Pokémon Mythology RPG
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[04] How does a moment last forever?

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Sleepy
Ayumi
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Route 12
How does a moment last forever?
A fala de Lariel era reconfortante, ela falava tudo o que eu precisava ouvir e de fato entendia o meu lado, eu queria envolvê-la em outro abraço, mas então a loucura começava. A loira ainda tinha mais o que falar, porém, eu não entendia nada. Ela parecia falar o seu próprio nome, como se fosse um pokémon. O que estava acontecendo? Não, não era o momento em que ela me pregaria uma peça, tinha algo de muito errado. Lariel não faria isso, até porque ela foi interrompida no meio da fala. Eu começava a ficar desesperada, ofegante até eu ver algo que me fazia assimilar o que estava acontecendo.

Uma voz em minha cabeça, talvez eu esteja ficando louca, mas eu ouvia e essa voz dizia ser Jirachi e que realizaria o meu desejo. Pra quem disse que seria improvável um pokémon lendário aparecer ali e salvar o dia, talvez eu esteja enganada. Mas me parece que o que o suposto Jirachi fazia não era salvar o dia, muito pelo contrário, era a causa de toda aquela insanidade. Bem, o meu desejo parecia ter sido realizado, que no caso era salvar o Koffing. Mas tinha um porém, um porém bem grande, o Koffing era transformado em um ovo.

- N-não, não. Não era isso que eu queria. Não era pra esse Koffing ser um ovo, eu queria que você o curasse e não fizesse isso. - Dizia eu começando a chorar novamente. Agora eu não conseguia entender Lariel, a situação do Koffing só piorou, ainda não havia encontrado Yoshiro. Por quê? Por que isso está acontecendo? - Eu só queria que você trouxesse o Koffing de volta a vida e não isso. - Dizia eu olhando para o chão, tentando falar com o tal Jirachi, se é que ele existia mesmo. Por um lado, só um lendário teria o poder de fazer aquelas coisas, mas por outro, talvez eu apenas esteja ficando louca mesmo.

Por favor, espero que Jirachi seja compreensivo e faça isso acabar. Não estou aguentando mais. Eu estava em prantos, olhando para Lariel falando coisas ininteligíveis. Acho que o melhor cenário seria se eu tivesse ficado louca mesmo, seria melhor se essa insanidade não fosse real.





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[04] How does a moment last forever? - Página 9 FF3OUQS

BY MAHIRO

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Quando meus olhos se abriram, a primeira coisa que pensei foi que Jirachi tinha nos feito de trouxas de novo. Eu ainda continuava muito acima da grama, como se nada tivesse mudado. Aquele show de luzes foi o quê, então? Enfeite? Achei que Yoshiro tivesse sido bem específica quando disse pra ele nos separar… e, falando na humana, é meio estranho que até agora não ouvi nenhum outro grito ou resmungo dela. Talvez ainda esteja atordoada pelas brincadeiras do psíquico, ou talvez simplesmente esteja com a garganta doendo depois do último surto - de qualquer forma, meus tímpanos agradecem. Aliás, mais estranho ainda é o fato de eu estar sentindo o meu corpo de novo, embora não consiga vê-lo. Tentei erguer uma pata, e Yoshiro escolheu o mesmo momento para levantar seu braço. Meio frustrado, tentei de novo, e a humana insistiu em me imitar. Virei a cabeça para encará-la, já com uma reclamação na ponta da língua… no entanto, o rosto da menina não estava mais ao lado do meu.

Recuei uns passos pelo susto de não vê-la ali, e me assustei mais ainda ao notar que as pernas da humana tinham obedecido aos meus comandos. Estou com um péssimo pressentimento sobre isso… só para confirmar minhas suspeitas, tentei erguer uma pata mais uma vez. Novamente, foi o braço dela que reagiu. Ok, isso é um sonho ruim... só um sonho ruim… e agora eu pelo menos tenho mãos pra me beliscar. Levei ambas ao rosto e apertei-o com toda a força que pude, no entanto, não consegui nada além de ficar com as bochechas doloridas. É, talvez não seja um sonho, no fim das contas...

- Isso… isso é sério? - Foi a primeira coisa que escapou-me dos lábios, mas aquela voz não era minha. Resisti ao impulso de surtar de novo ali mesmo, eu ainda tinha que achar a minha dona. Se minha consciência de alguma forma fluiu para o corpo dela, então… bem, digamos que não senti surpresa nenhuma ao ver a forma de um pequeno Mudkip que, desnorteado, cambaleava em meio à grama. Com um suspiro, sentei-me ao lado “dele” e cruzei os braços. - Só quero deixar bem claro que essa foi a ÚLTIMA vez que eu tentei te fazer um favor. Ouviu, mocinha? A última. - O anfíbio pulou pra trás, claramente assustado, e acabou caindo no chão após tropeçar nas suas próprias patas. Ver aquilo me deu um pouco de pena. Sei que Yoshiro não tem culpa por nada disso (ora, fui eu que comecei esse desastre todo), eu não deveria falar com ela dessa forma… no entanto, ainda estava aborrecido demais para pedir desculpas.

