Pokémon Mythology RPG
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Somewhere Only We Know_Glee

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OFF: EI NARRADOR(A)!!!!!!!!!!!!!!! Eu sou Victoria, muito prazer (em revê-lo, talvez). Essa é uma rota em dupla com o @Cunha . Sim, divirta-se com a gente. A princípio eu não sei o que quero, mas eu vou saber, ta?! Por hora vou só interagir com Loki e com o Daisuke quando ele chegar, o que é logo mais.
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É quase sempre isso. Quando eu saio de um caso de vida-ou-morte, eu quase sempre saio bem. Sorridente, faço uma piada ou outra, tomo uma cerveja, vou até o centro pokémon, conto para os pokémons que não estiveram comigo, rio e... choro? É, é bem repentino. Minha risada ganha lágrimas e quem ta em volta nunca sabe... "Afinal ela ta feliz ou ta triste?".

Pior de tudo é que eles podem não saber, mas eu sei.

Eu to triste. Eu to mal. Eu to com medo.

Toda vez que isso acontece eu me questiono se a vida de treinador de fato vale a pena. Arriscar minha vida para ser simplesmente 'melhor'? Que tipo de jogo é esse? É sempre assim. Ai eu olho para os meus pokémons, vejo eles bonitinhos, tentando me abraçar e me acalmar... amo aqueles que já olham e já entendem... os que me conhecem, que sabem o que fazer. Eu vejo Loki me vendo chorar & rir, ao mesmo tempo, desesperado e jeitoso, tentando me pegar nos braços e me ninar. Do jeitinho que eu fazia com ele...

... Eu também amo isso.

O que é estúpido, parece até que ficar triste é bom. Eu amo eles, sabe? No instante que isso acontece eu penso que vale a pena. Vale a pena porque eu posso ter eles. Só isso, simples assim. Tão egoísta e mesquinha que se torna óbvio meu carácter duvidoso. Talvez eu só seja treinadora porque não quero abrir mão dos meus tantos pokémons, nem abro mão de viver uma vida com eles.

Afinal de contas, se eu fosse qualquer outra coisa, eu teria tempo para viver com tantos?! Claro que não.

Arg, é sempre isso. Sempre isso. Eu to cansada. Eu sempre me arrisco porque quero e depois boto a culpa no mundo... nas condições. Talvez esteja na hora de assumir algumas coisas, né?! Ah, que seja. Que seja mesmo. Só sei que eu chorei até dormi... Loki se alocou na cama pequena do Centro Pokémon e me abraçou pela frente. Aconcheguei-me em seu pelo marrom e prometi:
- Hoje pode ser meu dia de ter atenção, mas amanhã vai ser o seu, ok?! - Minha voz ecoou junto do pigarro do choro. O soluço cortara a frase no meio, mas Loki não pareceu ligar muito para isso. Com uma de suas garras, ajeitou minhas madeixas rosas molhadas e lambeu minha bochecha. O sorriso dele não saíra, mas uma cara de deboche tosca me mostrou o quão ridícula eu estava.

É, ele tem razão. Mas fazer o que?! Tava tão ridícula que fiquei assim mesmo, dormi assim mesmo, acordei um pouco mais amassada que o normal... ainda assim, um pouco melhor. Doía menos... afinal de contas, é esse o ciclo normal, né?! O tempo ajuda a curar. Botei minha mochila nas costas, retornei a trupe e deixei só Ursaring comigo. Dali eu teria que passar em alguma Unidade Básica de Saúde e pedir alguma injeção. A princípio eu fui atendida até rápido; talvez por ser cedo demais.

"Eu preciso repor minha Antitetânica, por favor". Pedido estranho... óbvio. A moça procurou algum machucado profundo, se questionou o porquê daquilo e me deu a tal da vacina. No final das contas eu não tinha um motivo óbvio, meu único medo era estar novamente na situação de cárcere e acabar me machucando feio-demais. Morrer de tétano não, né?! Pelo amor de Deus, se for pra me colocar em risco, ao menos DESSA FORMA, eu não posso morrer. Redução de danos... acho que é isso.

