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A aventura que mais parecia uma viagem a sauna estipulava necessário o consumo regular de água, felizmente eu narrei diversas vezes Luke fazendo isso, o que me tirava de um grande apuro; aproveitando a deixa, esvaziei mais uma garrafa, guardando-a na bolsa e pegando outra. Também não poderia beber demais, afinal poderia causar hidrólise das células e piorar a situação, mas garantiria que a quantidade certa fosse ingerida; Sylphid parecia também temer pelo solo quente, e pensando nisso eu resolvi que seria melhor retorna-lo. Afinal, ele ainda era exotérmico, e não conseguia regular sua própria temperatura, o que claramente o tornava mais propício a insolação.

Agora, apenas com Zubat e Haunter novamente, e seguindo em frente como deveria, outra bifurcação aparecia ali, mas dessa vez com ainda mais opções; tinha três caminhos diante de mim, e nenhum deles parecia atrativo ou convidativo. O primeiro, e que era o direto, levava ao que parecia ser uma ladeira, o que com certeza seria ruim já que meu sobrepeso poderia acabar me machucando mais numa queda; na esquerda tinha o pior dos três, cheio de estalactites e que parecia ser extremamente difícil de passar; na direita contudo, havia um meio termo, apertado mas que era grande o suficiente para alguém com minha altura e largura passasse.

Se eu fosse opinar, provavelmente o caminho mais difícil era o que continha algo especial, julgando pela maneira que as coisas funcionavam no mundo Pokémon; contudo, eu não me arriscaria em passar ali, e nem precisava. - Mani, Wimbie, quero que vocês vão por este caminho, até onde conseguirem e depois voltem, trazendo consigo o que conseguirem em mãos. Se tiver algum Pokémon, retornem e me digam para ir até lá. - Era um plano interessante, com alguns furos mas que poderia dar certo, se o narrador fosse bonzinho; depois eu iria pelo caminho da direita, mas precisava checar o mais complicado primeiro. Haunter conseguia ficar intangível e Zubat era pequeno; os dois passaríam facilmente por ali.

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Luke visualizava seus caminhos de forma alternativa. Cada um com uma aparência diferente do outro. Claro que o treinador estava querendo ser sábio e escolher um caminho melhor. Ao visualizar o caminho 3, cheio de estalagmites e estalactites e com difícil passagem, ele supôs, por conta do reino narrativo Pokémon, que ali teria uma surpresa maior, ou poderia ser um troll do narrador. Mas eu era besta demais para fazer algo assim... Preciso de terapia para ser mal e tacar o f*dac.

Mesmo assim, o garoto, que tinha retornado o inseto, pedia para que Haunter e Zubat fossem naquele local e retirasse o que precisasse e trazer para ele. Com certeza, os dois tinham muita mais facilidade e assim eles fizeram. Wimber contornava as pedras e qualquer obstáculo com seu voo, enquanto Manigold conseguia meio que atravessar aquelas formas rochosas distribuídas aleatoriamente. Luke seguiu os dois de longe com a luz da lanterna, até ambos sumirem.

Deixar dois Pokémons fazerem o serviço de um treinador era uma sábia ideia, afinal, que mal causaria? Zubat conseguia “ver” o que mais ninguém conseguia com seu sonar, o que dispersava de críticas. Manigold era o mais forte de Luke. Embora fosse brincalhão, detinha de habilidades únicas. Luke esperou os minutos, sentindo o calor naquela sauna. Seu suor escorria de novo e secava. De longe vinha o animado Manigold. Sua mão carregava algo. Parecia trazer o precioso artefato, entregando nas mãos de Luke.

O pokémon animado despejava um BIG RED SHARD nas mãos do mono poison... Sim! Era um shard grande, empoeirado, com pedaço de terra avermelhada na parte detrás. Aparentemente foi retirada de uma parede e era do tamanho da palma da mão do loiro. Quando ele apalpou, o grande shard foi divido em 4 shards avermelhados menores, que talvez fossem ser usados no futuro... Wimber? Bem! Quem sabe...

