Pokémon Mythology RPG
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[04] How does a moment last forever?

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Sleepy
Ayumi
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Observei as ondas quebrarem ao longe, vez ou outra derrubando algum banhista desavisado que teimava em entrar no seu caminho. Uma risada baixa escapava-me dos lábios a cada vez que um desses coitados caía de cara na água, talvez sem nem ver o que os atingiu. Era sempre reconfortante ver aquela espécie, arrogante por essência, perceber que nem sempre a natureza iria ceder aos seus caprichos. E nem sempre conseguiriam dominá-la. Em pouco tempo, peguei-me torcendo para que as ondas fizessem bem o seu trabalho. Infelizmente, havia alguém ao meu lado que não parecia tão animada assim com aquela cena.

Minha treinadora não disse nada, seus olhos pareciam perdidos em algum ponto do horizonte. Mesmo assim, vez ou outra um suspiro desanimado chegava aos meus ouvidos, denunciando que, onde quer que seus pensamentos estivessem, provavelmente não era muito bom. Pela primeira vez em longos minutos, voltou sua atenção ao singelo grupo de banhistas, e vi sua expressão distraída distorcer-se em um evidente desconforto.

- É bom eles terem cuidado… - Murmurou, um pouco preocupada. Eu quis dizer à menina que era besteira, uma brincadeira inofensiva… mas como poderia falar isso a alguém que já quase teve sua vida ceifada por aquele mesmo mar? - Vamos indo, Sapphire… ainda temos muita coisa pra fazer hoje.

Sem grande empolgação, ergueu-se do banco onde até então estávamos sentados e acenou para que eu a seguisse. Em sua outra mão, carregava uma esfera rubra e branca, provavelmente com algum dos meus colegas de time. Caminhamos por alguns minutos, afastando-nos da praia, mas sem voltar para o rumo das ruas de Fuschia. As árvores começavam a se tornar mais e mais comuns na paisagem, e eu estava realmente sem entender pra onde raios aquela doida estava me levando, até que a menina subitamente parou, fazendo-me colidir com as suas pernas e quase cair pra trás.

Francamente… o que foi agora, Yoshiro?” Resmunguei, esfregando uma pata na testa, bem no ponto onde bateu.

- É, não posso continuar adiando… - Pra variar, ela nem entendeu o que eu disse. Humanos e seus problemas de comunicação, ai ai… tudo o que a garota fez foi lançar a Pokébola para cima, e, em um raio escarlate, um pequeno réptil tomou forma. O Bulbasaur olhou para os lados, confuso por aquele ambiente novo, mas no fim só deu de ombros e bocejou. - Desculpe, Rozen, eu te acordei? - Abaixou-se pra acariciar a cabeça dele, que sorriu-lhe em resposta, educado como de costume.

Não tem problema. Oi, humana, faz um tempo.”  Parando pra pensar, faz mesmo. Acho que a última vez que o vi foi… bem, naquela batalha do Contest. Não é uma lembrança tão boa, aliás.

- B-bem… eu… - O tremor em suas mãos denunciava o quão nervosa ela estava, e sua voz falhava na tentativa de formar uma frase completa. Bulbasaur ficou aguardando pacientemente, até que Yoshiro conseguiu respirar fundo e dizer as palavras que estavam presas em sua garganta há Arceus-sabe-quanto-tempo. - Me desculpe, Rozen… eu estraguei tudo naquela noite. Você se esforçou tanto, e… e minhas escolhas ruins jogaram tudo por água abaixo. Sinto muito.

Baixou a cabeça, infeliz, e ficou esperando pela reação do menor. Rozen fitou-a por alguns instantes, surpreso com aquilo, porém logo tomou sua decisão. Colocou uma pata gentilmente sobre o joelho da humana, e, quando ela ergueu o rosto para olhá-lo, cerrou os olhos com ternura e abriu um dos sorrisos mais dóceis que já vi. Aquilo valeu mais que qualquer palavra. Os olhos da minha treinadora marejaram e ela curvou-se para abraçar o pequeno, deixando a cabeça dele repousar sobre seu ombro.

- Muito obrigada… muito mesmo… eu não vou falhar assim com você de novo, prometo. - Fechou os olhos, ainda segurando o réptil contra si, e eu não pude evitar rir pela doçura da cena. Vi o corpo do meu colega de time relaxar, e uma luz forte começou a envolvê-lo. Yoshiro levou um susto, mas não o soltou, até que o brilho cedeu e revelou um… ok, que bicho é esse? - Nossa, Rozen… o seu broto! - Apontou para as costas do já não tão pequeno Pokémon, onde o tímido broto de antes abrira-se em uma vívida flor rosácea. - Você está lindo…

Tocou sua testa gentilmente na dele, e o recém-evoluído sorriu, não parecendo nem um pouco assustado com as mudanças que seu corpo sofreu. Que engraçado… ele não entrou em pânico, nem se jogou no chão, nem começou a implorar para Yoshiro interromper a evolução… n-não que eu tenha feito isso, claro que não! São só suposições!

Enfim, com esse drama todo resolvido, pudemos voltar à caminhada. Para onde estamos indo? Não sei direito. Acho que ouvi minha dona falando algo sobre Pokémons de zoológico perdidos… francamente, que sortudos. No lugar deles, eu não iria querer que ninguém me achasse.

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Route 12
How does a moment last forever?
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Aterrissava em Fuchsia, percorrendo metade de uma região nas costas de Venger, o meu Swoobat, mas ao contrário do que eu fazia de costume, eu não o retornava para a pokébola dessa vez. Ele precisa tomar um pouco de ar, eu mesma sinto que deixo meus pokémon muito tempo em suas pokébolas. O morcego é claro, agradecia o gesto, dentre os meus pokémon, ele sempre foi o desengonçado do grupo, passei por poucas e boas ao lado dele. Me lembro a primeira vez que interagimos, um treino bem difícil e no final ele arranjara briga com os pokémon de Daisuke. Sigh, eles crescem tão rápido.