Claro que chorei na vacina, eu não ia fugir, mas eu quero. Ursaring me apoiou (literalmente) como pedi. No mais, saí de Lavander as sete da manhã e caminhei até a Rota 10. Eu não tinha o que fazer ali... quer dizer, eu até tinha, mas não tinha. Não era como se eu tivesse algum objetivo. Eu só queria ver a paisagem mesmo, sabe? E com a melancolia que eu estava, sair de perto daquele cemitério era apenas uma necessidade. Sair da 'cidade da morte'... da pacata vila assombrada... Sabe?!

Caminhei até a beirada (ainda terráquea) do trajeto com Loki. Ali estávamos... como sempre acabávamos ficando. Eu & ele. Eu tinha preparado o dia justamente para ele! Estendi uma toalha vermelha listrada no chão de terra-úmida, joguei minha bolsa no centro dela e a prendi o pano com meus sapatos - para não voar.

Não demorara muito para ele se perguntar o que diabos eu estava fazendo. Era óbvio, né?! Tirei da mochila uma enorme sacola de padaria (quando eu comprei isso? Pouco depois de acordar, quando disse a Loki que ia ao Centro mudar o time) e comecei a distribuir o pão. Eu parecia Jesus! Infinidades de pães de sal, queijo, mortadela, doces, salgadinhos, chips, bolo de cenoura com chocolate, bolo de brigadeiro... tinha até uma palha italiana meio torta... um pouco doce demais.

Esse lance de ganhar Big Nugget me deixou meio gastona, né?! Enfim, eu assaltei a padaria e era comida demais ATÉ PARA UM URSARING. Você sabe o QUANTO um Ursaring come?! Então... Num certo ponto ele percebeu o exagero e me olhou com certo receio. Agora era hora de eu liberar os outros dois ursinhos e apresentá-lo?! Ah, acho que ainda não... deixa ele pensar um pouco no plano de hoje, né?! Eu só terminei de distribuir a ceia e me joguei para trás, caindo de costas no espaço vazio da toalha. Ali olhei o céu por um tempo, apreciei as poucas nuvens e agradeci pelo tempo limpo:
- Faz tempo que a gente não faz isso, né?! - Ele confirmou com a cabeça. Sua boca estava ocupada demais, cheia de mini-coxinhas.

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OFF: DEMOREI MAIS CHEGUEI! Espero que tenhamos uma boa rota galera <33 a gente vai interagir um pouquinho mas logo menos a gente libera pra você narrador (o(

Depois de voar pra caralho pra lá e pra cá, eu finalmente pude pegar um navio para Lavender e aqui admito: eu vim completamente desmaiado na cabine do navio. Por que? Ora, porque essa merda de viagem demorou 13h. 13 fucking horas. Eu devia ter vindo de trem bala. Enfim, passei as treze horas dormindo na cabine, mas quando chegamos as 5h em Lavender, eu não pude ficar de outra forma se não perdido pra caralho. Estava muito cedo, e eu não consideraria me enfiar em rota marítma enquanto ainda estava escuro. Me limitei a matar tempo no Centro Pokémon, levando meu time para um check-up rápido enquanto eu tomava banho em uma das suítes. Me limitava a não ficar com a chave, eu não tinha intenção de passar ali de novo, mas trocava a roupa para uma mais confortável.

