Waiting Game

waiting game

Como esperado, o ataque de Mani foi suficiente para finalizar a Seviper, e nos dar uma ótima vitória para iniciar as muitas que eu ainda queria, o que me fez aproveitar e retornar o pobre Haunter, agradecendo por uma ótima batalha e lhe dando um devido descanso. Meu objetivo claro era sair de toda essa aventura com meu Haunter e meu Zubat evoluídos, o que demandaria tempo e principalmente, muitas batalhas. Pra isso eu teria de andar esse matagal todo, tanto atrás de Pokémon quanto de outros treinadores para que pudesse treina-los, e isso envolveria mais tempo do que eu realmente queria no Fiery Path, mas não tinha como mudar isso; depois daqui, iria para Fuchsia, para treinar com Janine, então não teria espaço para treinar tais monstrinhos em outro lugar além daqui.

Contudo, antes de fazer isso eu teria de tratar da situação atual, que envolvia capturar aquele Seviper e levá-lo comigo para o posto do bondinho, na base do Mt. Chimney; aliás, antes de fazer isso eu teria de lidar com o pequeno Budew, que estava agora feliz da vida em meu colo pela derrota de sua predadora, e que provavelmente não gostaria de vir comigo se me visse levando a cobra também. Com isso em mente, coloquei a semente no chão e agachei para falar com ele. - Hey, pequenino, o que acha de vir com a gente? Você nunca mais vai precisar correr de monstros assim, eu e Manigold te protegeremos, huh? - Questionei, esperando sua resposta; se ele optasse por de fato vir conosco, eu usaria uma de minhas pokébolas, e depois atiraria outra na serpente. Caso não, apenas me despediria dele e capturaria a Seviper de qualquer forma.

Contudo, antes da resposta, um grande estrondo foi ouvido, tanto por mim quanto por meus Pokémon, que atraiu minha atenção e se direcionava diretamente ao lado em que Kath estava; meu coração por um momento resolveu disparar, tentou não imaginar aquela pobre garota caindo numa armadilha ou sendo atacada, mas minha mente fez o favor de lembrar que a loira não era flor que se cheire. Keyron tinha seus próprios meios de se livrar duma enrascada, e ainda era mais forte do que eu, principalmente com aquele Alakazam; ainda assim, mandei outro SMS para seu celular, esperando a situação se resolver aqui, para depois ir atrás dela.

ZAP DA KATH escreveu:

Ei, ta tudo bem? Ouvi uma explosão, viu algo? Encontrei a Seviper que atacou o Caio, já a derrotei e vou capturar pra voltar a bifurcação logo em seguida.

Oddish 22/40

Por Arceus, até quando eu vou ficar me surpreendendo com a força do meu próprio pokémon? Aquele Focus Blast, não esperava que fosse ser algo tão forte assim. Foi definitivamente um "overkill" contra a pobre Mawile, fazendo até com que eu sentisse pena dela, mas deixava de sentir quando me lembrava de seu treinador. E também o estrondo que o ataque causou, até o próprio Venger ficou olhando, incrédulo. Bem estava todo mundo surpreso com aquilo, talvez até mesmo Luke que estava do outro lado, deve ter conseguido ouvir o barulho.

No mais, Lenny falava a suas birras que entraram em um ouvido meu e saíram pelo outro, nem sei o que ele tinha falado e então ele foi embora. Não acredito que precisei de tudo isso pra dar fora em um cara, sigh. No fim eu realmente estava no controle da situação e cara... como era bom. Esse momento é um daqueles que me faz pensar: "Minha mãe deve estar orgulhosa". Mas por mais que tudo aquilo tenha sido ótimo, também aprendi a tomar mais cuidado, não cantar vitória cedo. E se aquele cara chamasse os amigos? Eu não sei o que faria, não queria nem imaginar, mas não descartaria que era uma possibilidade.

Mas agora era um momento de sorte, abracei e acariciei meus dois queridos. Zen estava extremamente cansado e caiu de joelhos, então logo o retornei para a pokébola. Venger, também estava cansado, mas tinha algo de diferente nele, era um brilho que eu já conhecia bem: era uma evolução. Eu estava testemunhando uma evolução que não era de Zen e ao mesmo tempo tinha a minha pergunta respondida: sim, Venger estava confortável comigo. Quando o brilho intenso se esvaia, Venger se mostrava bem diferente, com grandes asas, o pelo menos denso e olhos mais a mostra.

