O Subconsciente que Deseja [#####]

Sonhei,
Um Mundo,
Um lugar lotado,
Nele tinha humanos,
Cada pessoa que vivia,
Era feliz e satisfeita,
Fabulosa utopia,
Não possuía,
A Existência,
Nem traço,
De mim.
Cada fibra,
Cada lágrima,
Cada molécula,
De cada humano,
E nenhuma possuía,
Um único traço de vida,
Que poderia provar de fato,
Que eu existi nem que existirei,
Nesse universo perfeito, irresistível.
A essência de minha alma, fraca,
Capaz de apenas assistir o fim,
Só exibia uma única emoção,
Que refletira meu coração,
Corrupto e com rancor:
Uma forte felicidade,
Forma meus olhos,
E os meus lábios,
Abrem o sorriso,
Marcando fim,
A essa peça.
Seria o mundo,
Em sua formosura,
Mediado por aquela,
Que jogou o seu amor,
Seus pulmões ao oceano,
E permite que fosse engolida,
Para nunca mais ser lembrada?
Se apenas por um momento,
Ela pensou profundamente,
"Se eu pudera fazer tal ato,
Uma realidade concreta."
Por que não fez antes?
Ri, chora, grita, cala,
Nada disso sequer,
Afeta seu mundo,
Mas ela estava,
Feliz de novo.
Mente feita,
Sorridente,
Acorda.

Eita, Laura, ficou bonito e bem diferente visualmente falando. Parabains. :3

Arissien escreveu:

Eita, Laura, ficou bonito e bem diferente visualmente falando. Parabains. :3

O que uma madrugada depressiva não faz, hein? Ksksksksksksks. Espero que tenha sido de agrado.

LauraLostLove escreveu:

Arissien escreveu:

Eita, Laura, ficou bonito e bem diferente visualmente falando. Parabains. :3

O que uma madrugada depressiva não faz, hein? Ksksksksksksks. Espero que tenha sido de agrado.

Né! UAHSUAHUSUAHUSUAUSAU

A diferença é que você faz algo bonito, eu fico só olhando o teto contemplando o nada. xD

Ai, acho incrível quem tem criatividade e dom para a escrita não só da forma direta, mas também nas entrelinhas. A estética dos versos ficou muito interessante e eu até associei com a emoção que o texto passava: o formato do texto de certa forma me lembrou de ondas, com altos e baixos. Nem sei se era a intenção, mas foi ao que me remeteu. Huahauahauhaua

Já o texto em si, me foi uma verdadeira facada no peito. Acho que todo mundo já se sentiu dessa forma pelo menos uma vez na vida. :c

A métrica chama muita atenção, particularmente fiquei preso tentando entender se eram montanhas ou ondas,  e por alguma razão eu fiquei mexendo a cabeça acompanhando a cadência dos versos. Reli algumas vezes, sou lerdo, e em todas as leituras eu fiquei preso á sinestesia e depois fiquei refletindo sobre minha própria existência. Os bons poemas fazem isso com as pessoas, ficou ótimo. Continue a escrever senhorita, sua lírica é incrível.

Não tenho muita noção de como funcionam essas coisas, nem estudei direito, sei lá se encaixa como alguma coisa, mas tentei como uns dias atrás você me sugeriu, Laura, ficou confuso e não chega ao nível do seu, mas é isso;

Artie escreveu:

Ai, acho incrível quem tem criatividade e dom para a escrita não só da forma direta, mas também nas entrelinhas. A estética dos versos ficou muito interessante e eu até associei com a emoção que o texto passava: o formato do texto de certa forma me lembrou de ondas, com altos e baixos. Nem sei se era a intenção, mas foi ao que me remeteu. Huahauahauhaua

Já o texto em si, me foi uma verdadeira facada no peito. Acho que todo mundo já se sentiu dessa forma pelo menos uma vez na vida. :c

@Artie

Até eu queria ter esse dom que você menciona (haha), por que, na real, eu não conseguiria replicar um texto meu nem em um milhão de anos, com um esforço genuíno, apenas deixou meus dedos fluírem no teclado quando estou me sentindo terrível. Já sobre a estética, eu queria definir os pontos mais altos (não necessariamente apenas seu ápice) para falarem desse mundo utópico, e as partes de baixa para contarem algo relacionado a essa única pessoa que deseja, no fundo de sua mente, [#####], então apenas espero que eu tenha feito um trabalho decente para transmitir essa ideia para outros leitores.

