Pokémon Mythology RPG
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Ele arranjou um encontro com uma tomboy sem ela saber, veja no que deu!

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Olá narrador! Essa é uma rota conjunta envolvendo Connor, meu personagem e a Madeline, que é personagem secundária do @gustavo! Perdão pelo vacilo qualquer coisa! :B (Eu edito qualquer coisa... é.)
Resumo da obra até agora: Connor sai da onde ele tá hospedado achando que vai para o famigerado date™ com uma garota, mas antes de tudo vai tentar vender seus dois Nugget e uma Big Pearl, obrigado!



永き日やあくびうつして分れ行く


"Se eu transpareço vagar, estar perdido, lembre-se que as verdadeiras histórias raramente seguem uma ordem específica."





Cidade de Goldenrod, Região de Johto
Tarde, 13 horas e 59 minutos;


Havia acordado mais cedo por mais que havia se deitado lá para mais das duas da madrugada. Havia bebido pouco, pois estava à base da boa vontade de Minerva, já que estava novamente quebrado em dinheiro na prática, pois em tese, precisava vender os itens para ter uma reserva. Havia conhecido alguns dos fregueses do pub e feito alguns contatos, na maneira esquista de Connor. Ajudou a fechar o estabelecimento um tanto cedo para o comum, afinal, Ernesto não estava em casa fazia alguns dias.

No bar mesmo, havia olhado novamente no aplicativo de achar companheiros para viagem como treinador ou coordenador que todos sabiam que tinha também seu duplo sentido com o tempo, afinal, ninguém levava aquela coisa a sério. Nele achou uma novata também em Goldenrod, de cabelos curtos, belos olhos, bonita no seu ponto de vista, já que odiava confirmar que era realmente seu tipo. Tomboy, pensava, se for tomboy eu quero deixar ela brava, será tão bonitinho. Sim, ele é tosco.

Lá para as dez da manhã, ajudou um pouco na limpeza com o pretexto de Minerva dar uma mão para aliviar a "ressaca" do treino do Doll Fanfest, pesado, que Ignace havia participado. Parecia que o pequeno estava bem, até mais do que ele imaginava. Fortune, o Fennekin novato, por outro lado havia dormido feito uma pedra em sua nova cama improvisada no quarto de Connor. Estava cheio de um pedaço de pizza que havia pedido antes de parar no bar lá para a meia noite. O Cyndaquil comeu pouco também, cansado como estava no dia anterior. Por fim, separou uns pedaços num recipiente e deu para Minerva, pois a morena adorava coisas pesadas de manhã pelo jeito.  

Connor e os dois Pokémons tomaram um café de loja na calçada igual bons vagabundos aproveitando uns vales deixados por Ernesto e dado à ele por Minerva. Meio que umas boas-vindas enquanto o homem não voltava para Goldenrod. Famoso café com creme e umas coisas dentro copo, pesadaço e não tão morno. Os Pokémons dividiam rosquinhas e leite.  

Quase as doze daquele dia, tomou uma ducha e colocou roupas limpas, ainda estava aprendendo a mexer na máquina velha na área atrás do pub onde ele vivia. Parecia que seu pai, Tim Flanagan havia deixado ali, uma máquina de segunda mão para que ele não precisasse usar um tanquinho. Esperto como sempre, notava. Pegou sua bolsa, e seguido pelos dois Pokémons saía pelo Pub fechado, onde Minerva parecia estudar algumas coisas.

— Até mais, Urbina! — Exclamou animado, um tanto inocente saindo pela porta com sininho, antes dela perguntar em que cilada ele iria se meter dessa vez, pois quando viu o Cyndaquil moído do treino, achou que era o fim do mundo. Do lado de fora, atravessando o quarteirão, pegou a caixinha de pocky de chocolate como se fosse um maço de cigarro, colocando o palito de chocolate entre os dentes, mexendo no celular. Sorriu, em silencio, com o canto dos lábios para os dois Pokémons. Ignace como sempre sabia que hoje Connor iria aprontar algo e iriam ter que correr, já Fortune desconfiava de algo, sem saber. Pareciam que ambos estavam tentando passar informação um para o outro através de grunhidos e gestos sobre tal situação.

Havia falado para se encontrarem em algum lugar bonitinho lá para as catorze horas e trinta minutos. Então havia muito tempo o que fez, Connor estar na loja de departamento de Goldenrod em algum setor de venda e penhores daquela porcaria para tentar fazer seu dinheiro. Negociava com a caixa o que chamava de "duas pepitas de ouro lapidadas e a maior pérola do fundo do mar", só se for do fundo do mar falso da barraca de Arqueologia do Fanfest.

— Sei dos preços tabelados, não sou lá um homem ligado aos lucros. — Sorria malandro, completando a negociação. Na real, essa parte estava sendo sincero, só queria o suficiente para viajar o resto do ano confortável. Estava com os três itens sobre o balcão, todos em cima dum lenço xadrez velho, mas até apresentável. Com o dinheiro daquilo, iria ficar como chamavam em Hoenn, "firmezinha" e iria encontra Madeline dos belos e curtos cabelos de cor azulada. Ele gostava de vermelho e ela de azul pelo visto? Ah, só podia ser o destino!

Enquanto isso, Ignace e Fortune olhavam a cena com o desgosto de ver seu amigo como um alívio cômico de um seriado, mas fazer o que? Achava que era o bom malandro, mas nunca por querer.



CONNOR veste uma simples camiseta branca e preta de listras não tão grossas, um cardigã preto aberto, calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato dito como nativo de algum continente dadas à ele por seu pai e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço, o que combina com alguns bottoms nessa tonalidade em sua bolsa. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.