- Yay querido, você tá lindo. Que bom saber que você gosta de mim. - Eu então tentei acariciar timidamente a área mais peluda do Swoobat, e ele não mostrou resistência, ainda amava os meus afagos igualzinho ao extremamente sério Zen. - Você merece um descanso. - Ele estava de volta na pokébola e então eu seguiria de volta para a bifurcação. Enquanto andava, recebi uma mensagem de Luke, preocupado e ao mesmo tempo dando uma boa notícia.

ZAP DO LUKE escreveu:

A explosão foi meio que minha culpa. E ótimo, já to indo pra bifurcação também.

Era tudo um alívio. O idiota do Lenny não chegou a atrapalhar na busca pelo Seviper. Agora era só ir até o Mt. Chimmney, procurar a moça de antes e salvar o pequeno Caio. Yay, nada deu errado por hoje, até agora.

---

Caminhos da floresta pela direita...

Com a vitória em mãos, Luke realmente tinha cumprido a parte mais difícil daquela missão, que era capturar Seviper. No entanto, ainda tinha que levar o Pokémon a base de operações no Mt. Chimney, o que demandava um certo tempo e a sua parceira de viagem consigo, que no momento, era a preocupação do menino, que sentia que aquela explosão estava mais perto dela do que de si. Budew se surpreendeu com a explosão e assim pulou direto na esfera na mão do garoto para ser capturado.

O raio vermelho puxava o bebê budew para dentro, enquanto o brilho da esfera se fechava. O item se mexia de um lado para o outro, enquanto o rapaz apreciava o lindo só da captura! Em seguida, Luke seguia para a Seviper, que recebia uma esfera também em seu longo corpo sobre a grama. O bicho sumia e agora a esfera lutava para manter a serpente dentro. Tudo bem! Shadow Ball fez o trabalho todo. Logo que a captura fora concluída, a bola brilhou azul e verde e desapareceu, indo direto para o Storage do rapaz em que alguém cuidava dos Pokémons...

- Budew capturado na Rota 112
- Seviper capturado na Rota 112
-2 Pokébolas [03]
+2 BC por captura de Pokémon [07]

Caminhos da floresta pela esquerda...

Com certeza a menina percebia a diferença. A Evolução chegava. Woobat sumia, dando espaço para a nova forma de Venger. Kath, claro, ficou extremamente animada, além de que, Lenny, por sua vez, sentiu-se mais intimidado, dando passos para trás. Não era só um Alakazam. Era um Alakazam e um Swoobat. Aquilo seria mais difícil de combater. O menino ficava calado, enquanto a treinadora saia pela rota, animada, no entanto, esperando que nada de ruim acontecesse mais por ali.

- Venger evoluiu para Swoobat na Rota 112
- Venger recebeu +10 pontos de felicidade [70]
+1 BC por evolução de pokémon [26]

Na bifurcação...

Os dois treinados se encontravam mais uma vez naquela bifurcação. Tanto a floresta escura, quanto a floresta mais iluminada eram deixadas para trás. O tempo corria quando se estava explorando um local e não se sabia se o jovem Caio tinha piorado ou não daquelas condições. Talvez deixasse sequelas? Claro que eu estava estudando acidentes ofídicos agora para poder fazer algo assim...

waiting game

Recebi a mensagem-resposta de Kath logo depois de me certificar que ambas as capturas haviam sido bem sucedidas, e ver a pokébola de Seviper desaparecer em direção ao Storage; a que ficara em minha mão era a de Budew, e eu logo tratei de solta-lo, para ficar conosco. Agachei novamente, sorrindo para a sementinha, que parecia um pouco assustada pelo processo de captura e teleporte. - Oi pequena. - Disse, colocando meu indicador em sua casca, acariciando ali. - Quer andar com a gente?

Dito aquilo, e recebendo um tímido sim como resposta, peguei a sementinha no colo, bem como Misty fazia com seu Togepi, e me virei para os outros dois monstrinhos que ainda estavam fora da pokébola nesse momento, Wimber e Venipede, chamando-os para voltarmos em direção a bifurcação, para encontrar com Kathryne de novo. Naquele meio tempo de caminhada, minha cabeça criativa já havia pensado num apelido, tanto para a Budew, quanto para a Seviper, e já tratei de registrar isso em minha pokédex, para não esquecer.

Em pouco tempo estávamos de volta ao ponto em que nos dividimos, e eu vi o rosto de Kath já me esperando, são e salva, como eu queria que acontecesse. - Hey. Não encontrei só a Seviper, diga olá para minha nova bebê, Amor. - Levantei a Budew em direção a loira, que falou seu nome de maneira não muito animada, mas cumprimentando mesmo assim.

