Amor pelo aço!

OFF: Fiz um resumo do que aconteceu na rota anterior dentro da narração mesmo.

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Após passar parte do caminho de Lavaridge até uma das rotas, Willow pensou melhor e decidiu não ir até o Vale de Aço agora. Parou, comeu algumas batatas chips de sua mochila e foi até uma cafeteria; ele tinha uma grande responsabilidade, tanto humanística quanto pokémonística de restabelecer melhor a saúde do Magnemite que havia capturado por puro coleguismo. Sim, coleguismo, o jovem loiro claro via o par de elétricos que conhecera naquele dia, já, como grandes amigos, e não iria decepcioná-los em sua promessa de ir até o treinador de metal em Larousse pra ver o que tava havendo. Para tentar ver, né... nada era garantido.

Pediu um café e lembrou-se, também, dos apuros que passou por conta de ir ajudar aqueles dois elétricos, Plusle e Minun, em uma fábrica abandonada. Incertezas... Baixíssima segurança... Um casal pelado erm.. "utilizando" o galpão da fábrica da melhor maneira possível e depois entrando num porão sinistro, para fugirem...

Seu café chegou; bebeu um gole, continuando a lembrar das desgraças - principalmente a desgraça maior: Entrou numa sala em que um treinador sinistro apontou a arma para ele sem nunca a abaixar, deixando o garoto sair apenas ao perder a batalha pokémon. "E ainda bem que ele não usou uma Spinarak que estava no teto...! Meus pokémons estavam já todos "bagunçados"...

Pediu mais um café antes de sair do estabelecimento. O dia estava ganho; salvou um Magnemite com um pouco de Potion e o capturou. Venceu vários pássaros e capturou dois. Precisaria ensinar Fly para eles... mas isso era pra um outro dia. Por hora, teria que caminhar mais um pouco, até chegar na rota 107. O jovem treinador passaria algum tempo naquela cidade, antes de ir até Mountrock. Não sabia que desafios o aguardavam, mas ao entrar na cidade, olharia em redor e procuraria logo por uma pousada para passar a noite, caso não fosse muito caro. Precisava de um banho também.

off:

Ao sair da cafeteria se espreguiçou. Willow era pra sentir-se mais "vivo" após o café, mas parece que a canseira tomou conta dele, ainda mais com o ambiente que, se deixassem, ele usufruiria deitando ali mesmo no tapete e que se ferrase quem se incomodasse.

Mas deixando pensamentos doidos de lado, viu um idoso que ia passando e se achegou, amigavelmente, perguntando:

— Olá, oji-san! Tudo bom? Sabe se tem alguma pousada no caminho pra rota 107? Sou treinador pokémon e... estou precisando descansar, tomar um banho, entende?

O lilás dos olhos do freguês deu uma hipnotizada de leve no jovem; nada de impulso sexual, mas de extravagância - posto não ser comum aquele tipo de olhos e... de roupa, também. Parecia um lutadorzinho apozentado, tadinho.

Willow ouviu as palavras do velho com atenção, comentando um "Ah, era treinador é? Aposto que gostava do tipo lutador, vejo que está no pano ha ha!" Disse alegremente o jovem, e ouviu o restante da história.

"Vish, o senhor parece maior de boas e o filho vadio..." Pensou Willow, também lembrando-se de que tinha pais.

Ao ouvir a resposta completa, lembrou-se das escadas do centro pokémon, que tanto queria explorar há alguns minutos atrás. E ao ouvir a proposta, pôs-se a refletir: "Willow, o que custa tu ajudar o velho?! É caminho! Esquece a idiotice desse moleque e entrega o recado da melhor forma", disse pra si mesmo, feliz por ter conseguido bastante informação e uma hospedagem grátis com um moleque de caráter duvidoso...

"É isso! Tenho que perguntar sobre o caráter desse moleque." Decidiu o jovem.

— Erm... com todo o respeito, senhor.. erm.. seu nome mesmo, é?.. ... Me diga senhor ___ se não haveria risco de eu dormir na mesma casa que ele... sabe, desculpe a indelicadeza, mas, de gente que desrespeita os pais a gente não sabe bem o que esperar, né.

O sorriso sem graça do jovem treinador tentava abafar o (leve?) peso das palavras ditas.

Ao ouvir as piadinhas do velho, a reação de Willow era bem ambígua, por um lado, ria pelos cotovelos, por outro, preferia que ele apenas soltasse a informação logo. Mas divertido como estava sendo, ele não ligou. Apenas anuiu com a cabeça, foi ouvindo, disse que se chamava Olaph e que precisava ir antes que ficasse muito tarde.

Ao ouvir a frase final do velho Ryu, disse:

— Então, meu senhor, já estou indo pra lá! Fica tranquilo que vou contar uma história bem sinistra pra ele, falando como foi o meu primeiro dia de treinador e já acho que será bem convincente. Passei por uns perrengues naquela fábrica abandonada, no meio da floresta.

Dizia o loiro apontando em direção à praça que tinha uma estátua cagada de Taillows. E continuou.

— Mas agora estou indo mesmo, ha ha, só me diga como chegar à casa dele.

Então o jovem refletia: "Bem, por tudo que passei hoje, não sabendo se iria voltar pra casa ou não, deve ser suficiente para convencer o jovem e ajudar este tão simpático oji-san". Lembrou-se de Mag, o magnemite em recuperação em sua pokébola. Queria usá-lo logo, mas teria que esperar, pelo próprio bem da saúde dele.

— Nooossa, com a pressa eu quase esqueci, agradeço o convite pro churrasco, mas infelizmente tenho um amiguinho aqui na pokébola pra tentar salvar no ginásio de Larrousse. Mas super agradeço o convite.

— Bom, basicamente eu não sei o significado, mas a família Willow é bastante conhecida pelos seus professores e pesquisadores pokémon, ha ha. Eu é que tô por fora desse mundo... Digo, mais ou menos né...

Ouvia a explicação atento, feliz por não ter de se preocupar tanto com sua segurança. Deu um passo em direção ao destino, enquanto ainda ouvia a explicação.

"Basicamente, seguir em frente, atento à direita... é tipo um pantanozinho... Bom, espero não ter problemas maiores do que alguns pokémons pelo caminho", pensou o jovem.

E então, ao terminar de ouvir, pegou o número de telefone oferecido pelo velho com um sorriso educado no rosto. Fez uma reverência de corpo ao velho e seguiu viagem, na direção apontada, se despedindo educadamente. Pegando sua pokébola com seu Taillow Palhacinha, na mão, já ficava pronto para lançá-la, se necessário.