OFF: EI NARRADOR(A)!!!!!!!!!!!!!!! Eu sou Victoria, muito prazer (em revê-lo, talvez). Essa é uma rota em dupla com o @Cunha . Sim, divirta-se com a gente. A princípio eu não sei o que quero, mas eu vou saber, ta?! Por hora vou só interagir com Loki e com o Daisuke quando ele chegar, o que é logo mais.
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É quase sempre isso. Quando eu saio de um caso de vida-ou-morte, eu quase sempre saio bem. Sorridente, faço uma piada ou outra, tomo uma cerveja, vou até o centro pokémon, conto para os pokémons que não estiveram comigo, rio e... choro? É, é bem repentino. Minha risada ganha lágrimas e quem ta em volta nunca sabe... "Afinal ela ta feliz ou ta triste?".
Pior de tudo é que eles podem não saber, mas eu sei.
Eu to triste. Eu to mal. Eu to com medo.
Toda vez que isso acontece eu me questiono se a vida de treinador de fato vale a pena. Arriscar minha vida para ser simplesmente 'melhor'? Que tipo de jogo é esse? É sempre assim. Ai eu olho para os meus pokémons, vejo eles bonitinhos, tentando me abraçar e me acalmar... amo aqueles que já olham e já entendem... os que me conhecem, que sabem o que fazer. Eu vejo Loki me vendo chorar & rir, ao mesmo tempo, desesperado e jeitoso, tentando me pegar nos braços e me ninar. Do jeitinho que eu fazia com ele...
... Eu também amo isso.
O que é estúpido, parece até que ficar triste é bom. Eu amo eles, sabe? No instante que isso acontece eu penso que vale a pena. Vale a pena porque eu posso ter eles. Só isso, simples assim. Tão egoísta e mesquinha que se torna óbvio meu carácter duvidoso. Talvez eu só seja treinadora porque não quero abrir mão dos meus tantos pokémons, nem abro mão de viver uma vida com eles.
Afinal de contas, se eu fosse qualquer outra coisa, eu teria tempo para viver com tantos?! Claro que não.
Arg, é sempre isso. Sempre isso. Eu to cansada. Eu sempre me arrisco porque quero e depois boto a culpa no mundo... nas condições. Talvez esteja na hora de assumir algumas coisas, né?! Ah, que seja. Que seja mesmo. Só sei que eu chorei até dormi... Loki se alocou na cama pequena do Centro Pokémon e me abraçou pela frente. Aconcheguei-me em seu pelo marrom e prometi:
- Hoje pode ser meu dia de ter atenção, mas amanhã vai ser o seu, ok?! - Minha voz ecoou junto do pigarro do choro. O soluço cortara a frase no meio, mas Loki não pareceu ligar muito para isso. Com uma de suas garras, ajeitou minhas madeixas rosas molhadas e lambeu minha bochecha. O sorriso dele não saíra, mas uma cara de deboche tosca me mostrou o quão ridícula eu estava.
É, ele tem razão. Mas fazer o que?! Tava tão ridícula que fiquei assim mesmo, dormi assim mesmo, acordei um pouco mais amassada que o normal... ainda assim, um pouco melhor. Doía menos... afinal de contas, é esse o ciclo normal, né?! O tempo ajuda a curar. Botei minha mochila nas costas, retornei a trupe e deixei só Ursaring comigo. Dali eu teria que passar em alguma Unidade Básica de Saúde e pedir alguma injeção. A princípio eu fui atendida até rápido; talvez por ser cedo demais.
"Eu preciso repor minha Antitetânica, por favor". Pedido estranho... óbvio. A moça procurou algum machucado profundo, se questionou o porquê daquilo e me deu a tal da vacina. No final das contas eu não tinha um motivo óbvio, meu único medo era estar novamente na situação de cárcere e acabar me machucando feio-demais. Morrer de tétano não, né?! Pelo amor de Deus, se for pra me colocar em risco, ao menos DESSA FORMA, eu não posso morrer. Redução de danos... acho que é isso.