Para ser sincera é assim que eu queria que fosse as vezes, como que se minha vida poderia ter uma única utilidade para o benefício da humanidade, e é totalmente normal outros reciprocarem isso em seus momentos de tristeza, então acho que fiz algo que alguns podem se identificar e refletir.

Froste escreveu:

A métrica chama muita atenção, particularmente fiquei preso tentando entender se eram montanhas ou ondas, e por alguma razão eu fiquei mexendo a cabeça acompanhando a cadência dos versos. Reli algumas vezes, sou lerdo, e em todas as leituras eu fiquei preso á sinestesia e depois fiquei refletindo sobre minha própria existência. Os bons poemas fazem isso com as pessoas, ficou ótimo. Continue a escrever senhorita, sua lírica é incrível.

@Froste

Originalmente meu plano era para fazer algo com "sonhei" e finalizar com "acordei" e seria apenas uma única elevação e descensão, mas acho que me empolguei demais e tive que separar em múltiplas "estrofes", foi por aí que veio a ideia do oceano. Fico contente que foi uma leitura agradável, não sei quando que eu poderei fazer outra coisa do tipo, já que é muito "do momento", mas tentarei meu melhor quando eu fizer.

Druida escreveu:

Não tenho muita noção de como funcionam essas coisas, nem estudei direito, sei lá se encaixa como alguma coisa, mas tentei como uns dias atrás você me sugeriu, Laura, ficou confuso e não chega ao nível do seu, mas é isso;


As luzes se apagam,
tenta captar a última faísca,
da última lembrança,
sua última esperança,
para agarrar-se aos novos ventos,
para do abismo escapar,
ao fundo a escuridão,
o cheiro pútrido,
sentidos tendem a falhar,
pelo veneno amortecido,
os ventos cessam,
lembranças colidem,
um mundo antes sem cores,
se chega à indiferença,
falta de crença
que um dia irá se levantar,
ligeiro tormento,
“De que vale subir? Retornar?”,
se encolhe,
não questiona mais sua fé,
seu rumo já fora perdido,
a escuridão do fundo o consome,
pressiona seu ser,
esvaindo-se aos poucos,
o fim de seu tormento
e de todos.

@Druida

Não se preocupa, eu também não estudo nada do tipo, meus únicos conhecimentos de poesia são uns do ensino médio que são repletos de regrinhas que, no fim, não se encaixam em meus modelos.

Eu gostei do seu poema, certamente é algo que cada um de nós podemos nos projetar no eu-lírico. A vontade de não fazer mais nada na vida, especialmente quando as sombras do nosso passado vem puxando o fundo de nossa consciência. Senti que o eu-lírico também se vê como um estorvo àqueles a seu redor, seria esse o caso? Como uma última nota, o tema de desespero, daquele que realmente quer escapar de sua vida patética mas ultimamente sucumbe a sua profunda melancolia é um tema que me agrada, então pontos bônus a isso. Você fez um ótimo trabalho, meu visar não invalida o seu, parabéns por colocar seu coragem na lírica.

Obrigado por ser sempre gentil com suas palavras e pelo cantinho aqui, Laura, obrigado mesmo!

Esse poema aí é fruto de mais uma crise de melancolia profunda em meio à noites mal dormidas, tipo, sem prazer para jogar, intervir ou até mesmo escrever... mas no fim, saiu. É como a estética das curvas subindo e descendo rapidamente, assim se segue a vida do eu lírico até desabar de vez.

É aquele negócio que você vai no famigerado "freestyle" colocando tudo pra fora da cabeça, concretizando em palavras, mas mantendo uma ordem para ficar "bonitinho", pensei assim. :B