Pokémon Mythology RPG
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#005 - Um surto, um ruivo e uma academia de gatilhos.

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Ainda que minha preferência não tenha sido questionada, me sinto na obrigação de dizer que cada marca no seu texto é única e maravilhosa. Há quem diga que é até um charme em suas narrativas, construídas perante uma perspectiva bem-humorada, por vezes meio debochada, que trás um certo ar de comicidade. Mas não vou me ater tanto a isso, prosseguiremos com minhas ações.

E aqui eu protesto! Me mandou pegar um colete, mas não disse onde ele estava? Da onde eu tiraria um? Quer dizer, eu sou preparado, mas sequer me passou pela cabeça que eu teria de me jogar no mar. Ou você sempre sai de casa pensando "Ah, hoje parece que vão fazer eu me lançar no mar pra cumprir uma missão de recrutamento"? Eu não sou este homem, infelizmente, Victoria. Portanto, para a chamada de atenção de Manuela, eu só dava um sorriso fraco de novo enquanto continuava me puxando até a margem. Eu não tinha intenção de fazê-la ganhar antipatia por mim, ainda que estivesse ficando difícil para minha pessoa, então me manter calado era o melhor a se fazer.

Assim que saía do mar, eu sentia o frio bater. A temperatura do local estava baixa e eu começava a tremer de leve. Eu estava vestindo uma blusa regata, com um capuz, pensei em levantá-lo mas cobrir sua cabeça com um capuz molhado não era exatamente inteligente. Me encolhi e me limitei a simplesmente me abraçar enquanto me aproximava do fogo para me esquentar, enquanto, ainda encolhido, virava as palmas da minha mão para o fogo, caminhando a passos curtos para acompanhar Manuela.

Apesar do frio, eu compreendia claramente o que a dona martelo queria de mim. Aparentemente, eu precisaria de uma abordagem mais dóceis com os Pokémon, mas ela levantava um detalhe importantíssimo: eu lidaria com filhotes. Pokémon mais dóceis e mais fáceis de se lidar e interagir, abertos a novas sugestões. O extremo oposto da nova "mãezona" que eu andava descobrindo na minha equipe, mas ainda assim, eu achava ideal confiar a Maru a tarefa de lidar com as dóceis criaturas da reserva. Assim que Rammer terminava de falar, eu lançava minhas afirmativas. - Certo. Entendi. Eu tenho uma Pokémon que tem se mostrado mais aberta a lidar com Pokémon mais dóceis... acho que ela pode ser de grande ajuda.

Em seguida, me traziam um cobertor e eu me cobria, procurando me esquentar. Eu não traria a minha escolha para fora da esfera ainda. Maru não gostava muito de humanos ou de criaturas num geral, minha única pista sobre ela, era que estava mais aberta a lidar com filhotes. Eu soprava a mão para esquenta-la e cobria da cabeça aos pés enquanto direcionava mais algumas perguntas para minha superior. - Você tem alguma sugestão de por onde eu devo começar? - E ouviria o que ela tinha a dizer antes de pegar meu celular.

Eu recebia a nota do teste e algumas mensagens, a início, eu confirmava uma nota média na minha prova, da qual me rendia um suspiro inicial. Bem, eu precisaria me empenhar para adentrar na organização mas antes de poder refletir muito, eu via uma mensagem de Kathryne, provavelmente ela tinha me enviado quando ainda estava no contest no dia anterior, mas fora tudo tão corrido que só olhava agora as mensagens. Eu ria de canto. Era bom saber que tinham pessoas torcendo por mim.

Para Kathryne escreveu:
"Obrigado! Não foi dessa vez, mas da próxima quem sabe, né? Haha"


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- Por onde NÓS vamos começar - Corrigiu Manuela, dando um leve tapinha nas costas de Daisuke e soltando um risinho - Pera a gente secar um pouco, ta escurecendo, vamos montar uma barraca e depois a gente contorna a trilha da nascente...

Aqui lhe dou duas informações: (1) você está a um bom tempo nessa rota já. Manuela adiantou a expedição para dar-lhe a experiência de acampamento e guarda numa floresta, se não fosse por isso, iria só no dia seguinte. (2) O sol ainda não estava se pondo; mas estava perto disso. Uma fina névoa começava a se formar, a maresia se tornava ainda mais forte e o nariz de Daisuke começava a escorrer. O céu começava a se pintar de rosa.