Mencionando Ignace e Fortune;
Nota: Começando os trabalhos :B


Última edição por Arissien em Sáb Out 17 2020, 18:27, editado 1 vez(es)

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Off :


Ele arranjou um encontro com uma tomboy sem ela saber, veja no que deu! UxIJdel

Estava prestes a sair de casa mais uma vez, depois de ter passeado pela cidade no dia anterior. Talvez tivesse escolhido reconhecer o terreno antes de ir embora de vez, ou sentido alguma espécie de medo. O que importava era que já marcavam duas e alguma coisa da tarde e era hora de ir. Tinha marcado de conhecer um treinador novato, mas ele passou por um treino pesado ou algo assim, então ficou para o outro dia. Apesar das conotações anteriormente mencionadas pelo uso do Woopr, a jovem torcia muito para que fosse só uma forma de encontrar gente pra viajar junto. Não queria precisar ser rude com ninguém.

Olhou para baixo e conferiu o visual uma última vez antes de seguir; uma camisa preta bastante confortável, com mangas que iam até pouco antes dos cotovelos; uma calça jeans simples e os sapatos de sempre, casuais e escuros. Nas orelhas, repousava seu outro melhor amigo; os fones de ouvido, inseparáveis. Casual o suficiente para um 'encontro', mas profissional o suficiente para ilustrar suas intenções, ou a falta delas.

Esperava que sim, pelo menos.

Antes de sair, deu mais um abraço e um beijo na testa de Lulu, sua Aron, retornando-a para a sua cápsula. A noite anterior tinha sido divertida para a pequena; ora, Madeline tomou um leve bolo do seu match e assistiu sua Pokémon brincar no parquinho de Goldenrod por umas duas horas ou coisa assim, enquanto ouvia música com os fones de ouvido e tomava um suco de maracujá. Pelo menos foi uma baita noitada para a sua companheira no escorregador.

Talvez agora seja uma hora oportuna para falar sobre o rapaz o qual a jovem foi pareada: entre poucas opções, Connor Flanagan só parecia ser o menos duvidoso dos treinadores próximos a Goldenrod. Talvez fosse por ainda ser um treinador iniciante, pois percebeu uma pequena tendência; a maioria dos rapazes que já andavam por um bom tempo pareciam compartilhar um visual deveras judiado.

Madeline até tentou buscar garotas que compartilhassem seu desejo de viajar nas proximidades (E provavelmente se sentiria muito mais segura assim!), mas não deu muita sorte. Devia ter perguntado para Yuri pela internet se ela não podia vir para Johto e ir com ela ou algo do tipo, mas ela já não tinha avisado que sairia em jornada de verdade e não estava nada afim de esperar. No fim das contas, teve que escolher entre um grupo de marmanjos. O treinador iniciante parecia arrumadinho o suficiente para não ser um estorvo imediato, e, com sorte, teria um cheiro suportável.

Enfim, usou seu celular para ligar qualquer playlist durante a caminhada e saiu em direção ao lugar de encontro, uma lanchonete simples, que ficava pelo centro da cidade. Era um local modesto, e a garota conseguia lembrar de ver treinadores passarem por lá para comer e conversar em seus rolês com colegas da escola, então parecia justo. Além disso, eles serviam um bom café, então era difícil ser uma viagem perdida.

Assim que chegasse no local, tomaria um assento com vista para a entrada do estabelecimento e aguardaria a chegada do rapaz com os olhos, enquanto desfrutava da canção pelos fones. Torcia bastante para não se arrepender.

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永き日やあくびうつして分れ行く


"Se eu transpareço vagar, estar perdido, lembre-se que as verdadeiras histórias raramente seguem uma ordem específica."





Cidade de Goldenrod, Região de Johto
Tarde, 14 horas e 19 minutos;


Saiu da loja da cidade, após sua rápida passagem para vender seus itens para arrecadar fundos para não acabar dependendo de vales, coisa que nem tinha no momento. O dia estava com a luminosidade solar e clima ameno, o que evitava de suar ou ficar fadigado rápido, assim o garoto estava todo pleno e despreocupado apesar do aparente desleixo natural de seu ser. Soltou uma leve bocejada, escutando o barulho do movimento da maior das metrópole de Johto em sua opinião. Caminhou acompanhado de seus dois parceiros Pokémon pela calçada. Não havia muito o que discutir, a não ser assobiar alguma canção sem noção. Vitrines, assim como lojas velhas, terrenos ainda em reconstrução ou construção. Fervilhava apesar de não tanto quanto se lembrava do fim de sua aparente infância.

A sombra das árvores amenizavam ainda mais o ambiente, meio que competindo com a infraestrutura moderna, barulho de Pokémon aves do alto dos prédios, céus e até fiações. Loucos. Sons de pessoas, construções, comércio e alguns veículos, poucos até, na rua. Um carro de som, velho, algo bem arcaico para muitos, fazia propaganda de alguma coisa qual Connor não sabia se era alguma venda ou festinha local. Era um som exótico para Johto, algo de outro continente, mas reconhecia de Lamre ficar tocando para irritar os velhos em Sootopolis com sua caixinha de som comprada de segunda mão numa vendinha de bairro beneficente;  


"Car-vaaaaan-nhaaa!
É um Pokémon voraz...
Da rota de mar aberto!
Não, perdão, rotas de rios de Hoenn!
Não, não, perdão,  de For... tree!
Nas grandes lagoas de... For-tree! ♪"



Aquilo chamou a atenção de Fortune que nunca havia escutado algo daquele jeito, com um olhar desconfiado. Canto de olho, sabe? Ignace por sua vez olhou também na direção, meio desengonçado com um grunhido tímido. Conhecia aquela canção que era bem velha e por muitos jovens, considerada um tanto... brega. A gangue de Connor da pirralhada metida à arqueólogo em Sootopolis usava aquilo para fazer um céu aberto, tomar um ponche e queimar algo para comerem na fogueira antes que algum guardinha enchesse o saco.