+4 Red Shard [5]

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As vezes eu me impressionava em como eu era um ótimo treinador; conseguia pensar em coisas que até mesmo eu duvidava que conseguiria, elaborava estratégias que sequer acreditava que fossem funcionar, e no final tudo acabava bem. Eu sabia que deveria confiar um pouco mais em mim mesmo, e que apesar da boa autoestima, em alguns casos eu acabava me deixando para baixo por vontade própria, e não acreditava no meu instinto. Contudo, agora, nessa caverna, sozinho, eu não tinha outra opção além dessa, tinha que confiar no meu taco e seguir o que meus sentimentos falavam.

Passaram-se alguns minutos, enquanto eu esperava impaciente pelo retorno dos dois monstrinhos que mandei para o incerto; diferente dos meus planos, eu confiava 100% neles dois, estavam comigo desde sempre, e nunca me decepcionaram. Eu realmente me apeguei aqueles dois Pokémon, não é? Agora eu entendia meus pais, e como doía para eles abandonarem a vida de treinador para focarem nos negócios e na nossa família; não sabia se eu mesmo conseguiria fazer algo assim, provavelmente não. A vida de treinador era cheia de surpresas, todos os dias, e isso me deixava extasiado; todo dia tinha uma aventura nova, coisas novas para encontrar, pessoas novas para conhecer e Pokémon para capturar, treinar e batalhar...

Em meio a minha divagação, um barulho me despertou, e eu observei Manigold a minha frente, estendendo a mão com um item já conhecido por mim; um Red Shard. Era uma pedrinha comumente encontrada em cavernas como esta, que eram usadas como moeda de troca para alguns serviços ao redor do globo; quando o grande bloco foi depositado em minha mão, ele se quebrou em quatro, e eu logo tratei de guardar na bolsa junto com o restante. O sorriso que estava em meu rosto pela volta do fantasma foi desaparecendo conforme eu percebia que o morcego não estava ali ainda. - Wimber não voltou com você? - Questionei ao venenoso, que pareceu não saber a resposta para tal pergunta.

Travei a mandíbula, já sentindo a tensão tomando conta do ambiente e principalmente, de meu corpo; eu não queria me desesperar, mas eu deixei bem claro para ele que era para voltar mesmo se encontrasse algum Pokémon. Não, aquilo não era normal. Liberei Whirlipede novamente; eu tinha um plano. - Sylphie, me desculpe a entrada e saída, mas eu preciso de você. Vamos esperar por mais cinco minutos, se Wimbie não voltar, quero que use seu Rollout pelo caminho para quebrar as estalactites e estalagmites, ok? - Aquele era o momento perfeito para usar a forma arredondada da centopeia-casulo, e combinar com seu golpe. Seja lá o que tenha acontecido, eu descobriria.

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Manigold se sentia orgulhoso e animado por ter conseguido achar algo. Ele sentia que o seu treinador iria gostar daquilo, afinal, Luke se sentiu muito feliz quando encontrou a LeafStone na floresta ali ao lado. Mas a alegria de fantasma dura pouco. Ao ser questionado onde estava seu parceiro morcego, Manigold fechou a cara, espremeu uma cara de interrogação e assim se questionou se ele era o irmão mais velho responsável pelo novo! A agitação do fantasma, que mais parecia um desenho animado, caiu por terra!

Luke agiu veloz, como uma leoa atrás do seu filho. O inseto era convocado em campo, enquanto a ordem clara era de trazer Zubat para o seu mestre, para isso, teria que ultrapassar aquele terreno. Whirlipede começou a rolar com força e ia quebrando as primeiras formações rochosas. Mas foi só virar o campo que Luke percebeu que seu Pokémon parou e havia uma falha de estalagmites e estalactites... Embora agora pudesse iluminar aquele corredor por completo, pois as rochas que antes bloqueavam a luz tinham sido quebradas pelo Bug, ele percebia apenas agora uma cratera ali que saia um vapor quente....

O caminho estava bloqueado e Haunter olhava para trás para ver o porque de seu treinador não estava indo direto ao encontro do seu Pokémon perdido.. Se Luke desse algum passo, muito provavelmente ele quem viraria um fantasma, como o amigo de Haunter na câmara do Grimer... O fantasma voou até o seu treinador e mesmo não sendo um Psychic capaz de sentir os sentimentos, a preocupação do loiro era notória.