Era inacreditável o quanto aquele psíquico conseguia ferrar com os desejos alheios, por mais claros e óbvios que fossem. Como vou fazê-lo entender que é para nos trazer de volta ao normal? Infelizmente, não tive tempo para descobrir, pois o dito cujo passou voando por nós e apenas deu uma breve despedida antes de sumir em meio às árvores. Até tentei correr atrás dele… todavia, não estou acostumado a fazer isso com só duas pernas. Curvei meu corpo pra frente por puro impulso, lembrando-me com um pouco de atraso que as mãos humanas não foram feitas para corridas. O resultado foi que caí de cara no chão, quase como Yoshiro tinha feito poucos minutos atrás. Ninguém merece… eu quero minhas patas de volta.

- Mud mudkip? - Yoshiro andou até mim, ainda bastante desajeitada, e tocou a cabeça na minha. É isso que ela ouve quando eu falo?  Os humanos são ainda mais doidos do que eu pensava… Olhei para a menina, ela ainda parecia assustada, porém ainda assim esfregou uma patinha com cuidado na região que bati, como se tentasse me confortar.

- Eu estou bem, valeu. - Sentei-me, espanando a areia do rosto e das minhas roupas. Digo, não minhas... mas Yo vai ser obrigada a me emprestar por um tempinho. Pelo menos até eu conseguir pegar aquele gênio de araque, aí ele vai ter que consertar essa bagunça por bem ou por mal. - Como é que você corre com essas coisas, hein? Parece até que estou usando pernas de pau. - Yoshiro deu um risinho envergonhado, encarando-me em uma mistura estranha de medo e fascínio. Bem, é a primeira vez que ela entende o que eu digo… se isso tudo está sendo confuso para mim, com certeza está sendo bem mais para ela, e ver o olhar aflito da menina fez meu peito doer de culpa. - Ei… me desculpe por ter falado contigo daquele jeito. Não foi justo. Só estamos nessa encrenca agora por minha causa… que reviravolta, né? Costuma ser o contrário.

Estendi uma mão para acariciar a cabeça dela, e a pequena estremeceu no início, porém foi relaxando conforme eu falava. Fechou os olhos e sorriu, exclamando um “mudkip kip!” que eu realmente queria ter conseguido traduzir. Pelo menos ela não parecia brava comigo, e tinha entendido que eu era mesmo o seu Sapphire. Peguei-a no colo e comecei a andar, com um tantinho de dificuldade, mas aos poucos ia me acostumando àquela nova forma. Preciso voltar para as outras, quem sabe elas possam nos ajudar… no entanto, onde é que elas estão? Sem os barulhos da batalha, fica mais difícil de localizar.

- Lit lit… - Uma voz muito familiar ecoou pelas minhas costas, fazendo-me virar num sobressalto. Flutuando bem perto de nós estava Atsui, rindo baixinho e acenando para a Mudkip no meu colo. Ele nem olhou na minha cara, então suponho que saiba sobre a troca que Jirachi fez, de alguma forma. - Litwick, lit litwick. - Ok, isso já tá me dando agonia. Nunca mais vou zombar da Yoshiro por não nos entender. - Litwick. - Com essa última palavra, nos deu as costas e começou a flutuar pra longe dali, não me deixando escolha além de segui-lo. Vi que a minha treinadora parecia mais calma após a fala do fantasma, mas ainda assim estava encolhida nos meus braços. Aninhei-a ali o melhor que pude, queria que ela ficasse confortável. Se é que algo como conforto existe, quando você é arrancado do seu próprio corpo...

Atsui de fato nos levou até as outras humanas. Ao fim da caminhada, duas coisas se tornaram claras pra mim. Primeiro, eu sou mais pesado do que achava que era. Segundo, tem algo muito errado com Kathryne e Lariel. A mais baixa corria por aí enquanto falava coisas totalmente sem sentido, parecia uma louca, e a treinadora de psíquicos estava em prantos. O caçador jazia nocauteado perto dali e nenhuma delas tinha qualquer machucado evidente, então a batalha deve ter terminado bem. Só posso supor que Jirachi andou aprontando com essas coitadas também…

- Vocês estão bem? O que aconteceu aqui? - Assim que viu Kathryne desolada daquele jeito, Yoshiro pulou do meu colo e correu até ela. Sentou-se ao lado da mais alta, fitando-a com um olhar compassivo e esfregando sua cabeça no braço dela, assim como eu costumava fazer quando a minha Yo estava triste. Fui logo atrás da Mudkip, mas eu não soube direito o que fazer. Restringi-me a abrir o sorriso mais compreensivo que pude e estender uma mão para a loira, oferecendo ajuda para levantar. - Jirachi pegou no pé de vocês também, foi? Não precisa chorar, vamos todos atrás dele. Ele não vai escapar enquanto não consertar as maluquices que fez. - Meu olhar voltou-se então para Lariel, a qual ainda repetia seu nome como se fosse algum mantra. Ao meu lado, Yoshiro e Atsui acenavam para ela, e eles não pareciam estranhar nem um pouco a atitude da coordenadora. - Principalmente com aquela ali. Ela bateu a cabeça em algum lugar ou coisa do tipo? Seja o que for, vamos trazê-la ao normal também… alguém viu pra qual direção aquele pilantra estava indo?