"Carvanha é o nome de um Pokémon peixe, juro que é! ♪"


Completava o cantor conhecido como Alvinho Martin sobre a fauna dos lagos de Hoenn. No entanto, todos sabiam que a polêmica era que Carvanha era um Pokémon ardiloso, das águas, mordia sem dó os desavisados. E usavam a expressão na região para denominar de forma um tanto machista garotas muito mais livres em questões amorosas. Ou seja, era uma música de duplo sentido, para quem ainda não notou. Athina não via problema, era música ruim de evento. E aquilo já fazia Connor dar os ombros.

Esperava que o carro fosse falar que vendia alguma coisa ou consertava as panelas dos vovôs do bairro, igual Sootopolis tinha uns bicicleteiros e suas parafernálias pelas escadas brancas. Mas não, avisava alguma evento sobre Pokémon aquáticos nas proximidades, ali em Goldenrod. Seria um aquário novo inaugurado? Coçou o cabelo, muito cliché levar a garota para um aquário. Pior ainda pela escolha musical da propaganda de som. Não pegava nada bem, e na real... ele achava aquilo legal. Engraçado demais.

"É tão ruim, que vira a lógica e acaba sendo bom. Ótima, cult."  — Lembrava das palavras de sua amiga Athina, ou Tina, sobre tais músicas de encontrinho em praças. Levantou as sobrancelhas, sorrindo com o canto dos lábios enquanto roía seu pocky de chocolate. Acabava sempre abaixo de uma árvore tocando melodias suaves em sua gaita a luz do luar enquanto o povo conversava. Ignace sempre acabava caindo no sono naquelas situações.

"Estou chegando próximo ao espaço verde de praça usado pelo Café Sunkern! Te espero por lá para um cafézinho!"  — Mandava a mensagem para a treinadora do aplicativo. Lugar natureba, um tanto family friendly, não teria problema, apesar de ter virado um lugar de encontro de jovens que não gostavam muito do ambiente urbano tomando toda a flora local. Caminhou entrando na área verde com algumas coberturas ecologicamente corretas, acompanhado de seus companheiros Pokémon.

— Ignace, lembra daquilo? — Apontou para a velha promoção sortida de amêndoas salgadinhas, fazendo o Cyndaquil grunhir animado, confirmando com a cabeça, provavelmente seus olhinhos poderiam estar brilhando. Connor sorriu com o canto dos lábios, sereno. Era no Sunkern que o Pokémon havia aprendido seu vício. — Fortune, o que acha dum brownie? — Pararam a frente dos cartazes. Fortune ficou em silêncio observando as figuras, até olhar confuso para Connor, que abaixou e fez carinho antes no Fennekin e depois no Cyndaquil.

Acenou com a cabeça para ambos e sentaram a frente duma mesa baixa de piquenique, num banco confortável com encosto. É óbvio que Connor folgou nele, preguiçoso, antes de tirar um caderninho compacto e mole de sua bolsa para algumas anotações, quando abriu podia-se ver tanto anotações como rabiscos. Não que Connor fosse um artista do desenho, mas era... até... agradável de se olhar, dava-se para entender.

— Goldenrod mudou bastante depois de tudo... — Murmurou, escrevendo algumas coisas. Iria esperar a treinadora para pedir algo, tocando aquela campainha na mesa. Isso se alguém não aparecesse antes para atender... claro.


CONNOR veste uma simples camiseta branca e preta de listras não tão grossas, um cardigã preto aberto, calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato dito como nativo de algum continente dadas à ele por seu pai e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço, o que combina com alguns bottoms nessa tonalidade em sua bolsa. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.


Mencionando Ignace e Fortune;
Nota: Começando os trabalhos :B

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Ele arranjou um encontro com uma tomboy sem ela saber, veja no que deu! UxIJdel


"E Giratina que carregue quem disser que não é!"

Conseguiu perceber o jingle que ecoava pela distância. Ah, Carvanha... Só prestava pra fazer as crianças darem risada com o rasgo na voz do cantor. Mas a música tinha mérito. Era grudenta o suficiente para se prender nos cantos da cabeça de todo mundo e mostrar suas garras nos momentos mais inoportunos. Um botão semiautomático de vergonha alheia, quase. E, por pior que fosse, ia pro topo da playlist de músicas que as pessoas cantarolam indefinidamente assim que ouviam. Era um tipo diferente de sucesso.

Como já teve a atenção capturada pela exótica canção, guardou os fones de ouvido e voltou a conferir o celular por um momentinho. Fitou a tela, olhou as redes sociais e notou uma hashtag de boicote ou cancelamento qualquer, a #AbaixoVanilliteIce. Madeline leu por um momento os posts para entender do que se tratava, assistindo um vídeo de um rapaz chamado Blake McBride sobre a situação. A causa parecia justa, então clicou os botões de curtir e compartilhar para que alcançasse outras pessoas. Curiosamente, percebeu que Timothy já tinha compartilhado a mesma hashtag antes... Que esquisito. Enfim, parou de novo na interface azulada do Woopr, lendo a última mensagem de Connor. Torcia para que não precisasse esperar sozinha de novo. Ela clicou na imagem do rapaz e fitou seu rosto, o cabelo bastante tradicional de Johto. Se dissessem que era um monge, Madeline acreditaria tranquilamente.

Quando voltou os olhos à porta do estabelecimento, olhou as cadeiras próximas e... Um sorriso no canto do rosto se formou, quase maldoso. Connor chegou no café e nem percebeu a presença da treinadora. Ela aproveitou para comparar com o que viu no aplicativo; certamente não usava filtro, e o corte era aquele mesmo, a foto parecia bastante recente. O rapaz aparentava ter estilo, com um casaco sobre a camisa listrada, que conferia uma aparência bem legal. No mínimo, era um garoto arrumadinho.