Vou ser franco aqui, quando vi aquele anúncio da Sienna num primeiro momento, eu só pensei "Foda-se?". Mas quando falaram que a viagem era gratuita e tinham Pokémon raro de outra região, ha, eu fui comprado. Com todo o direito do mundo, eu me aproveitava da oportunidade pra tirar um dia pra relaxar na praia, trazia alguns Pokémon comigo pra relaxarem e lutarem, e é isso. Todo o check-up demorou cerca de duas horas, e eu aproveitei pra terminar de assistir as lutas da Battle Tower que não havia assistido ainda, enquanto jurava vencer da tal da Anabel algum dia. Quando finalmente terminou, eu já estava pronto pra ir pra praia. Com chinelos, bermuda, regata, um óculos escuros e coberto de protetor, eu aproveitava a caminhada até a praia com a maior good vibe do mundo, voltava até a ouvir música nos earphones enquanto andava.

Ao som de Life is a Highway, eu pouco me importava com os curiosos que me assistiam andar pela rua da maneira mais despreocupada possível. Eu com certeza chamava atenção, andava desengonçado, balançando a cabeça como se quisesse que o mundo explodisse, porque de verdade, eu pouco me importava pro que estava acontecendo. E continuei nessa, até chegar na pequena margem de areia. Abri um daqueles panos, como se chama mesmo? Canga de praia? É, isso. Joguei uma dessas na areia, e tirei a mochila das minhas costas, enquanto deitava com as duas mãos na nuca e continuava a ouvir um pouco de música, relaxando. Talvez eu tenha ficado um tempo ali, uns 10 a 15 minutos, até que dei uma olhada para a minha direita para pegar algumas das minhas Pokéball da mochila e liberar meus pequenos, e vi uma garota de cabelos rosas, com um Ursaring de boca cheia.

Sério, acho que aquela foi uma das cenas mais engraçadas da minha vida. Mas eu me limitei a não rir. Como eu disse quando encontrei com Karen, não existem muitas pessoas no mundo com cabelos curtos rosados e treinadoras de Ursaring, como já imaginava que fosse Winnie, pensei num jeito diferente de abordá-la. Da minha mochila, pegava a Pokéball de Kenma e o liberava. Sonolento o Pokémon sentava na areia indisposto, então comprava a atenção dele de um jeito diferente, fazendo um cafuné no mesmo. - Ei, carinha. Acorda. - Falava, até que ele finalmente ele dava uma chance pra mim. - Ta vendo aquela menina ali? De cabelo rosa? Ela ia ficar muito feliz em te ver. Faz o seguinte, vai até lá e da um oi. - Dizia e era respondido com um dengoso balançar afirmativo de cabeça.

Ainda meio indisposto, Kenma prosseguiu andando até onde Winnie estava, chegava do lado dela e emitia um cry, como se pedisse licença timidamente. Sendo bem honesto, eu nem esperava que o Torchic fosse entender o porquê de Winnie ficar feliz ao vê-lo, mas eu adoraria ver como ela ia reagir ao perceber que ovo que trocamos estava sendo bem cuidado.

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Aquela situação constrangedora que é raro um pokémon me colocar... normalmente é o contrário, né?! Loki comia desesperado e pegava um belo bocado que simplesmente não cabia em sua boca. Parte das migalhas caiam ao chão e sujavam com completo minha toalha e quando eu ameaçava reclamar ele abria o bocão em desagrado.

Na verdade eu não sei bem se é em desagrado... era impossível saber o que ele estava emitindo. Sua expressão era completamente tomada por farelos e restos de comidas, sua entonação era abafada independente de qual fosse o sentimento... e a fala era... bem, eu já não entendo a 'língua dos ursarings' mesmo... não faria diferença saber os fonemas.

Por isso eu nem me atrevia mais reclamar. Em certo ponto eu pedi para ele mastigar de boca fechada, mas tentando me responder, ele apenas cuspiu um pedaço de frango desfiado na minha cara sem querer. Arg Loki, você já teve mais noção. O que era pra ser um encontro aconchegante... talvez até mais íntimo, se tornou um belo de um inconveniente. Eu tava me sentindo saindo com um marmanjo, num primeiro encontro bem ruim.