Vendo as maçãs do rosto do garoto se avermelharem, Manuela lembrou-se do óbvio; esquecera de dar uma máscara ao rapaz. Rememora quando falei que a moçoila estava de máscara quando a viu? Pois bem, havia um motivo que podemos chamar de 'redução de danos'. Ela sabia da friagem e do sereno; tapar parte do rosto evitaria constipações... nesse vai-e-volta, ela acabou levando esse costume até para meio urbano. Tirou de sua bolsa-impermeável uma máscara de microfibra laranja-opaca e deu ao garoto, pedindo que cobrisse o rosto.

Sereno, névoa, maresia, fogueira e fumaça; espero que não tenha desvio de septo, senhor Daisuke. Aqui lhe adianto que suas roupas ainda não secaram por completo, mas seu cabelo não pingava mais. Já que ignorara o cobertor que sua chefinha te deu, você acabou por demorar ainda mais secar... Rammer não esperaria; logo bateria palmas e falaria "ao trabalho, recruta!". Gostaria de ouvir 'Yes, Sir" em resposta, mas nem tudo é possível, não é mesmo?

No mais, levantou-se da areia em um pulo, caçou a lona da barraca, começou a montar as hastes flexíveis e encaixar "cada qual no seu cada qual". Não era uma tarefa muito difícil; a barraca era mediana e não queria ter que fazer aquilo sozinha. Ela pode não ter falado com todas as letras; mas eles teriam que coexistir naquele espaço, então seria bom que o garoto ao menos lhe ajudasse a montar.

Encarou-o com o cenho franzido, até que Daisuke pulasse e começasse a se mexer também. Era incrível seu talento para montar uma barraca, olhar de cara feia para um recruta, ser persuasiva e se incomodar com um mosquito ao mesmo tempo. Isso mesmo, um zumbido chato ocupara o ouvido da Ranger, que reagiu dando um tapa em sua bochecha e esmagando o inseto comum.

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Passávamos um tempo na fogueira para nos esquentarmos enquanto era lembrado de que minha missão era em grupo. Eu devia começar a mentalizar isso antes de passar alguma vergonha, não devia? Mentalizando ou não, o tempo começava a passar e mesmo me cobrindo com a coberta que Rammer havia me dado, eu começava a sentir os efeitos da friagem e meu nariz escorria. Era incomodo, mas felizmente, um incomodo que não duraria por muito tempo, já que a minha superior me oferecia uma máscara laranja. Agradecia o gesto e a pegaria, no entanto, antes de colocá-la no rosto, eu tirava um papel e uma sacolinha da mochila, limpando o nariz com ele e o jogando dentro da sacola, que era amarrada e colocada dentro da mochila. Por fim, colocava a máscara.

Apesar de não passar muito tempo, o silêncio começava a me incomodar. Eu não sabia ao certo o que dizer e nem se devia quebrar o gelo... as vezes pode ser bom aproveitar a calmaria antes da tempestade, não é mesmo? Mas eu não pensava assim. Achava que o silêncio era meramente pelo desinteresse em nutrir um diálogo. Mas esse desinteresse era meu ou dela? Eu começava a me questionar, no entanto, antes que pudesse chegar a algum tipo de conclusão, a oficial me chamava para levantar e ajudar com a barraca.

- Ok. - Dizia, me levantando e indo até onde ela estava, tentando auxiliar como podia, sendo passando as hastes por dentro dos espaços no pano, sendo para ficar as hastes da barraca no chão. Eu me questionava se seria interessante colocar algum tipo de prego no chão para que a barraca não voasse durante a noite, mas dessa vez, eu dava voz a minha duvida. - Oficial Rammer, não seria interessante colocar algum tipo de grampo no chão? Ta ventando muito, é provável que assim a barraca não consiga ficar estável quando estivermos do lado de fora dela. - Falava enquanto a auxiliava a levantar a referida barraca.

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- Oh, é mesmo, eu tinha me esquecido disso... mas não tenho grampos. Você tem? Se não tiver, a gente pega umas pedras na trilha pra usar... é bom que você já conhece o riacho - Falara isso enquanto terminava os laços. Aos poucos a barraca ganhava forma e ela então puxava o topo da lona para revelar uma 'tela' para insetos. Depois de uma longa pausa, respirou fundo e voltou a dizer - Vamos fazer isso logo, antes que o vento piore.