Meu semblante então, passou de um sorriso para uma expressão séria novamente, quando me dei conta de que tínhamos coisas mais importantes a fazer. - Vamos para o norte, a paramédica esta nos esperando junto com Caio. - Cortei o assunto pela metade, deixando que contássemos as histórias depois. Sem muita demora, comecei a andar com a garota de volta para a estrada principal, e dessa vez em direção ao norte, para a base do monte.

Oddish 23/40

Bem, realmente nada de errado havia acontecido, tanto eu como Luke estávamos sãos e salvos, Seviper capturada e Horan até conseguiu o outro poison-type que procurava. Quando o encontrei, estendi a mão para um high-five e logo mostrei a minha conquista, rapidamente liberando Venger. O morcego não pareceu ficar muito incomodado, mas ainda mostrava o seu jeito ansioso igual quando era um Woobat, batendo as asas rapidamente, só que fazendo bem mais barulho, devido as asas maiores.

- Olha só o Venger, hehe. Tá lindo não é? - Logo retornei o Swoobat para a pokébola, deixaria ele descansando mais um pouco. Dava um risinho ao ver o Budew de Luke, mas nem tentava acariciar a sementinha. Ele podia acabar se assustando de alguma maneira. E bem, é melhor não assustar um pokémon bebê. Então comecei a andar quando Luke falava da nossa tarefa que a gente tinha a princípio. Não sou muito de iniciar conversas, mas acabou sendo eu que "quebrou o gelo" enquanto caminhávamos.

- Bem, eu acabei me encontrando com aquele cara chato de mais cedo, Lenny. Mas consegui mandar ele embora, fugiu igual um Wimpod, sabe aquele inseto de Alola, hehe. Claro, acho que podia ter dado ruim de alguma maneira. Mas, bem, umm... to sã e salva e por sorte não atrapalhou a busca pelo Seviper. E você, como achou o Budew?

waiting game

Voltamos então a caminhar, lado a lado, em direção a base do monte, onde ficava o posto do bondinho do Chimney, utilizado para levar pessoas ao pico do monte, para dar acesso a Fallarbor; eu havia decorado o mapa de Hoenn antes de vir pra cá, a ansiedade era tamanha que eu já sabia exatamente onde ficava cada local e cada landmark do continente, antes mesmo de colocar os pés na região litorânea pela primeira vez. Pelo GPS sabia que não estávamos tão longe da montanha, apenas mais uns 5km e chegaríamos lá.

No meio do trajeto, já com Venipede e Zubat retornados, permanecendo apenas com Amor em meu colo, Kath resolveu quebrar o silêncio e voltar no assunto de antes, que me fez olhar para ela sorrindo ao ver o Woobat evoluído. - Ele ficou lindo! Fico feliz que tenha conseguido espantar aquele cara, soube desde o começo que não era flor que se cheire. - Disse, só pensando em como seria desastroso se a garota tivesse sido derrotada, aquele babaca poderia querer abusar dela ou coisa pior, e eu não me perdoaria por ter sido quem deu a ideia de nos separarmos.

- Ela estava fugindo justamente do Seviper, a cobra queria se alimentar da pobrezinha, e eu derrotei ela com Manigold. Coincidentemente tinha um pedaço de jeans rasgado preso em seus caninos, o que me fez identificar como o atacante de Caio, que estava com uma parte da calça rasgada, lembra? - Constatei para a garota. Enquanto explicava toda a situação para ela, Amor pareceu estremecer em meus braços, provavelmente com medo só de lembrar da situação traumatizante que passara a pouco. - Eu salvei ela, ela quis vir comigo, e aproveitei para capturar... a outra. - Falei a última parte baixo, para que a Budew não ouvisse que eu tinha a Seviper comigo agora.

Eu tinha certeza que ela havia ficado traumatizada, e provavelmente desmaiaria só de ver Shaina comigo; por isso tinha de manter segredo, mas ainda não poderia falar para Kath também. De qualquer forma, agora nosso caminho parecia livre, e se continuássemos nesse passo, provavelmente chegaríamos lá no meio da tarde, em cerca de uma hora do local atual; era um trajeto longo, e eu já tratei de separar duas garrafas d'água das que eu trouxe em minha bolsa, entregando uma para a minha companheira. - Tenho maçãs aqui também, se quiser. - Ofereci a fruta já imaginando que, assim como eu, Keyron estaria com fome. Depois de toda essa aventura na floresta, quem não estaria?