Agora a questão era: o que diabos estou fazendo em Fuchsia? Turismo? Olha fazer um turismo por Tohjo era um dos meus desejos, mas não é esse o caso, ainda mais que eu fiquei uns belos dias "de folga" em Cerulean depois do fiasco do Brock. Enfim, o fato de eu ter sido bem caseira na minha adolescência, me levou ao fato de eu constantemente navegar pela internet e com isso descobri que pokémon raros estavam aparecendo por ali. Uma ótima oportunidade de conseguir algo legal, pegar ou largar. Eu provavelmente já fiquei sabendo antes de tal evento, mas devo ter esquecido, então era uma notícia fresca.

Esses pokémon raros eram no entanto fugitivos de um zoológico. Ok, isso me dá uma deixa para dissertar sobre um dilema ético. As condições em um zoológico podem ser as melhores possíveis, mas não é o ideal para as criaturas, elas precisam de liberdade, ainda mais seres bastante inteligentes como os pokémon. Meio irônico falar isso sendo uma treinadora pokémon? Um pouco, mas a diferença é algo mais subjetivo, o vínculo treinador-pokémon é como se fosse uma amizade, algo que eu não consigo ver em um zoológico.

Ok, chega de besteira. Treinadores foram chamados não pra retornar as criaturinhas até o zoológico, mas sim capturá-las para si mesmos, uma tentativa de impedir o impacto de espécies exóticas no ecossistema e coisa do tipo. A vida dos pokémon seriam bem melhores na mãos de treinadores do que de um zoológico até de uma treinadora como eu... deixa pra lá. Seria estúpido falar que sou uma treinadora ruim, eu, que subestimo a mim mesma, consigo perceber a ótima relação que desenvolvi com meus queridos.

Aproveitaria da oportunidade para reforçar ainda mais essa relação e desenvolver com quem eu não desenvolvi. Entrava na Rota 12 acompanhada de quatro deles: Espeon, Swoobat, Inkay e a Starmie, aquela que pertencia a Nicholas, logo a mais difícil de me relacionar. Eldritch, a Inkay, como uma bebê ficava em meus braços, mas na verdade eu não a segurava, ela meio que apenas flutuava ali, se mexendo pra cima e pra baixo, se divertindo aparentemente. Venger, o Swoobat voava na frente animado, mas ao mesmo tempo tinha medo de me perder de vista e voltava. Dimentio, o Espeon estava estranhamente calmo para o feitio dele e Alya, a Starmie, mostrava sua "neutralidade" de sempre, a expressão que eu mais via nela, o que me preocupava. Ela podia estar me odiando no fundo, ahhh.

Antes de ter a Inkay no meus braços eu estava vidrada no PokéNav pra tentar... saber onde eu estava indo, mas acabei desistindo, pois não podia negar colo á um bebê né? Eu queria parar um pouco e sentar ao lado dos meus pokémon, pois eu não tenho ideia de onde procurar pelos "fugitivos" e acabei me percebendo andando sem rumo. Só ficaria exausta se continuasse naquilo, procuraria um lugar pra dar uma parada, quem sabe encontrar uma pessoa que também estivesse procurando pelos fugitivos, quer dizer esse era meu plano até eu notar que Dimentio sumiu.

É claro que aquele Espeon estava calmo demais e sem o meu Alakazam, que era basicamente o único que conseguia manter essa raposa endiabrada na linha, ele resolveu aprontar. Por sorte eu vi por onde ele ia, mas não conseguia acompanhá-lo, mas por sorte ele parou... quer dizer não foi sorte, pois ali estava ele aprontando, achando uma vítima de suas travessuras que pela primeira vez não era eu ou um dos meus pokémon.

Ali estava o psíquico, tirando um Mudkip, que aparentemente pertencia a moça de longos cabelos negros ao lado dele. Por sorte, já que eu fui estúpida e fiquei parada preocupada ao invés de fazer algo, Venger deu um rasante e tirou a concentração da Eeveelution e então eu fiquei vermelha igual um Cherubi, olhando para a moça, seu Mudkip e o Ivysaur que também estava ali.

- Me desculpe, me desculpe, me desculpe... - E eu repetia essas palavras não sei quantas vezes, mas sei que foram muitas. Eu queria recolher o meu Espeon e sair correndo, mas só queria, pois eu estava paralisada de vergonha, caída de joelhos, olhando para o chão. Ah retiro tudo de bom que eu disse sobre mim mesma, eu sou patética. E estou sendo patética na frente de Alya e da bebê Eldritch isso que era o pior. Só mostrei que eles estão com uma patética agora. Patética, patética...



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[04] How does a moment last forever? FF3OUQS

BY MAHIRO

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Rozen logo descobriu um dos primeiros malefícios de crescer: Yoshiro não conseguia mais carregá-lo no colo. Notando a falta de concorrência, saltei para os braços da menina e sorri, vitorioso. Eu tenho carona, vocês que andem. Ela pegou-me sem dificuldade, já bem acostumada a ter algum monstrinho folgado pulando sobre si. Riu baixinho e fez-me um breve carinho na cabeça, antes de indicar que deveríamos continuar andando.

Bem-comportado como era, o ex-Bulbasaur contentou-se em acompanhá-la a pé. Minutos se passaram, sem que nada interessante acontecesse. Ainda não tínhamos encontrado Pokémon algum, e minha treinadora outra vez parecia perdida em pensamentos. Não era incomum vindo dela, sempre foi meio avoada, mas isso se tornou especialmente preocupante de uns dias pra cá.

Ei, tá tudo bem?” Apoiei uma pata em seu ombro, e humana olhou-me surpresa, como se já tivesse até esquecido que eu estava ali. Deve ter lido a preocupação em minhas orbes, pois sorriu e acenou com a cabeça, confirmando.  

