Pokémon Mythology RPG
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#005 - Um surto, um ruivo e uma academia de gatilhos.

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É triste ser iludido. Achei que seria mesmo capaz de prender todas as portas, as prateleiras e seus conteúdos, mas esqueci do principal: O tamanho dos objetos. Se são pequenos demais, não tem corda que possa segurá-los em seu devido lugar, e o único meio que poderia prendê-los, seria colocando em minhas mãos. Para minha felicidade, era apenas um objeto: uma pequena caixinha, mas que era capaz de fazer um enorme barulho. Assim que ela caía no chão, eu fechava momentaneamente os olhos, repreendendo-me momentaneamente e reagindo ao ruído intenso. Para terminar a merda, não bastava o objeto simplesmente cair no chão, não! Ele ainda tinha que rolar para fora e ir para debaixo do armário.

Felizmente, as luzes internas do submarino não haviam se apagado, então ficava mais fácil de eu conseguir ver qualquer coisa, e a lanterna acabava sendo só um detalhe. Eu me mexia e me contorcia no pequeno espaço enquanto deitava de lado, buscando ter uma ideia do objeto que estava de baixo do armário, e quando a luz batia na única coisa debaixo do armário, eu conseguia ver a bendita: uma Iron Ball. Eu poderia me revirar e enfiar o braço lá de baixo, mas eu me questionava se isso era realmente uma boa ideia. Eu não sabia muito bem como funcionava um submarino, mas tem uma chance dele ser comprimido, ainda que um pouco, e meu braço ficar preso de baixo do armário? Não seria eu que iria arriscar.

Optava pela maneira mais sensata, eu me levantava, e ainda que meio corcunda e desconfortável, eu ficava perto de onde a Iron Ball estava e esperava. Esperava pelo que? Oras, como ela rolou para um lado e foi para debaixo do armário, em algum momento Rammer iria mudar o vetor do submarino novamente e bendita Iron Ball rolaria para o lado contrário, nesse momento, eu tentaria pará-la levemente com o pé antes de pegá-la e colocá-la na caixa, que a propósito eu havia pegado e a mantinha em minha mão esquerda.

Se conseguisse, manteria a caixa com o objeto de ferro nas mãos até chegarmos em nosso destino.

Torchic Egg - 11/40 posts


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A tática de Daisuke era de fato mais eficaz do que minha sugestão, o único problema é que levou tempo. Como havia MUITO tempo para se gastar, uma hora ou outra, o objeto rolou em sua direção. O que posso lhe dizer de bom, meu caro, é que não havia mais caixote algum sobre risco de queda. Bom trabalho, campeão!

Hammer certamente te elogiará pelo bem trapalho...

Só que Daisuke... eu detesto de avisar mas a Iron Ball é bem, bem, bem, bem pesada. Quando o objeto rolou em sua direção, adicionou sob si a aceleração do Submarino, somou à força peso e subtraiu a inércia & resistência do ar... bem, ela fora rápida demais. Ao pará-la com o pé, mesmo calçado, eu devo te alertar que doeu.

Assim, não quebrou seu pé, mas doeu. Doeu um tanto considerável, como bater o mindinho sabe? Só que na lateral. Talvez um pouco mais fraco que isso, na verdade... mas definitivamente doeu. O problema central é que Iron Ball é um item que causa 'Grounded', graças a sua densidade absurdamente alta. E quando eu digo ABSURDA, é porquê ela é absurda mesmo. Os maiores, mais fortes e poderosos pokémons voadores não conseguem anular seu peso ou suportar erguê-la! Mantê-la como 'hold item' é, necessariamente, mantê-la no chão.

Eis ai o problema, meu caro Daisuke. Você pode ter ficado com a caixinha na mão esquerda e ter tentado pegá-la com a mão direita... mas só tentou mesmo. Tentou uma, duas, três... quatro vezes. Mais que isso, só lhe daria dor nas costas. Ainda assim... você tem cara de que tentaria mais mesmo assim. Estou errada?! Pois bem, tome cuidado; se hora ou outra esse submarino virar e essa bola rolar por cima do seu pé... bem, isso irá doer.

A boa notícia, meu querido, é que estamos relativamente perto da rota. Manuela contornata a maioria das ilhas e já conseguia ver o bloqueio costeiro de Lilycove, além das famosas 'pedras empecilhos' e 'bancos de areia' da região.

