Cool For The Summer

Depois que Azula esquartejava a Sunflora, a garota parecia querer chorar depois da janta. Ah não, pera, ela já tava em prantos. Onde estava a honra do povo de Hoenn? Enfim, ela se desculpava por ser pentelha e apenas fazia um joinha, deixando "elas por elas".

Já não dava mais ibope pra militante, tal qual Daisuke. E aparentemente estávamos compartilhando do mesmo sentimento de fadiga, principalmente depois de uma batalha forçada. Se fossem salva-vidas super gostosas ao invés...

— Tudo bem, acho que já deu de praia por hoje. Minha pele ta começando a reclamar.

Começava a retornar os outros Pokémon para depois vestir a roupa e ficava pensando...

"Porque você não abre uma vaga pro Daisuke na AVENGERS? Ser sócio e administrador tem suas vantagens, não?"

MATTHEW
"Ele nunca mostrou tanto interesse... E com as últimas notícias não sei se vai ter tempo de fazer missões e coisas do tipo"

THITO
"Mas é uma oportunidade de manter ele perto e não deixar ele se meter em confusão sozinho"

MATTHEW

Aparentemente tanto Matte quanto Thito nutriam a mesma preocupação que eu tinha com Dai. A relação do Thito com Daisuke era de rivalidade amigável nos palcos, e as vezes de parceria. Já o Matte via Daisuke como um aliado fiel. Eu? Ele era meu irmão. Meu melhor amigo de toda essa jornada doida. De alguma forma ele conseguia fazer com que todas as minhas metades votassem pra fazer ele não se afastar. Não tinha motivos para evitar as vozes que só queriam o bem dele.

— Dai... - chamei atenção antes de começarmos a sair da praia. - Eu sei que sua última experiência em sociedade não foi muito maneira, mas eu queria te oferecer uma vaga na Avengers... Eu sou um dos 4 sócios e se você quiser eu te mando os formulários ainda hoje e você vai ter um porto seguro em Hoenn e uma equipe que vai te apoiar.

Segurava a lágrima que insistia em brotar nos meus olhos. Não era um pedido de casamento, droga. Mesmo assim, não podia deixar de me sentir vulnerável. Ouvir um não seria ruim, mas o silêncio também não era reconfortante.

Ouvir aquela resposta fez um grande sorriso brotar em minha face. Segurava com alegria no rosto corado dele. Era impossível me impedir de abraçar ele naquele momento, então só puxei ele pra perto e apertei o moreno nos meus braços demonstrando o afeto que nutria por ele. Não me importava com olhares ou comentários. Eu amava ele de verdade.


— Não se preocupa. Eu confio em você!

Largava ele e o deixava livre pra terminar de arrumar suas coisas. Ela já podia se considerar um Avengers e usar os aposentos da mansão pra se banhar e dormir. Eram bem mais confortáveis que os cubículos dos centros pokémon.