PACIFIC REEF
trainwreck
OFF :
Olá narradore! Essa será uma rota solo, com alguns intuitos interessantes, sendo o principal deles a conclusão de minha missão de aprendiz, conforme descrita na aba de "missões a cumprir" em meu perfil. Além disso, pretendo fazer mais a frente na aventura, um treino de stats coletivo, para aquecer. Também gostaria que você colocasse um Tentacool e outros Pokémon selvagem ou NPCs para dar uma treinada em meus bebês (tenho umas quinze Potions, imagino que seja suficiente para toda a estadia na rota), sendo que o primeiro eu tenho objetivo de captura; não tenho nenhum prazo para essa rota, então pode colocar o plot que bem achar melhor para se encaixar no contexto da missão. Durante todo o desenrolar, pretendo fazer alguns momentos onde Luke se conecta mais a seus Pokémon, para que eu possa escrever personalidades fidedignas para cada um, então, espero que me ajude com isso também. É pra ser bastante intimista, com Luke se desenvolvendo como pessoa e como treinador, e não quero que seja corrida, de jeito nenhum. Acho que são apenas essas as considerações, qualquer comentário pode me contatar via discord ou MP que estarei inteiramente aberto, no mais, que nos divirtamos!
Essa não era a primeira vez que eu visitava Acapulco. Minha primeira passada na cidade foi quando precisei utilizar de seus serviços de Move Reminder, a certo tempo atrás; era bastante atrativa, isso poderia dizer com toda certeza, mesmo sem passar tanto tempo nela. O grande farol que movimentava a economia e o turismo ecológico local, junto do grande complexo de corais que ficava logo a costa direita, eram um chamariz e tanto para qualquer um que passasse, e ativava a curiosidade de todos, inclusive de mim mesmo.
Eu sempre adorei coisas históricas, arte, museus, cinemas e teatros sempre foram o que mais me chamaram a atenção, por ser um grande garoto da cidade. Lá atrás, em Castelia, eu vivia nas exposições de Burgh, o grande artista, líder do ginásio da cidade, e amigo próximo de meu pai, que já trabalhou com ele por certo tempo como sócio. Claro que eu não tinha nenhuma conexão com ele além da ex-trabalhista dele e de meu velho, mas eu poderia dizer para qualquer um na escola que eu o conhecia, e ninguém poderia me refutar. Depois de grande, transformei as exposições de pinturas e esculturas em desfiles de moda, e passei a me apaixonar pela arte visual ainda mais.
Não só admirar, agora, eu queria produzir. E foi aí que eu comecei a treinar em casa.
Meu pai, sempre me apoiou; afinal, ele era o artista da família, gostava que eu tivesse uma veia artística e que desenvolvesse ela. Comprava rios de tecidos para mim, uma bela de uma máquina de costura, industrial e moderna, moldes e materiais que eram dignos de boas empresas de alfaitaria, tudo para que eu seguisse seus passos; enquanto ele me estimulava a imaginação, minha mãe, me ensinava a como administrar tudo isso. Como transformar tudo isso, em dinheiro. Como fazer do trabalho algo a ser levado a sério, acima de todas as outras coisas, e que se aplicava desde o mais humilde, até o dela, CEO de uma grande empresa. Pra ser sincero? Sempre tive proeza pros dois lados, orgulhava os dois.
Mas essa história não é sobre moda, é sobre um rapaz, com seis Pokémon, perdido na beira de uma costa, sem saber como atravessar para chegar a seu destino. Ok, vou recapitular, talvez com melhor descrição de tudo o que aconteceu, desde que cheguei ontem a noite no Centro Pokémon, a história fique melhor esclarecida.
Foi assim:
Meus pés pousaram na bela cidade de Acapulco uma vez mais, com Wimber ao meu lado, prestativo como sempre, feliz por poder voar sempre ao meu lado; diferente dos outros Pokémon, ele era o que passava mais tempo comigo, já que era ele quem me carregava para todo e qualquer lugar. Isso me fez crescer mais próximo do morcego, eu sabia como ele se sentia, sabia como reagiria em situações específicas, mas não conseguia descrever isso de uma forma precisa... eu o conhecia? Talvez não, talvez eu não conhecesse nenhum de meus Pokémon com tanta proximidade quanto eu gostaria, mas poderia mudar isso. Eu segui, depois de retornar o monstrinho, para o Centro Pokémon; lá, deixei os seis para serem cuidados pela enfermeira e sua ajudante, e fui para um dos quartos alugados dali.