A princípio Manuela não era acostumada a andar com recrutas; não imaginou ordenar a priori, e só depois de perceber a falta de grampos que pensou em sugerir algo. Sugerir... isso mesmo; ela não ordenaria. Só se daria conta de que precisava coordenar Daisuke muito tempo. Ao dar sua última frase, aceitou que a teria que executar ainda que cogitasse ter os 'pregos do recruta'. Logo ajeitava sua bota, alongava seu pescoço, seus ombros e estalava os dedos das mãos. Pegava uma esfera e guardava no bolso:

- Me mostre seu pokémon. Vamos com ele, assim vocês reconhecem a área.
No mais, largaram a barraca para pegar rochas; eles poderiam fazer isso em qualquer lugar, mas Manuela estava certo que na beira do riacho acharia algo mais concreto, menos poroso e mais útil. Talvez até pontudo! Outro motivo para ir logo, era definitivamente mostrar o local. A mulher começou a marchar ao Norte, contornou a pedra que cortava a praia e apontou para um pequeno 'rastro' de grama falhada, bem rente a margem da pedra. O caminho ia em direção a mata e não parecia ficar mais confortável a medida que adentrassem:
- Já adianto que ta com muito mais mosquito do que deveria aqui. Vem, vamos, fique próximo de mim. Logo atrás, pirralho.

OFF: Ai amigo eu perdi o primeiro post porque a bateria do meu notebook acabou e eu não reparei que tava no vermelho. Fiquei com preguiça e fiz esse textinho meia boca. Desculpa.

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OFF: Tudo bem, bebê :>

- Não... Infelizmente, eu quase nunca saio das cidades preparado para acampar. Por sorte eu trouxe um saco de dormir, mas é tudo. - Dizia e suspirava enquanto terminava de colocar a barraca de pé. Assim que terminava, eu parava para admirar meu trabalho... Não era lá algo de se orgulhar, quer dizer, era só uma barraca, mas eu não havia feito isso muitas vezes na vida, sabe? Então era quase como um reflexo dar um certo sorriso orgulhoso.

Assim que Manuela começava a andar, ela pedia para que eu liberasse minha escolha de Pokémon. Eu dava de ombros, mas me sentia na obrigação de alertá-la sobre Maru. - Não fique muito perto dela, por favor. Digamos que Maru goste de espaço. - Falava para simplificar as coisas, deixando a oficial ficar uns 3 a 4 metros na minha frente antes de liberar a escorpião que assim que saia da esfera, dava um grunhido um tanto quanto irritado. Estava frio para ela, provavelmente se queixava disso, mas ainda que estivesse frio, não era o suficiente para que ela mantivesse menos de 3 metros de distância de mim. Eu suspirava. - Não fique muito distante, por favor. Preciso de você. - Falava com a pequena, que me olhava de canto enquanto caminhava ao meu lado.

Eu seguia Manuela sem saber exatamente que rumo tomar, e sentia alguns mosquitos me incomodarem. A própria Maru se incomodava com os zumbidos também, cortando alguns com algum súbito movimento de sua cauda vez ou outra. E aqui eu tenho de pontuar algumas coisas: temperatura abaixando, ventos incômodos e mosquitos. O que diabos eu tenho na cabeça para ainda não colocar a droga de um casaco? Felizmente, agora eu imagino que já estou seco, então eu não teria problemas em molhar um casaco. Eu mexia algumas vezes na minha mochila e por sorte eu havia trago uma jaqueta. Ela era grossa, em sua maior parte preta e com alguns detalhes alaranjados e acabava lembrando um pouco as cores do uniforme de ranger. Eu a vestia e levantava o capuz, tendo pouca área do meu corpo exposta enquanto tirava um cachecol preto de dentro da mochila. Eu fechava a mochila de novo enquanto andava e mostrava o cachecol para Maru, que me olhava de canto, provavelmente, dando algum tipo de permissão esquisita para colocá-lo nela e eu o fazia, parando momentaneamente e rapidamente para Manuela não ficar tão a frente.

Colocado o cachecol, Maru nem tinha tempo de grunhir para mim, eu apenas a chamava e corria para alcançar a oficial que não havia ficado muito a frente, bem a tempo de entrarmos na mata e ouvir sua advertência para acompanhá-la e ficar próximo.