- Aquele brotinho se tornou uma flor bastante bonita, não foi? - Voltou seu olhar ao recém-evoluído, sorrindo com certa melancolia. - A cor me faz lembrar do Dreamy Lake… e é quase o mesmo tom do cabelo do Ren, também. - Disse baixinho, apenas para mim. Não que Rozen fosse entender, de qualquer forma. Ele não esteve no parque, não conheceu o coordenador que em tão pouco tempo cativou a minha humana… tampouco teve a chance de ver aquele mágico lago, cujas águas róseas escondiam mistérios além da imaginação. - Sabe, eu queria…

O que exatamente ela queria, nunca cheguei a descobrir. Antes mesmo que a garota pudesse terminar a frase, uma aura arroxeada surgiu ao meu redor, arrancando-me à força dos seus braços. A humana arquejou e recuou um passo, assustada, e eu queria muito poder dizer que não gritei. Ora, mas quem pode me criticar por isso? Não é todo dia que uma força misteriosa te obriga a ficar flutuando no ar como um balão!

Tentei alcançar o solo, no entanto, ele estava cada vez mais além do alcance das minhas patas. Comecei a me debater, desesperado, e gritei um pedido de ajuda para o meu colega de time. A reação de Rozen foi… meio anticlimática. O réptil bocejou, nem um pouco impressionado, e andou alguns metros até chegar em um arbusto.

Pode soltá-lo, por favor?” Pediu em tom tranquilo, enquanto eu ainda lutava inutilmente para voltar pro chão. Será que essa evolução mexeu com a sanidade dele!? Estava prestes a chamá-lo de louco quando aquela mesma moita se mexeu, e de lá saiu uma raposa violácea, rindo a plenos pulmões.

- Um Espeon...? - Yoshiro ficou encarando o recém-chegado, aturdida demais para ter alguma reação. Eu, por outro lado, estava muito decidido a calar as risadas daquele psíquico endiabrado com um Surf, e só não o fiz pois um morcego surgiu para interromper meus planos. Com um voo rasante, tirou a concentração do vulpino e fez com que ele enfim me soltasse. Essa é a notícia boa. A ruim é que ele me largou a quase dois metros do chão. - S-Sapphire!

Por sorte, Yoshiro conseguiu me segurar, quase caindo junto no processo. Apoiou-se numa árvore para não perder o equilíbrio, e o gramíneo veio correndo perguntar se estávamos bem. Ah, eu estou ótimo… e estarei melhor ainda quando botar minhas patas nessa raposa encapetada. Ela não perde por esperar…

Eu já estava com um Water Gun preso na garganta quando o primeiro “desculpe” chegou aos meus ouvidos. Pela primeira vez notei a presença de uma humana, talvez com quase a mesma idade de Yoshiro, ajoelhada próxima ao Espeon. Ela parecia… bastante constrangida, para dizer o mínimo. Não parava de pedir desculpas, e nem mesmo conseguia nos encarar, mantendo os olhos fixos no chão. Olhei pra minha treinadora, perguntando o que raios estava acontecendo ali. A menina parecia tão confusa quanto eu. Tudo aconteceu rápido demais para processarmos, mas… bem, a loira parecia tão mal com a situação que eu não consegui continuar com raiva.

- Está tudo bem… - Foi a primeira coisa que a minha humana conseguiu dizer. Caminhou até a menina e ajoelhou-se ao seu lado, segurando as mãos dela com delicadeza nas suas. - Por favor, não fique assim. Não foi nada demais, juro. - Yoshiro pareceu hesitar por um instante - afinal, nem conhecia aquela garota e não sabia como ela poderia reagir -, porém o desejo de confortá-la foi maior que qualquer temor. Com cuidado pra não assustá-la, trouxe a outra treinadora para um abraço. - Todo mundo tem algum Pokémon que não consegue controlar direito… eu devo ter uns três. Então não precisa se envergonhar, ok? - Afastando-se da loira, abriu um sorriso tranquilo, para confirmar que estava tudo bem.

Fácil pra ela dizer isso, não foi Yoshiro quem ficou pendurada no ar, foi? Ainda vou esperar por uma chance de dar o troco nesse Espeon, pode apostar… ah, mas nem eu consigo culpar a humana dele. Ela parece uma boa menina. Só preciso ficar de olho neles por um tempinho, até garantir que não serão uma ameaça para nós.

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“A água azul, o ritmo das ondas... o oceano é tão romântico.”


O sol brilha no ápice de um céu azul vasto, poucas nuvens podem ser vistas no oceano claro acima de mim, parecia ser uma verdadeira calmaria celestial. O de baixo, no entanto, contava uma história diferente... As ondas ultramarinas são cortadas pela embarcação feita por obra humana e pokemon, criando ondulações em seus arredores como consequência, agitando pokemon aquáticos que saltam da água ocasionalmente como resposta do tumulto oceânico, ou talvez estejam simplesmente brincando consigo mesmos, aproveitando suas vidas individuais. Já a minha, não acho que tenha como comparar; seria a vida de um pokemon com sua treinadora a antítese de individualidade? Malgrado termos gostos diferentes e lidarmos com situações de maneiras distintas, trabalhos em coletivo para atingirmos nossas próprias felicidades e satisfações. Será que nos unimos por termos um motivo em comum, ou porque a conexão pokemon-humano é um complexo muito maior do que se imagina? Na verdade, se eu continuar viajando nessa maionese, ou melhor, nesse navio balançando incansavelmente, eu vou enjoar de verdade, não seria exatamente um trabalho que eu iria querer dá para a Lariel, minha treinadora... Falando nela, estava apenas na sombra, sentada em uma cadeira reclinável e se deliciando com um dos deleites gelados oferecidos pelo serviço gratuito dessa nau moderna. - Nini! Vem aqui, acho que isso vai fazer você tirar essa cara de tacho. – Minha amiga humana grita para mim enquanto eu observo o mar na beira desse barco, chamando meu nome abreviadamente. Parece que está oferecendo um sorvete para mim. Apesar do meu mal estar, não consigo negar algo que tem um gosto tão doce e bom.