Oddish 24/40

Estávamos em direção ao Mt. Chimney e isso me lembrava que esse monte foi mais um dos lugares estranhos que minha mãe tinha me levado quando criança. Ela sabia que lugares como aqueles eram perigosos para a sua filha mas ao mesmo tempo eu me sentia tão segura perto dela. Comecei a dar uma breve "boiada" em pensamentos e estava começando a sentir saudades de minha mãe. Repito isso mais uma vez: "Vou te deixar orgulhosa mãe, me observe de onde você estiver!"

Então de volta ao mundo real ouvia Luke comentando sobre minha história e contando a dele, então realmente os dois pokémon vieram de maneira até conveniente, as vezes as coisas acontecem de maneira conveniente, até mesmo conveniente demais, mas não tentaria pensar muito a fundo sobre isso, se não seriam mais longos minutos "boiando", apenas respondi Horan de uma maneira bem humorada.

- É, eu também tinha medo de me dar mal nas mãos daquele cara. E bem, você acabou achando os dois pokémon que você procurava ao mesmo tempo e também o Seviper que atacou Caio. - Dei um risinho e falei baixo: - A não ser que a sua Seviper não seja a que atacou Caio e o pedaço de calça seja de outra pessoa. - Dei um risinho que logo se esvaiu de minha face, senti que falei besteira: - Umm... esquece o que eu disse. Me ignora. - Talvez, apenas talvez eu tenha preocupado Luke com a possibilidade de outro acidente ofídico nessa rota, apesar de eu apenas estar brincando. Bem, aceitei a fruta e a garrafa de água que Lukas me ofereceu e já estava pronta para seguir para o Mt. Chimney.

- Obrigada, eu tava com fome mesmo. Então, vamos continuar andando? - Eu estava estranhamente animada, talvez eu esteja começando uma outra amizade com Luke, no mesmo nível da que comecei em Mountrock com Daisuke. Outra vantagem de ser treinadora, apesar de ser algo clichê, são os amigos que se faz pelo caminho.

---

A caminhada fora longa. Alguns minutos se passaram enquanto os dois treinadores avançavam pela rota, em respiração ofegante, pois depois de andar tanto, perto do meio dia, aquilo era de se esperar. As vitórias conquistadas por ambos não poderiam ser maiores, exceto, é claro, por conta da vida de Caio que ainda estava em mistério... O Mt. Chimney que outrora era uma montanha longínqua, agora parecia uma fortaleza natural, bem perto de onde os meninos estavam. O olhar para o gigante parecia desencorajador, enquanto o grupo tentava se organizar nas atividades que teriam... Luke ainda avançaria mais pela rota, Kath, quem sabe... Mas a vida de Caio era maior que isso tudo...

Logo foi possível ver o bondinho com um casal de turistas que entravam para visitar o alto do monte. Ao lado, uma estrutura até que grande, com vários pontos de vendas, seja lanchonete, restaurante ou, ainda, loja de lembrancinhas. Um segurança alto e forte ficava na porta, enquanto algumas pessoas saiam. Parecia um mini shopping ali, ou uma rodoviária, mais para uma galeria. Enfim, a dupla Requiém chegara no ponto de encontro e ao entrar ali dentro conseguia ver a área administrativa, seguindo as placas no alto.

Nem precisou muito! A paramédica reconheceu os dois assim que ela conversava com uma senhora mais velha, com seus 40 e tantos anos, cabelos presos em um coque e lábios em tom vermelho, por conta do batom. Era a administradora do local! O edifício estava bem movimentado, com várias pessoas indo e vindo, em especial crianças. Do lado desta administradora, uma terceira mulher, era alta, cabelos castanhos com uma tiara, mantinha a cara mais preocupada das três, com um crachá de professora da escola de Rutsboro. A paramédica abordava o casal, esperançosa.

- Foram eles? Nossa, estou feliz por vocês...- mas logo, toda esperança caia, pois ela olhava para os jovens e só via Budew e Swoobat, nenhum dos dois era Seviper -... mas não conseguiram achar o seviper, né?- concluíra ao perceber que o Pokémon não estava ali...

waiting game

Em muito tempo não caminhava tanto assim, minhas pernas gritavam por socorro e eu já havia esvaziado uma garrafa inteira de água, bem como quase todo nosso estoque de maçãs; ainda assim, tinha de continuar. Não importa se estávamos chegando ou não, tinha que chegar no bondinho, e salvar a vida do pobre garoto; quer dizer, com todo esse cansaço acumulado, minha cabeça começava a pensar que talvez ele fosse mais travesso do que realmente imaginávamos. Provavelmente se perdeu do grupo porque quis fazer arte, e atacou a Seviper de propósito, por isso foi mordido; era uma situação bem fácil de se pensar, e eu tinha um pressentimento que estávamos lidando exatamente com isso...

