar a um Sol ainda tímido, mas cheio de potencial. Já a última era de um helicóptero e mostrava uma espécie de Ilha Tecnológica do tamanho de uma cidade pequena movendo-se entre duas curiosas formações de terra, que mais pareciam um pico de montanha do que um arquipélago.

– Olha só Michael, essa inclusive é uma vista aérea de Sienna, a Base de Operações Flutuante da Sienna CO. Vocês não estão vendo uma montagem, essa é a Região de Kanto nesse instante. A chuva simplesmente CESSOU! Depois de dois anos de um interminável temporal, as chuvas simplesmente cessaram... –  Afirmava uma mulher loira e vestida formalmente, claramente a âncora do telejornal. Ela passou a ser o foco da transmissão, deixando a imagem das câmeras para um espacinho no canto inferior direito

– E os Rangers acabaram de confirmar Bettany. Vocês estão vendo e ouvindo em primeira mão a notícia de que as águas estão retrocedendo velozmente sobre as Regiões de Kanto e Johto! Inclusive, conseguimos um link direto com Sienna, nosso correspondente em Kanto vai nos permitir uma palavrinha com Mia Sanders, uma das CEO da Sienna CO. – Complementou o homem, já passando a imagem para um cenário completamente diferente.

A câmera agora fitava uma espécie de cidade bastante urbanizada, muito semelhante à LaRousse, mas com ares mais artificiais do que a Cidade de Hoenn. Em primeiro plano, um repórter com um grande fone em seu ouvido e um microfone em mãos, na direção de sua entrevistada enquanto sacudia a cabeça afirmativamente, esperando o som chegar até ele. Já a entrevistada, era uma mulher não tão alta, negra, de cabelos curtos e óculos de grau. Ela possuía um ar de dominação e vestia uma espécie de uniforme amarelo e preto – Isso aí Michael, Bettany... Estamos aqui com a CEO da Sienna CO., Mia Sanders. Estamos atônitos Senhora Sanders, esse verdadeiro Milagre tem algum dedo da Sienna Co. em parceria com a Silph Co. e os Rangers? – Questionou o homem, com um claro e incontrolável sorriso esperançoso em seu rosto, bastante contrastante com a seriedade e frieza da mulher.

– Primeiramente, quero agradecer ao espaço cedido pela PBC. E em segundo lugar, serei direta. Não, nada do que aconteceu aqui tem qualquer explicação lógica até o momento, mas acreditamos que terá certamente, muito em breve. A Sienna Co. investiu pesadamente na Restauração de Tohjo e continuará seu Serviço. Nós criamos Sienna como uma Base de Operação em escala de Metrópole, mas com a facilidade de flutuar pelo mar facilmente, como um Navio. Aqui possuímos conjuntos habitacionais para refugiados das Chuvas, Reservas Naturais para Pokémon em estado de perigo e isso será apenas o início. No momento estamos nos movendo o mais rápido possível para o Mar entre as Rotas 10 e 12, entre Lavender e Fuchsia, antes que a água desça completamente e fiquemos encalhados. Lá ficaremos ancorados por tempo indeterminado e estamos abertos para todos que queriam servir como voluntários nessa próxima Etapa de Restauração das Regiões... – Afirmou Sanders, de forma categórica.