Ele apenas inchou o seu peito (QUE?) encarou Luke e unia suas mãos fantasmagóricas. Manigold parecia indicar que iria cumprir os sentimentos visíveis de Luke: trazer Zubat de volta! O corredor parecia deserto, mas era possível encarar uma curva ali perto... Confiaria o menino esta missão ao Manigold?

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Eu não queria magoar Manigold, não era a intenção desmerecer a conquista dele e eu queria realmente ficar feliz pelos shards que ele me trouxa, mas eu simplesmente não conseguia; o tempo ia passando e passando e eu não via sinal do pequeno Zubat. Não tinha como ele ter se perdido de fato, ele era inteligente apesar de tudo e com certeza saberia voltar, o que pode ter acontecido é algo, ou alguém, estar o impedindo de voar de volta para mim, e isso poderia significar duas coisas. Ou ele havia encontrado um Pokémon forte e quis desafiar por conta própria, o que eu acho difícil por sua timidez; ou havia ficado preso em algum lugar.

Se a última opção era a mais provável de ter acontecido, então eu estava ainda mais preocupado com o pobre monstrinho, e ainda mais disposto a ajuda-lo; o tempo limite se esgotou, e Sylphid começou a rolar, dando inicio ao processo de destruição das pedras a frente. Que durou incrivelmente um metro, já que o que tinha a frente era impossível de passar; uma poça de vapor quente, muito provavelmente "acordada" pelos movimentos do inseto. Sério? Tinha como aquilo piorar? Ok, sempre tinha, pergunta idiota. Respirei fundo e tentei pensar em como passar por aquilo; poderia pedir para que algum Pokémon meu me jogasse para o outro lado se tivesse algum monstro forte o suficiente para isso, ou que algum me levantasse, se tivesse algum voador para isso. Humph.

Minhas opções estavam escassas, enquanto meu nervosismo só aumentava, mas Haunter tentou me acalmar, com uma ideia que poderia de fato funcionar; ele queria ir atrás do pequeno. Eu sabia que aquilo era uma opção, mas não quis colocar na mesa; Mani era agitado e destrambelhado as vezes, poderia se perder com mais facilidade que o mamífero e até mesmo não conseguir chegar até ele. Mas, de todas as possibilidades, aquela era a menos pior.

- Certo, vou deixar você fazer isso. Acredito em você e creio que vá conseguir resgatar Wimber. Qualquer coisa, volte ok? Não enfrente o perigo sozinho, tenha cautela e pense como ele, para tentar encontra-lo. Confio em você, Manigold. - Meus olhos encaravam as íris vermelhas do fantasma que sorria para mim com sua expressão característica.

Voltei a me afastar daquele caminho, me sentando próximo da entrada junto com Whirlipede, e pegando minha bolsa; com um pedacinho de pano que arranquei de minha própria bermuda, fiz uma pequena bolsinha onde coloquei meu último Full Restore e uma Potion para o fantasma, voltando e entregando para ele. Aliás, eu amarrei em seu "braço", garantindo que estava seguro e que aquilo fosse ajuda-lo em situações de perigo. Depois, me sentei novamente ao lado do inseto, bebendo água ainda, dando um pouco também para o inseto, por conta de sua sensibilidade.

Observei o venenoso deixar meu campo de visão, e eu suspirei, temeroso. - Espero que ele consiga Sylphie. Espero de verdade. - A centopeia pareceu reagir, se aproximando mais de mim, mas não tanto por conta do calor. O chão da caverna era um pouco mais quente que as paredes, mas nada insuportável. Meu destino estava nas mãos de meu principal Pokémon, essa seria realmente uma prova de fogo para nós dois.

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O coração de Luke se apertava diante da escolha. Com o sumiço de Wimber na caverna, o menino tinha que traçar uma estratégia para recuperar o morcego que tinha o seu sonar como principal característica, mas em sua frente apenas um voador poderia passar... Ou alguém que levitasse! Haunter se prontificava para o trabalho, enquanto Luke o equipava do que era necessário para que o Pokémon fosse atrás do seu parceiro. Com sua trouxinha de pano da calça do menino, que agora fora estragada, Haunter sobrevoava as cavernas de Fiery Path, sumindo de vista por Luke.