Mas eu não ia tirá-lo de lá, né?! Eu to devendo isso a ele. Ao invés disso vou ser mais esperta, né?! Fazer ciúmes. Claro, não me importa se é a solução mais inteligente, é certamente uma estratégia impactante! Sabendo disso joguei a esfera de Timburr no ar e liberei o pokémon lutador. Nunca tinha lhe visto de fato, mas assim que ele se materializou, eu pareci não me importar com isso:
- EI MEU AMOR, VEM CÁ VEM - Puxei-o com os dois braços, trazendo-o a força para o meu colo. Ele não parecia gostar muito, mas eu não liguei muito - Vem cá vem, mais um Guts pro meu time. Olha só o que eu tenho pra você... OLHA SÓ ESSE PRESENTE

Meti a mão na bolsa e tirei dela o Flame Orb de Ursaring e dei para ele. Ah... AI SIM A COISA FICOU SÉRIA. O pequeno Timburr ainda não batizado pegou o objeto com as duas mãos, o olhou um tanto quanto confuso e em alguns segundos se hipnotizou. Sua pupila contida começara a acompanhar o movimento da chama por puro reflexo e ele ficara ali por um tempinho, bastante inato, deixando sua tora de lado.

Nesse exato momento Ursaring parou de comer. Engoliu tudo de vez, fechou a boca e me encarou com uma expressão séria. Continuei segurando o torso de Timburr e ergui-o com as duas mãos, o oferecendo para Ursaring, como se fosse um bebê que eu lhe oferecia 'carregar'...
Loki só bufou as duas narinas, virou a cara estressado, pegou uma coxinha e jogou em mim. Ri, ri o suficiente para chamar a atenção do pequeno lutador e fazê-lo remexer em meus braços, procurando alguma soltura ou fuga.

Não entendi a princípio, mas ele queria voltar ao chão e pegar de volta seu pedaço de madeira. Ele sentia falta de sua tora... quando o pousei, ele caminhou até seu totem, largou o Flame Orb e deixou-o rodar toalha a baixo. Ursaring instintivamente pegou o item para si com uma mão e com a outra agarrou Timburr. Levou-o até o alto e botou-o cara a cara. Óbvio que o baixinho começou a chorar! Não demorou muito para ele abrir o bocão e se espernear todo. Sua madeira caíra mais uma vez e rolara para longe, e no ápice do medo... bem, ele mijara em Ursaring. Fora ai que Loki se enfureceu. Sem muito pudor, largou o bicho e deixou que ele caísse daquela altura mesmo:
- LOKI, VOCÊ TA DOIDO? - Vocalizei, enquanto tentava amenizar a queda do Timburr.

Talvez isso tenha machucado mais a mim do que a ele. Enfim, mais uma vez o pequenino caminhara cenário a fora atrás de sua tora de madeira. Quando a alcançou, abraçou-a com todo o carinho e a trouxe bem rente a sua face, se esfregando rapidamente nela e depositando ali algum tipo de carinho. Loki? Bem, ele não me respondeu, apenas bufou mais uma vez com as duas narinas, deu de ombros e deitou de barriga pra cima. Ao deitar, não mediu sua força, caindo sobre a areia e levantando ar, pó e poeira sobre o restante do pique-nique. Revirei os olhos e confirmei:
- Pra mim já chega.
Eu já estava preparada para apertar o botão da esfera quando Timburr chegara ao meu lado, puxando a barra da minha blusa. Num outro lado, um Torchic emitia um 'cry' inesperado. Um tanto quanto perdida, olhei para a esquerda... depois para a direita... depois para a esquerda de novo e vi... Daisuke? Puta merda ele viu isso tudo né.

Minha face estressada caíra por completo. Um rubor estúpido coloriu minhas bochechas e eu comecei a me camuflar com meus próprios cabelos. Completamente sem graça, acenei para o garoto e rezei para que ele não achasse que aquilo é um convide.