Connor tinha companhia. Ao seu lado, dois bichinhos pequenos, de pelagem similar, bem amarelada; um era um Cyndaquil, Pokémon característico de Johto e companheiro de diversos treinadores da região. O outro não lhe era familiar... Parecia ser uma raposa, com orelhas bastante peludas em um belo contraste alaranjado. Aproveitou a posição para capturar uma imagem da Fennekin com sua Pokédex, enquanto o menino sacava um caderno e rabiscava coisas. Talvez fosse um artista, o que explicaria a vaidade.

A jovem pegou novamente o celular e resolveu brincar um pouco com a outra parte do seu encontro. Abriu o aplicativo, pensou rapidinho e resolveu que ia sanar a sua curiosidade sobre a raposinha logo. Talvez parecesse esquisito para o garoto, mas, de certa forma, era a ideia. Não queria que Connor ficasse tão confortável. Madeline escreveu com os polegares sobre a tela do dispositivo e tocou o botão de enviar:

"ei, que pokémon é esse? a raposa
achei fofa
olha pra dentro do café
"

Depois de enviar, guardou o dispositivo, respirou fundo e assumiu uma expressão meio presunçosa, os olhos tranquilos, um sorriso no canto do rosto, as falanges dos dedos da mão esquerda repousando sobre a bochecha. Manteria o contato visual e aguardaria Connor perceber a sua presença para acenar de forma suave.

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永き日やあくびうつして分れ行く


"Se eu transpareço vagar, estar perdido, lembre-se que as verdadeiras histórias raramente seguem uma ordem específica."





Cidade de Goldenrod, Região de Johto
Período da Tarde;


Olhava para o caderno e para graffitis bem trabalhados num dos muros daquele pequeno parque que era o café. Lembrava bem um pouco uma das paisagens que havia visto no trem até Goldenrod. Mexeu, folgado no banco, o lápis entre seus dedos, virando o olhar para o alto com sua expressão sempre tranquila. Seus ouvidos captavam o som de Carvanha ao fundo, que era interrompido pela mensagem para visitarem o tal lugar na cidade. Ajeitou-se no banco e logo sentiu seu celular vibrar em cima da mesa de madeira. Era Madeline. Sorriu com o canto dos lábios, ignorando uma notificação dos fóruns da Arcádia naquela ocasião, só havia lido algo como baguncinha e Slateport.

Levantou as sobrancelhas com o conteúdo da mensagem. É, ele era o que chegou por último. Novidade né? Madeline já estava ali, precisava olhar para a parte mais a dentro, fora da área ao ar livre daquele local. Apertou os olhos levemente até captar alguém. Ela acenava. Olhava para a figura, via algo que diria como natural em termos de beleza. E por isso não podia negar que claramente era seu tipo. Terminou por mastigar tranquilamente o pocky que restava para dentro, meio bobo, antes de sorrir tranquilamente com o canto dos lábios e acenar de forma discreta mais porque não gastava muita energia.

É claro que Ignace e Fortune olharam para a direção, notando a garota. O Cyndaquil, por convivência, olhou desconfiado para Connor, que apenas sorriu malandro com o canto dos lábios rapidamente para o Pokémon, que reclamou com um grunhido para o outro, o Fennekin chamado Fortune.

Colocou o celular no bolso, fechou seu caderninho, o colocando dentro da bolsa e se levantou. Acenou com a cabeça para os dois Pokémon, que se entreolharam, mas seguiram Connor até a mesa de Madeline. Ao se aproximar dela, fez uma leve, teatral e discreta reverência à garota, tentando ser o que diriam "cavalheiresco".

— Minha pontualidade um dia me matará. — Brincou coçando levemente o cabelo, para quebrar o gelo a primeira vista. Era uma risada tranquila, discreta. Seus olhos encontraram com os da garota com interesse.  — Olá, Marilene Madeline. — Sorria com o canto dos lábios, e então, se sentando de forma folgada no banco a frente dela, já vendo que os dois Pokémon que o acompanhava já haviam dado as honras de se sentar. Apontou com a mão levemente na direção deles.  — Esse vulpino desconfiado é Fortune, meu novo amigo. — Fortune ficou encarando a garota com os olhos claros, enquanto o Cyndaquil tentava não grunhir tímido, mas ansioso pra ser apresentado. — E claro, como nas fotos de perfis de conhecer o Ignace, um velho amigo meu. — Apontava para o Pokémon inicial, antes de pousar as mãos sobre a mesa.

— Dois forasteiros. — Cruzou as pernas, encarando Madeline com interesse, pois pelo que havia visto até então, estava realmente encantado. — Espero que eu seja de ajuda... por mais que eu esteja por fora daqui faz um bom tempo... talvez Ecruteak eu poderia indicar uns bons pontos tradicionais... — Coçou o cabelo, meio sem jeito. — Mas não há de ter pânico, Madeline! Na falta de lugares para irmos ver hoje, é só seguir o carro da Carvanha, correto?

Piscou com um dos olhos, divertido, para a garota. Faria muito mais sentido levá-la para o Doll Fanfest no National Park, talvez uma montanha russa, um trem fantasma ou uma roda gigante seriam bem vindas... mas seria de dar muito na pinta mesmo que estava querendo impressioná-la num encontro, não é? Não era uma boa ideia, tinha que tentar algo mais... vanguardista. Só precisava conhecê-la melhor com algumas perguntinhas básicas. Mas é claro que o Cyndaquil encarava Connor com aquele velho "Para isso você está esforçando né, seu vagabundo?", nada de novo, por mais que para Fortune fosse.    