Dando passos cuidadosos para que eu não perca o equilíbrio durante a “turbulência” da embarcação, aproximo de minha mestra, na qual me recebe com mais um de seus afagos na minha cabeça, estendendo uma colher com uma pequena quantidade de sorvete em direção a minha boca, ingiro o alimento na esperança de que alivie meus nervos e meu organismo tonto. - Obrigado, Lari... – Agradeço pelo lanchinho-ao-mar que me fora oferecido. São essas coisas que me fazem esquecer o motivo de estarmos aqui para começo de conversa: “resgatar pokemon desalojados em um acidente”; ao menos é o que a loirinha me disse, e continuou afirmando que era a oportunidade perfeita para fazermos novos amigos, se possível. Embora ela diga isso, faz pouquíssimos dias que saímos de um parque de diversão, localizado em Johto, maluco. Estaria ela já pronta para irmos à outra viagem extensiva, dessa vez para a região de Kanto? É difícil acreditar que um treinador comum teria tanta motivação, todavia está é Nuvelle: uma garota de energia e animação acima do normal; creio que esse é um serviço que ela está mais do que feliz em aceitar, então tomara que não seja arriscado demais, ela ainda é uma novata, afinal... Felizmente, a jovem não está sozinha: além de minha companhia, tem também a Peony, uma Morelull quase tão animada quanto sua dona. Por questão de sua espécie, ela naturalmente prefere a noite a o dia, no entanto não é algo que a impeça de ajudar sua humana em um momento de aperto. Com nós duas, quero garantir que essa seja uma viagem confortável; quem sabe realmente achemos alguém para expandir nossa equipe.

As muitas horas presas nesse receptáculo flutuante finalmente deram um sinal de notícia positiva: terra à vista! Antes mesmo que possamos terminar nosso sorvete, avistar nosso desembarque foi o maior alívio que senti o dia todo, até meu enjoou passou um pouquinho, não que eu queira desmerecer a ajuda e os carinhos da adolescente. Sem nenhuma surpresa minha, a mocinha que me cuida também estava ficando muito animada com o comunicado visual! Em uma excitação mútua, apesar de provavelmente ser por motivos diferentes, somos as primeiras a arrumarmos nossas coisas e desembarcamos em solo alienígena, respirando o ar salgado da cidade litorânea. Mas, esse não era o destino em mente da Lari, e sim apenas parte do percurso. - Que lugar lindo, quem sabe algum dia nós possamos explorar as ruas desse novo mundo... – Ela diz enquanto baila passos rítmicos sobre o chão do burgo de aparência meio campestre, examinando despreocupadamente o estilo e formato das moradias e lojas, apenas tomando um mínimo cuidado para não se esbarrar com os civis que pouco tem haver com as maluquices que nós duas fazemos. Em sua dança executada (com uma música que só posso imaginar que vem de sua mente), giros e mexido de quadris inclusos na coreografia, não consigo evitar se não pensar o mico que ela poderia estar pagando de olhos espreites, especialmente se ela acabar esbarrando e caindo em algo. Bem, quem sabe posso enganar e dizer que somos artistas de rua? Com uma preocupação talvez até mesmo desnecessária, eu começo a dançar também enquanto fazemos nossa travessia: das ruas e vielas para fora dessa cidade que mal chegamos; direto ao ambiente silvestre e menos humanizado.

Para a minha surpresa, no entanto, parecia que algum tipo de tumulto estava acontecendo na rota cujo chão era mais terra do que o concreto urbano anterior: duas moças e vários pokemon estavam reunidas, seria essa uma batalha? Não, as duas estavam de joelhos no chão, a mais baixa falando com a outra com cabelo de cor semelhante a da minha treinadora, a segunda possuía uma cara muito tristonha. Então talvez as duas sejam companheiras? Mas qual foi o motivo da melancolia? Talvez esqueceu de algo importante no meio do caminho e não pode pegar? Ou até mesmo perdeu algum ente querido? A situação parecia um pouco séria, um equívoco e nós poderíamos piorar o clima das duas e seus vários pokemon. Falando nisso, a encarnação do descuido, codinome Lariel, estava transitando sem dar muita importância aos seus arredores, não obstante até ela sentiu que o clima não era muito agradável, parando seus movimentos antes que eles pareçam um caçoamento às duas humanas tendo um momento íntimo. Observava-as sem não dizer uma palavra, afinal são desconhecidas, não que sua timidez de iniciar um contato a permitisse, de qualquer maneira. Olhando bem, as três parecem ser da mesma faixa etária, apesar da diferença em tamanho físico notável. Contudo, durante seu fitar constante, quase que rude, para a dupla, Lari falhou em notar um obstáculo no chão: Um pokemon gramíneo com uma flor enorme em suas costas! Eu também estou em culpa, não notei para avisá-la antes... Assim que identifica o problema, estende uma de suas pernas para atravessar por cima da criaturinha maior que eu, no entanto era tarde demais! - O. Opa, eita! – Exclama a minha loira, presa em seu mundo-da-lua por tempo demais, assim que digeriu a situação na qual ela mesma se colocou pela falta de atenção. Com seu membro inferior estendido, mas impossibilitada de dar o passe por falta de espaço, não conseguiu manter sua compostura e cai para trás, totalmente perdendo sua graça diante de um público grandinho e ainda machucando sua retaguarda com o impacto facilitado pela gravidade. - Ai... - Queixa da queda embaraçosa que acabara de levar. Pelo menos não tropeçou no anfíbio inocente...

- Você está bem? Lari? – Pergunto, aproximando-me dela, preocupado com o tombo inesperado que certamente chamou a atenção dos outros... Por sorte, não parece ter machucado ela, não fisicamente pelo menos, no máximo uma traseira latejante por algum tempo... B. Bem... Melhor sairmos antes que riam da nossa cara, não é, Lari? - Desculpa o incômodo... Só estamos de trânsito mesmo... – Tento me desculpar com o bichinho que certamente teve sua vida passando pelos seus olhos, ou talvez não, afinal ele me parece bem forte... Isso me lembra, temos que nos desculpar com a dona também! Seria rude sair sem dizer nada após quase machucarmos o pokemon dela... O problema é: Qual das duas possui o ser de coloração verde? Acho melhor ver no que dá só por mais um pouco.