Ou será esta uma má notícia?!

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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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Devo admitir que mesmo quando sou esperto, eu ainda consigo a proeza de ser burro! Enquanto encarava tensamente o chão, esperando que a esfera de ferro rolasse, eu ficava concentrado e com mente limpa, era quase como se nada mais importasse (porque naquele momento não importava). E sendo assim, quando a Iron Ball vinha na minha direção, eu rapidamente a parava com o pé, somente para sentir uma dor absurda enquanto não gritava por pouco uma palavra nada educada.

- Caralho! - Bradava em minha mente como resposta imediata, e sejamos sinceros, se eu ainda não tivesse uma bendita lanterna na minha boca, eu com certeza teria gritado. Foda-se que a Rammer é minha superior. Eu nunca imaginaria, mesmo nos meus sonhos mais loucos, que percorrendo uma distância tão curta até meu pé, aquela bendita esfera conseguisse me machucar. Eu quase retirava o pé do chão, mas resistia ao reflexo e me agachava para tentar levanta-la. Quando o fazia, outra surpresa: ela era pesada. Pesada pra caralho.

Tentei retirá-la do chão. Tentei MESMO retirá-la do chão. Uma, duas, três vezes, até que admiti minha derrota pra um pedaço de ferro. Que ódio. Como não havia muita alternativa, fui rolando a bendita esfera até uma das extremidades do cômodo, mais próxima ao rolo de corda, onde eu puxava uma quantidade considerável e a enrolava no formato de caracol em volta da esfera. Enrolava, uma, duas, três... Bem próximo de 20 vezes. Era quase como se tivesse um outro emaranhado de cordas no chão. Para que isso? Bem, imagino que a bendita esfera não consiga rolar e sair daquele meio. Ainda assim, eu testava. Empurrava ela de leve para ter certeza e caso eu estivesse certo, iria dar uma explorada pelo submarino, procurando a cabine onde Rammer estaria. Do contrário, se ela conseguisse rolar e sair do meio do rolo de corda, eu ficaria ali, apenas zerando seu vetor de movimento até que o submarino parasse.

Torchic Egg - 12/40 posts


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Ai ai, quando a pessoa além de bonita, é inteligente e toma cerveja comigo... foda. Parabéns Daisuke, você foi muito bem em sua missão: e até resolvendo o probleminha que coloquei. Se quiser colocar corda o suficiente para envolvê-la até criar um tapetinho e sentar... bem, seu critério. No mais, tenho um ótimo anúncio para você: ganhou vários minutos de descanso...

Além disso, com essa barulheira toda, nossa comandante-martelo não ouviu suas palavras impróprias, ok?! Mas se tivesse ouvido, certamente riria da sua cara. Ela estava ocupada demais desviando de bancos de areia e tentando enxergar por dentro das turvas águas poluídas de Lilycove. Quando FINALMENTE conseguiu, avistara o imenso assentamento dos Rangers e entendera que estava na hora de emergir.

Uma sirene curta fora ligada e logo em seguida mais um anúncio era feito pelo microfone pouco funcional:
- VHAMFO SUBHRI - Gritara Hammer.

Seu grito fora pós-cedido por um barulho de ar intenso, que parecia vir de baixo daquele veículo. Em instantes o garoto era impulsionado contra o chão... algo que alguma lei de Newton certamente explicaria. O mais engraçado é que levara segundos para chegar até a superfície; o que era no mínimo cem vezes menos tempo que Manuela usou para afundar.

Porquê? Bem, o primeiro motivo era que para afundar, não é necessário gastar gasolina, então podemos esperar o percurso natural levar-nos até onde queremos. O segundo motivo era que nossa piloto já havia emergido aos poucos ao tentar atravessar as rochas de Lilycove, então já estavam bem próximos do nível do mar. Isso também explicaria porque os ouvidos de Daisuke não explodiram com a velocidade extrema e curto tempo... né?

Bem, o garoto só reparariam quando o submarino parasse por completo. Nesse momento, o barulho incomodo também cessaria; talvez só ai nosso futuro Ranger lembrasse como o silêncio é.

