[Fallarbor] Eu e uma joia partida...

 
Com a queda de Exploud, eu me sentia mais seguro naquele local. Claro, Florisbela seria prioridade, mais do que uma Life Orb, uma vida não poderia ser perdida. Assim, eu corria até a menina, enquanto o gigante Nydon gritava, não tão alto quanto o seu oponente poderia gritar, mas era intimidador, pois com sua força, derrotara o líder dos Pikachus endiabrados. Ajoelhei-me perto da menina, a fim de ficar mais perto do ferimento. Não digo que fiz um curativo perfeito, longe de mim ter habilidades tão boas quanto de enfermeiras capacitadas, mas era o que eu conseguia fazer para diminuir focos de infecções em potencial.

Sorri para ela, enquanto a preocupação da garota era a erva. Nydon mantinha-se como novo proprietário daquele lugar. Parecia um grande brutamontes segurança do local. Eu até me aproximei do corpo do Normal caído e com a uma rangerball atirava nele, para que ele. O Rangerpad era tirado da bolsa e assim após tocar alguns botões e inserir algumas informações, uma luz verde envolveria a esfera capturada e assim a levaria para o Storage ranger. Lá, cientistas do laboratório restaurariam o temperamento de Exploud e depois soltaria de volta para a natureza, voltando a viver mais harmoniosamente, sem chance de ferir alguém que passe em rotas despretensiosamente.

- Obrigado, Nydon! Você mandou bem!- o Pokémon apenas assentia com a cabeça de modo leve, rangendo um pouco os seus dentes, enquanto Eevee e Fennekin aproveitavam para agradecer alegremente tudo o que aprenderam com a batalha do glorioso guerreiro venenoso. Nydon se orgulhava de ser um modelo para as novas gerações de nossa família. Ele estava confiante de que era o que ele queria.

O raio vermelho puxava o grandão para um descanso merecido. Após isso, eu me curvava pegar uma flanela na minha bolsa, abri-la no chão mesmo e retirar algumas ervas, tomando cuidado e tentando não respirar muito para não sentir aquele cheiro pútrido que vinha das plantas. Mas eevee e Fennekin estavam adorando aquele cheiro. Tudo bem! Não julgo... Mentira, julgo sim! Vai entender a fisiologia do olfato pokémon, né?

- Garotos, a gente já vai, ok? Precisamos achar margaridas ainda!- dizia aos dois, enquanto envolvia o pano uma boa quantidade de ervas e colocava cuidadosamente na mochila, próximo da ametista mesmo. - Podemos ir, Florisbela?

  A saída da caverna fora tranquila. Embora o cheiro me incomodasse, Eevee e Fennekin se sentiram em casa, com o aroma sendo o mais doce e o mais agradável para eles. Apoiei a mão de Florisbela em meu ombro, a fim de que ela pudesse ter algo para se segurar e estabilizar a marcha até o fim da caverna. A menina foi ferida e eu sentia muito, apesar dela não estar colocando a culpa em mim. Eu agradecia a ela pela ajuda que tinha me ofertado.

Quase saindo daquele lugar, Eevee correu na frente, seguido de Fennekin, seu novo amigo e parceiro. Os dois seguiam até o centro do campo que outrora chegamos e assim os dois brincavam. Até que Eevee se colocou em posição de batalha contra Fennekin. Os dois brincavam de batalhas, tentando imitar os urros de Nydon, mas que saiam bem mais finos e agudos do que a voz rouca do grandalhão. Pronto! Agora uma luz envolvia Eevee.

O Pokémon crescia e tomava forma. Sua cauda de afinava perante aquele sol quente, enquanto as orelhas e o corpo, como um todo, tomavam novas proporções. Foi rápido, mas cheio de detalhes! Fennekin não ficou atrás. Na metade da evolução de Eevee, Fennekin resolveu virar bípede. E ELE ERA UM RECÉM NASCIDO!!! O Fire erguia-se do solo e dava forma a nova raposa, com feições mais joviais e pelagens nas orelhas mais volumosas. Os dois evoluíram!!!

- Ok, isso é novo para mim!- ficava surpreso diante do acontecimento do século. Os dois tinham adquirido a forma evoluída, muito eficaz e cheia de energia e vigor. Agora não teria como trata-los mais como crianças, mas, tinham capacidade de se auto defender agora. - Vocês alcançaram uma nova forma. Parabéns! Estou orgulhoso. Do dois!- dizia para eles, enquanto Florisbela revelava a despedida. Ah, claro! Você tem que se cuidar! Na verdade, eu não sei como achar as margaridas... Poderia só me dar esta dica antes de ir?