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Embora nós duas déssemos nosso melhor esforço para ir atrás do Jirachi, nossos esforços pareciam fúteis, poder flutuar entre a mata com uma velocidade maior que a minha... Lariel não tinha chance de perseguir... Ela rapidamente percebeu isso, vendo que já havia perdido o lendário de vista, também não pude ser de muita ajuda nisso... Será que ele sequer ouviu nossos pedidos? ”OK, vamos dar uma pausa... Se irmos longe demais, vamos perder Kathryne de vista, e ainda sem nenhum sinal de Yoshiro também... Vamos nos reunir primeiro, então teremos chance de irmos para a Enseada ou qualquer lugar que sobrar...” comentava a loirinha para mim, dando meia volta e atravessando novamente a vegetação percorrida com pressa, porém com esforços invalidados... Eu tenho que concordar, apesar de pedirmos que a Yoshiro venha para nós, não houve sinal de isso iria acontecer, realmente esgotamos nossos pedidos, hein? E minha mestra vai continuar sem poder se comunicar apropriadamente com as outras humanas, pelo visto... ”Embora eu tenha dito aquilo, eu não me arrependo do meu desejo, poder falar contigo dessa forma foi algo que eu sempre quis, Ninizinho, então quem sabe assim possa ser mais fácil resgatar os outros animais, sabe? Estou contente do jeito que estou.” A mocinha concluía enquanto fazíamos nosso passagem de volta, o tempo gasto que passamos correndo e fazendo nossos desejos foi o suficiente para andarmos um chão decente, certamente não seria fácil encontrarmos as outras, visto que elas provavelmente não conseguiam nos ver. Batendo um papo entre nós duas, retornar para estava o ovo não foi tão chato, mesmo tendo percorrido um campo significativo.

A volta para onde Kath estava não era exatamente uma das mais agradáveis, pois assim que chegamos lá, a loira estava chorando, mais uma vez em desespero pela situação... Provavelmente aterrorizada com a mudança na amiga e o ovo do “Vírus”... Isso não foi boa notícia para minha coordenadora, que estava pensando, talvez alguma solução para deixar a recente companheira mais feliz? Não demorou até que mais um elemento entrasse em cena, dessa vez em forma de uma humana agora muito familiar e duas criaturinhas em sua posse, ah, que alívio ver Yoshiro de volta, ela não fez um pedido? Talvez foi abençoada em não ter sido visitada pelo ser místico, ou talvez de fato foi, mas já teve tudo resolvido... Estranhamente, Lari não compartilhava meu alívio; Quer dizer, sua primeira expressão foi de felicidade, todavia voltou rapidamente para uma complexidade e estranheza, o que seria isso? Ela percebeu algo que eu não vi? O Sapphire foi o primeiro a reagir, indo diretamente para a moça chorando e tentando confortá-la. ”Eu sei que pode soar loucura, mas me diga, Mudkip, você... Era previamente uma humana, não é? O seu jeito de ir diretamente para a Kathzinha, o Sapphire não é o tipo de fazer isso... Sem contar que ambas estão andando de formas bem engraçadas~ Então, estou certa, Yozinha?” A Lariel dizia, aproximando-se da anfíbia que acenava em junção com uma velinha com cara de inocente, fazendo carinho na que ela chamava de “Yozinha”. Claro, as outras duas humanas devem ter entendido bulhufas, todavia nós pokémon não tivemos dificuldade alguma. Enquanto afagava a cabeça e passava os dedos no queixo da criaturinha que parece ter vindo diretamente de um jogo de Mystery Dungeon, a loirinha olhava para a especialista psíquica e passava seu dedão entra as lágrimas que caiam pelo seu rosto. Mesmo incompreensível por voz, um gesto físico tem um significado bem universal, não tem?

Com as três garotas unidas tão próximas fisicamente, uma estando no colo da outra enquanto a mais nova estava consolando as duas mais velhas, Lari envolve para mais um abraço na Kath, apertando sua barriga contra a Mudkip que parecia está levando um sanduíche de humanas nesse gesto afetivo, tomara que ela não se importe muito... Enquanto isso, o que aparente ser na verdade o Sapphire, em forma de adolescente pubescente, estava questionando o que estava havendo. Revelando que de fato houve um envolvimento com Jirachi. Claro, se elas estão dessa maneira, então é evidente que Jirachi virou a causa de todos os nossos “problemas” atuais, mesmo que minha treinadora e a mais baixa estarem levando suas condições numa boa. ”Você vai bem, Yozinha? Eu passei todo esse tempo com a Kathzinha para cuidar dela, mesmo no fim esse lendário pregar uma peça em nós desse jeito... Ah, eu esqueci de dizer mas, eu posso entender vocês pokémon, não é uma maravilha? Esse foi meu desejo para a Jirachizinha, em contrapartida nem o Sapphire nem minha amiga aqui conseguem me entender... O que me diz de ser o duo da comunicação e desvendarmos esse mistério? Pessoalmente eu não acho tão ruim só falar com Pokémon, mas os outros parecem incomodados. De qualquer maneira, acho mais sensato concluirmos nossa missão antes de irmos atrás de uma cura!” Minha companheira falava e falava com a garota metamórfica, pegando-a em seus braços e sorrindo, talvez tentando enriquecer o clima, que foi para a surpresa do Sapphire, achando que minha treinadora ficou louca, não conectando os pontos.  