Manigold tinha bom domínio do Levitate. O Pokémon saia planando, atravessando as estalagmites e estalactites com grande facilidade. A caverna de material avermelhado ia passando enquanto os olhos e risadas agitadas do Pokémon entravam em outra câmara, bem mais distante de Luke. Era menor do que a primeira onde Grimer fora encontrado. Naquela região, várias pedras maiores se encontravam, sendo uma escavação bem maturação para se formar ali. Estalagmites e estalactites tinham ao monte. Haunter corria os seus olhos naquele abafado e quente local.

Era escuro... A caverna tinha suas limitações visuais. Para quem vivera ali a vida toda, era totalmente natural. Haunter, por outro lado, tinha uma dificuldade, mas nada surreal. Ao esforçar a visão, ele logo reparava que uma estalactite no teto se destacava. Ela era mais rechonchuda e parecia ter leves movimentos. Talvez os movimentos tivera chamado a atenção do fantasma mais do que a forma... Mas lá estava Wimber, com as asas cobrindo seu corpo como um cobertor, sua boca aberta caia uma baba e ele dormia de cabeça para baixo...

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Minhas esperanças todas estavam naquele fantasminha destrambelhado, que mais curtia fazer piada do que levar as coisas a sério, mas eu sentia que agora seria diferente; tinha um ar diferente nos olhos de Manigold quando ele deu aquele joinha para mim, e eu resolvi que deveria de fato acreditar nele. Claro, não iria ficar parado enquanto ele fazia todo o trabalho sujo, isso com certeza não, mas por enquanto tudo que eu tinha era depositado naquela visão dele se afastando e virando a quina sozinho, corajosamente enfrentando o perigo por mim.

Enquanto eu me mantinha sentado, o Haunter seguia seu caminho, adentrando a virada que não dava mais a visão de seu treinador e que agora parecia ainda mais escura a seus olhos avermelhados; as estalactites e estalagmites frequentes dificultavam pouco sua locomoção, visto sua perfeita dominância da habilidade Levitate, que era a característica do olhudo. Ainda assim, mesmo que ele não tivesse o Levitate, ele ainda era um fantasma, e transpassava terreno facilmente com sua intangibilidade; a visão a frente era uma só: Wimber. O morcego, para o Pokémon, parecia morto ou desmaiado, não só pela baba que escorria de seu rosto como pela posição em que se encontrava.

Mani não sabia sobre a biologia dos morcegos, tampouco tinha ideia que eles dormiam daquela forma, mas lá estava o fujão, descansado de maneira despreocupada para ele, mas que para seu companheiro venenoso, era uma alerta; o monstrinho mais velho se aproximou do pequeno, afobado, foi cutucando a asa dele e dizendo seu próprio nome algumas vezes, como se chamasse pelo voador em sua própria língua. Ele esperou para ver se o irmãozinho acordaria, se sim ele só apontaria seu indicador na direção em que viera, mostrando que era para voltarem; do contrário, tentaria alguma outra coisa para tentar desperta-lo. Quem sabe fazer algum barulho? Derrubar uma pedra parecia uma boa ideia, a princípio, e era a única coisa que a sombra tinha capacidade de elaborar.

Eu ia ficando um pouco mais nervoso a cada segundo que passava, mas a presença de tanto calor parecia me relaxar de certa forma; não era a primeira "sauna" que eu frequentava, então poderia dizer que apesar da temperatura ser um pouco superior a de um spa, ainda era suportável e até agradável as vezes. Minha cabeça estava apoiada em minhas duas mãos, que por sua vez se mantinham apoiadas em meus joelhos conforme eu sentava com "pernas de índio"; Sylphid parecia não entender muito bem a situação, mas conseguia me sentir tenso, e por cima tentava me cutucar algumas vezes como se quisesse saber se eu estava "vivo". Eu olhei para a vastidão que estava a frente, naquela coisa que parecia uma descida, e pensei: "Quais as chances disso levar para o outro lado?".