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Route 12
How does a moment last forever?
Vamos lá patética, tente olhar a bagunça que você fez. Quem sabe pelo menos assim você fica menos patética não é? Patética ou não eu levantava o meu rosto, tentava iniciar contato visual com a moça, treinadora do Mudkip aparentemente, que se tornou vítima de uma das travessuras de Dimentio. A moça tentava me acalmar, junto com Venger, o meu Swoobat, enquanto a vítima, compreensivelmente não estava feliz. Eu tinha quatro dos meus pokémon ali, Venger tentava me confortar, Eldritch ficava confusa, Dimentio continuava a provocar o Mudkip e Alya... bem... ela ficava neutra, completamente neutra, mal se mexia. Quer dizer, eu acho que também não sei identificar como uma Starmie expressa suas emoções, então talvez não exista neutralidade.

"Qual foi amigo? Só tava querendo calibrar meus poderes aqui e de quebra fazer uma brincadeirinha. Faria com os pokémon de minha mestra, mas eles são todos psíquicos também. Então, qual seria a graça? Quer brigar?" O Espeon parecia continuar com suas provocações, nesse momento que eu queria entender o que os pokémon falavam. Bem, provavelmente Dimentio não deixaria o Mudkip feliz, logo eu teria que me desculpar mais ainda não é? Oh Arceus, por que me fez tão patética?

-Me desculpe mesmo sabe. Meu Espeon gosta de fazer travessuras, mas era sempre comigo ou com meus pokémon. Essa é a primeira vez que ele foi afrontoso com desconhecidos. Seu Mudkip não merecia isso, sério mesmo, me desculpe. - Então eu parava de falar e deixava mais uns segundos, talvez um minuto de um silêncio estranho e desconfortável. Daí eu me vi na obrigação de continuar a falar: - Quer saber... - Me virava justamente para o meu Espeon: - Peça desculpas agora mesmo... se não você fica sem doces. - O vulpino me olhava e rapidamente se virava para o aquático depois de minha última frase. Parabéns Kath não tão patética, a ameaça do castigo perfeito.

"É... desculpa aí. Realmente não teve graça mesmo, te arrancar dos braços de sua treinadora. Se me tirassem dos braços da minha treinadora quando eu era um pequeno Eevee eu também ia ficar bem irritado.". Ok a Eeveelution parecia estar sendo mais amigável dessa vez, visto que ele tirou o sorriso esnobe do rosto. Só por essa eu vou tolerar com que ele fique fora da pokébola, só espero que ele não faça outra vítima.

-Certo, então eu vou indo embora, me desculpe por qualquer inconveniência. - Eu me virava de costas e me preparava para prosseguir andando com meu "esquadrão" de pokémon até ser interrompida mais uma vez. Uma moça loira, que chegava enquanto eu ia embora, mas a interrupção de fato era que a moça se espatifava no chão. Minha Inkay tentava evitar a queda, por um breve momento uma aura azul psíquica envolvia o corpo da loira, mas ela não tinha tanta força ainda, logo não mudou o resultado inevitável. - Uhh... você está bem? Não se machucou? - E voltei de novo e me ajoelhei ao lado da moça que provavelmente não estava mais tão animada. Estendia minha mão para ela.

"Tch, dessa vez não foi minha culpa" Dimentio parecia fazer mais um comentário e seu sorriso travesso voltava ao rosto, mas não parecia ter sido ele o culpado. Não vi nenhuma aura psíquica fora a breve que Eldritch tentou para salvar a garota. Já vi tantos poderes psíquicos na minha carreira de treinadora que saberia notar a ação de um deles.


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[04] How does a moment last forever? FF3OUQS

BY MAHIRO

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Meu histórico com Pokémons psíquicos realmente não é dos melhores. Quase sempre que um deles surge em meu caminho, já sei que a situação tem grandes chances de tomar um rumo não muito agradável para mim. Tenho a leve suspeita de que todo psíquico é meio surtado. No entanto, admito que poucas vezes um deles conseguiu me tirar tanto do sério quanto aquele Espeon. Como se me arrancar dos braços da minha humana já não fosse chato o suficiente, ele ainda teve a ousadia de continuar implicando!  Esse cara está pedindo pra levar um Surf na cara.

Grunhi quando o vulpino questionou-me se eu queria briga, já prestes a confirmar, mas nesse momento senti o olhar de Yoshiro sobre mim. A menina balançou a cabeça negativamente, implorando-me com o olhar para que eu não fizesse nada imprudente. Que esquisito… geralmente sou eu quem precisa cobrar esse tipo de bom senso dela, não o contrário. Por sorte, a dona do Espeon obrigou-o a pedir desculpas, e eu o respondi com um aceno afirmativo, embora ainda emburrado.

- De verdade, não foi nada demais. Meu Mudkip é meio rabugento, mas ele já perdoou também. - Perdoei, é? Bom, dessa vez eu vou deixar passar… mas só dessa.

Tudo certo, sem ressentimentos.”  Olhei para o Espeon e abri o sorriso mais forçado da minha vida. Mas na próxima gracinha, eu te transformo em isca de raposa. Completei em pensamento, torcendo para que ele não conseguisse ouvir. Psíquicos, né? Nunca se sabe.

Mais ou menos nesse instante, outro movimento na vegetação atraiu meu olhar. Outro Pokémon endiabrado vindo perturbar-me o juízo, talvez?  Por sorte, não. Era apenas uma humana loira ensaiando passos de dança em meio à mata, e sem nenhuma música tocando. É cada doido que se vê por aí… mas ela dança bem, pelo menos. Era acompanhada de perto por um pequeno roedor, muito comum nas ruas de Hoenn, e este foi o primeiro a notar que alguma problemática estava se desenrolando aqui. A garota percebeu logo depois, interrompendo seus movimentos, e passou a encarar-nos de forma tão fixa que chegava a ser desconfortável.