Meu Deus do CÉU, me ajuda?! Que que ele vai falar de mim pros outros?? Depois de ANOS com essa merda desse urso, eu ainda não tenho o MÍNIMO DE CONTROLE sobre ele. Dei dois tapinhas no Torchic e só depois entendi que meu descaso poderia ser PIOR INTERPRETADO do que essa cena tosca de Loki. Aquele era o filho de Nanna, sem dúvidas eu não poderia deixá-lo passar. Empurrei Timbur para trás de mim com uma das mãos, distanciando-o de Loki e aproximando-o de Torchic. Quando lhes aproximei, o pequeno lutador ofereceu ao pinto sua tora, lhe chamando para um "aperto de mão" indireto, intermediado por um objeto um tanto quanto... estranho?! Bem, eu achei fofo. Intervi na apresentação pegando o Torchic e o levando para meu rosto, dando-lhe um cheiro e um beijo na bochecha:
- Meu deus você já ta maior que sua mãe... - Falei para o próprio pokémon. Depois disso levantei a voz e tentei gritar à Daisuke - QUE QUE VOCÊ TA DANDO PRA ELE PRA ELE CRESCER ASSIM?

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Não vou me fazer de sonso, eu até entendia parte do rubor da garota e sua súbita vermelhidão facial. Principalmente que eu só notei que Winnie estava ali depois de uma bronca em alto som em seu Ursaring, então, assim, eu até entendia que aparentemente o Ursaring era difícil de lidar, mas eu não posso realmente condená-la, afinal, se Maru me visse abraçado com outra pessoa, ela com certeza ficaria louca de ciúmes e teria um comportamento agressivo ainda pior do que o de soltar um Pokémon bebê a quase 2m de altura. Ficou nítido que eu precisaria deixá-la confortável de alguma forma com aquilo, acho que era o mínimo da minha parte.

Num primeiro momento, acho que Winnie não reconheceu Kenma, ou não entendeu que se tratava de um filho de seus Pokémon, então só dava dois tapinhas leve na cabeça do alaranjado, que ficou constrangido, já que era tão mimado por Karinna que esperava, no mínimo, um abraço apertado, me fazendo segurar o riso quase que instantaneamente, no entanto, assim que as coisas caminhavam, eles se entendiam melhor, já que o Timburr da menina até chegava a cumprimentar o ígneo, estendendo a sua tora. Por consequência, o pequeno pinto agarrava o pedaço de pau com sua pata/mão e balançava de leve, formalizando um cumprimento amigável junto de um cry simpático. E bem, quando Winnie o pegou, eu via ela dizer algo, que fazia o Torchic erguer uma sobrancelha, não sei bem o porquê, provavelmente fez uma comparação com sua própria Torchic o que deve ter deixado ele meio grilado, já que, por algum motivo, ele imagina que eu e Karinna somos seus pais.

- Paciência e experiência gratuita sempre que tenho oportunidade. - Gritava de volta para a garota. - Ta tudo bem? Espero não estar atrapalhando nada aí. - Dizia, ainda em alto tom. Eu realmente não queria atrapalhar um momento mais íntimo de Winnie com seus Pokémon, já que eu entendia a importância daquilo, não costumo dormir as noites no Centro Pokémon com meus pequenos do lado de fora da Pokéball por nada, é um momento partilhado de tato. Além do que, ser inconveniente tava no fim da minha lista de afazeres do dia de hoje.

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- Não foi você que atrapalhou... - Disse, virando a cara e fuzilando Loki com os olhos. O urso apenas ouvira aquilo e dera um sorriso de lado, deixando claro que ele não dava a mínima para Daisuke ou sua reputação - O que faz aqui, garoto? O mundo é meio pequeno, mas com três continentes, eu não esperava te encontrar na mesma margem de rio que eu.