CONNOR veste uma simples camiseta branca e preta de listras não tão grossas, um cardigã preto aberto, calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato dito como nativo de algum continente dadas à ele por seu pai e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço, o que combina com alguns bottoms nessa tonalidade em sua bolsa. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.


Mencionando Ignace e Fortune;
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Ele arranjou um encontro com uma tomboy sem ela saber, veja no que deu! UxIJdel


Quando Connor percebeu a presença de Madeline, sua face ganhou um tom mais divertido. Ele parecia até meio bobo, com um petisco qualquer que repousava na boca. Ao seu lado, o pequeno Cyndaquil fazia uma expressão bem curiosa em direção ao seu treinador, como se desconfiasse do rapaz. Era adequado para um Pokémon de Fogo, mas talvez Ignace fosse um tipo de termômetro para a jovem.

Assistiu o garoto se aproximar junto aos seus dois companheiros, e uma das sobrancelhas se levantou perante o gesto que o garoto fazia antes de tomar o assento. Talvez ele só estivesse tentando impressioná-la - E nesse sentido, Madeline caiu direitinho -, mas não se vê garotos com tais trejeitos hoje em dia, né? Ainda mais entre treinadores.

- É melhor do que viver ansioso com horários, eu te garanto - A mão esquerda passeava por trás da orelha, antes de voltar a descansar na mesa - Bem que eu queria ser menos pontual as vezes... Oi, Connor - Respondeu o cumprimento do rapaz, antes que se perdesse divagando. As suas mãos repousavam uma sobre a outra no tampo da mesa, mas logo se levantavam para oferecer um afago cuidadoso a Fortune e Ignace, conforme o rapaz os apresentava.

- Eles são muito fofos, viu? O Ignace parece te conhecer bem, mesmo - Comentou casualmente, depois de perceber a forma que o Cyndaquil interagia com seu treinador. A cumplicidade dos dois era bem perceptível. - Foi ele quem passou por um treino pesado ontem, né? Dá pra ver que ele tá bem mais fortinho - Como filha de criadores, sabia que a chave para conquistar o coração de qualquer Pokémon era bastante atenção e carinho, então voltou uma das mãos sobre o corpo de Ignace, como se fizesse cócegas no pequeno. Tinha sido a razão do bolo que tomou ontem, mas não podia culpá-lo por isso.

- Ah, eu que espero não te atrapalhar, na real - Coçava as costas da cabeça com a mão direita, como um gesto pacificador. No fim das contas, ambos pareciam igualmente nervosos com a interação - Eu moro aqui em Goldenrod desde sempre, mas nunca saí muito dos arredores. Só saía pra... - A sua fala, que já assumia um tom de voz cada vez mais baixo, foi substituída por uma risada súbita e contida quando Connor mencionou a Carvanha. Aliás, será que ele sabia do que se tratava?

- Você tem alguma ideia de qual é a do carro da Carvanha? Não escuto um desses já fazem eras - Se divertia ao fazer menção ao carro de som, algo que já andava em severo desuso, afinal, divulgar seus produtos e eventos através das redes sociais era bem mais rentável e, certamente, muito menos barulhento, também. Quando percebeu que tinha oferecido um afago a mais para Ignace, buscou o Fennekin com uma das mãos novamente, só para que não fosse injusta.

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Cidade de Goldenrod, Região de Johto
Período da Tarde;


Desgrudou por um instante dos olhos da garota, encarando Ignace notar que o assunto era ele. Simplesmente, animado, levantou os bracinhos e soltou um grunhido bem enérgico enquanto olhava Madeline. Connor soltou sua velha leve e aparente discreta risada diante daquilo. Fortune achou graça também, mas o Cyndaquil nem ligava, estava encarando curioso a garota.

— É, foi um treinamento e tanto, precisou de outro treinamento para ele se sentir bem de novo. — Coçou o cabelo novamente, sem jeito naquelas frases, mas pelo menos estava feliz do Cyndaquil se sentir melhor naquele momento. Folgou no banco confortavelmente, olhando fixamente para a jovem.  — Ou eu aprendo a ser pontual com você... — Tinha um pouco de malandragem em sua expressão e voz na segunda frase que viria para completar a primeira, acompanhado com o olhar tranquilo fixo nos de Madeline.  — Ou simplesmente vou te passar todos os meus maus hábitos. — E como queria passar, só de escutar aquela voz dela, parecia tentado. Era realmente uma atração à primeira vista, e lembrar que só havia achado ela naquele aplicativo quase muito tempo depois de vê-lo umas três vezes antes na mesma noite? Ou foram quatro? Nem se importava, só lembrava que olhava as fotos e alguns textos sobre e pensou "Vamos dormir com o céu de estrelas pelas estradas de Johto, inteira."

Plano forte demais, mas nem pensava na possibilidade de sempre daquele negócio de ser só um encontro, ou andarem uma rota por aí, e ela seguir outros planos. Despreocupação demais.

— Bem fofos sim... vivem bem alimentados. — Brincou, olhando para os companheiros por um instante, fazendo os dois Pokémon o encararem. Igance soltou um protesto, como de costume. Fortune se tivesse mãos, as colocaria sobre a face, provavelmente. — Bem fofos sim... vivem bem alimentados. — Riu novamente, discretamente calmo e de forma curta, antes de voltar o olhar novamente para Madeline. — Mas concordo e eles agradecem, vindo de alguém tão encantadora à primeira vista... é como ganhar o dia, né, garotos?

Uma brecha para uma pequena brincadeirinha irritante ainda não havia se formado e não iria provocá-la, não tão cedo. Iria seguir do jeito que estava, não gastar tanta energia só para se derreter ver uma gracinha daquelas tentando consertar a situação um tanto brava. Imaginava a expressão até.