Claro que chorei na vacina, eu não ia fugir, mas eu quero. Ursaring me apoiou (literalmente) como pedi. No mais, saí de Lavander as sete da manhã e caminhei até a Rota 10. Eu não tinha o que fazer ali... quer dizer, eu até tinha, mas não tinha. Não era como se eu tivesse algum objetivo. Eu só queria ver a paisagem mesmo, sabe? E com a melancolia que eu estava, sair de perto daquele cemitério era apenas uma necessidade. Sair da 'cidade da morte'... da pacata vila assombrada... Sabe?!
Caminhei até a beirada (ainda terráquea) do trajeto com Loki. Ali estávamos... como sempre acabávamos ficando. Eu & ele. Eu tinha preparado o dia justamente para ele! Estendi uma toalha vermelha listrada no chão de terra-úmida, joguei minha bolsa no centro dela e a prendi o pano com meus sapatos - para não voar.
Não demorara muito para ele se perguntar o que diabos eu estava fazendo. Era óbvio, né?! Tirei da mochila uma enorme sacola de padaria (quando eu comprei isso? Pouco depois de acordar, quando disse a Loki que ia ao Centro mudar o time) e comecei a distribuir o pão. Eu parecia Jesus! Infinidades de pães de sal, queijo, mortadela, doces, salgadinhos, chips, bolo de cenoura com chocolate, bolo de brigadeiro... tinha até uma palha italiana meio torta... um pouco doce demais.
Esse lance de ganhar Big Nugget me deixou meio gastona, né?! Enfim, eu assaltei a padaria e era comida demais ATÉ PARA UM URSARING. Você sabe o QUANTO um Ursaring come?! Então... Num certo ponto ele percebeu o exagero e me olhou com certo receio. Agora era hora de eu liberar os outros dois ursinhos e apresentá-lo?! Ah, acho que ainda não... deixa ele pensar um pouco no plano de hoje, né?! Eu só terminei de distribuir a ceia e me joguei para trás, caindo de costas no espaço vazio da toalha. Ali olhei o céu por um tempo, apreciei as poucas nuvens e agradeci pelo tempo limpo:
- Faz tempo que a gente não faz isso, né?! - Ele confirmou com a cabeça. Sua boca estava ocupada demais, cheia de mini-coxinhas.
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É quase sempre isso. Quando eu saio de um caso de vida-ou-morte, eu quase sempre saio bem. Sorridente, faço uma piada ou outra, tomo uma cerveja, vou até o centro pokémon, conto para os pokémons que não estiveram comigo, rio e... choro? É, é bem repentino. Minha risada ganha lágrimas e quem ta em volta nunca sabe... "Afinal ela ta feliz ou ta triste?".
Pior de tudo é que eles podem não saber, mas eu sei.
Eu to triste. Eu to mal. Eu to com medo.
Toda vez que isso acontece eu me questiono se a vida de treinador de fato vale a pena. Arriscar minha vida para ser simplesmente 'melhor'? Que tipo de jogo é esse? É sempre assim. Ai eu olho para os meus pokémons, vejo eles bonitinhos, tentando me abraçar e me acalmar... amo aqueles que já olham e já entendem... os que me conhecem, que sabem o que fazer. Eu vejo Loki me vendo chorar & rir, ao mesmo tempo, desesperado e jeitoso, tentando me pegar nos braços e me ninar. Do jeitinho que eu fazia com ele...
... Eu também amo isso.
O que é estúpido, parece até que ficar triste é bom. Eu amo eles, sabe? No instante que isso acontece eu penso que vale a pena. Vale a pena porque eu posso ter eles. Só isso, simples assim. Tão egoísta e mesquinha que se torna óbvio meu carácter duvidoso. Talvez eu só seja treinadora porque não quero abrir mão dos meus tantos pokémons, nem abro mão de viver uma vida com eles.
Afinal de contas, se eu fosse qualquer outra coisa, eu teria tempo para viver com tantos?! Claro que não.