Quer dizer, não deveria levar exatamente para a parte em que Wimber poderia ter se perdido, mas em hipótese, não tinha mais nada a perder, não é? Pois bem, me levantei e chamei Whirlipede para andar comigo; não deveríamos demorar, apenas daria uma olhada no que tinha ali, alguns passos adiante, nada mais do que isso. Se visse alguma coisa suspeita, ou que pudesse levar ao caminho da esquerda, provavelmente entraria sem pensar, mas caso fosse apenas uma outra câmara, voltaria para a bifurcação tripla. Se Haunter voltasse antes de mim, o que era pouco provável pelo tempo, ainda conseguiria ver o caminho pela curta distância que andaria. Nada com o que se preocupar.

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Felizmente, Manigold acabava encontrando Wimber logo dormindo entre as pedras do teto. Luke, que não conseguia ficar parado, ele logo tentava contornar aquela passagem, seguindo ao norte do caminho 1. O jovem apontava sua lanterna e dava passos pesados naquela ladeira encontrando apenas uma subida sem igual. Whirlepede seguia rolando em campo com o seu treinador, claro, fazendo mais esforço para subir ali.

O fantasma tentava todas as técnicas que sabia! Ele logo chamava, balançava os braços, fazia careta, mas Zubat roncava profundamente perante o seu sono que estava profundo. Por que que o morcego caiu no sono naquele momento da exploração de Luke na caverna? Mistérios do mundo pokémon! Foi preciso Manigold derrubar uma pedra grande no chão fazendo barulho, para poder mostrar que era hora de acordar!

Luke ouvia aquele barulho. O eco parecia se prolongar na câmara ao lado, chegando ao corredor como um som abafado. Pior que depois daquele barulho, ele agora começou a ouvir um tremor, era singelo, pequeno, mas parecia ir na direção do garoto, aumentando mais ainda... Luke seguia caminhando até uma grande parede de estalactites e estalagmites , ao lado uma passagem em que o eco vinha da câmara ao lado. Era pequena, apenas daria para passar se fosse se arrastando... O problema era que atrás da parede de rochas, parecia ter outra passagem oculta pelas estalactites e estalagmites e algo vinha na direção de Luke... Ele teria que pensar rápido antes de ter aquele encontro com o dono do pequeno tremor que cresciam... As opções eram: Retornar, seguir para a direita ou para a esquerda, onde provavelmente Wimber e Manigold estavam.

Enquanto isso, Zubat despertava do sono, quase caindo no chão, mas abrindo suas asas, fazendo um pouso suave no solo. Ele bocejava e assim Haunter comemorava que conseguia acordar seu amigo... Acontece que algo se movia pelas sombras do local... Haunter demorava para perceber, mas três massas de sombras se projetavam, aproximando-se do Pokémon de Luke... Ali, três Slugmas surgiam irritados pela invasão. Despertaram nosso sono!, repetia as massas de magma, que ao se arrastar para mais perto de Manigold e Wimber, parecia atrair mais calor...

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Tudo aconteceu bem depressa, mesmo que eu tenha dado poucos passos adiante, o que tinha no final do corredor me atraía e eu acabava indo além do que precisava; isso contudo, me meteu numa fria tamanha a curiosidade. Apesar da subida não ser tão difícil quanto eu pensei na primeira vez que analisei este caminho, ainda estava ofegante por faze-lo, e nem falo sobre Whirlipede. Esperava que o coitado tivesse tração nas quatro rodas para poder subir tudo aquilo sem ir rolando para trás.

Antes que eu pudesse tomar outra atitude, eu ouvi um pequeno tremor misturado a um barulho estranho vindo da esquerda, o que me confundia mas não o bastante para deixar de notar o que vinha pela frente; eram pedras, muitas pedras. Parece que alguma coisa ou alguém fez um tremor muito grande e assim derrubou essas estalactites de seus lugares; agora eu tinha três opções, mas não tinha tempo para pensar sobre elas, e por isso eu simplesmente deixei meu instinto me guiar, como disse anteriormente.