Aqui eu admito certo incômodo de ficar gritando entre uma toalha e outra. Tomei partido, levantei, sacudi a poeira da minha roupa e peguei Timburr com as duas mãos, levando-o comigo (com muito esforço) para perto de Daisuke. O esforço era só físico mesmo; ele não era um pokémon muito leve. Joguei-o sobre meu ombro, encaixando seu queixo na minha escápula e sua barriga em meu peito. Levantei e chamei Torchic para voltarmos; Ursaring poderia ficar lá... na verdade, é melhor que fique lá.

Com os dois pokémons-menores, fui até Daisuke e alcancei sua toalha. Pra quem não queria ter seu aceno interpretado como um convite... eu to até que bem saidinha, né?! Bem, se ele dissesse que está ocupado demais, eu só voltaria para onde vim. Eu só não quero ficar gritando por ai que nem dois malucos.
- Oi! - Refiz o cumprimento, abrindo um sorriso meio bobo e estendendo minhas mãos ao rapaz. Se ele pegasse e se levantasse, eu daria-lhe um abraço e um beijo. Se ele continuasse sentado, sentaria ao seu lado em algum espaço vazio da canga.

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Aparentemente, eu interrompi um momento de atrito mesmo. A olhada fuziladora de Winnie para seu Ursaring deixava isso explícito, e bem, quando eu estava pronto para responder a garota, ela demonstrava real que não tinha muito problema comigo me aproximando, até porque ela mesma tomava a iniciativa. Pegava seu Timburr e trazia Kenma consigo, que voltava saltitando de felicidade depois de ser apertado. Assim que ela se aproximava, eu me levantava e a abraçava, lhe dando um beijo no rosto logo em seguida.

- E ai! - A saudava, e em seguida, sentava e abria espaço para que ela fizesse o mesmo. Em seguida, a respondia. - Na verdade... - Eu ria meio sem graça. - É mais ou menos a mesma onda que me fez virar ranger. Eu vi uma oportunidade. Sienna convidou treinadores de qualquer continente da União pra ajudar, pagando minha passagem, me garantindo um dia na praia e alguns Pokémon raros. - Dei de ombros. - Quem sou eu pra recusar, né? - E ria. - E você? Sua pergunta me faz pensar que algo a mais te trás aqui.

E enquanto conversava, eu podia assistir, a certa distância da água, Torchic procurava um pequeno galho para imitar Timburr, e, por sorte, achava um pequeno ramo, ausente de folhas, que dava bobeira na areia. Eu quase me perguntava de onde saía aquilo, mas não me incomodou o suficiente para isso, imaginava que de algum parque. Enfim! Enquanto eu e Winnie conversávamos, Kenma se aproximava do pequeno lutador, mostrando seu galho pra ele também, e sugerindo que brincassem com eles. Uma fofura.

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- Sienna convidou?!

Eu não estava dando uma de desentendida, eu realmente não sabia daquilo. Fazia certo tempo que atingi uma cota de pokémons, era comum para mim não ir atrás de novas oportunidades para capturar ainda mais monstrinhos. Eu já tinha demais, né?! Talvez por isso algum algoritmo de rede social me tirou desse 'público alvo' de socorros para Swarm. É comum eu não ir.

Agora o motivo de eu ta ali era meio... estranho. Nessas horas eu não sabia se eu era sincera ou não. Daisuke é um Ranger e isso pode me causar certo problema, mas eu realmente não acredito que ESTE GAROTO vá tentar me atuar por um crime tão torpe... até porquê, eu nem sei se no território de Lavender isso é legalizado ou não.

