Helping and Chilling Out

Dentro das bolsas que Lilith trouxera haviam alguns potes e vidro com tampas rústicas que lembravam o material de rolhas de vinho para servirem ao propósito do performer. Como colocar luz ali dentro? Energia seria bem complicado e ser vivo algum caberia ali dentro, certo? A gerente tinha comprado algumas velas brancas para substituir as "miniaturas artificiais de volbeat" já que não era algo comum e fácil de se encontrar nos mercados. Como e onde ele arrumaria isso era realmente questão de experimentar os melhores lugares, tendo que lembrar que chamas de verdades estariam dentro dos potes.

De resto o dj da casa chegava mais cedo e podia testar os beats que tinha no seu acervo para que Ren pudesse decidir quais mais gostava. Um pegada lo-fi? Clássico remixado? Ele tinha muitas opções originais.

Enquanto isso, os irmãos pereciam terminar os espelhos.

Ninguém tinha ideia de como fazer o que Ren imaginava sem usar energia elétrica ou fogo. O rapaz que cuidava da iluminação da casa chegava e comentava que para fazer o que o rapaz propunha, Luminous Moss talvez desse conta, mas era um item caro e difícil de encontrar para ser usado daquela forma. Uma alternativa era cortar as velas e banhar em algum líquido não inflamável, que ficariam se movimentando sem perigo de aquecer e queimar alguém.


— Gostaria de saber se vamos usar a iluminação mais rebaixada ou vai querer algo colorido ou neon pra hoje? - ele completava antes de liberar o mini-chefe avenger.

A música estava ok. O dj era de confiança e estava montando um set especial para o rapaz.

Ren chamava seus Pokémon, mas Lilith dava um grito do restaurante, nada elegante, para Ren ir provar os petiscos logo. Quem mandou o garoto demorar tanto?



Numa mesa, haviam 4 opções. Duas delas tinham sido usadas como proposta para o festival Wish! O primeiro dos pratos era a já citada redução de Black Apricorn. Todo o sumo havia sido retirado, deixando apenas a casca dura externa, devidamente limpa por dentro. O sumo, de sabor adstringente e levemente salgado, havia sido misturado ao suco de Kebia Berry, para construção de um sabor inesperadamente ácido. A partir daí, foi feito uma redução e a adição de pedaços expressivos de Pecha Berry, que cozinharam e desmancharam no sumo, adicionaram doçura e textura de um caldo grosso. No fim, esse creme aveludado enegrecido foi colocado dentro da casca de black apricorn para ser provado com uma mini-colher.

O segundo prato era um assado vegetariano! Semelhante a primeira, o Chef abriu e limpou um Red Apricorn, preenchendo-o com um purê de Qualot Berry, temperado com molho de Tamato Berry e pequenos pedaços de Custap e Kee Berry. O Apricorn é então levado ao forno, banhado em azeite, por algumas horas, até a casca externa tornar-se bem mais macia, na mesma textura que a crosta de qualquer carne, enquanto o interior era macio e carregado de sabor e sumo. Até mesmo o mais feroz dos carnívoros provaria essa iguaria e sentiria-se deliciando um filé! Ele seria servido como um pequeno medalhão deste "filé", espetado em um elegante palito.

O terceiro era uma novidade doce. Biscoitos de Coconut Milk e aveia banhadas em suco de Oran Berry feitas no forno, decoradas com creme de Liechi Berry, trazendo um frescor cítrico com sabor doce e aroma marítimo com raspas da casca do fruto usado no creme. Era uma opção leve que poderia ser servido numa grande bandeja, para que os convidados pudessem pegar com a mão, sem cerimônias!

Já o último das opções disponíveis eram bolinhos fritos com massa de Jaboca Berry com pequenos pedaços de Pungent Root. Parecia um simples petisco, mas na verdade era tão aromático e saboroso que os dois ingredientes principais acentuavam as nuances picantes da raiz forte e a leveza do fruto perolado, famoso na confecção de Poffin!