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OFF: Meu deus, será que finalmente estou sendo notado?! *-*

Bem, felizmente, eu havia conseguido uma folga. A esfera de ferro não rolaria para longe. Eu queria sair daquele corredor o mais rápido possível, então não tardei em começar a andar pelo submarino, procurando um lugar mais aberto ou onde eu pudesse me encontrar com a agente. Queria comunicar que havia terminado e se havia alguma outra tarefa. Mas deixo o alerta, não procurei demais. Não ansiava tanto assim pela companhia da desconhecida, mas para sair de um corredor estreito? Ah, e como!

Andei para a parte frontal do submarino, procurando algum lugar mais espaçado. Quando conseguisse, caso Manuela estivesse por perto, ótimo, puxaria conversa, do contrário, só encostaria nas paredes e puxaria meu pingente para fora da camisa, observando as fotos que tinha nele...

...é estranho como as pessoas se vão. Tinha duas fotos nele e um espaço vazio ao centro. Na direita, uma foto da minha família quando Gary era vivo, na esquerda, uma foto minha com a família da Lis. Quer saber por que disse isso, narradora? Vejamos, meus pais estão com raiva de mim porque eu larguei minha carreira de lutador, então não falam comigo. Gary... Gary morreu. Elfman ta desaparecido. A Mira ta bem irritada comigo também, e se quer saber porque eu não olhei para o lado de fora da academia ranger mais cedo, é porque Mirajane é o tipo de pessoa que me arrancaria dali a força se fosse preciso, ela só precisaria sentir dúvida da minha parte. A vovó morreu também... Só quem ainda esta comigo é a Lis. Ela sempre está.

Mas até quando?

E enquanto pensava nisso, me dava conta de que o submarino parava. Ficava agitado momentaneamente, me levantava e perguntava para Rammer. - Já chegamos? - Será que eu havia demorado tanto assim com as atividades ou só era muito rapido andar dentro de um submarino?

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OFF: DESCULPA A DEMORA EU TINHA 6 ROTAS PRA NARRAR E VOCÊ FOI O ÚLTIMO então a culpa é meio que sua e eu sempre te notei, você que só notou agora que eu te noto rsrsrsrsrsrsrs.

Será que ela SEMPRE está? Porque aposto o quanto quiser, que ela não está aqui agora. Não que você precise, né? Uma missão de entrada não é nada muito complicado... mas o tédio no ambiente fechado submarino, ah esse sim é chato. Tão chato que Manuela nem pretendia interagir; entrara em sua cabina pressurizada com um belo abafador, não vira nem ouvira Daisuke, se concentrando apenas nas luzes e sinais 'vitais' do veículo. O garoto então ficou ali, naquele corredor, até ser impulsionado para cima com uma força um tanto quanto extraordinária.

Não, Daisuke, a viagem não é tão rápida; você que demorou demais. Um submarino não passa de 90 Km/h, mas sem trânsito e tendo o vetor já bem delimitado... ele até que se adianta bastante. Você levara duas horinhas para fazer isso tudo, e agora está cansado. Tão cansado que... bem, que apoiara no corredor e sonhara acordado, mas não é hora nisso, não é? Logo mais sua supervisora sairia da cabine e te veria atoa.

- O que é esse sorriso no rosto, recruta? - Falou, já admitindo que ele possivelmente estaria dentro - Só pode significar duas coisas. Ou fez tudo certo ou tacou o foda-se de vez, né? Deixa eu ver o resultado.
Sem muito pudor, ultrapassou Daisuke e foi até o fundo, visualizar a arte. Ficara um tanto quanto orgulhosa; mas nada comentou. Apenas engoliu o semblante animado, demonstrou uma 'cara-de-nada' e deu duas palmadinhas em suas costas, indicando um bom trabalho:
- Vamos pra fora, rapaz, vou te explicar a NOSSA missão - dera enfase. Manuela seria não só sua chefe, como também sua supervisora.

Ao falar isso, ela deu um belo soco na parede; o que na verdade era um botão bem duro, emperrado e camuflado, que abria a saída... mas não sem antes uma regulação lerda de pressão. Só agora ela tirara seus abafadores, respirando fundo e botando um chiclete na boca, oferencendo ao nosso protagonista logo em seguida:
- Eu odeio essa base, porque ela fica no pé do Monte Pyre e é bem chato descer aqui... você vai ver. Pode subir.