Terminando esse diálogo breve, Lari levanta-se, estendendo a mão para Kathryne para que ela se levante também, acho que o momentinho fofo já se acabara e temos que dar continuidade... A caçula do grupo aproximasse do Pokémon metamórfico, olhando para ele e talvez pensando em algo que faça com que ele entenda. Dando um passo para trás, a garota aponta para a direção onde o Jirachi atravessou e logo em seguida cruzou seus braços formando um “X”, prosseguindo com um balançar de cabeça; Adiante, fez mais uma vez aquela técnica nojenta e babar seu dedo indicador com saliva para sentir o ar tropical, cujos ventos indicavam a presença da tão famigerada enseada e aponta para a direção onde ela fica, acenando a cabeça, talvez querendo dizer em afirmação que esse é o lugar certo. Por fim, foi direto na orelha da humana que antes não era humana e disse algo, sussurrando: “Espero que goste de sangrar” rindo aos prantos logo após ter dito isso... Uhn, isso foi alguma ameaça do tipo? Não me soou muito legal...

Com um beijinho na bochecha da veterana esotérica e mais mimos na anfíbia, apontava seu dedo para o céu e exclama “Vamos nessa! Ou algo do tipo...”

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Assim que nos aproximamos de Kathryne, Lariel veio ao nosso encontro também. Cumprimentei a menina com um aceno de cabeça e um sorriso, mas o foco dela parecia estar centrado na Mudkip. Abaixou-se e começou a acarinhar a cabeça da aquática, e eu precisei resistir ao impulso de tirar minha treinadora de perto dela. Ora, a mais nova não parecia estar em suas plenas faculdades mentais… por qual outra razão ela ficaria repetindo “lari lari lariel” como se fosse um… um… ah, é claro. Essa loirinha deve ter pedido para falar a língua dos Pokémons, ou algo assim. Isso explicaria também o fato de Yoshiro parecer tão tranquila com os dizeres dela, ao contrário de mim e de Kath, que só encarávamos a humana na mais completa confusão. Não conseguíamos entender bulhufas do que ela estava dizendo.

Você… me entende?” A ex-humana arregalou os olhos por um momento, porém a surpresa em seu rosto logo desfez-se em um grande sorriso. Ela aceitou feliz os carinhos de Lariel, parecendo aliviada por sabe-se lá o que a garota tenha dito. “Ainda bem… é um alívio tão grande, Lari. Achei que nenhuma de vocês ia me entender agora. Jirachi entendeu muito mal o meu desejo… mas acho que isso deu para notar, não é?” Soltou uma risadinha sem graça, o que só me deixou mais curioso. Não entender nada da conversa está me dando uma agonia… será que é assim que Yoshiro sempre se sentia antes? “S-sim, sou Yoshiro… você percebeu só com isso, Lari? Você é mesmo impressionante, eu nunca conseguiria fazer algo parecido. Suas deduções sempre nos dão as respostas certas. Será que você pode deduzir uma forma de nos trazer de volta ao normal também, por favor? Eu sempre quis saber como é ser um Pokémon, mas… não desse jeito…

- Me diga por favor que você está tão perdida quanto eu. - Levei uma mão à cabeça, suspirando pesadamente antes de olhar para Kathryne. A treinadora de psíquicos agora era a única ali que eu conseguia entender, e admito que estava um pouco nervoso pensando em como ela reagiria quando descobrisse que não sou a amiga dela. Será que eu deveria falar logo? Isso pode poupar mal entendidos depois… todavia, antes que eu tivesse essa chance, Lariel puxou a loira mais alta para um abraço, prendendo Yoshiro entre elas. No começo fiquei dividido entre a vontade de rir e a de salvar minha treinadora dali, mas notei que ela não parecia nem um pouco incomodada. Pelo contrário, sorria meio envergonhada e tentava envolver as outras duas também com suas patinhas, sem grande sucesso.

Suspirei, sem saber ao certo o que fazer. Sentia que estava sobrando ali. Na verdade, é meio estranho como a mais nova foi falar direto com a Mudkip, sem nem me lançar um segundo olhar. Ela nunca prestou tanta atenção em mim, quando eu era um Pokémon. Talvez, de algum modo, ela tenha percebido que tivemos nossos corpos trocados… parecia improvável, porém não impossível. E explicaria muito bem a atitude dela.

- Você é rápida, hein? Notou antes que eu pudesse dizer. - Cruzei os braços, abrindo um sorriso de canto para a loirinha. Yoshiro olhou para mim e assentiu, confirmando que Lariel já tinha descoberto sobre nós. Bem, eu certamente não estou fazendo esforço nenhum para imitar a atitude da minha dona, então já era de se esperar que percebessem a diferença - eu só não imaginei que a dedução seria tão certeira. Há meio mundo de desejos que poderíamos ter feito… essa coordenadora não para de me surpreender. - Eu sou Sapphire. A amiga de vocês é essa baixinha aqui. - Apontei para a Mudkip, que ainda estava no colo de Lariel. Esta, por sua vez, acenou timidamente para as duas humanas antes de responder algo que a mais nova tinha lhe dito.

