Paper Garden

Countryside boy

Campos da UCR

Lisanna, pobre Lisanna. Estamos no mesmo time, minha cara. Tampouco agrada-me dizê-lo, mas nosso jovem Daisuke levou a vitória de hoje. Como é aquele ditado? Um dia você é massacrado em um evento transmitido ao vivo para todo o continente, no outro você ganha de uma larva ígnea no meio do mato. Não? Bem, é algo do tipo.

Pois bem, uma única esfera de energia bastou para nocautear Hagen. Certamente, todos os dragões do mundo agora uniriam-se para utilizar o Draco Meteor, dar um fim àquele mundo. Como não, afinal? Para o ruivo ganhar alguma coisa, apenas sendo o fim da Terra como a conhecemos, de fato.

Impossível. Apenas nos romances contemporâneos, por meio dos movimentos feministas, que algum dia a princesa seria a detentora de uma vitória contra um poderoso e temível reptiliano (no caso, quilópode) cuspidor de fogo. Ainda assim, nossa princesa de cabelos escarlates havia realizado tamanha proeza. Triste, muito triste, ver o pequeno golem de gelo perecer no chão, tendo Daisuke como última visão.

Sério mesmo? Hayato havia sido tão gentil, oferecendo seu criadouro e seu pokémon, e a princesa insistia em retribuir-lhe dessa forma?! Calúnia. Será que o criador toleraria tamanha indignidade? Se eu fosse ele, chutaria a bunda real de Vossa Excelência, convidando a garota de cabelos brancos para tomar um chá logo em seguida. Mas bem, eu não era ele.

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Com uma proposição de batalha, agora vinda de Hayato, os jovens logo dispuseram-se para começar mais um embate. Claro, no meio disso conversaram brevemente, os monstrinhos da última batalha terminando de interagir. Aliás, permita-me adicionar: em que diabos de mundo Daisuke pode ser considerado um tutor de boas maneiras?

Além disso, eu apenas digo que eu estou no Team Lisanna. Ou seja, concordo com toda e qualquer coisa que fosse ferrar com o ruivinho. Por que não, afinal? Pois então, com esta agradável sentença, dou início à batalha. Ou talvez não. Queria dizer que não irei descrever os golpes tão detalhadamente por que não sou obrigado a nada.

Minccino bateu palminhas, animada, ajudando sua amiguinha venenosa. O passarinho não portador da capacidade de voar bateu sua asa direita na face de Brave (-16), que não parecia bravo no sentido honroso, mas sim no de irritado mesmo. Depois foi a vez da réptil, que chacolhou o chão, acertando Gloom (-5) e Minccino (-26).

Logo em sequência, a escorpião espalmou o bumbum do Doduo (-13), reforçada pela mãozinha abusada de Minccino. Gloom errou seus esporos (amém), e então Numel lançou um fogaréu contra Maru, causando danos super efetivos (-31). Outro turno logo começou, com Sunshine novamente batendo palminhas, e Jack emplumou Brave novamente (-16).

Agora foi Maru que agiu, antes de Kaya, novamente contando com a ajuda de Sunshine para dar uns tapinhas assanhados em Doduo (-13), para que só então a terrestre agisse, com seu abalo sísmico causando os mesmos danos em seus oponentes, enquanto Jack pulava desesperado para não ser atingido, e Minccino caía no chão, desmaiada.

Finalmente, Gloom acertou seus esporos, e Numel então fez o calor em seu ser aumentar, ficando um pouco mais instável. Parecia que, há qualquer momento, poderia ter uma explosão de força. Sobravam cinco monstrinhos em campo, e parecia que agora, Hayato era quem levaria a melhor. Agora é a hora em que me junto à Lisanna: viva, mil vivas!!!

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Bem, vamos lá então. Mincino caía, Hayato parecia se dar melhor agora. E com isso, tanto eu quanto Lisanna sorríamos. Era tão bom ver o ruivo perder... Uma pena que os pokémon do mesmo precisassem sofrer com isso, também. Pois é, desculpem-me, pequenos, mas é por um bem maior. Tenho certeza que não gostam de sair apanhando com seu treinador em todos os lugares que vão.

Eu diria que Jack seria o primeiro a mover-se, mas não desta vez. Os esporos que Gloom havia lançado eram eficientes, apesar de pouco precisos. O passarinho que não sabia voar provavelmente não bateria suas asas por um tempo até que razoável. E talvez isso custasse sua vitória. Assim, quem agiu foi Kaya. O criador parecia estar tentando dar uma colher de chá ao amigo, já que a reptiliana apenas encarou seu adversário com um olhar mortal.

Maru, mostrando-se um pouco abusada, apalpou o bumbum de Amon também, causando-lhe danos (-9). Estou certo que o camelo estava tão envergonhado que, se estivesse segurando um item, deixaria o mesmo cair no chão. E então Brave. O gramíneo esguichou um jato venenoso que, ao acertar o adormecido Jack, foi capaz de fazê-lo cair no chão. Não parecia em condições de continuar batalhando.

O mais lento de todos era Numel. Ainda assim, parecia ser o mais poderoso em toda aquela situação, e era provável que apenas ele fosse capaz de derrubar todos os pokémon de Daisuke sozinho. Sem mais nem menos, ele jogou uma labareda contra a pobre Maru, que não aguentou todo aquele calor e logo desmaiou. Sobravam Brave, Amon e Kaya.

Logo os monstrinhos preparam-se para atacar novamente. Se bem que, talvez atacar não seja a melhor palavra. A Sandile laçou outro olhar da morte contra seu único adversário, diminuindo-lhe as defesas (algo que, em verdade, não faria diferença alguma). Já Gloom, mostrando que não tinha tanto medo assim, jogou nela uma seiva gosmenta, que pareceu abaixar as ofensivas dela, e ao voltar para ele, curou-lhe (+34).

E depois dessa cura completamente insana, Amon ficou contente em atacar. O calor dentro de si parecia revolver-se, intenso e instável. Quando ele soltou sua crítica labareda, ela pareceu queimar com muito mais intensidade, retirando todo o dano que Brave havia curado, além de mais um bocado (-39). E assim acabava essa rodada. O que fariam agora?