As damas primeiro? Que nada. Hammer sabia que Daisuke teria dificuldades para sair dali, então decidiu ir atrás, evitando problemas. O garoto poderia subir as escadas e ver um belo de um amontoado de pedras ao seu redor. O submarino emergira numa espécie de 'piscina' isolada, escavada para que os Rangers pudessem estacionar, afundar e manobrar construções submersas. A obra demorara anos; e ainda não estava toda pronta. Por isso - e apenas por isso - Daisuke ainda precisaria saltar no mar. Nadaria até um conjunto de pedras e tentaria agarrar uma corda sinalizada, que lhe levaria até o coral e, por conseguinte, a costa.

Bem, descreverei melhor a situação: pegue um colete, pule no mar, nade sem 'dar pé' até a corda, que está a pouco mais de dez metros de ti, seja puxado por outros Guardas Florestais e procure com os pés o momento em que conseguirá dar pé. Essa é sua missão; não há nada de muito complicado nisso, mas tente não escorregar. O submarino está carregado demais, se ele se aproximar da costa sem que a carga seja retirada, ele pode encalhar na areia 'aterrada' e isso dará um belo de um problema.

Porque não haviam barcos para buscá-los e fazer logo a retirada dos equipamentos? Bem, porque essa não era a prioridade; havia mais o que fazer por ali, então Daisuke e Manuela que se virem.

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OFF: Opa rsrsrs

Pois bem, SEMPRE não significa que a pessoa tem de ficar do meu lado encarando a minha cara 24/7, não é mesmo narradora? Imagine só se todos os seus amigos mais presentes estivessem 24/7 com você, tipo, LITERALMENTE. Dormindo com você, comendo com você, trabalhando com você, vivendo o dia todo com você, quase como se encarassem você o dia todo. É perturbador. Lisanna tinha sua vida. Provavelmente estaria procurando um piano em Rinshin por agora, tentando praticar seu novo hobbie. Eu adoraria ouvir ela tocar algum dia, o povo da família dela é bem talentoso com música e eu tenho minhas dúvidas de que esses genes tenham sido pulados exatamente nela. Ou ela só estaria bebendo mesmo...

Enfim! Paremos de falar da Lis. Ela nem ta aqui. No momento, eu só prestava atenção em Manuela que já chegava exigindo resultados. Eu não tinha muito o que dizer, só a acompanhava, quando ela me deu os dois tapinhas no ombro, senti certa satisfação. Não sabia exatamente como me sentir, então só ignorei. Em seguida, ela assentia que trabalharia comigo na minha missão, e honestamente? Eu já imaginava. - Certo. Estou ansioso para trabalhar com você. - Não sabia ao certo como responder àquilo, então só o fiz com a primeira coisa que me veio a cabeça.

Aceitei o chiclete e subi até a escotilha, com certa dificuldade, admito. Os degraus de aço dentro da cabine eram bem chatos e necessitavam de certa atenção. Quando fiquei do lado de fora, eu finalmente havia entendido o comentário da minha superior. - Que merda, ein. - Comentava assim que via a situação. Mas fazer o que, né?

Eu não havia visto um colete salva-vidas, e felizmente, ou não, minha mochila era impermeável, então eu nem pensei muito. Me atirei no mar e fui nadando até a corda, sem hesitar ou pensar duas vezes. Talvez seja idiota me lançar em mar aberto sem colete salva-vidas. Talvez seja, mas eu preciso admitir que nem lembrei disso. Nem passou pela minha cabeça e eu sequer dei importância a esse detalhe. Tentei nada até a corda e me puxaria usando ela, até onde eu conseguisse dar pé e sair do mar.

Uma atitude impulsiva, de fato. Mas sei lá... É como dizem, né, calouro é tudo burro.

Torchic Egg - 14/40 posts


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Você tem razão, meu querido. Se estivéssemos SEMPRE juntos, certamente seria mais difícil controlar a pandemia. Isso me faz pensar que (talvez) gêmeos siameses tem sérios problemas para manter o distanciamento social. Será que quando um pega um vírus respiratório, o outro consegue não se infectar? Talvez a taxa de contágio de um vírus devesse ser estudado dentro desse contexto; num ambiente controlado onde duas pessoas estão SEMPRE juntas.