Eu vou bem, obrigada… é meio confuso, e meio assustador também, mas ter vocês perto me deixa mais tranquila. Só tenho que me acostumar melhor com esse corpo, é tão diferente do meu. Tomara que a gente ache Jirachi logo, ele tem muita coisa pra consertar.” Outra vez a “menina” começava a dialogar com Lariel, e eu não tinha escolha além de ficar encarando-as com cara de tonto. O que eu não daria pra saber o que elas estavam dizendo… “Mas e você, Lari? Está tudo bem? É um alívio enorme ver que o caçador não machucou vocês… sei que são fortes, mas ainda assim estava preocupada. Principalmente quando o campo começou a ficar amarelo, nunca vi um ataque como aquele antes, e… e...” Yoshiro interrompeu seu discurso, distraída demais com os mimos da coordenadora. Fechou os olhos quando esta começou a lhe fazer cafuné, e eu tive que me segurar para não rir do sorriso bobo que ela tinha no rosto. Essa pirralha sempre foi tão manhosa… “S-sim, melhor resgatarmos os Pokémons logo, eles devem estar perdidos. Espero que possamos trabalhar bem juntas, Lari! Eu não sei como usar meus poderes ainda, mas vou dar meu melhor pra ajudar.

- Então, podemos ir? Já passamos tempo demais aqui. - Assim que Lariel apontou-me a direção por onde deveríamos seguir, estendi meu braço para que Yoshiro subisse nele. No entanto, a pequena já estava muito bem acomodada com a loirinha, e não parecia disposta a deixar os mimos dela tão cedo. Deixei então que as duas fossem na frente e fiquei um pouco mais atrás, para garantir que Kathryne estava bem mesmo. Não sei ao certo pelo quê a menina passou, tampouco qual foi o desejo dela… parecia a mais normal dali. Mas tampouco quis pressioná-la com perguntas - se ela quisesse falar sobre isso, diria naturalmente. Ou talvez não… são poucos os humanos que confidenciariam seus anseios para um anfíbio. Também são poucos os que confiariam em um. Tomara que o meu desejo tolo não atrapalhe as amizades que Yoshiro estava construindo com elas...

E falando em confidenciar… o que diabos Lariel tentou me dizer naquele sussurro?

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xxx



Off: E agora vamos preparar os planos futuros para voltarem ao normal rsrsrs
E por um acaso, o Sandile já pode nascer. O coitado vai descobrir que sua treinadora é um Mudkip rsrsrs


A confusão estava instaurada. Quando Kathryne finalmente descobria o em que seu pedido havia se tornado, parecia que novamente uma torneirinha se ligava dentro dela e ela voltava a chorar. Ainda bem que não era um dos pokémon dela, se não ela poderia ter um treco. Lariel continuava tagarelando, em uma língua que a outra loira não conseguia entender. Tudo aquilo a deixa ainda mais entristecida, e por não ter com quem falar, pelo menos não alguém que conseguisse lhe responder, ela continuava extremamente chateada com tudo.

Para Ninian, a situação estava ótima, já que finalmente poderia chamar a atenção de sua treinadora, e ela entenderia. Só que, com ela falando daquele jeito, tinha muito menos motivos para aquilo agora. Mas Lariel queria poder se comunicar de alguma forma, agora que Ninian havia lhe contado o óbvio.

Mas as coisas estavam longe de voltarem ao normal. E essas duas estavam prestes a descobrir isso. Yoshiro e Sapphire, que tinham acabado de percebe o que havia lhes acontecido, já tinham meio que se conformado que passariam um tempo daquela forma, e decidiam seguir de encontro as outras duas, já que o Jirachi acabava de ir embora. Ao ir embora, o pokémon que tinha criado toda aquela confusão, também passava por onde Lariel e Kathryne estavam, para se despedir das outras também, o que deixou Lariel ainda mais confusa. Como elas retornariam ao que era antes, se ele estava indo embora. Mas, correr atrás dele acabou sendo em vão, já que ele apenas desaparecia entre as árvores.

Por fim, o reencontro do grupo. Ambos os lados não conseguiam compreender perfeitamente o que estava havendo. Yoshiro não era mais Yoshiro, Lariel parecia enlouquecida, Kathryne não parava de chorar. Mas elas ainda não haviam desistido totalmente de tudo. Após breves explicações por parte de Lariel, que na verdade não ajudavam em nada o agora grande Sapphire, e nem a chorosa Kathryne. Mas ainda assim, a loirinha tentava reunir o grupo, melhorar os ânimos de todos, e continuar seu caminho até o mar. Lariel era tagarela mesmo sem conseguir se comunicar, e aquilo não a impedia nenhum pouco de tomar as decisões.

Kathryne não estava bem ainda, e para tira-la dali, talvez fosse preciso carrega-la. Sapphire, por mais que não conseguia entender o que Lariel estava tentando lhe dizer, ainda conseguia entender que precisavam animar a outra loira, e ajudar a levanta-la. Os dois então estenderam as mãos, e esperaram que ela aceitasse a ajuda.

- Ei! Está tudo bem aí? – Uma voz repentinamente surgia de trás delas. Em seguida, uma figura bem exótica surgia de dentro de um arbusto.

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Imagem Ilustrativa

- Eu tentei segui o Jirachi, mas como ele me transformou em uma pessoa bem velha, não consegui alcançar. Mas vejo que ele passou por aqui e fez mais estragos. – O velho dizia depois de pegar um pouco de folego. Ele estava tão velho e debilitado, que não conseguia andar muito bem, e com isso, precisava descansar por várias vezes. - Também, quem mandou eu desejar saber de tudo? Agora eu sou um homem centenário, que sabe literalmente de tudo. Menos, como voltar a ser jovem. – A voz rouca vinha com um tom de tristeza. Mas ele continuava falando mesmo sem que ninguém lhe tivesse questionado nada. - Vejo que estão aqui para ajudar na captura dos pokémon do zoológico. Eu também, mas pra mim, já acabou. Mão consigo me manter de pé. Mas digam, o que o Jirachi fez a vocês? Se não foi algo tão grave, talvez eu possa ajudar. Já que sei de tudo. – Essa última parte veio acompanhada de uma lagrima, que logo foi limpa por ele.