Tanto Yoshiro quanto Rozen estavam mais concentrados na treinadora de psíquicos, que agora se despedia, e não notaram de imediato a loira dançarina. O gramíneo, aliás, só percebeu que havia algo diferente quando uma sombra surgiu sobre sua cabeça… ele ergueu os olhos, apenas para encontrar aquela desconhecida quase caindo em cima dele. Por puro reflexo, as folhas em suas costas se agitaram e começaram a adquirir um forte brilho. Yoshiro percebeu bem a tempo, e gritou com toda a força que seus pulmões permitiam:

- NÃO! - O gramíneo travou no mesmo instante, e suas folhas pararam de brilhar. A distraída garota tombou pra trás, desajeitada, mas pelo menos inteira. Minha humana correu até onde eles estavam e, vendo que a treinadora do Espeon já estava ajudando-a a levantar, foi primeiro falar com Rozen. - Neném, o que foi que eu te ensinei? Você não pode usar o Leaf Storm toda vez que alguém te assusta! - Cruzou os braços, olhando para o Ivysaur com uma seriedade rara de se ver em seu rosto.

Desculpa… achei que ela ia pisar em mim.”  Rozen baixou os olhos, envergonhado. Às vezes acho que ele esquece da força que tem…

“Com um ataque desses, ela teria sorte se conseguisse pisar em qualquer coisa de novo.”  Balancei a cabeça negativamente, suspirando de alívio por nada ruim ter acontecido. Mesmo sendo bem pacato, Rozen é muito novo, ainda está aprendendo controlar todo o talento que possui. Aquela menina escolheu um péssimo Pokémon para tropeçar…

- Uhn, moça… me desculpe, você está bem? - Yoshiro se aproximou das outras duas humanas, parecendo bem preocupada com a mais nova. Enquanto isso, o Minun dela veio até nós, desculpando-se e dizendo que só estavam de passagem. Como minha treinadora não iria entender, fiz o favor de respondê-lo.

Está tudo bem, fique tranquilo. Mas sua humana precisa ter cuidado… já imaginou se ela tropeçasse assim em um Pokémon selvagem?” Eu podia falar daquele assunto com muita propriedade. Infelizmente, tropeçar no primeiro obstáculo que surge em seu caminho é algo que minha Yoshiro tem vocação pra fazer.

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Em tempo nenhum, as duas humanas perceberam o pequeno acidente que ocorrera, talvez antes mesmo dele ter acontecido (e não só elas, aposto que os pokemon perceberam o tombo desatento), e já foram para o auxílio da jovem comigo. Graças à garota de cabelos pretos, parece que uma tragédia não aconteceu por ter evitado um golpe certeiro na minha companheira; isso realmente faz pesar na minha consciência, o que seria da Lari se a moça não tivesse feito uma intervenção logo naquele momento? Poxa, nossa estupidez foi enorme dessa vez, será que ela sequer notou a situação em que ela tinha se colocado? Uma coisa é certa: essas treinadoras são genuínas; a quantidade de pokemon que elas possuem e o nível de força de cada um seriamente me diz que devíamos dar o fora daqui o quanto antes, ou talvez torná-las nossas aliadas para que nos protejam dos perigos da mata? Sinto-me num embargo mental para tomar uma decisão dessas no momento, imaginar que um simples ataque poderia aposentar a nossa carreira como artistas tão rápido realmente mexe comigo... Todavia, meu tempo para se recuperar não era agora, já que outro anfíbio, dessa vez azul, estava comunicando-se comigo, alertando seriamente dos riscos que isso poderia trazer. - Você tem toda razão... Em qualquer outra ocasião, estaríamos mesmo em riscos imprescindíveis... – Respondo ao Mudkip, um pokemon muito popular como presente para treinadores novos, dá para perceber que a treinadora o criou muito bem, também. Apesar de suas palavras iniciais serem de conforto, sinto-me impossibilitado de acatar ao seu pedido razoável; Oh céus, agora quem está envergonhado com tudo isso sou eu, apesar da vítima ser minha querida humana. No fim das contas, imagino que a responsável pelo aquático e gramíneo não esteja tão feliz pela loira quase ter pisado em cima de seu pokemon que apenas estava cuidando da própria vida...

De volta à coordenadora no chão, enquanto a ajuda e preocupação oferecida pela dupla certamente quebrava o gelo de um primeiro contato, cuja loira certamente teme, a dor no ego provavelmente dificultava mais ainda. Após se recompor do susto, minha mestra apoia-se à mão oferecida e ergue-se com o auxílio da treinadora, que inclusive é enorme em comparação com as outras. Caso essa dançarina animada for se pronunciar, agora não seria a melhor hora de todas para se desculpar e se introduzir? Subo em seu ombro rapidamente para poder dar qualquer tipo de charme necessário, qualquer um é aceito num momento desses, afinal... Limpando sua garganta e seu vestido, sujos de pudor e terra, respectivamente, a mocinha respira fundo para dizer suas primeiras palavras que não sejam uma exclamação de surpresa ou dor a elas. - É um prazer conhecer-lhes! Vós estais na presença de Lariel, imperatriz de Be-. – Antes que a “imperatriz” pudesse concluir sua mentira mal contada, com seu queixo erguido e mão dobrada em direção de seu peito, dei um pequeno Nuzzle em sua bochecha para ver se aprende a não criar farsas desnecessária, não quero que entremos em uma posição mais peluda que essa, não mesmo! - Ai Ninizinho, não precisa disso... Mas entendi seu recado, não quer que eu revele minha identidade secre-. – Realmente não aprende, não é mesmo? Nada que outro choquezinho não resolva... Apesar de está brincando assim, forçando uma história desnecessária, sei que é pelo seu medo de ser rejeitada ou ser caçoada pelas outras humanas, afinal a isolação é um medo para qualquer humano e várias espécies de pokemon... Não é? Elas não parecem serem hostis, muito menos o tipo que desmerecem outros, contudo não parece surtir efeito nas inseguranças da adolescente recém-partida. - Eh... De qualquer maneira, meu nome é Lariel, é um prazer conhecer vocês. Esse ratinho adorável aqui é Ninian, não é um amor? – Finalmente com algo mais apropriado, ela nos introduz e estende sua mão para ambas em um aperto de mãos, agora com uma animação mais costumeira para mim, alegra-me saber que seus medos estão um pouco menores agora com minha presença ao lado.

