Lovesick

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Eu observei Winnie começar a tentar costurar, sem êxito algum, e até se estressando no processo; minha vontade era de sentar ao seu lado e ensinar o passo a passo, mas sabia que ela não estava no clima para tal, e provavelmente se irritaria ainda mais. Assenti com a cabeça quando ela perguntou se eu poderia fazer para ela. - Com prazer. - Pisquei de novo e sorri, me sentando e começando outro processo criativo, que levou até menos tempo agora que eu sabia como o item se parecia e onde deveria fazer as coisas. Quando finalizei, entreguei para a garota sua boneca, idêntica a minha, e assim avisamos o guia que terminamos, sendo liberados logo em seguida.

- Agora sim, vamos escavar! - Minha animação era tremenda perto da garota, mas eu não ligava; ela sabia que eu estava feliz de estar passando o dia com ela mesmo que seu mau humor fosse constante, eu apreciava sua companhia mesmo assim, mesmo que ela surtasse as vezes e acabasse chorando de novo. Livres do fardo dos itens de costura, seguimos nosso trajeto, dessa vez sem interrupções para a tenda da Arqueologia, que ficava pouco depois das capturas; era um grande e imenso sítio arqueológico, uma réplica perfeita das Ruínas de Mountrock, e com uma fila tão grande quanto. Eu suspirei ao ver que demoraria mais do que pensara para entrarmos ali, mas esperava que Freda não se chateasse no meio tempo. - Ok, sobre o rato no restaurante... o que rolou?

Imaginei que fosse hora de entrar nesse assunto, já que quando ela citara anteriormente eu estava ocupado demais me lamentando por ter encontrado uma Chikorita; não fazia muito sentido na minha cabeça isso ser tão alarmante, já que a maioria dos restaurantes sofriam com esse tipo de praga, mas ela com certeza tinha uma ótima explicação.

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Eu ouvi com atenção a semi história que Winnie tentava contar, deixando tudo similar a um filme da Disney, Ratatouille, onde um rato virava cozinheiro enquanto controlava um garçom e... ok, eu entendi. - Eu vi, mas ele é meio exagerado... não sei se levei a sério. - Dei de ombros. Aquele menino, Gabriel, era novo na Requiem e eu não tinha contato com ele; a impressão que tive, contudo, fora de que ele era apenas mais um surtado dentro dos nossos muitos. Era amigo da Winnie, né? O dava pra esperar? Bem, nossa fila demorou um pouco, mas logo estávamos dentro da atração; fomos equipados e treinados para escavar, e assim eu e Manigold continuávamos em direção a um sítio junto com a garota e Bragui.

Eu sabia que era o Togekiss quem faria todo o trabalho, então pedi que meu fantasma o ajudasse, enquanto eu escavava próximo de Freda, mas sozinho; em pouco tempo os dois monstrinhos encontraram uma GRANDE esfera dourada, que com certeza era um Big Nugget. Eu fiquei boquiaberto, e mas tratei de parabenizar a minha dupla. - Parece que alguém está rica! - Sorri. Eu não roubaria o item dela, como ela fizera com meu Gible, mas começaria a minha própria cavada para descobrir o que tinha para mim. Deus da fortuna, por favor. Não precisa ser um Big Nugget, pode ser só um Star Piece ou um Ability Capsule, qualquer coisa que me dê algum dinheirinho; me dê sorte como nas tendas, amém.

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Quando terminei de escavar, pincelar e limpar o item, a frustração tomou conta de minha face novamente. Ok, talvez eu fosse um pouco emocional demais, mas era algo que estava trabalhando aos poucos. Não tirar um bom item me deixaria triste o suficiente para deixar bravo? Sim, mas eu me lembrava do Gible que agora jazia em meu Storage, e meu sorriso voltava. Se eu tivesse o azar dessa tenda, enquanto Winnie ficava com a sorte, estava tudo bem, já que na última foi exatamente o oposto que ocorreu, e poderia acabar sendo uma brincadeirinha do universo com a gente. Sinto que já vi esse tipo de bate e volta de sorte em algum lugar... mas não me recordo de onde.

De qualquer forma, guardei a Smooth Rock de volta em minha bolsa, pensando que talvez, algum dia, por algum acaso do destino, eu resolvesse ter um Pokémon do tipo rocha, provavelmente a usaria. Não imaginava que esse dia chegaria, contudo, e provavelmente venderia a pedra antes mesmo de pensar em usa-la. Pois bem, segundo sorteio, segunda escavação. Mani parecia se divertir com Bragui de alguma forma, mesmo que estivesse sujando o pássaro de terra pra todo lado; quer dizer, meu fantasma acabava se divertindo com qualquer coisa, era uma criança grande, mas o Togekiss eu já não tinha tanta certeza se estaria gostando de ser sujo. Ele parecia ter um ar... superior, por assim dizer, então quem sabe o que estaria se passando naquela cabecinha? O que importava agora era a terra em minhas próprias mãos. Vamos lá, deus da fortuna, tem que ser agora!

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