O lado bom daquilo tudo, era que talvez elas pudessem arrumar uma forma de voltar ao normal. O lado ruim, era que talvez nunca mais encontrassem o Jirachi de novo, e se não existisse outra forma de voltar ao que era, ficariam assim para sempre. Mas ainda tinha a questão, aceitariam ou não a ajuda do estranho?





PROGRESSOS DA ROTA DE Yoshiro :


PROGRESSOS DA ROTA DE Kathryne :


PROGRESSOS DA ROTA DE Lariel :


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OFF :


O contato com a Yoshiro que agora está em uma forma diferente parece ter sido super tranquilo! O abraço, os carinhos, tudo parece ter conectado com ela... Talvez Pokémon tipo nós apenas naturalmente amemos esses carinhos que minha treinadora tem experiência de sobra dando em mim no passado... Ouvir a voz dela no corpo de Mudkip foi uma experiência estranha, mas eu não posso reclamar de nada, significa que podemos ser amigas também, quem sabe... Os comentários da anfíbia parecem também ter sido de agrado para a caçula do grupo, que respondia com uma risada envergonhada: ”Ah você sabe, eu poderia ficar explicando o processo mas eu tenho certeza que você ia se entediar, eu já falo demais~ Eu vou... bem. A luta com o caçador foi intensa, porém no fim foi tudo tranquilo, só devo admitir que eu fiquei preocupada contigo... Eh, digo... Sei que você ia bem, pois é forte e independente, mas se demorasse demais... A comida que eu tenho aqui ia ficar fria demais! Sim, era isso.” Lariel justifica suas razões com um rubor incomum em suas bochechas... Do que ela está se envergonhando? E que desculpa mal inventada é essa? Provavelmente algo que eu ultimamente não entenderia de qualquer forma... Com os pedidos do Sapphire em forma de humano, estávamos pronto para dar continuidade, até que... Mais alguma coisa?!

O interceptor dessa vez era uma... Criatura? Não, apesar de sua estatura baixa, parecia assemelhar o suficiente um humano com um uma idade bastante avançada... Outra vítima do Jirachi? Que mundo pequeno, parece que todo mundo na área foi amaldiçoado com tal coisa, que história trágica... Eu digo isso, mas minha mestra parecia contente com seu estado atual, talvez por conseguir falar com Pokémon e quer aproveitar enquanto pode? Embora a loirinha tivesse estranhado de início, ela fazia uma cara de tacha enquanto fitava o senhor de idade... Ele oferecia ajuda, todavia seria possível entender a fala da mocinha? “Já sei!” Exclamava a jovem, aproximando-se do sábio e agachando para tentar obter uma nível de olhar mais adequado, isso junto com a Yoshiro em seu ombro! ”Você pediu para saber tudo, então significa que você entende o que eu posso dizer! Se você não conseguir entender minha língua, então Jirachi não concedeu seu desejo, fazendo com ele fosse uma farsa absoluta. Então, você definitivamente me entende, não é?!” Lari ria orgulhosamente enquanto olhava para cima, até parece que acabou de derrotar uma batalha de mentes, como se o fato dela falar apenas com pokémon fosse incapacitar o contato com o velho... Mas se ele sabe de tudo, ele sabe a língua dos Pokémon... Faz sentido, então isso realmente não seria problema...

”Então eu posso tagarelar mais um pouquinho~! Moço, meu desejo foi falar com Pokémon, em contrapartida os humanos não conseguem me entender! Só que você sabe a língua desses monstrinhos, não sabe? Claro que sabe! Só que...” Disse, contudo ficou pensativa por um momento, talvez questionando o que ela poderia perguntar? O que exatamente ela precisaria saber? ”Eu estou bem contente com meu desejo pelo momento, é tipo ser muda sem realmente ser muda... Eu não quero mudar por enquanto, vai me ajudar na minha busca da missão! Eu só quero ir para a praia logo e proteger qualquer pequenino (ou não) exótico! Diz, se você ficar nessa floresta, do jeito que está, o senhor não vai morrer? Permita-me lhe carregar, você não conseguiria nos acompanhar nem se quisesse! Aproveite e nos ajude a achar os bichinhos na praia ou algum tesouro fantástico tipo um monte de fragmentos coloridos, que tal?” Terminava sua proposta, apesar de falar de algo tão sombrio como morte, ela estava feliz... Uma fonte de saberia dessas realmente poderia ser útil, e não tem como fazermos algo para ajudá-lo, não é?...

Antes que eu percebesse, Lariel já estava segurando o velho como se fosse um bebê! E. Ei, é realmente seguro uma garota tão baixa como ela ficar com esse peso? Kathryne parece-me a mais apropriada... Segurando com suas duas mãos, Lari alegremente o seguro à visão das outras duas humanas. ”E aí meninas, vocês querem alguma coisa dele? Ah é, vocês não conseguem me entender... Bem, estou apontando para ele para vocês, devem entender o recado, não é?” Dizia uma última vez, introduzindo meio que forçadamente o senhor para às outras... Seria isso apenas pressa para avançar logo sua jornada que estava sendo barrada a cada passo? Talvez sim, talvez não... Agora é ver qual será a reação das outras.

