Capitulo 16 - Agora te Pegamos, Phillipe Swirller! - "Um Mar de Justiça / Parte 3"

- Sim, seria injusto um 2x1. Vamos passar para o mano a mano – Tentou parecer orgulhoso e honrado, mas todos sabiam que Samurott não duraria em campo. Contudo, sempre era melhor fingir sair por cima da onda.

Sua estratégia deu fruto, Toxic anularia o efeito chato daquele leftovers. Mas o verdadeiro motivo de sua precaução era poupar Thorin para a pós-luta. Ele era seu escudo, a única chance que Will via de sair dali com vida se – o que muito provavelmente aconteceria – Damian recusasse a ir com eles de boa vontade. Precisava vencer e precisava vencer bem. Mas seus temores também não podiam dar chances ao adversário para virar a luta, precisava acabar com aquilo rápido, por tanto, só lhe restava, agora, atacar com tudo. – Thorin! Vamos pressioná-los com duplo Seed Bomb

Blade prevendo o fim da luta e percebendo as intenções de seu sobrinho, aproximou-se mais do jovem, se colocando um pouco atrás dele. Se precisassem recuar, teria que estar dentro do escudo de proteção do gramíneo.

Porque Will não estava surpreso? Ele estreitou os olhos sabendo que precisaria agir rápido. Teria apenas uma única chance. Controlou-se para não ceder as emoções conflitantes, se hesitasse era o fim. Seu plano era eletrocutar todo mundo ali, enquanto Thorin seria seu escudo, Hyperion seria a sua espada.

Enfiou a mão no bolso, escondendo o movimento de Damian atrás do corpanzil do Chesnaught, pronto para sacar a sua Premier Ball. Mas nesse momento o seu Pokenav o alertou. Que péssima hora para tocar, seria Allan e Nagisa? O Carateca quase ignorou o aparelho, mas como Damian lhe deu tempo e nós sabemos que o narrador não aceitaria meu plano de eletrocutar a galera ele leu a mensagem com remetente anônimo rapidamente.

Quem seria? Ele não tinha tempo para pensar nisso. Contou até três e se virou se jogando sobre o seu tio e gritando para Chesnaught se abaixar enquanto usava o seu escudo espinhoso.

Danniel notou a mão do jovem segurar o Pokenav e se surpreendeu com a expressão confusa de Will. Mas quando o viu se jogar sobre ele, não lutou. Seja lá qual fosse o seu plano, ele confiava no sobrinho.

Encolhidos no chão atrás do escudo do Chesnaught, os dois não viram o momento Rambo dos supostos aliados. Mas quando tudo cessou, eles levantaram as cabeças para olharem por sobre o escudo. O que viram não agradou nem um pouco o Carateca, que mesmo salvo, não aprovavam aquele ato.

Blade segurou o braço de seu sobrinho com força e o puxou para fora do portão. Meneando a cabeça para que o jovem não interferisse. Eles se deslocaram e se colocaram do outro lado do muro, em uma tentativa vã de não participação.

- Eu sabia que não ia gostar desse trabalho – Resmungou o mais novo com uma expressão dura. Pois acabara de participar – indiretamente – de uma chacina.

- Não importa, mesmo que não estivéssemos aqui, eles iam acabar se matando. Foque naquilo que viemos fazer. - Will concordou, mas sabia que em um futuro, próximo ou distante, teria que voltar a encarar o grupo do Arcadia Bay para limpar sua honra e faze-los pagar pelos seus crimes.

Eles se esforçaram, inutilmente, para ignorar o som de súplica que ainda os alcançavam e agarraram a benção da distração quando Frank veio até o grupo formado por Blade, Will, Thorin, Drako e Delta.  

- Pode mostrar o local no mapa? – Will pegou o seu Pokénav e abriu no Google maps anotando a posição da tal cadeia de rochas marítimas. Ele não agradeceu, não tinha gostado nem um pouco de ter sido uma isca e muito menos de ter participado do que aconteceu posteriormente, mas também não fez nada para comprar a inimizade do grupo da Chloe, o que era deles estava guardado.

Assim que Frank se retirou, Blade puxou Will para longe para poderem ir embora. – Quanto mais rápido sairmos daqui, melhor. Todo esse barulho vai chamar as autoridades. Não queremos estar aqui quando chegarem. – Danniel já ia na frente recolhendo o seu louva-deus e liberando o seu Swellow para partir. Mas Will olhou por sobre o ombro quando cruzou o portão vendo o grupo invasor sumir. A figura do Sableye ele conhecia, mas aquele era estranho, carregava um cristal imenso, o que isso significaria? O jovem retornou o seu gramíneo e pulou para a sela do seu Charizard levantando voo para se juntar ao tio que já seguia na frente com um voo tranquilo para que o Dragão os alcançassem.

Com o Pokénav nas mãos Will enviou uma mensagem para Allan: “Conseguimos a localização do Phillipe com o grupo da Chloe. Pode abortar a missão, eles já resolveram. Estamos indo descansar, saímos amanhã do Centro Pokémon às 9:00. Até!
Se precisar de ajuda, avise”. Will guardou o aparelho e se inclinou na sela para aumentar a velocidade. Iriam dormir pouco, mas seria o suficiente para descansar.