Arg, é sempre isso. Sempre isso. Eu to cansada. Eu sempre me arrisco porque quero e depois boto a culpa no mundo... nas condições. Talvez esteja na hora de assumir algumas coisas, né?! Ah, que seja. Que seja mesmo. Só sei que eu chorei até dormi... Loki se alocou na cama pequena do Centro Pokémon e me abraçou pela frente. Aconcheguei-me em seu pelo marrom e prometi:
- Hoje pode ser meu dia de ter atenção, mas amanhã vai ser o seu, ok?! - Minha voz ecoou junto do pigarro do choro. O soluço cortara a frase no meio, mas Loki não pareceu ligar muito para isso. Com uma de suas garras, ajeitou minhas madeixas rosas molhadas e lambeu minha bochecha. O sorriso dele não saíra, mas uma cara de deboche tosca me mostrou o quão ridícula eu estava.
É, ele tem razão. Mas fazer o que?! Tava tão ridícula que fiquei assim mesmo, dormi assim mesmo, acordei um pouco mais amassada que o normal... ainda assim, um pouco melhor. Doía menos... afinal de contas, é esse o ciclo normal, né?! O tempo ajuda a curar. Botei minha mochila nas costas, retornei a trupe e deixei só Ursaring comigo. Dali eu teria que passar em alguma Unidade Básica de Saúde e pedir alguma injeção. A princípio eu fui atendida até rápido; talvez por ser cedo demais.
"Eu preciso repor minha Antitetânica, por favor". Pedido estranho... óbvio. A moça procurou algum machucado profundo, se questionou o porquê daquilo e me deu a tal da vacina. No final das contas eu não tinha um motivo óbvio, meu único medo era estar novamente na situação de cárcere e acabar me machucando feio-demais. Morrer de tétano não, né?! Pelo amor de Deus, se for pra me colocar em risco, ao menos DESSA FORMA, eu não posso morrer. Redução de danos... acho que é isso.
Claro que chorei na vacina, eu não ia fugir, mas eu quero. Ursaring me apoiou (literalmente) como pedi. No mais, saí de Lavander as sete da manhã e caminhei até a Rota 10. Eu não tinha o que fazer ali... quer dizer, eu até tinha, mas não tinha. Não era como se eu tivesse algum objetivo. Eu só queria ver a paisagem mesmo, sabe? E com a melancolia que eu estava, sair de perto daquele cemitério era apenas uma necessidade. Sair da 'cidade da morte'... da pacata vila assombrada... Sabe?!
Caminhei até a beirada (ainda terráquea) do trajeto com Loki. Ali estávamos... como sempre acabávamos ficando. Eu & ele. Eu tinha preparado o dia justamente para ele! Estendi uma toalha vermelha listrada no chão de terra-úmida, joguei minha bolsa no centro dela e a prendi o pano com meus sapatos - para não voar.
Não demorara muito para ele se perguntar o que diabos eu estava fazendo. Era óbvio, né?! Tirei da mochila uma enorme sacola de padaria (quando eu comprei isso? Pouco depois de acordar, quando disse a Loki que ia ao Centro mudar o time) e comecei a distribuir o pão. Eu parecia Jesus! Infinidades de pães de sal, queijo, mortadela, doces, salgadinhos, chips, bolo de cenoura com chocolate, bolo de brigadeiro... tinha até uma palha italiana meio torta... um pouco doce demais.
Esse lance de ganhar Big Nugget me deixou meio gastona, né?! Enfim, eu assaltei a padaria e era comida demais ATÉ PARA UM URSARING. Você sabe o QUANTO um Ursaring come?! Então... Num certo ponto ele percebeu o exagero e me olhou com certo receio. Agora era hora de eu liberar os outros dois ursinhos e apresentá-lo?! Ah, acho que ainda não... deixa ele pensar um pouco no plano de hoje, né?! Eu só terminei de distribuir a ceia e me joguei para trás, caindo de costas no espaço vazio da toalha. Ali olhei o céu por um tempo, apreciei as poucas nuvens e agradeci pelo tempo limpo:
- Faz tempo que a gente não faz isso, né?! - Ele confirmou com a cabeça. Sua boca estava ocupada demais, cheia de mini-coxinhas.
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O Mahiro é o melhor do mundo <3