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Off :



Mal pude dar três passos na direção que Lariel apontara quando uma voz ecoou pelas nossas costas, chamando a atenção de todos. Dessa vez, não era nenhum caçador psicótico e muito menos um lendário surtado, felizmente. Apenas outro pobre azarado que, como nós, caíra feito um patinho na oferta de Jirachi. Ao desejar ter para si todos os conhecimentos do mundo, acabou na forma de um senhor tão, mas tão idoso que quase não conseguia andar. Bem, pelo menos é inofensivo, então não preciso me preocupar… contudo, ainda assim tive dó de vê-lo naquele estado. E a minha pena só aumentou quando Lariel, com uma força que eu realmente não esperava de uma pirralha como ela, tomou o humano no colo e apresentou-o para nós, ainda tagarelando em sua língua ininteligível.

- Cuidado com ele, pode machucá-lo. Sabe o que cem anos fazem com os ossos de uma pessoa? - Eu mesmo não sabia, porém suponho que faça mal. Aquele ancião parecia tão frágil que eu estava com medo até de respirar perto dele. - Kath, será que pode ajudá-la, por favor? Eu adoraria fazer isso, mas… sabe, acho que a Yoshiro é ainda mais fraca que a Lariel. Melhor nem correr o risco. - Virei-me para a treinadora de psíquicos, sorrindo levemente ao pedir que ela socorresse o pobre senhor. Quando ele estivesse a salvo, voltaríamos à questão levantada pelo próprio: uma possível solução para os nossos problemas. Meus olhos até brilharam de esperança, e imagino que Yoshiro não estava muito diferente. Com toda a empolgação do mundo, peguei a aquática dos ombros da loirinha e estendi-a na direção do recém-chegado. Ela curvou a cabeça para o mais velho em uma respeitosa reverência, e logo em seguida lhe disse algo que eu suponho que tenha sido um cumprimento. - Essa aqui é a minha treinadora. E eu sou o Mudkip dela. Estamos meio trocados, como pôde notar. Sabe resolver isso? Estou sentindo falta das minhas barbatanas, e andar vestido é esquisito pra caramba também.

Ok, acho que eu poderia ter pulado essa última parte. Mas estou ansioso, oras! Mal notei o olhar envergonhado que Yoshiro me lançou, como se me repreendesse em pensamento. Dei um leve afago na cabeça dela para acalmá-la, ainda sem desviar os olhos do senhor que talvez pudesse nos trazer de volta ao normal. - Ah sim… você deve ter entendido, mas por via das dúvidas… aquela ali pediu pra falar a língua dos Pokémons e agora só fica repetindo o nome dela. Sabe consertar isso também? Tipo, se ela quiser consertar, claro.


Última edição por Hanakko em Qui 14 Jan - 22:22, editado 1 vez(es)

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Route 12
How does a moment last forever?
OFF: :


Eu ainda tentava assimilar a loucura que estava acontecendo. Sabe, não poder falar com minha amiga é algo terrível. O que será que ela pediu para o Jirachi ter margem pra fazer uma travessura dessas? Bem, pelo menos uma notícia boa nesse caos todo, Yoshiro voltava e surpreendentemente era Sapphire quem vinha a minha procura, o que me deixava feliz. Não era apenas amiga de Yoshiro mas como do pokémon dela também.

- Hehe, oi Sapphire, eu tô bem não se preocupe. - Dizia eu, enxugando as lágrimas e então aceitando o gesto de Lariel, que apesar de eu não ter ideia do que ela falava, era um abraço, abraços tem significado universal. Abraçava a loira, com o Mudkip ficando comicamente entre nós duas e então quase chorava no ombro da mais nova: - Obrigada, eu estava precisando disso - Então, eu parava de ofegar e tentava voltar a olhar para Yoshiro, Lariel, Sapphire e o Litwick. Porém, mais um choque vinha. Como assim o Mudkip é a Yoshiro e a treinadora é o Sapphire? Como? Maldito seja Jirachi. Não duvidava da veracidade daquilo, afinal eu já testemunhei bem o poder do Jirachi, porém eu queria que fosse mentira.

- Como? Isso é insanidade, Não é possível. - Repetia frases de negação enquanto as lágrimas voltavam ao meu rosto aos poucos e eu estaria pronta para me desmanchar em prantos mais uma vez, mas eu decidi que chorar não vai resolver nada e então decidi seguir Lariel, essa que fazia o seu procedimento para localizar a enseada. Um beijo na bochecha por parte da novata me deixava mais calma, embora esteja tudo errado, tanto Lariel como Yoshiro ainda estão comigo. Eu ainda não as perdi. Enquanto andava, aproveitava e fazia uma pergunta para Sapphire, pergunta que apenas um pokémon poderia responder e provavelmente a única oportunidade que eu tinha para tal.