— Aliás, não vejo sua companheira das fotos, a metálica. — Sorriu com o canto dos lábios, seu tom era gentil apesar de tudo. — A fofinha de armadura, combina tanto, algo como... minha mini-cavaleira protetora. — Soltou meio sem pensar, pois Madeline aparentemente não parecia do tipo adoraria um comentário ou conceitos sobre "cavaleiros" e pessoas protegidas. Connor também não, mas gostava de citá-los, principalmente na presença de garotas quais sentia uma energia forte, corajosa e livre... sendo que bem no fundo, queria era ser protegido por elas.

Ah, claro... sobre o carro da Carvanha. Isso era impossível de não notar, correto? Mistério tal coisa... aquela vizinhança onde estavam, era só onde ia para visitar a loja de departamento, alguma livraria ou loja de CDs... e por fim, parar no Sunkern como de costume. Seu pai amava aquele café, para variar. Na época encontrava alguns colegas de profissão com seus mochilões de viagem para investigar a flora, e as vezes, a fauna Pokémon que nela habitava. Acha um tanto... admirável?

— Se não for um aquário exótico de baixo orçamento para fazermos nosso passeio parecer um encontro cliché eu ficaria bem chateado. — Brincou novamente, preguiçosamente sorridente folgado da cadeira, citando sobre a Carvanha. — E se for, deve ser um daqueles rolês bem "hipsters" pra usar uma música de duplo-sentido velha e brega. Mas de qualquer forma, eu escutei de precinho camarada, se quiser dar uma olhada... serei seu fiel escudeiro e devoto, minha senhora! — Usou um tom pomposo de velho, teatral, na última sentença sobre escudeiro e senhora, acompanhado de uma leve reverência, o que podia ainda sentado folgado.



CONNOR veste uma simples camiseta branca e preta de listras não tão grossas, um cardigã preto aberto, calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato dito como nativo de algum continente dadas à ele por seu pai e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço, o que combina com alguns bottoms nessa tonalidade em sua bolsa. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.


Mencionando Madeline, Ignace e Fortune;
Nota: Começando os trabalhos :B

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Ele arranjou um encontro com uma tomboy sem ela saber, veja no que deu! UxIJdel


- Eu já tenho maus hábitos o suficiente, vou ter que recusar - Aproveitou para tomar uma posição mais confortável, uma vez que o garoto fazia o mesmo. Repousava os dois cotovelos sobre a mesa, usando a mão direita sobre a lateral do queixo como suporte para a cabeça, enquanto ainda fitava o pequeno Cyndaquil.

Ergueu novamente uma das sobrancelhas perante o comentário de Connor com seus Pokémon. Além do visual clássico e da saudação, o rapaz era todo cortejos. Bem... Pelo menos ele fazia isso de forma deveras educada, né? Sorriu com o assentir dos Pokémon de fogo, observou o desenho na madeira da mesa por um segundo.

Quando o garoto fez menção à sua Pokémon, foi tomada pelo sorriso característico que a presença de Lulu imprimia em sua face. Era quase uma reação instintiva, e a comparação de Connor a fazia rir despretensiosamente, apesar de ser bem verdade. De certa forma, Madeline e Lulu se protegiam constantemente, mas só uma das duas defletia as pedras no caminho. E comia elas também.

- Ah, a Lulu? Ela tá aqui sim - Tirou a cápsula da pequena do bolso esquerdo da calça e apertou o seu botão, liberando a Pokémon sobre o seu colo. Lulu olhava para cima e sorria, as duas se olhando de forma bem carinhosa. A pequena pareceu curiosa com as figuras à sua frente - Olha, Lulu. Esses são Ignace e Fortune. O rapaz se chama Connor. Ele deve andar com a gente na viagem. - Passou a mão sobre o metal na cabeça da pequena, que assumia um semblante reflexivo por um momento. Onde que o outro menino que ela andava foi parar mesmo? Enfim, deixou de ligar pra isso quando subiu na mesa e se aproximou dos Pokémon de Connor para socializar. Ainda bem que era uma mesa de madeira, senão ela certamente tentaria fazer um lanchinho com o tampo.

Riu com a ideia do rapaz sobre o carro da Carvanha, mas era possível que estivesse certo. Não parecia nada interessante assistir Carvanhas nadarem, todavia... Talvez tivesse algo mais interessante para ver? Um Gyarados, ou um... Seismitoad...? Era esse o nome, né? Lembrava de ver um na última vez que tinha visitado Unova. No entanto, seu melhor palpite era que só se tratava do novo jingle do carro que vende peixe.

- Eu fico pensando que tipo de pessoa eles atraem com uma música dessas, sabe? - Deixou o menino continuar a sua fala, e o cenho franziu de leve com as últimas palavras do garoto. Ele certamente estava desenvolvendo essa história de cavaleiros com a menção à Lulu, né? Além disso, duvidava muito de que o adjetivo usado pelo rapaz fosse um trejeito comum. Não era difícil perceber as intenções do garoto... Mas, de novo, pelo menos ele era menos intrusivo do que imaginava. Reclinou-se com as costas na cadeira, enquanto fitava os passinhos da Aron depois de ter pulado da mesa para o chão do restaurante, quase que como se convidasse os outros dois Pokémon para algum tipo de brincadeira. Se seria um encontro de fato, que fizessem direito. Não que Madeline estivesse preparada pra isso.

- Eu adoraria dar uma olhada, mas bem que a gente podia tomar um café primeiro, né? - Insinuava com um sorriso leve. Afinal, conhecia Connor muito pouco ainda. Queria conversar um pouco mais antes de seguir com qualquer interação. Se uma bandeira vermelha se levantasse, queria estar preparada. - O que você faz mesmo? Como decidiu que queria se tornar um treinador? - O menino certamente tinha andado um pouco mais, possuía o dobro de Pokémon do que ela, inclusive. - Você claramente é de Johto, mas nunca te vi por Goldenrod antes...