Acho que vou dar essa ideia à Fiocruz ou pro Instituto Butantan. O que acha? Além disso, meu querido... se eu estivesse SEMPRE com meus amigos eu seria uma pessoa muito feliz e muito triste.... ao mesmo tempo. Há uma vantagem em se estar com alguém que implica, inevitavelmente, na desvantagem. Acho que um belo de um exemplo disso é você.

Isso mesmo, você.

Você e a Manuela. Você vai agradecer muito por estar ao lado d'ela, mas temo que também odeie ter que agradecer isso. Sabe porquê digo isso? Porque você caiu no mar sem colete. Eu não diria que ali é o 'mar aberto', mas justamente por não ser.... que eu te digo que é perigoso. Existe o alto-mar, a costa e a praia. O alto mar não é tão incomodado por (e)ventos, choques com costas e 'finalizações de ondas'. Não há uma quebra de força contra uma faixa de areia, e as ondulações são grandes mas menos 'devastadoras'. A costa não... em geral grande parte das ondulações que surgem do alto-mar se quebram e perdem força aqui, o que torna os 'caracóis de água' muito menores, mas também, perigosos. Há muito mais frequência de redemoinhos também, a correnteza ganha força no chão-arenoso que, querendo ou não, não está tão longe assim. O controle do nado na 'costa' é mais complicado e é JUSTAMENTE POR ISSO que Manuela não te deixou terminar essa besteira.

Você caiu no mar e ao sentí-lo já arrepiou. Água gelada, vento frio, uma fina tensão-superficial e um provável medo... acho que tudo isso é suficiente para eu afirmar (fisiologicamente), sem narrar seu personagem, que você arrepiaria todos os pelos de seu corpo. Eu posso dizer também que o sal d'água e outros componentes (orgânicos) fazia com que aquela água-básica ardesse um pouco. A mucosa de seus olhos se irritariam pouco depois do primeiro contato, seus cabelos pingariam o tempo todo e você nadaria com certa dificuldade.

É provável que sentiu-se cansado também; já que nadava contra-corrente. No mais, você não se afastou demais; sorte de Manuela, que ao te ver fazendo aquela BESTEIRA, vestiu o próprio colete, botou um segundo embaixo do braço, pulou no mar e nadou atrás de você. A oficial com doze anos de carreira marítima não demorou te alcançar. A moça queria mesmo era te dar um cascudo, mas ao invés disso jogou para ti a roupa de salvação:
- Eu falei para você subir, não se matar! - Esbravejou a ti - Vem, vamos para a corda.

Bem, você já nadou próximo da costa com colete salva-vidas? É meio banana-bote de Guarapari... não é tão difícil depois que pega o jeito, mas pegar o jeito é a parte mais complicada. Tente deitar; uma hora conseguirá um angulo estável com essa roupa. A corda não ta tão longe, lembra?!

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Por deus. Eu juro que pararia o que estivesse fazendo e começaria a rir da sua piada, cara narradora, não fosse o fato de não saber como se da sua manifestação no meu plano de existência, e isso não ser extremamente estranho para todos os outros a minha volta. Você é tipo uma entidade? Vozes da minha cabeça? Uma deusa? Uma louca? Uma feiticeira? As outras pessoas a minha volta sabem da sua existência? Da sua manifestação?

...ou será que eu só estou ficando maluco?

Enfim! Voltando a atualidade, eu me arrependi do meu ato assim que dei a primeira braçada. Caralho, que ideia merda mano. Enquanto eu me forçava a prosseguir com uma dificuldade tamanha, eu me forçava a não engolir água e lutar contra o movimento das ondas. Por sorte, eu conseguia prosseguir até o destino, apesar da tarefa estar se alongando mais do que eu imaginava. Estava lutando com a correnteza o máximo que conseguia e ainda assim, estava complicado. Eu estava perdendo o fôlego e tentava manter a respiração padrão de exercícios aeróbicos: respira pelo nariz, assopra pela boca, respira pelo nariz, assopra pela boca...

Mas não era suficiente.

Eu não conseguia manter fôlego suficiente e começava a sentir uma dor na lateral da barriga, quase como um soco. E por sorte, eu finalmente conseguia me lembrar daquelas de quando você começa a fazer a natação, sabe? Que a respiração é invertida? Geralmente, inspira-se pela boca e a expiração pelo nariz? Pois é. Eu até conseguia nadar com mais vigor e sentia me esforçar menos enquanto performava um crawl, mas ainda, não era suficiente, e o cansaço voltava a bater de novo. Era difícil lutar com a correnteza, mas por sorte, a Senhora Martelo me alcançava, me dava um colete e um sermão.