Joffrey quem apresentava cada um dos pratos para o pequeno Ren enquanto Lilith também provava um de cada a medida que o chefe comentava. Ela reafirmava que deveriam ser escolhidos 2 pratos para serem servidos na exclusiva e 1 na coletiva. Financeiramente falando, como a Senkyo arcaria com o cardápio para os convidados da imprensa, ela achava os bolinhos uma ótima opção para a coletiva, que teria mais gente, contudo, deixava a decisão pro rapaz.

Tendo concordado com os bolinhos de Jaboca para a coletiva e a famosa receita de Black Apricorn junto dos biscoitos doces para a exclusiva, Ren agora era liberado para se concentrar na sua apresentação.

— Não se preocupe com isso, nosso chefe é o melhor! - Ela disse entregando as notas que fez com os comentários do rapaz para Joffrey poder começar a trabalhar nas porções. - Quando estiver faltando 30 minutos para a exclusiva eu te chamo para experimentarmos algo para vestir. Se concentre na performance da noite, ok?

Ela deixava ele descer para o salão enquanto voltava a responder outros emails e organizar o restaurante para estar pronto para receber as reservas da noite. Por mais que um evento fosse ocorrer ali, o restaurante não poderia parar. Inclusive, era somente mais uma oportunidade de lucrar.

De volta ao salão do cabaré, Hughes percebia que o rapaz da iluminação estava adiantando a ideia das velas enquanto a dupla de irmãos tinha cuidado quase que completamente da limpeza do lugar, restando apenas o palco, que deixariam para o final já que Ren ainda tinha a intenção de ensaiar a performance que desempenharia de noite. Enquanto isso eles estavam cuidando dos banheiros.

Aos passos que dava para os fundos da casa, o jovem percebia que havia um som ambiente tranquilo, mas com ainda algum ritmo tocando.


O dj estava fazendo os testes de som numa frequência baixa para não atrapalhar aqueles que trabalhavam na Senkyo.

Já no palco, o coordenador tentava instruir seus Pokémon a usar seus movimentos mágicos como uma forma passiva ao invés de ofensivo, como eram comumente vistos em batalhas. O vento feérico que vinha primeiro era bem distinto. A mais experiente das Fadas não teve problema em controlar a força da ventania, já a recém-nascida, por mais fraca que fosse, ainda não conseguia medir esforços para controlar o Fairy Wind, fazendo com que Ren levemente saísse do chão.

Bom, o quarteto cantante não teve problemas em soltar a voz, que era o objetivo do entusiasta de Fadas, porém faltava um negócio chamado... coordenação! Cada um ia no seu tempo, no seu ritmo de respiração, e os cantos acabavam se misturando numa frequência que além de tapar o som ambiente, incomodavam os tímpanos de quem ouvia.

O poder do vento brilhante das Fadas era realmente lindo. Poderia se equiparar com um Icy Wind de tão belo e cintilante, com a diferença que os flocos de gelo davam ao movimento Ice a coloração azul e o Fairy a cor rosa com aqueles pixels multicoloridos. Ísis era perfeita no que executava. Não era nenhum bebê e estava em sintonia com o coordenador. Arallya tentava. E durante as tentativas procurava se adequar ao que o pequeno grande mestre exigia. Suas pequenas e frágeis asinhas faziam um grande esforço para manter um bater leve e controlado. Durante alguns segundos ela realmente conseguia manter uma constância, mas logo fraquejava. Não porque não era capaz, mas porque aquilo era novidade. Ela só precisava tentar mais um pouquinho para conseguir controlar o movimento da forma como Ren queria. A Floette da flor amarela procurou ser mentora da outra, demonstrando como fazer mais fácil e com naturalidade.

O quarteto era interrompido pelo coordenador, que virava para eles dando uma aula sobre respiração. Alguns ficaram confusos, mas seguiram a ordem dele, inspirando depois de contar até três e cantar, mas depois a bagunça foi formada. É. Eles não tinham entendido isso de respirar e cantar.