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永き日やあくびうつして分れ行く


"Se eu transpareço vagar, estar perdido, lembre-se que as verdadeiras histórias raramente seguem uma ordem específica."





Cidade de Goldenrod, Região de Johto
Período da Tarde;


Sorriu para Lulu, de forma inocente, inclinando a cabeça para frente. Que fofinha, pensava. Compacta, mas parecia um tanto pesada por ser um Pokémon dos tipos minerais, carregar carapaça de aço e tal. Pelo menos evitava mordidas dos selvagens no caminho, isso era bom. Voltou o olhar para a garota sorrindo, mostrando claramente que gostava da presença da companheira dela ali. Ignace começou a farejar a nova presença, esticando o focinho para frente, enquanto Fortune encarava o Cyndaquil tentando não demonstrar espanto. Maldito curioso, dublava Fortune na cabeça falando isso.  

— Olá, Lulu! — Levantou a mão levemente em cumprimento, falando um tanto baixo e tranquilo. Ignace voltou a sua posição sem nenhuma repreensão ou olhar de Connor, de tão despreocupado que era. Fortune acabou por dar um grunhido moderado, meio que mostrando classe diante da situação com o novo Pokémon presente.

— Ah, Maddy... geralmente a população adora colocar músicas chiclete sem muita classe para os ouvidos de muitos, sabe? — Era sua opinião quanto ao Jingle sem noção, mesmo tendo sem perceber usado um apelido a se referir a garota, provavelmente o sem noção queria gastar menos palavras ao falar que até ensaiou intimidade que não tinha. — É um tanto natural isso ocorrer, já sugeri usarmos algum remix chiclete de alguma melodia clássica usadas no teatro para fazer propaganda sonora da peça de minha mãe. — Dizia com uma expressão alegre, mas um tanto tranquila, preguiçosa expressada até na fala. — Entretanto, artistas são muito cabeça dura!

Ah, é, ele era de Johto também. Ele deixava claro que era dali, sotaque denunciava, além de claramente dizer por aí que era de lá apesar de fazer algum tempo que não pisava ali. Ficava feliz em ver terra firme normal, já que nos últimos anos o mais longe que ia de Sootopolis era a cidade flutuante. Imagina como era transitar com Ignace ali... muito complicado. Pelo menos em Johto, mesmo perto de rios, ou beira do mar, o Pokémon de fogo parecia confortável. Isso já era o suficiente.

— Ah... eu não sou de Goldenrod, sou de Ecruteak, só parei aqui primeiro porque meu pai tem amigos que me emprestaram moradia aqui, como base, sabe? — Dizia sem preocupação alguma, sem rodeios, sobre si mesmo. Costumava raramente ser misterioso com seus planos, mas só em coisas táticas e muito sérias. — Eu me tornei treinador para ter o que fazer com meus companheiros durante nossa jornada. Desafio sem raízes. Nada mais além de ser um mochileiro com leves tons de encrenca...

Pausou por um instante, não muito tempo, prestando atenção na cor dos olhos da garota. Calmos olhos, pensou, talvez não teria muito o que provocar... mas não fazia mal, achava que não faria mal algum não ser assim. E nem estava pensando numa resposta, apesar de parecer, pois suas razões eram claras e muitos encontrariam problemas em andar com ele se contasse, mas vivia despreocupado sobre.

— Minha família se moveu para Hoenn, de Ecruteak, abrindo o teatro kabuki de lá, coisa da família da minha mãe. Meu pai é cientista de campo, de flora, então qualquer lugar que tenha uma base científica, está tranquilo, aquele lá consegue dormir até em cavernas se duvidar... juntando tudo isso, fomos para Sootopolis. — Dizia, sem se alterar ou poupar detalhes. — Lá eu era parte da escola de pesquisa básica em arqueologia, fauna e flora. Tinha uns cursos mais aquáticos também, mas quem se importa, não é? — Riu de forma curta novamente, um tanto sem jeito com o comentário de quem não era muito ligado com as águas.

— Muitos rolês aquáticos que deixavam Ignace um tanto zonzo com tanto mar aberto na região, cidades de palafita em cima da água, diferente de sair de Ecruteak para ver festivais mais "modernos" aqui em Goldenrod. — Suspirou, ainda folgado na cadeira. — Estávamos todos pensando em começar a aventura quando terminássemos os cursos de pesquisa, já como pesquisadores iniciantes, juntando fundos e tal... mas aí nossos amigos ativistas dos fóruns da Arcádia avisaram que teria um evento patrocinado por um burguês safado que anda se metendo em tudo, cagando tudo na cidade. Tipo, Show de Idol incluso. — Falava, achando graça naquilo, mas tentava até disfarçar. O empata-foda direto que fizeram no evento circulou os jornalecos locais. — Vamos dizer que... aprontamos uma baguncinha ali e a festa virou um enterro. — Não ria de coisa séria, Connor, por favor.

— Acabamos na delegacia no fim, eu mais uns três amigos e nossos Pokémon, depois de sermos parados por seguranças. Não fomos fichados e tal, mas meio que ficamos com os policiais cagando regra nos nossos ouvidos até nossos pais e até a diretora da nossa escola aparecer. — Suspirou, lembrando a cena, mas sem se alterar muito. Não se arrependia daquilo mesmo. — Bem, meus pais me deram bronca por chamar muita atenção, mas não gostam da figura que fomos com a ação direta de protesto, sanguessuga de ecossistema. Ultimamente tem seus treinadores patrocinados por aí, dando carteirada, mas paga de cara descolado. Com a minha maioridade chegando, resolvi pegar meus fundos e vir visitar a região onde nasci mais uma vez, dar um tempo, saca?

Gesticulava enquanto falava, ainda encarando a garota de forma descontraída mesmo com assunto sério. Não era cringe nem nada, só totalmente despreocupado, cabeça de vento.