Retornei Whirlipede de novo, e corri para a frente, rolando e permanecendo agachado, engatinhando então para a esquerda, onde eu imaginava ter conexão com a câmara que meus Pokémon deveriam estar. Não me importava se não conseguiria sar depois, agora, eu só queria ver meus bichinhos são e salvos.

Enquanto tudo isso acontecia, já na câmara escura onde os dois monstrinhos estavam, Manigold fez de tudo para acordar o pequeno Wimber, que por algum motivo parecia extremamente sonolento; morcegos tinham hábitos noturnos, não é? Pois bem, Haunter não sabia disso, mas o mamífero ficou acordado o dia todo, e agora deveria estar morrendo de cansaço. Treinador sem coração, tsc. Enfim, das sombras surgiram três Pokémon inesperados, que sequer estavam na lista do dono dele, mas Mani entendeu o recado deles e sabia que eles não os deixaria sair dali sem uma batalha.

Cutucou então Wmbie para que ele percebesse o que estava acontecendo, e usou os comandos que Lukas mais pedia para ele: duplo Shadow Ball. Wimber por sua vez, tentou a mesma combinação que usara anteriormente em Grimer: Taunt e Wing Attack. Uma batalha iria se desenrolar ali, mas agora Horan não estava mais tão longe de suas crias.

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Temeroso pelo fato de um tremor sinalizar algo grande o bastante para poder atrapalhar a vida do treinador, Luke aproximava-se do pequeno túnel a esquerda, após recolher o seu inseto. O menino meio que se lançava ali de bruços mesmo, enquanto sentia o tremor cada vez mais perto. Enquanto isso, na câmara ao lado, quente, como toda aquela caverna, Manigold se sentia ameaçado pela presença dos Slugmas, que foram acordados. Wimber despertava finalmente ,tentando levantar voo e se mostrando extremamente irritado com os magmas andantes. Aquilo era uma batalha pela honra do Zubat! Possivelmente, Yawn tinha feito aquilo...

E por falar em Yawn, era o primeiro golpe que se ensaiava, mas não antes do Taunt de Zubat impedir que aquele Slugma atacasse. Haunter abria uma Shadow Ball em campo. A esfera negra era disparada contra um dos Slugmas que recebia aquele golpe cruel e assim danos gigantescos [-48 HP| 7] Mas um outro Slugma estava preparando o mesmo golpe, e assim uma bolha de bocejo atingia o Haunter com sucesso. O Terceiro Slugma queria era atacar! Três rochas com um brilho branco ao redor eram conjuradas e iam contra o corpo de Haunter, que recebia o golpe com força, após “ignorar” o Yawn do Pokémon. [-5 HP| 55]

Zubat aproveitava aquele momento para abrir suas asas e descer o cacete em Slugma 1. O Pokémon parecia ter sido o que o colocou para dormir. [Fainted] Isso colocava o Slugma ao nocaute. O segundo Slugma pareceu que iria assumir a frente da batalha, enquanto Luke descia no seu tobogã de terra, sentindo várias rochas passando rolando atrás de si. Aquilo desconcentrou o rapaz e ele, que tinha subido uma ladeirinha, agora descia arrastando sua roupa no solo. Ah! Ali dentro era quente também, só para constar!

Shadow ball surgia de novo! A esfera atingia o Slugma dois, que sentia os efeitos sérios daquele golpe. [-48 HP| 7]. Aquilo obrigou aos dois Pokémons magmas a usarem os seus Rock Throw em combinação contra o corpo do temível haunter. [-10 HP| 45] Embora o choque das pedras em seu corpo tivesse lançado Haunter para trás, agora, o Pokémon caia no sono, usando a trouxinha que Luke lhe dera como travesseiro.

Luke aparecia na câmara. Após descer pelo túnel, ele sentia a firmeza do solo e a sua linha reta, dando estabilidade ao seu corpo. Em sua frente, Wimber lutava corajosamente contra os dois Slugmas, defendendo Haunter que decidiu tirar um cochilo... o que o menino interpretava daquilo?  

Campo: Caverna escura. Muito calor. +20% de Dano em Golpes Dark; +20% de dano em golpes Fire