- Por favor, perdoem-na, não queríamos causar nenhuma confusão, haha... – Tendo dar meu segundo contato com os indivíduos presentes para amenizar qualquer tensão existente. Sem conseguir evitar, coloco uma de minhas patinhas sobre minha cabeça e dou um sorriso tímido, sem saber exatamente o que falar, mas sem querer ficar no silêncio também; Espero que nós pelo menos sejamos fofas o bastante para escaparmos ilesas. A rota a nossa frente é enorme, ainda temos muito que percorrer, sem contar a missão que nos fora dada. Qual seria o motivo das duas experientes se reunirem aqui para começo de conversa? Talvez apenas estivessem dando uma volta e nós interrompemos? Seria possível que ambas também estão aqui pelo mesmo motivo que nós?

- Nós somos genuínas de Hoenn, aqui para uma missão de resgate a pokemon exóticos perdidos... Vocês são nativas daqui? Poderiam me guiar, se não for muito incômodo? – Lari faz, humildemente, um pedido grande, além de explicar nossa situação muito melhor, quem sabe consigamos uma empatia ou uma causa em comum das atuais enigmas em nosso caminho. Ouvi dizer que treinadores costumam batalhar assim que se veem, então eu espero, com todas minhas forças, que não tenhamos que decorrer a isso... Aceito até mentiras brancas que minha companheira possa soltar se escaparmos de uma luta logo com essas veteranas...

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Route 12
How does a moment last forever?
Eu já estava prestes a surtar quando via o Ivysaur carregando um possível ataque contra a loira, não era o tipo de coisa que eu queria ver no começo do dia, na verdade o tipo de coisa que eu nunca queria ver. Por sorte, nada acontecia, a treinadora dele o interrompia. Eu dava um longo suspiro e ia para perto da tal garota. Por sorte ela estava bem, se algo acontecesse com ela, por mais que não me envolvesse, eu acabaria me culpando por isso. Arranjaria um argumento para dizer que foi culpa minha e surtar completamente. Já os meus pokémon, estavam calmos, com Dimentio ainda sorrindo esnobemente para o Mudkip, que parecia ainda estar bravo. Agora que eu percebi, pois estava muito focada no acidente, mas um Minun acompanhava a moça, enfrentei um desses no meu primeiro dia de jornada, e também podia tê-lo capturado. Sigh, agora eu estou pensando em como eu era diferente naquele dia, mas não era hora de devaneios, apalpei o meu rosto quando percebi que estava avoada.

- U-umm... prazer em conhecê-la Lariel. Me chamo Kathryne e como você se chama? - Respondia timidamente a introdução nada usual da loira, claro um risinho me escapava quando via o pequeno elétrico esfregar suas bochechas em sua treinadora e então me virava para a garota de cabelos negros, para saber o nome dela. Meu plano era ir embora dali, pois eu fiquei envergonhada com tudo o que aconteceu, mas daí mudava tudo. Sei lá, me parecia rude simplesmente ir embora, vai que a Lariel, se esse era mesmo o nome dela, afinal o jeito que ela se apresentou me parecia uma chuunibiyou, estava realmente bem. A garota de cabelos negros talvez não conseguiria se virar sozinha caso a loira precisasse de ajuda e tivesse se machucado e provavelmente nem queria. Ok, eu admito. Não quero continuar andando sozinha pela rota, apreciaria companhia humana.

E que deixa melhor para pedir companhia do que outra pessoa pedindo? Lariel queria que eu e a outra a guiássemos, mas, para o azar dela, eu também não sabia onde estava. Inclusive, eu era de Hoenn também, conheci uma conterrânea. Agora era esperar que a treinadora do Mudkip fosse kantoniana de fato e soubesse nos guiar por essa rota, parecia uma garota bem amigável, na verdade sinto que ela se parece comigo, quase tão tímida igual eu. Enfim, se ela não fosse kantoniana, acho que não teria problema, afinal não era como se pudéssemos nos perder no meio do nada. Era uma simples rota e não o Valley of Steel... tal vale que eu não consigo tirar da minha cabeça, pois irei lá futuramente e não sei o que esperar. Mas não ganho nada ficando ansiosa com o futuro.

- U-umm... adoraria poder te guiar, mas não sou nativa de Kanto. Na verdade, sou de Hoenn igual você Lariel. Parece que encontrei outra conterrânea perdida atrás de uns pokémon exóticos. Bem, a nossa última esperança. Você é de Kanto? - Já não fazia muita questão da moça de cabelos negros conhecer a rota, se ela não for de Kanto mesmo, tudo bem. - Bem, mesmo se você não for, já que estamos todas aqui, por que não vamos juntas atrás desses pokémon exóticos? - Eu dava a ideia de seguirmos juntas e então olhava para o chão tímida, a espera de uma recusa.

Nesse momento de vergonha eu percebi que meu Espeon estava estranhamente quieto, então notava ele arrancando uma barra de chocolate inteira da minha mochila. Eu estava querendo comer ela mais tarde, mas, agora já foi. Não estava no humor de brigar com ele. No fim, o meu quarteto de pokémon acabou se banqueteando ali e Dimentio acabou sendo generoso, parece que até mesmo ele não estava no humor de arranjar briga.

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[04] How does a moment last forever? FF3OUQS

BY MAHIRO

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Ok, certamente temos uma figura bem peculiar aqui. Imperatriz, é? Abri um sorriso bem-humorado pela forma atrapalhada como a menina se apresentou, e até Rozen deixou escapar um risinho baixo. Yoshiro, por outro lado, encarou-a com os olhos arregalados, por um momento quase acreditando na história. Felizmente, o Minun estava ali para colocar bom senso na cabeça da dona, dando-lhe alguns choquezinhos fracos. Deve ser um bom truque para manter sua humana na linha… puxa, eu queria saber fazer isso.