— Eu meio que vazei com Ignace pegando uma balsa com alguns fundos para me guiar até Johto e sobrar uns 1000 paus de reserva, acho. Fui pego de surpresa com meus pais me ligando no inicio da tarde.  — Pausou, lembrando daquilo com até certo carinho. — Eles ficaram putos, meus avós maternos também. Meus amigos me chamaram de desmiolado por mensagem mais tarde no grupo. Entretanto, meu pai entrou em contato aqui com um amigo dele, um Ernesto Urbina que tem um pub em outra região da cidade. Meio que vive longe fazendo contatos tanto pro estabelecimento dele, quanto para cooperativas e o sindicato qual ele representa. Ainda não o conheci pessoalmente, diz a Minerva, filha dele, que foi pra Azalea trazer mel e outras coisas pra cá, coisa natural. Minha mãe por outro lado disse mesmo para eu ir atrás do irmão mais novo dela em Ecruteak, meus avós falaram com ele. Mas preferi vir pra cá mesmo. — Deu os ombros. — Também nem sei se o tio Mamoru está em casa, ele trabalha como detetive por aí investigando bagulhos sinistros, ovelha negra da família de atores e músicos. Quem vê nem sabe dos rolês que ele frequentava com o Morty do Ginásio na juventude...

Havia falado demais sem problema algum, e agora encarava a garota como se esperasse algo. Tomara que não seja reprovação, claro!


CONNOR veste uma simples camiseta branca e preta de listras não tão grossas, um cardigã preto aberto, calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato dito como nativo de algum continente dadas à ele por seu pai e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço, o que combina com alguns bottoms nessa tonalidade em sua bolsa. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.


Mencionando Madeline, Ignace e Fortune;
Nota: Começando os trabalhos :B


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Ele arranjou um encontro com uma tomboy sem ela saber, veja no que deu! UxIJdel


Maddy... Gostava de acreditar que era só a contração natural do seu próprio nome, uma vez que o menino capturou o hábito bem rápido. Se divertiu com a ideia de que meio que não dava para encurtar o nome de Connor com qualquer coisa que não fosse desmoralizante. Certamente não é um bom nome pra quem não quer sofrer bullying na escola.

- Bem, acho que faz sentido ela não gostar da ideia, né? Vocês parecem ser bem tradicionais - Enquanto falava, pegava de novo o celular e ligava uma canção em um volume alto o suficiente para que o rapaz ouvisse, mas sem incomodar quaisquer clientes próximos. Era um remix de música tradicional japonesa com as batidas características do R&B moderno - Mas se mudarem de ideia, eu podia ajudar com a seleção. Acho que música é a única coisa que eu entendo mais ou menos.

Depois de apresentar o remix de música tradicional japonesa, tomou o lugar de ouvinte e acompanhou a narrativa que Connor desenvolvia sobre a sua própria vida, um mochileiro sem raízes. Era poético. Além disso, era divertido fitar os olhos do garoto enquanto ele gesticulava e apresentava a própria história, já que conseguia analisar os trejeitos do rapaz sem nenhum julgamento. Diversos "Aham"s e movimentos positivos com a cabeça foram o suficiente para que o menino prosseguisse com seu conto.

Madeline assumia um olhar bem interessado enquanto o jovem falava sobre os seus pais, a profissão deles, de volta a posição com o punho como apoio para o queixo. Ele tinha uma formação bem interessante, mas a menina não tinha a mínima ideia sobre o que eram os fóruns da Arcádia. A garota quis muito rir com a piada do garoto sobre o resultado da festa, mas ele manteve o semblante sério, então ela se segurou, fechando os olhos por um momento.

Ah, ok. Tava muito bom pra ser verdade, um jovem infrator bem na sua frente... Como qualquer garoto entrando na vida adulta. Sempre lhe disseram que essa era a idade pra errar bastante, então deu uma colher de chá no julgamento, principalmente quando Connor explicou a causa da apreensão. Ficou curiosa com essa coisa de treinador patrocinado; será que tinha a ver com a #AbaixoVanilliteIce? Tinha lido sobre um Pokétuber que não sabia nem os moves do próprio Pokémon ou algo assim, enfim, deixou o garoto continuar o monólogo, que já se estendia aos parentes, os vizinhos, um monte de gente cujos nomes certamente não ficariam na mente da jovem depois. Mas tinha se interessado com a história de Connor.

- Olha, a sua vida com certeza é mais interessante que a minha, viu - Deixou escapar um riso sincero, apesar da piada autodepreciativa. No fim das contas, Connor Flanagan era só um jovem, igual a Madeline. E por mais problemático que parecesse com os seus trejeitos e histórico criminal, era interessante o suficiente para que a garota quisesse saber mais. A postura do garoto em relação a si ajudava, também, já que parecia cortez o bastante para não forçar a barra. - Tipo, eu só sou filha de dois criadores daqui, todo mundo conhece eles, mas eu nunca fiz parte de uma resistência nem show de idol nem nada. Só fiquei na escola até terminar e, sinceramente, tô de saco cheio - A expressão fechava um pouco, mas era libertador colocar em palavras o que sentia. Enfim, voltou ao casual sorriso, pois ainda tinha dúvida quanto à história daqueles treinadores:

- Isso de treinador patrocinado existe mesmo? Eu vi um negócio no Togettic sobre um Pokétuber patrocinado por uma empresa de sorvete que não sabia nem o nome do Pokémon dele, e parece tão fabricado, sabe? Bizarro - Comentava sem muita pretensão, mas talvez Connor tivesse uma experiência semelhante pra compartilhar. No fim das contas, já tinha permitido que ele tomasse a dianteira no discurso, então aproveitava para sanar a curiosidade.

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