Eu queria reclamar, mas ela tava certa. Só aceitei o esporro.

Tentei me manter num único ponto enquanto colocava o colete, mas depois voltei a nadar. Tive a sensação que aquela coisa sairia do meu corpo e me deixaria por conta própria, mas o encaixe dos braços o impedia de fazer. Como bem dito, Vitória, era uma questão de se acostumar, e agora eu não precisava fazer tanto esforço para não afundar. Prosseguia, ainda num esforço tremendo e vendo Manuela tomar a dianteira, até finalmente conseguir alcançar a bendita corda e ser puxado. Com uma expressão de alívio, eu olhava para a minha superior com um sorriso frouxo, gargalhando de leve antes de lhe dizer.

- Por que não me disse que tinha colete? Esse foi o trote? - A voz baixa, interrompida pelo leve gargalhar, era o sinal do esforço tamanho que havia dito. Ela provavelmente pestanejaria algo como eu deveria saber do colete, ou algo assim, que era comum. Mas sei lá, eu realmente achei que não haveria problemas em pular do submarino... Nem havia me tocado que a maré era mais forte na costa.

Se ela dissesse nada, eu apenas prosseguiria pra terra, torcendo pra chegar menos ofegante até a praia.

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Eu sou eu; sua narradora. Aproveite-me como quiser, o Role Play é seu. Minha forma de descrição está dada, meu único compromisso é com a fidelidade dos fatos e a adição de elementos para sua aventura. Qualquer coisa além disso, é plus; assim como todo o 'ganho extra', usa quem quer. Usa como quer também. Se quiser me ignorar, fique a vontade. Não vou me ofender... você sabe quantas pessoas preferem que eu não me bote aqui? Vê se pode; um texto meu sem 'eu'.

Ainda assim, um texto seu pode não me ter. Não somos siameses, não precisamos estar SEMPRE juntos.

E nem casados...

E nem... uma dupla de recruta-militar. Se fôssemos, eu estaria igual o Pikachu do :choc:, porque eu te mandei pegar um colete sim. Como não sou eu e você; mas sim Manuela Martelo e Daisuke Fernandez, voltarei a aceitar que não é sobre o que eu escrevo, mas sobre o que ela fala:
- Eu não te mandei pular e você pulou - Disse ela, dando de ombros e falando entre os dentes, um tanto quanto irritada - Não venha fingir que faz só o que eu mando. Perderá uns bons pontos de disciplina nesse teste.

Bom, como você tomou a frente e narrou a corda sendo puxada, irei me abster disso. Já que está tão crente de que não tivera problemas nessa etapa, te deixarei narrar assim. Agora me diga, e se eu quisesse fazer uma PROVA TEÓRICA DE NOVE QUESTÕES NA CORDA? EM? Felizmente não queria; então você de fato foi puxado até a margem.

Agora eu vou parar de ficar conversando contigo. Daqui a pouco vão falar que eu não narro, que minha narração é ruim e que eu só quebro parede e não sei descrever. Posso me defender? Devo... né?!

Descreverei para ti a grandeza da situação. Era uma praia pouco frequentada; quebrada por pedras. Patrimônio florestal guardados pelos Rangers. Não havia caça ou pesca; não havia exploração. Aquela era uma região isolada, controlada e - principalmente - preservada. A rota inteira poderia ser 'questionada' e 'lamentada', mas ali não. Aquele era um espaço seguro de natureza; e como todo o espaço seguro de natureza, o cheiro era forte. Mal saíra do mar e já sentia uma brisa um tanto quanto terroso; era tão forte que sobrepujava o sal que Daisuke tinha impregnado na mucosa. O cheiro se misturava à fumaça e revelava o óbvio - e esperado - fogo. A cinco metros da areia branca, uma fogueira de carvão e barro.

Barro como cercado; carvão como combustível. Aquilo podia não ser tão ecológico, mas servia - e muito - na adequação do calor. Juro que isso faria sentido quando Manuela começasse a falar, mas por hora, saiba que aquela curtíssima praia paradisíaca, de vistas ao Monte Pyre, cercada por duas grandes pedras... aquela praia, passava frio.