No geral, parecia uma dupla bem inofensiva, não havia razão para alarde. Percebendo isso, o recém-evoluído encolheu-se atrás das pernas de Yoshiro, como se honestamente achasse que ficaria escondido ali. Seu rosto ganhou um leve rubor enquanto ele observava a loirinha, envergonhado pela reação exagerada que teve. Não é incomum um dos filhotes do time se sobressaltar dessa forma, mas nenhum outro nasceu com ataques tão fortes. Ele não tem mesmo noção alguma do poder que possui… é melhor ficarmos de olho nele a partir de agora.

Minha humana estava quase tão envergonhada quanto o gramíneo. Mantinha o olhar baixo, sem conseguir encarar as outras duas no rosto, e apenas dava um sorrisinho e um aceno conforme elas iam se apresentando. Quando a treinadora de psíquicos, que pelo visto se chamava Kathryne, perguntou-lhe qual o seu nome, a menor levou uma mecha de cabelo nervosamente para trás da orelha e gaguejou um pouco antes de conseguir responder apropriadamente.

- Me chamo Yoshiro… é um prazer conhecê-las. - Após apertar a mão que Lariel havia lhe estendido, cumprimentou as duas com sua típica reverência, permanecendo curvada por alguns instantes a mais que o comum. Ao erguer-se, pude ver que seu rosto estava bem vermelho, e ela abriu um sorriso desconcertado antes de concluir as introduções. - Esse é o Sapphire, e este aqui é o Rozen… apesar do tamanho, ele nasceu há poucas semanas. É só um bebê que cresceu demais, então… ele se assusta fácil. Nos desculpem.

A menina baixou a cabeça, fitando a grama como se houvesse algo muito interessante nela. Rozen imitou seu gesto, murmurando um pedido de desculpas e uma promessa de que teria mais cuidado. Não que Lariel vá entender, mas a intenção talvez sirva de alguma coisa, né? Pelo menos a loira não parecia brava… muito pelo contrário, continuava bem disposta a ficar na nossa companhia, tanto que convidou-nos para guiá-la em sua busca. Seria um convite adorável… pena que estamos tão perdidos quanto ela.

- Uhn… desculpem, sou de Hoenn também. Essa é a primeira vez que piso em Kanto. - Francamente, quais eram as chances de três conterrâneas se encontrarem assim? Não sei dizer se é muita sorte ou muito azar… por um lado, dá a elas algo em comum. Por outro, significa que nenhuma tem sequer o menor senso de localização naquela rota. Só eu estou sentindo que vamos nos perder? - Também viemos aqui procurar pelos Pokémons perdidos. Ainda não tivemos sorte, mas… concordo com a Kathryne, deve ser mais fácil se formos juntas. - Levou uma mão à nuca, sorrindo timidamente para as hoennianas. Resolvi dar algum apoio à minha treinadora, subindo em seu ombro e concordando com um aceno de cabeça. Por mais desajeitada que minha dona seja em interações assim, eu sei que ela realmente gosta de ter companhia de outros humanos, e oportunidades como essa não surgem todo dia.

Elas… vão mesmo com a gente?” Pela primeira desde o início da conversa, Rozen teve coragem de colocar o rosto para fora do seu “esconderijo” (o qual, sejamos honestos, não escondia nada). Assenti em concordância, e o Ivysaur caminhou em passos hesitantes até Lariel, parando aos pés dela. “Então… eu vou cuidar de você, e do seu Ninian também. Prometo.”  Esfregou sua cabeça de forma bem carinhosa nas pernas da menina, como um modo tanto de selar seu juramento quanto de outra vez se desculpar pelo susto que tinha dado nela. Yoshiro até avançou um passo para impedi-lo, com medo de que ele assustasse a loira, mas parou ao notar que as intenções do gramíneo eram as mais puras.

- Bem… então é melhor irmos andando, não é? - Sorriu para suas novas companheiras, apontando para uma direção qualquer. Não sabemos por onde ir mesmo, então qualquer caminho deve servir, né?

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[04] How does a moment last forever? CETnXsm

How Does a Moment Last Forever?

Off :


Um trio de garotas completamente desconhecidas se reuniam no início da rota 12, cada uma delas com um objetivo similar ao da outra.

Alguns acreditam que o destino é escrito nas estrelas, e que de alguma forma tudo acontece com um motivo específico. Yoshiro, Lariel e Kathryne também não escapavam daquele tecer do fio da vida, que por algum motivo, era enosado um no outro naquele exato momento. O porque ninguém sabe, mas talvez podemos descobrir ao longo dessa história.

O sol brilhava no céu, naquele dia aparentemente comum como qualquer outro. A brisa que vinha das aguas que cercavam a cidade, era perfeita para uma caminhada pelas redondesas. Nada parecia errado e muito menos incomum, ao menos para quem visse de fora, é claro. Isso porque cada uma delas sofria com seus dramas pessoais, mas é melhor não tocar muito no assunto... apenas se quisesse tocar na ferida de alguma delas, é claro.

Um encontro inesperado entre as três dava-se inicio ao que podia ser visto como algo conveniente. Em uma rota com muitos monstrinhos diferentes soltos por aí, nunca se sabe o que poderia aparecer para ataca-las, não é mesmo? Bom, esse era apenas um dos motivos para que seguissem caminho juntas, mas talvez o motivo principal realmente fosse a obra do destino.

Apesar dos pesares, os pokémon acabaram se entendendo no final das contas e após alguns minutos se apresentando uma para outra, as treinadoras decidiam seguir caminho pela rota. O que poderia estar à espera delas?

PROGRESSOS DA ROTA DE HANAKKO :

PROGRESSOS DA ROTA DE SLEEPY :

PROGRESSOS DA ROTA DE LAURA :

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