Era tudo bastante familiar. Por mais que os CPs tivessem suas diferenças em algumas cidades, no interior, todos eram o mesmo, e por isso, sequer senti estranheza ao entrar e deitar naquele lugar pela primeira vez. Talvez porque não parecesse a primeira vez, ou simplesmente porque eu estava cansado demais para pensar em qualquer coisa; foi um dia difícil, corrido e cheio de derrotas que me deixaram mais pensativo, como de costume. Eu tinha certeza que algo na minha cabeça desligava as vezes, e eu perdia minha completa noção de como se batalhava, o que resultava em derrotas, e me deixava mais frustrado ainda, comigo mesmo.
Tudo isso eu pensei, deitado na cama que me fora cedida, enquanto aguardava pelo jantar. Respirei fundo, sentando na lateral da cama e observando o chão por alguns segundos; porque eu estava aqui? Eu tinha mesmo uma vocação para isso tudo? Eu poderia estar feliz como um bom estilista em Unova agora, mas porque escolhi a vida de nômade? Perguntas demais, respostas de menos. Quando finalmente me levantei, segui para o banho, quente, demorado, e bastante reflexivo, continuando a vibe anterior. Não demorou tanto para que eu terminasse de me higienizar e estar pronto para sair, mas eu simplesmente... não queria, sabe? Não estava deprimido, mas também não estava "feliz". Só pensativo.
Depois de tomar coragem para deixar o lavatório, me troquei com uma vestimenta bastante confortável, e segui para a área de alimentação. O jantar foi mais rápido, comi com bastante velocidade, como de costume. Ao menos isso ainda me deixa bastante satisfeito e feliz, até com um sorriso nos lábios pelo belo sabor que a comida dali tinha. Depois disso, o que se sucedeu foi mais simples; deixei o lugar, deitei na cama, e adormeci. O dia seguinte seria conturbado, mas de um jeito positivo, de um jeito que eu gostava. Tinha objetivos a cumprir, e estava pronto para eles... Ao menos era o que esperava.
Pela manhã, eu já estava trocado por volta das seis, com uma bolsa equipada de tudo que eu fosse precisar para o lugar onde eu iria; bastante água, uma troca de roupas, lanchinhos para o dia, suficientes para comer cinco ou seis vezes, algumas pokébolas, poções e outros itens de treinador mais específicos. Algumas outras coisas também poderiam ser encontradas, mas que eram a princípio irrelevantes, e que eu provavelmente citaria como se fossem importantes caso as precisasse em alguma situação exclusiva. Bem, estava pronto, com uma roupa mais apropriada para exploração; galochas de uma lojinha que eu gostava bastante em Nimbasa, brancas de couro vegano e com estampas de flores; uma calça preta, daquelas com a barra menor do que deveria, curta o bastante para ser charmosa, longa o bastante para me proteger dos mosquitos. O restante do look era basicamente minha camiseta preta de sempre, e um belo óculos de sol, com um chapéu típico de praia, mas não nos modelos bregas de sempre.
Eu estava completamente preparado para o que encontraria no Pacific Reef, só não esperava que não conseguiria chegar até ele. Quando saí do quarto, passei na Enfermeira Joy e peguei meus monstrinhos de volta, agradecendo pelo tratamento e entregando as chaves do quarto; meus passos me levaram para fora do Centro Pokémon, passando pelo grande farol e indo até a base da praia, onde eu encarei o grande recife de corais, sem saber como chegar até lá. Wimber poderia me carregar, mas eu não saberia onde pousar, ou como explorar... Não, teria de perguntar pra alguém local; me dirigi até as docas, e comecei a caçar alguém que pudesse me ajudar. Alguém que pudesse me levar até lá, ou simplesmente me dar informações de onde parar, exatamente.
Tinha que ter algum pescador desse tipo por aqui, né?
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