- ...Sim. Pode deixar. Eu jamais me afastaria... - Dizia, meio constrangido. Em seguida, eu olhava para Maru, que grunhia em resposta a advertência, me fazendo revirar os olhos. - Olha, você nem ouse aprontar! - Dizia um tanto impaciente. - A gente vai tentar ajudar uns filhotes e preciso que você esteja próxima de mim, por favor, não pula pra dentro dessa mata sozinha. Você pode se perder... - Falava meio preocupado.

Ainda que eu demonstrasse me importar com a Pokémon, aquilo não adiantou muito. A escorpião reclamou. Pestanejou. Bateu o pé e, por fim, começava a se manter a um metro de distância de mim, que ficava logo atrás de Manuela enquanto adentrávamos a mata... o que encontraríamos por lá?

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Rota 122 - Treinamento Ranger

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Por um segundo Manuela quis rir de tamanho desaforo. "Eu devo me afastar do seu pokémon?" pensou a comandante, bastante impressionada com a petulância do rapaz. Em resposta a isso ela apenas arranhou bem a garganta e esperou que Daisuke se auto-advertisse. Sem ver muito sucesso na espera, se viu obrigada a falar:
- Quem da as ordens aqui sou eu, capiche? - Fora grosseira e se colocou. Não a entenda mal, rapaz; ela gosta de ti, mas se não te colocar no lugar, vai virar bagunça. Você precisa se colocar no posto de recruta que terá.

Pois bem, foram. A cada segundo que passava Manuela tinha mais certeza de que o 'faz tudo' Fernandez não era tão incrível assim. Ele poderia dar conta de trabalhos braçais e manuais, mas sua disciplina era negativa... ok, isso não é incomum nos Rangers! É comum que jovens cheguem aqui indisciplinados, mas há de admitir que esse garoto aqui... bem, ele não parece nem estar tentando.

Apesar disso tudo, Rammer (ainda) gostava dele. Deu de ombros e seguiu o trajeto, esperando que ele não ficasse muito para trás. Deu-lhe o benefício da dúvida e não ficou vigiando, ao menos não até chegar no riacho. Caminharam por um matagal aberto, depois adentraram uma floresta semi-fechada e atravessaram troncos mais grossos. Aos poucos a trilha ia 'sumindo' e ambos só sabiam onde estavam graças ao conhecimento de Manuela naquele lugar. Um mapeamento de cabeça! Usara as copas das árvores como referência cartográfica e agora podia ir e voltar sem muito medo de se perder.

Daisuke? Bem, este recuperara o tempo perdido, mas via Maru se afastando. Felizmente ninguém pareceu sair muito de vista e o sol não havia se posto ainda. Manuela parara numa pequena 'costa de rio', com árvores mais baixas, que cresciam inclinadas, buscando o ambiente mais úmido. A cena macabra poderia ser inspecionada pelo ruivo, se não fosse pelo corte repentino que Maru fizera em sua atenção.

Com um grunhido de altura relevante, a pokémon mostrou certa animação. Pera, é isso mesmo que você ta vendo? Skorupi demonstrou ânimo? Bem, não sei se já lhe trouxe numa floresta em plena-luz, sem muito infortúnio de chuvas e ventos... mas desta vez Haru via algo especial ao meio da floresta semi-fechada. Num troco baixo, bem próximo do grupo, uma fenda de Seiva, criada por algum inseto que outrora explorou ali. Sem muito pudor, a pokémon olhou em volta, certificou-se de que ali era uma 'terra de ninguém', correu até o tronco e fincou suas duas presas no caule e começou a lamber a seiva com a língua.

Se Manuela viu? Certamente, mas pareceu não se importar... até achou fofinho. Ao invés de infortuná-la com algum jargão, piada ou repreensão, apenas aponto para Daisuke e o mandou ir até o lago em silêncio.
- Não chame atenção - Sussurrou, enquanto o convidava para ir na beira do rio pegar cascalhos.

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Fiquei envergonhado quando recebi o esporro de Manuela. Na minha cabeça, eu só a estava alertando devido a personalidade da Pokémon... Ainda que tivesse tentado ser cuidadoso, sequer me passou pela cabeça que eu estava sendo arrogante. Levei a mão a face rapidamente enquanto me desculpava. - Desculpe... não tive intenção.

...


Voltando a entrada na mata, conseguíamos adentrar nela enquanto de relance, eu chamava por Maru, que aparentemente me ignorava. Inferno. Será que ela realmente foi uma boa escolha para a missão? Eu nem minha atentava muito a trilha, mas conseguia acompanhar minha chefe ainda que precisasse ficar de olho na Skorupi. Quando finalmente chegávamos até a beira do rio, eu tinha minha atenção tomada por Maru, que ficava até animadinha quando via uma oportunidade de... Chupar seiva? Sério? Eu fiquei surpreso e não pude deixar de sussurrar para ela. - Você gosta de seiva?