Muito frio.

Frio demais.

Muito mais frio do que deveria.

Parecido com o Brasil esse fim de semana. Só que no sul.

Culpa ainda das chuvas causadas pelo Swarm de outrora. Uma coisa que poucos sabem - mas que você terá que aprender - Daisuke, é que as catástrofes somem, mas os efeitos delongados não se vão. A umidade daquela região nunca mais fora a mesma e isso implicava num fato chato: uma pequena variação térmica. Agora o clima ficara muito mais frio, e isso propiciou uma nova formação de corais. Isso é bom até certo ponto, mas o equilíbrio ecológico estava... desequilibrado? Bem, certamente ele se regularia em um ponto; mas não há como deixar que algumas espécies mamíferas antecipem a 'hibernação', ou até ganhem esse modus-operandis novo... na verdade, o problema era exatamente esse: os pokémons da região parecem bastante 'sonolentos' e um tanto quando 'preguiçosos' desde então. Tudo tem piorado muito e a guarda florestal tem atribuído isso ao clima, mas se tem certeza?

- Daisuke, eu preciso que você retire um pokémon para nos acompanhar. Os meus são apenas em caso de perigo; você pode escolher um pokémon? Nem dois, nem três. Você só usará um pokémon - Era estranho pedí-lo para que escolhesse um representante sem que tivesse lhe dado a tarefa - Sua missão é bem simples. Ela testará sobre tudo sua disciplina, mas também será bastante útil. Não quero batalhas aqui, você terá que trazer os filhotes para próximos da fogueira... precisamos evitar que Aipons, Minuns, Slakoths e outros pokémons antecipem a hibernação, ou criem esse novo hábito... provavelmente por causa da baixa temperatura. Não se preocupe com o sucesso da missão, nem eu sei se o que faremos será útil, mas sua tentativa será avaliada aqui. Como você ta vendo, é uma reserva florestal, os pokémons daqui tendem a ser dóceis e não terem traumas ou problemas com humanos... ao menos os filhotes. Por favor, não arranje problema.

No mais, Manuela estava completamente molhada, torcendo suas roupas e buscando uma toalha para se enrolar. A líder também pegara um cobertor para o recruta, que começava a sentir o frio da cabeça aos pés. Com o coturno molhado, a moça chamara o protagonista para caminhar até o fogo e fez todo esse 'discursinho' por ali, enquanto esticava as mãos e tentava se esquentar com o calor das brasas. Se olhasse para trás, veria o Submarino sendo rebocado e ancorado. Mais tarde as cargas seriam devidamente retiradas; por hora os dois Rangers que puxaram Daisuke & Manuela, traziam uma xícara de café para a oficial.

Sim, para a oficial; para você não. Ninguém te conhece.

Inclusive, seu celular vibrou. Agora - em terra firme - você conseguiu sinal. Detesto te avisar Daisuke, mas você passou na prova objetiva de raspão. Fora muito bem na primeira etapa, acertando a questão um, dois e três. Na matemática fora péssimo; esquecera por completo do golpe 'Stored Power' e errara a primeira questão. Na segunda, contabilizou stages de Evasion em golpes de 'One Hit K.O' e na última... bem, essa fora anulada por um erro do enunciado, mas se não tivesse, você também teria errado. Você esqueceu do Prankster e do Oblivion. A resposta certa deveria ser C, se não fosse por uma comunicação ruim entre a Dex local e a de Galar. Na última etapa... bem, você acertou as duas primeiras questões, mas eu DETESTO TE AVISAR, fui eu quem inventei o Ranger Pass... porquê ele nunca existiu. Errou a última questão.

Bem, nisso você acertou Cinco de Oito desafios. Passara no limite; e com a anulação da última questão de matemática, podemos dizer que se salvou da 'reprovação por zerar um critério'. Parabéns Daisuke... mas você precisa ir bem nos outros testes; talvez seja bom começar a se preocupar com isso. Você não tem uma nota 'extra' para pendurar sua média, você precisa ao menos agradar.

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#005 - Um surto, um ruivo e uma academia de gatilhos. - Página 3 9eyrpIv
O Mahiro é o melhor do mundo <3

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