Acho melhor eu ser sincera, na pior das hipóteses eu finjo demência e jogo fora, né?! Pois bem, meti a mão no bolso e tirei dele meio beck (já queimado na Digglet Cave) e um isqueiro:
- A real é que eu vim fumar com Ursaring... - Falei... num instante eu me toquei que ISSO soava como se fosse COMUM a utilização de drogas pela minha parte. A inocência me fizera pecar por falta de precaução, logo ruborizei e tentei consertar minha própria frase - ASSIM, NÃO É QUE EU FAÇO ISSO NORMALMENTE TA? É QUE EU ACHEI ESSE BECK AQUI E DEPOIS QUE EU USEI EU SOFRI UM ACIDENTE E NÃO PUDE ENTENDER A ONDA PORQUE FIQUEI BEM MAL. AGORA EU QUERIA SABER COMO É, SABE??? É SÓ CURIOSIDADE, EU JURO. EU NÃO FUMO, TA?

Ah pronto, contei a história da minha vida toda atoa. Eu podia só dizer que vim pescar... a vara de pescar eu já tenho.

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A pergunta de Winnie me fazia piscar duas vezes, incrédulo. Eu não a respondi, tirei um folheto que havia pego no depósito da sociedade e mostrado pra ela. Algo como Mia & Dellilah apontando pra frente e em baixo "Sienna precisa de você". - Isso aqui foi amplamente distribuído, a imprensa ta até chamando o incidente de "Zoo Double Trouble". - Em seguida, dei de ombros. - Bem, eu não posso te julgar por isso. Fiz muita força pra descobrir também, e praticamente fui obrigado a vim pra cá. - Suspirei. - Eu até tentei barganhar com Ayzen pra ele me deixar sossegado, e ele ficou muito puto comigo. Ele ficou bem próximo de me xingar, na certa. - Ria sem graça. Conversar por aplicativos online sempre tem suas desvantagens.

Em seguida, eu ouvia praticamente uma confissão de crime de Winnie. Ela com certeza ficara nervosa com a afirmação, provavelmente imaginando que eu a prenderia, e honestamente eu queria muito rir daquela cena. A garota me contava toda a situação e eu não esperava nada daquilo, espera, sei lá, vim nadar na praia. Vim visitar um túmulo, chutar as bolas de alguém, marquei encontro no Tinder, sei lá! Mas uma oportunidade é uma oportunidade né? Cocei a garganta e me virei de frente para ela. - Então, Winnie Freda, infelizmente eu tenho de seguir os protocolos da instituição Ranger. Sabe como é né? Ócios do ofí- - Não me aguentei. Comecei a rir ali mesmo. Todo aquele estardalhaço por nada. - Ai, me desculpa. Não consegui resistir. - Dizia, enquanto limpava o canto do olho que chegava a lacrimejar de tanto rir. - Pode ficar tranquila, não é como se eu ligasse pra isso. E se quer um motivo pra eu passar pano, não estou em serviço, tô fora do meu Continente de jurisdição, e fora da minha área de poderio também. Não tenho nenhum motivo pra te prender. - Dizia, me espreguiçando. - Além do mais, flagrei três oficiais de patente mais alta fumando um desses nos intervalos durante a academia. - Falava e dava de ombros. - Acho que é hipocrisia de qualquer ranger te prender por isso antes de resolver qualquer problema interno sobre. Enfim, não vou te prender.

Em seguida, puxava assunto com a garota, eu não tinha literalmente muito o que fazer e Kenma estava distraído, brincando com seu novo amigo. - E como tem passado? - Perguntava. Eu não podia deixar de reparar, ela parecia estar com algumas olheiras, como quem tem dormido pouco ou chorado muito. Tenho descoberto cada dia que se passa que a vida de treinador é bem mais agitada do que imaginava, então achei bom perguntar, já que pelo que as pessoas me falam, acaba sendo normal e recorrente passarmos por situações de vida ou morte das mais bizarras possíveis.

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- Ah... digamos que eu não gosto de folhetos - Joguei os braços para trás, junto de meu torso inteiro. Meu pescoço acompanhara e meu queixo ficara empinado. Olhando para o chão, cruzei as pernas e continuei - E nem de Sienna, na verdade. Tirando a época da reforma de Tohjo, eu nunca nem sequer passei por lá. Aquela cidade me uma gastura. É toda fechada, deve ser abafada, suja... sei lá. Não entra na minha cabeça morar em uma redoma dentro de uma redoma. Coisa de doido.