Quando Manuela sussurrou para que eu prosseguisse, eu assenti com a cabeça. Mas antes, me virei para a escorpião e sussurrei para ela. - Não saia daí! Fique quietinha chupando seiva, por favor. - Falava baixo mas em tom audível para ela e caminhava de fininho até a beira do lago, procurando por pedras longas e pontudas, e enquanto não achava, tirava uma espécie de bolsa pequena de pano de dentro da mochila, onde eu poderia depositar as pedras. Caso não encontrasse com facilidade, pegaria apenas as de tamanho médio, que pudéssemos usar para que a barraca não voasse e enquanto eu fazia tudo isso, conferia de canto de olho a localização de minha chefe e da minha Pokémon.

Feito isso, voltaria até onde Manuela e Maru estavam, torcendo para que a escorpião não tivesse feito nada.

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Não foi difícil terminar a missão; nada os impediriam de pegar as pedras e resolver o problema. Além disso, não era uma busca lá muito difícil; se não achassem pedras pontiagudas, poderiam apenas pegar cascalhos lisos e colocar por dentro do forro, no canto da barraca. Isso daria peso à lona e resolveria a fixação por si só! Bem, encheram a sacola com o necessário - e um pouco mais - até que Manuela fizera um sinal de apontamento com as mãos.

Sinalizara o caminho de volta sem falar nada, assobiara de leve para ter a atenção de Maru e caminhou na trilha de retorno. Só retomaria a fala ao se distanciar um pouco; ali era um local comum para famílias pokémons, preferia passar despercebida, ao menos na calada da tarde. Quando dera o contorno e voltara para a trilha original, olhou para trás e procurou Maru e Daisuke, não os vendo de imediato.

Os dois não estavam perdidos, mas admito certa resistência por parte da Skorupi a sair da fonte de Seiva... ainda assim ela saiu. Faria certo drama, cambalearia um pouco, acharia um tanto quanto ruim mas iria com seu treinador. De certo modo Manuela não esperava menos; ao mostrar a pequena Maru, Hammer entendeu que Daisuke se tratava de um treinador 'iniciante'. Ele até teria um ou outro bons pokémons, mas não parecia ter uma equipe coesa e disciplinada ainda. Lidar com filhotes é sempre um pouco conturbado; são raras as vezes que eles entendem o que está acontecendo ao redor de suas cabeças.

Bem, caminhariam pela trilha oficial. Manuela queria ainda dar uma boa olhada em Maru, então ao chegar na fogueira, ela pediria para ver o pokémon. Não se preocupe, Daisuke; ela é uma Guarda Florestal, se tem algo que ela entende é de pokémons ariscos.

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Okay, pegar pedras? Isso era relativamente fácil. Pontiagudas ou não, elas enchiam o saco até que rapidamente, nos tornando aptos a retornar. Quando Manuela fez o sinal, eu ia até a Skorupi para chamá-la, mas felizmente a oficial assobiava para chamar a atenção da tipo inseto.

A priori, Maru não queria vir, então eu me agachava e esperava por ela enquanto a observava de frente. Mirava nos olhos, ainda que distantes. Eu estava sempre tentando entender a complicada Pokémon, e honestamente? Eu tinha muitas duvidas com minha conduta em relação a ela. Se estava fazendo certo, se eu estava sendo paciente o suficiente com ela, e bem... se ela estava feliz estando sob meus cuidados. Eu ficava meio mexido, na verdade, mas felizmente ela vinha em minha direção, ainda que descontente por querer tirar um pouco mais de seiva das árvores.

A máscara tampava meu rosto, mas eu não pude deixar de sorrir ao ver ela seguindo logo atrás de mim, que pegava o saco com as pedras andava a passos curtos para ir no tempo da pequena, mas não o suficiente para ficar distante de Manuela, estava no meio termo, andando despreocupado pela trilha até chegarmos onde montamos acampamento, com Maru reclamando bastante. Ainda com o sorriso no rosto, eu me agachava perto da fogueira para falar com ela.

