[Lavender] - Capítulo Especial 3 - Finalmente!

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Apesar de não compartilhar do mesmo o sentimento que muitos detinham de retornar para reconstruir seu lar, o jovem Tielo havia se candidatado com vontade para ser voluntário no trabalho de reconstrução de Kanto e Johto, especificamente para a cidade de Lavander, onde os mitos antigos se alegravam com as aparições fantasmagóricas. Certamente, assim como o treinador pensava, aquela era uma das cidades que não receberiam muitos voluntários, uma vez que a maioria deles provavelmente pretendia ajudar nas grandes cidades. De forma singela, os mitos de Lavender também poderiam ter influência naquilo? Não sei, quem sabe?

De toda maneira, pode seguir de forma um tanto quanto não tranquila o caminho até Lavander no ônibus de voluntários, uma vez que vários desvios eram necessários ao longo do caminho para evitar que o ônibus atolasse na estrada, já que essa ainda se encontrava bastante úmida, assim como evitar destroços que foram levados pela forças das águas. Era nítida a devastação que o ambiente havia sofrido e até mesmo difícil de se imaginar que um dia pessoas e Pokémon pudessem retornar a morar naquele ambiente.

Infelizmente, a visão de Lavander era tão hostil e desolada quanto a que avistara no caminho até ali, ao menos era o que podia perceber através da janela do ônibus. Através da cidade era possível observar casas desabadas por completo, algumas em ruínas, postes quebrados ao meio, assim como árvores, sem contar nos cabos de forças espalhados pelas ruas, além do lixo, é claro. Parecia como uma cena de apocalipse que só se via em filmes e livros. Não era nada inspirador. Apesar disso, ao longe conseguia ver a torre de Lavander imponente como se não tivesse acontecido com ela ao longo daqueles dois anos.

Logo que o ônibus parou os voluntários foram orientados a descerem do veículo, cerca de vinte ou trinta pessoas, e lhes foi entregue um kit de equipamentos que os ajudariam nas suas atividades. O kit era composto por dez metros de corda, galochas, capacete de proteção, uma lona muito bem dobrada, uma pá e um par de sinalizadores. Previamente, os voluntários já haviam recebido suas missões quando desembarcaram no continente. A de Tielo consistia em ajudar a limpar a estrada principal até a torre de Lavander, onde se encontravam alguns detritos difíceis de lidar.

- Então, vamos começar? Bom trabalho a todos. – Disse um senhor de meia idade equipado com vestimenta de proteção para os reunidos ali. Aparentemente era o responsável da Sienna pelo local.

Com tudo entregue em mãos, o jovem seguiria para o local onde cumpriria sua missão? Ou gostaria de fazer alguns preparativos antes? Quem sabe conseguir apoio de alguma maneira?

O fato era que o jovem músico não havia ficado muito contente com os EPI’s que havia recebido para sua missão, apesar disso se encontrava um tanto maravilhado com o misticismo que envolvia a cidade de Lavander, assim como pela organização e ambiente da antiga cidade. Será que os mitos dali se mantinham tão vivos quanto era antes de todo o desastre? Era difícil de saber, provavelmente teria de conferir.

Ali, no centro da cidade, o bardo poderia ver, além das outras rotas da cidade, o caminho que se estendia até a famosa torre. Porém, tal espaço se encontrava obstruída por alguns destroços. Havia alguns pequenos pedaços de concreto espalhados pela estrada, além de telhas, tijolos e pedaços de madeira. Esse eram os detritos pequenos. Além disso, o que mais atrapalhava na locomoção por ali, excepcionalmente de veículos, eram três postes caídos sobre a estrada, uma parede tombada de uma das casas e o que parecia ser alguns móveis, cerca de dois ou três. A lama espalhada pela estrada também era um sério problema.

Parecia ser bastante trabalho para um início de tarde. Próximo de onde estava, sentado sobre o capô de um dos carros, o senhor responsável pelos voluntários analisava um mapa em seu colo calmamente.

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Então, apesar das dificuldades encontradas em caminhar sobre a lama e a falta de estilo daquelas galochas que as vezes mais pareciam atrapalhar do que ajudar, o jovem bardo não tardava em começar seu trabalho de reconstrução na companhia de seu parceiro anfíbio Marshtomp.

Dessa maneira, o treinador começou seu trabalho de limpeza da estrada, assim como também reconstituição daquele pedaço. Enquanto o jovem começava a retirar as pedras, anfíbio começou seu trabalho cuspindo porções de lama e água nos locais que em que estavam apresentando buracos ou rachaduras, tentando tampar imperfeições. Tampouco finalizou esse trabalho, o anfíbio então tratou de lançar alguns leves tremores no ambiente a fim de assentar a lama.

Contudo, o resultado que se vira não fora o esperado, já que em alguns pontos a criatura havia lançado mais água do que lama, fazendo com que imperfeições continuassem e a água se espalhasse com o tremor. Por outro lado, em outros pontos havia mais lama do que água, deixando pequenas bolas de lama naqueles locais.

Como o treinador contornaria esse problema? De outro ângulo, estava fazendo um bom trabalho com a pá tirando os pequenos detritos.

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Apesar daquele trabalho não ser um dos melhores para ser executado por um músico, o serviço era continuado da melhor maneira que podia. Sendo assim, com as instruções mais especificadas quanto as suas ações, tanto o anfíbio quanto a larva conseguiam trabalhar com mais eficiência, logo conseguindo compor a reconstrução daquela estrada de maneira coerente para um caminho. Não seria uma obra de arte, mas também não estava ruim.

Dessa maneira, o tempo ia passando à medida que as criaturas e o treinador avançavam com seu trabalho. Logo, as 16h, foi feita uma pausa para um lanche, onde uma das encarregadas pelas equipes trouxe para eles um pouco de ração e sanduíches, além de água. Próximo dali, também havia outros treinadores a trabalhar na reconstrução das casas e na reconstrução da zona verde da cidade.

Após a pausa, todos retornaram aos trabalhos, tendo as criaturas cada uma a executar suas atividades com suas particularidades. Via-se Marshtomp a agora tomar um exímio cuidado com sua “obra” e Larvesta dar os acabamentos secando-a, enquanto os outros insetos continuavam no serviço de retirar os pequenos detritos e o dinossauro e sua guardiã quebrarem os grandes detritos da estrada.

Assim, quando o sol começou a baixar, o grupo já havia feito um terço do seu trabalho, vide que aquela era uma cidade pequena e as estradas não eram tão longas. Certamente aquele trabalho seria concluído no dia seguinte.

Então, o grupo foi encaminhado para um acampamento montando nas fronteiras da cidade, onde havia algumas barracas para passarem a noite e um local para se limparem. Para os treinadores havia sopa de legumes, carne para aqueles que comessem, e alguns pãezinhos, já para as criaturas havia um local com ração e água.