Não, Daisuke não me perguntou nada disso, mas eu falei mesmo assim. Eu nem sabia que tinha essa opinião na verdade... acabei de descobrir. Provavelmente inventei-a agora, simplesmente para não falar apenas um 'não vi nada disso' e deixar que o assunto morresse ai. Era após o discursozinho meia-boca que eu retomava a postura ereta e com o beck e o isqueiro na mão, ouvia atentamente a ordem de prisão meia boca de Daisuke.

Ok, eu vou admitir, existiu alguns pequenos milésimos de segundos que eu acreditei naquilo... provavelmente Daisuke pegara um instante de tensionamento na minha expressão facial, mas quando ele cortou ao meio a frase e se explicou, eu precisei olhá-lo com o cenho franzido e anunciar em voz alta:
- Quem bom, porque eu já tava preparada pra mandar Loki te dar um Facade e sair correndo... - Era brincadeira... eu acho. Talvez eu entrasse num embate pokémon com ele, mas dificilmente mandaria Loki atacar um ser humano. O principal motivo de não ordenar isso é que ele provavelmente faria sem pensar duas vezes. Ainda com um sorriso no rosto.

No mais, segurei um pouco a risada e, quando a soltei, ri com pausas. Talvez aquilo desse enfase que não era uma ameaça... ainda assim, seria legal deixá-lo ciente que se ele quisesse me prender, teria que lidar com um bocado de pokémons antes. Enfim, enfim, enfim, porque to pensando nisso mesmo? Daisuke não faria isso comigo, afinal de contas, ele me perguntou talvez a coisa mais difícil que alguém poderia perguntar para mim nesse exato momento:
- Meio mal... na verdade, bem mal, olha! - Levantei a barra da minha blusa e mostrei-o três ou quatro hematomas, advindos da queda na Digglet Cave - Eu to toda fudida na verdade. Minhas costas tão pior, meus pés tão todos cortados, eu to com uns arranhões bem feios na coxa e meu joelho todo ralado. Mas faz parte, né?!


Última edição por Victoria em Qua Dez 02 2020, 01:44, editado 1 vez(es)

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Meu deus, Winnie realmente me levou tão a sério assim? Eu até levantava as mãos em sinal de rendição, sinalizando paz. - Opa, calma. Tudo bem, tudo bem. Entendi que você acaba comigo quando quiser, só não me leve tão a sério. - E ria pra ela. Sendo honesto, não era nem muito difícil me vencer na atual conjuntura. Mais da metade do meu time tinha uma fraqueza absurda em lidar com Fire-types, se ela tivesse um Flamethrower no seu time eu ficaria indefeso contra ela.

No entanto, o andar da última pergunta foi só ladeira a baixo, e me fazia pensar que talvez eu teria tido um problema bem sério com aquele Ursaring em Fortree se não tivesse lidado com ele rapidamente. Com diversos hematomas, a garota ainda me contava sobre arranhões e cortes no corpo. Eu não seria imbecil de fazê-la reviver todas aquelas lembranças com perguntas mais direcionadas, portanto eu só ofereci ajuda com o que eu podia ajudar. - Meu deus. Que merda, cara! - Dava uma olhada nos hematomas da garota. - Que bom que você saiu dessa situação. - Comentava com ela. - Cê deu uma olhada nisso aí? Pra ver se não quebrou nada? - A pergunta era genuína, mas não que eu fosse criticá-la caso não tivesse feito, eu mesmo estava com o pulso inchado até 24h atrás. Não estava mais tão chamativo, o que me tranquilizava, mas a situação de Freda me preocupava um pouco. - Se você quiser eu tenho algumas pomadas pra hematomas e remédio pra corte aqui na mochila. - Falava, enquanto puxava a mochila pra perto.

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