Enquanto eu ainda tentava acalmar o pequeno Torchic em meu colo com a foto, a treinadora ás fazia um comentário sobre Karinna, assumindo que namorávamos, e eu ficava meio sem jeito. - Eu... não to namorando com ela ainda, na verdade. É muito cedo pra isso. Mas a gente se gosta... - E em seguida, ouvia o desabafo dela. - Ah bem... eu acho que o importante é sim você gostar. Mas as vezes pode ser bom tentar olhar pela ótica deles também...? - Falava, com o pequeno ainda mais quieto no colo. - Quer dizer, eu não to dizendo que ele é ruim, não! É só que as vezes as pessoas de fora tem críticas construtivas pra gente lidar com o outro, e até pra entender. Acho que nesse caminho a gente, bem, fica sempre com o pé no chão e longe de idealizar o outro, né? - Falava com ela e bem... foi nesse ponto que Kenma voltava a chorar.
Inferno.
Depois do comentário sobre mimar o Torchic, eu instantaneamente me senti um imbecil. Enquanto eu dava uma olhada nos ferimentos de Kenma, ele ficava constrangido pela forma como tudo aconteceu, e bem... eu ficava cabisbaixo. Aceitava os doces para Kenma e os desembrulhava, assim que terminava de olhar seu corpo. Ele não aparentava ter se machucado, foi só dolorido mesmo. Desembrulhei um dos doces e o dei para o ígneo, que o aceitava de bom grado. - Isso, muito bem. - Falava, fazendo um carinho na cabeça dele, enquanto comentava com Winnie sobre a minha visão das coisas. - Eu nunca tinha parado pra pensar nisso, sendo bem honesto com você. É a minha primeira experiência com um Pokémon que sai de um ovo e ele é tão... diferente. - Dizia com um sorriso, enquanto o Pokémon devorava seu doce.
- O Kenma age como se eu fosse seu pai, e eu não sei dizer se tem algo de errado nisso, mas é só que... eu nunca achei que pensar neles como filhos definia a relação de treinador e Pokémon por completo. - Falava meio sem graça. - Os Pokémon podem ser seus filhos, mas na maior parte das vezes, são seus amigos, seus pais, seus irmãos, seus colegas, seus mestres e seus aprendizes. Você da e recebe de tantas formas diferentes que se torna impossível limitar exatamente como enxergar essa relação. - Em seguida, desviava o olhar para a batalha, e assistia Hati e Timburr derrubarem seus alvos. - E em todas essas relações, eu nunca fui exatamente do tipo de ser mimado. Acho que tem certo mérito nas coisas que faço, mas muito envolvia lutar e receber por isso. Eu nunca consegui ver as coisas, o mundo num geral, de forma diferente disso. Mas acho que você ta certa... ele merece. - Me virava para o Pokémon, que a essa altura, já esquecia tudo o que havia acontecido e se sentava no meu colo, feliz da vida. Peguei mais um doce do balde Winnie, agradecia o gesto e tirava mais um para dar ao pequeno ígneo, enquanto lhe dava mais um doce na boca, ficando sorridente.
Quando finalmente eu pude prestar mais atenção na batalha, a rodada já havia acabado. Com apenas um oponente em campo, eu dava as ordens para Maru uma vez mais. - Muito bem, Maru! Termina com duplo Poison Jab. - Bradava a ordem, e em seguida, me virava para Winnie. - Mas sabe de uma coisa, eu não sei exatamente como... bem... mudar um pouco dessa ótica que eu já coloquei nos meus Pokémon. - Falava meio sem jeito. - Tem algum conselho?
Inferno.
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Depois do comentário sobre mimar o Torchic, eu instantaneamente me senti um imbecil. Enquanto eu dava uma olhada nos ferimentos de Kenma, ele ficava constrangido pela forma como tudo aconteceu, e bem... eu ficava cabisbaixo. Aceitava os doces para Kenma e os desembrulhava, assim que terminava de olhar seu corpo. Ele não aparentava ter se machucado, foi só dolorido mesmo. Desembrulhei um dos doces e o dei para o ígneo, que o aceitava de bom grado. - Isso, muito bem. - Falava, fazendo um carinho na cabeça dele, enquanto comentava com Winnie sobre a minha visão das coisas. - Eu nunca tinha parado pra pensar nisso, sendo bem honesto com você. É a minha primeira experiência com um Pokémon que sai de um ovo e ele é tão... diferente. - Dizia com um sorriso, enquanto o Pokémon devorava seu doce.
- O Kenma age como se eu fosse seu pai, e eu não sei dizer se tem algo de errado nisso, mas é só que... eu nunca achei que pensar neles como filhos definia a relação de treinador e Pokémon por completo. - Falava meio sem graça. - Os Pokémon podem ser seus filhos, mas na maior parte das vezes, são seus amigos, seus pais, seus irmãos, seus colegas, seus mestres e seus aprendizes. Você da e recebe de tantas formas diferentes que se torna impossível limitar exatamente como enxergar essa relação. - Em seguida, desviava o olhar para a batalha, e assistia Hati e Timburr derrubarem seus alvos. - E em todas essas relações, eu nunca fui exatamente do tipo de ser mimado. Acho que tem certo mérito nas coisas que faço, mas muito envolvia lutar e receber por isso. Eu nunca consegui ver as coisas, o mundo num geral, de forma diferente disso. Mas acho que você ta certa... ele merece. - Me virava para o Pokémon, que a essa altura, já esquecia tudo o que havia acontecido e se sentava no meu colo, feliz da vida. Peguei mais um doce do balde Winnie, agradecia o gesto e tirava mais um para dar ao pequeno ígneo, enquanto lhe dava mais um doce na boca, ficando sorridente.
Quando finalmente eu pude prestar mais atenção na batalha, a rodada já havia acabado. Com apenas um oponente em campo, eu dava as ordens para Maru uma vez mais. - Muito bem, Maru! Termina com duplo Poison Jab. - Bradava a ordem, e em seguida, me virava para Winnie. - Mas sabe de uma coisa, eu não sei exatamente como... bem... mudar um pouco dessa ótica que eu já coloquei nos meus Pokémon. - Falava meio sem jeito. - Tem algum conselho?
SOMEWHERE ONLY WE KNOW_GLEE ft. Victoria pft