  Fora um dia agitado. Depois de negociar pedras preciosas, lutar contra Pokémons que defendiam os seus territórios e no fim consegui as ervas, com uma evolução (duas, na verdade), eu sentia que o dia tinha até que passado rápido. Felizmente, os materiais que eu precisava estavam na mochila, bem protegidos e eu caminhava por ali com aquela mochila como se fosse um filho, tamanha a preciosidade que era. Ao olhar para Braixen, automaticamente me lembrei de Acerola, a mesma que me deu o colar, que também tinha uma. Olha como são as coincidências da vida!

Depois de ficar aquele tempo sentimental, acabei respirando fundo e seguindo para a campina que outrora encontrei Florisbela e Roselia. Sorri para os dois e os convidava para me seguir. Espeon ganhava uma personalidade mais séria, porém, ainda bondosa. Braixen era um bebê ainda. Evoluir não mudou isso nele! Acho que porque o Psychic era alguns meses mais velho, isso o deixava mais suscetível a mudança de personalidade provocada pela evolução. Psychic são conhecidos por serem bem inteligentes!

Voltando para a campina, iria procurar as margaridas, colheria algumas e levaria nos braços mesmo para o sr. Haruki, onde eu queria preservar a beleza delas para que senhora Nazaré gostasse mais da vida que ela transmitiria à casa dela. Também não queria chegar tão tarde, afinal, alguns idosos tem a mania de dormir cedo, não é?

Não foi difícil concluir a busca pelas margaridas. Diferente da ametista e da lifesium hordeum, não era um item raro, mas tinha um valor emocional incrível, até porque, era de um senhor apaixonado por sua donzela. (mesmo a donzela sendo dona Nazaré, com todo respeito). Com isso, colhia o que queria, fazia um buquê improvisado, que modéstia à parte, estava bem bonito. Logo eu voltava para a zona urbana, dirigindo-me até a residência o artesão mais habilidoso da região. O único que salvaria a joia!

Não foi difícil, já que tinha saído de lá mais cedo. Espeon e Braixen eram recolhidos. O fire me lembrava tanto Acerola que me deu saudades e até uma motivação de usar meu cargo como capitão para saber onde o Programa de Proteção à Testemunha colocou ela neste mundo. Enfim, isso é história para outra rota! No fim, eu só queria entregar os itens e esperar pelo reparo. Mais uma vez tocava no cordão em meu pescoço, onde o artefato estava, por debaixo da blusa.

- Sr. Haruki.- chamava. Estava disposto a enfrentar a ira do velho que dorme cedo só para ter certeza que entregaria tudo para ele. Eu disse que ia voltar e eu voltei! Nem que seja pra pegar de voltar em outro momento, outro horário, mas eu queria ter aquele prazer de colocar os itens na mão do senhor. E também de saber se dona Nazaré irá ficar feliz pelas margaridas que tinha.

Dona Nazaré poderia ser intimidadora em primeira vista, mas era uma senhora muito simpática com quem merece. Com ela ali, minha entrada na residência do sr. Haruki foi facilitada e assim eu conseguia reencontrar o habilidoso artesão que já estava em sua janta. Parecia que Nazaré era uma boa cozinheira! - Realmente deu mais trabalho do que eu imaginei!- disse em concordância com o mais velho. A mochila era colocada para frente do corpo, onde de dentro eu retirava a pedra, as ervas e assim ia distribuindo no centro de sala.

As margaridas, por serem mais sensíveis, eu entregava na mão do homem, a fim de preservar toda a vida dela e realçar o máximo da beleza possível. Embora só estivesse alguns minutos ou horas fora da terra, era preciso todo cuidado para que ela preservasse toda a nutrição possível que tenha em suas folhas. Por fim, retirava o cordão que estava envolto do meu pescoço e o colocava junto dos itens na mesa, tendo o life orb rachado preso no cordão metálico dourado.

- Tudo o que foi combinado!- esperava uma resposta de quanto tempo ficaria pronto. Não que eu duvidasse das habilidades únicas do sr. Haruki, mas eu desacreditava que ele seria tão prestativo ao ponto de perder a noite para fazer a reconstrução do item.