- Não fica assim. Prometo que quando sairmos daqui eu procuro um jeito de tirar seiva das árvores pra você... ta bom? - Falava em tom amigável, mas ainda assim, aquilo não parecia ser suficiente, já que ela grunhia em resposta. Eu até suspiraria, mas não tive tempo... martelo me abordava, me questionando se podia ver a Pokémon. Dei de ombros, mas antes falei com ela um pouco sobre Maru, baixo o suficiente para a escorpião não me escutasse. - Pode sim, fica a vontade. Mas cuidado, ela não é muito amigável, como pode ter percebido. Não são raras as vezes que Maru e eu nos desentendemos, e... bem. Acho que isso é por conta do treinador antigo dela. Ele é legal comigo, sabe? Mas não foi um bom treinador para ela. Apenas a mantinha no storage e a usava para conseguir ovos, e eu começo a suspeitar que no fundo, a Maru só é uma mãe com o sentido de proteção afetado por ter tido seus filhotes tirados dela... - Falava, enquanto olhava a escorpião de longe. Mesmo com frio e tendo uma fogueira próxima, Maru preferia ficar isolada, encarando o mar, perdida em seus próprios pensamentos.

Ela rotineiramente era distante, e eu tentava entender a Pokémon. Muitas vezes, sem sucesso... mas eu ficava me questionando sobre o que Manuela poderia dizer pra ela. Ou fazer.

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Um pouco distante, Maru sentara em um dos troncos robustos organizados pelos Rangers. A essa altura já não se via muitos guardas florestais; eles não se amontoavam por ali. A maioria ficava sondando outras praias e outras costas, sem fazer um trabalho em equipe muito grande. Eram apenas Daisuke, Manuela e a pequena escorpião.

Caminhara pelo tronco roliço, dera um pulo em direção a areia e deitou sua cabeça enquanto encarava o mar. Se enrolou em sua própria cauda, cigarreou como um inseto comum e lambera os lábios, lembrando da Seiva amarga que acabara de provar. Aos poucos o pokémon ia se aninando na areia fofa e se sentindo ainda mais confortável. Em sua mente, alguns flashbacks. Chegara naquele deserto 'em bando', tinha consigo seus irmãos mais novos e além disso muita dor de cabeça. Sua floresta original fora queimada e sua família quase toda morta; acabara por migrar apenas com o que restou de seus fraternos

Ela não lembrava muito do incêndio, mas o percurso estava bem claro. Fugira d'um mato de Sinnoh até uma rota urbana próxima, sendo pega por Guardas Florestais e muito bem cuidada, junto de seus irmãos. Chegar até o meio urbano fora o mais difícil; venceu todos os predadores protegendo seus irmãos, apesar de também ter requerido a ajuda deles.

Lembrava das lutas, mas também lembrava das conquistas. O mundo da guarda florestal até fora agradável; ela seria remanejada para outra floresta, junto de seus irmãos. Num certo ponto, alguns traficantes roubaram-a da ONG, levando-a para Hoenn. Maru sempre se viu como mãe para seus irmãos; apesar de todos os problemas, manteve-se firme para unir a família.

Causou certo escarcéu e conseguiu um auê. Tudo isso fora suficiente para se ver foragida pelas ruas de um novo continente; parando então no Shimmer Desert, onde viveu bons anos com o restante de sua família.

Talvez por isso a areia dessa praia lhe fosse tão aconchegante e tão nostálgica. A pokémon se afundava ainda mais, mostrava um certo sorriso e um rubor raro em suas bochechas. Rememorava o rosto dos pais e logo em seguida as risadas com os irmãos; tentava esquecer de Lix - que provavelmente não fez por mal -, o destruidor de lares. Ela tinha certo rancor pelo seu antigo 'treinador', que apenas lhe destruíra a família e lhe abandonara anos depois.

Cruel, né? Ela até tenta entender a distância que aquele garoto tem de Daisuke, mas parece um tanto quanto impossível as vezes. No mais, ela não estava tão pessimista hoje, suas lembranças eram boas, a areia a ninava como o Shimmer Desert o fez. O som do mar a acalmava e com um pequeno sorriso, a escorpião adormeceu. Nesse ponto Manuela precisou se aproximar; ela achou extremamente curioso como a marrenta Maru caíra num sono doce e afável. Aproximou-se da pokémon, tocou sua testa com a ponta dos dedos e acariciou sua carcaça. Ainda sussurrando, perguntou à Daisuke:
- Ela costuma dormir assim mesmo? - Franziu o cenho, mas dessa vez muito mais curiosa do que incrédula.

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