De qualquer forma, só descobriríamos depois que o garoto estivesse são e salvo, o que estava cada vez mais perto de acontecer; a montanha que antes parecia minuscula no horizonte agora se erguia de antes de nós com pedras imensas e paredões maiores do que qualquer prédio que eu possa lembrar. Realmente uma maravilha da natureza, pensar que lava derretida fazia tudo aquilo quando resfriada, e que literalmente a qualquer momento aquele vulcão poderia se ativar e explodir, matando todo mundo que estivesse em volta... ok, fui longe de mais.

Voltando pra realidade, assim que chegamos a base do monte, encontramos o bondinho sem muita demora, e consequentemente encontramos a paramédica sem muita demora, dessa vez acompanhada de mais duas mulheres de mai idade, que certamente tinham alguma importância no ocorrido; a mais arrumada com certeza era a gerente do local, sem dúvida alguma; enquanto a outra usava um crachá idêntico ao de Caio, o que indicava ser a professora do tour. A mulher se aproximou de nós dois, sem qualquer escrúpulo, e começou a falar sobre a situação; eu, no entanto, abri um sorriso para ela em resposta.

- Fique tranquila, eu encontrei a cobra que o atacou, só preciso pegá-la em meu Storage. Tem algum PC por aqui? - Questionei para a paramédica, que apontou em uma direção, me mostrando o lugar; antes de tudo, tratei de retornar Amor para que ela não visse a serpente, e depois troquei Misty com Shaina, trazendo-a para a equipe, e deixando o Salandit no PC. Depois, voltei para o semicírculo formado no meio da entrada, e entreguei a pokébola para a paramédica, que deveria resolver a situação; mas com um alerta de que queria a Pokémon para mim, então teria de me devolve-la depois que identificasse qual espécie era. Por fim, me sentei com Kath em um dos bancos do local, esperando que tudo acontecesse ao nosso redor, afinal, não estava mais em nossas mãos. Nossa parte, a gente fez.

Oddish 25/40

Não tinha ideia do quanto nós andamos, apenas tinha certeza de que foi muito e deve ter sido muito mesmo. Talvez cairia de joelhos quando chegasse ao Mt. Chimmney. Minha preocupação era: será que demoramos demais? Eu também não tive a noção do tempo enquanto estava lá pela floresta, talvez se passaram horas e eu nem percebi. Caio já poderia estar morto. Mas eram apenas incertezas, eu estava preocupada claro, mas não deixavam de ser incertezas, não deveria me preocupar tanto assim. Não conseguiria ser otimista, mas tentava ser realista e pensar que realmente não passou tanto tempo.

Sempre nessas longas caminhadas pensamentos iam e vinham na minha mente, fazendo com que eu ficasse bem calada. Espero que Luke não tenha se incomodado com isso, mas bem, é o jeito que eu sou, sempre fico "boiando no meu mundo". Enfim, boiei o suficiente, havia chegado no imponente Mt. Chimney e não estava nenhum pouco diferente do que eu me lembrava, tinha suas lojinhas como todo bom ponto turístico. Me perguntava qual era o nível de segurança para um possível desastre ali? A princípio não existia segurança, mas isso não importa no momento, não é como se o vulcão fosse entrar em erupção agora mesmo.

Encontramos logo a paramédica junto com outras duas mulheres, sendo a mais notável a moça com o crachá e a provável encarregada de Caio. Eu penso se eu já ia ficar abalada caso o menino morresse, imagine a mulher que estava tomando conta dele? Sem contar a culpa que ela ia sentir, poderia ser processada pelos pais de Caio e ugh... mas por sorte, chegamos a tempo e sei disso pelo jeito que a paramédica nos abordou, parecia feliz em nos ver.

- Bem, então chegamos a tempo né? Como o Luke disse ele só tem que acessar um Storage pra pegar a Seviper. E creio que seja realmente a criatura que estávamos procurando, pois ela estava com um pedaço de calça na boca, provavelmente de Caio. - Então me sentei no banco, voltei Venger para a pokébola e falei com Horan quando ele se sentou ao meu lado: - Então, o que você vai fazer depois disso?