- Sapphire, então, eu sei que você parece não ver problemas em lutar e confia muito na Yoshiro, mas eu tenho um dilema como treinadora que provavelmente a Yo tem também. Os pokémon selvagens, como eles se sentem lutando com treinadores? Eles estão sozinhos apenas por si só, ou com alguns companheiros, mas eles não tem nenhum humano para depositar a confiança. Então eu me pergunto, você certamente já deve ter percebido os sentimentos de algum pokémon selvagem enquanto você ou algum de seus companheiros lutavam. - Acho que foi algo complexo demais para se perguntar no meio de toda aquela insanidade, mas era o único momento que eu poderia me livrar desse dilema.

Continuava a andar, esperando a resposta de Sapphire até que éramos interrompidas e um pequeno velhinho aparecia e se introduzia sem mais nem menos. Outra vítima de Jirachi? Huh. Ele diz saber de tudo. Em outras ocasiões, por ele dizer saber de tudo, eu pensaria que ele é um belo de um charlatão, mas como ele mencionou Jirachi e nem a sua forma estava das melhores, ele parecia estar dizendo a verdade. Lariel falava com ele, mas eu duvidava se ele entendia, apesar dele dizer que sabe de tudo. Bem, eu teria que falar, caso ele não entendesse, embora Sapphire já explicasse a situação.

- Bem, é como essa menina que na verdade é um Mudkip falou, hehe. Ela e o Mudkip trocaram de lugar e a loira não consegue mais se comunicar com humanos. Bem, você pode consertar? Se elas quiserem, é claro. - Esse último adendo foi necessário, pois entendo o porque de Lariel e Yoshiro não quererem reverter as transformações. Poder se comunicar com pokémon é uma oportunidade única, saber o que os seus amigos tão próximos mas tão distantes estão sentindo. Era algo que eu também queria, mas quem sabe no futuro? Uma tecnologia permitisse algo do tipo. Ok, chega de devaneios Kath, tenho que ajudar Lariel a carregar o senhorzinho.

- Certo, calma aí Lariel, eu vou te ajudar. - Então me juntava a loirinha e tentava carregar o senhorzinho junto com ela. Bem, eu era a maior das três meninas, mas eu também não era lá fisicamente forte, embora duas fossem melhor do que uma só né. Era algo meio desengonçado, mas espero que dê certo: - Bem, já estávamos indo para a enseada, então vamos aproveitar e te levar pra lá. Deve ser mais seguro pra você. - Conversava com o senhorzinho.

Eu só não quero mais loucuras. E espero que esse senhor não tenha vindo para trazê-las.


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BY MAHIRO

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xxx



Off: Desculpem a demora. Ontem não tive tempo pra postar.


Depois de toda aquela confusão, finalmente um pingo de esperança surgia. Primeiro, um estranho homem uva passa surgia, mas logo ele dava uma breve explicação, dizendo, que talvez pudesse ajuda-las. Será que era verdade? Talvez, já que ele realmente parecia estar passando pelos mesmos problemas, e se esse fosse o caso, talvez pudesse realmente saber de alguma coisa. Mas, seja lá o que ele pudesse realmente fazer, elas pareciam dispostas a descobrir.

Lariel, como sempre, era a primeira a reagir a tudo aquilo. Sua impulsividade poderia deixar alguém bem assustado, e foi o que aconteceu. No primeiro momento, o senhor realmente não estava entendendo nada que saia da boca da loirinha, já que ele não conseguia “entender” exatamente as palavras de um pokémon, principalmente uma “nova” espécie. Mas, como um velho sábio, ele conseguia fazer as associações dos sons emitidos por pokémon, e por isso, os compreendia, não perfeitamente, já que isso era muito difícil para um ser humano com todos aqueles dialetos diferentes, e ainda mais com um ouvido falhando como o de um senhor centenário.

[color:d719=0066ff]- Calma! Calma, garota. Se falar tão rápido assim não consigo entender nada. – Ele dizia tentando se manter em segurança. Mas era difícil, já que a garota o pegava no colo sem permissão. - Acho que logo deduziu que eu consigo entender os pokémon. Mas eu não entendo 100%, já que acabei de virar um sabichão. Então, consigo entender um pouco, mas os dialetos confundem. Ainda mais o seu. Isso também é tudo muito novo pra mim, mas uma coisa que eu percebi, é que consigo me lembrar de duto o que já vi e ouvi. E por favor, me coloque no chão.

Enquanto tentava se desvencilhar da loirinha faladeira, o velho logo recebeu um complemento das explicações das outras duas. A Mudkip humana, e a outra loira. Ele ficou um pouco calado, enquanto Kathryne ajudava ele a se livrar de Lariel, e assim, ele respirava fundo e voltava a falar.

- Acho que posso sim ajudar vocês. – Sua voz era lenta, mas bem confiante. - Vamos começar com essa jovem e seu Mudkip. Conhecem a Sabrina? Líder de Ginásio de Saffron. Ela tem poderosos pokémon psíquicos, e também é possuidora de habilidades sobre humanas. – Aquela fala arrastada, talvez fosse suficiente para dar uma acalmada no clima. - Vá até Saffron, e procure pela Sabrina. Ela vai conseguir devolver cada um para seu próprio corpo. Ouvi dizer que a habilidade Trace, pode ser usada dessa forma, se for utilizada com energia psíquica abundante e habilidades excepcionais. – Ele dava mais uma pausa, dessa vez um pouco mais longa. - E para essa estranha garota. Que agora está sendo muito mal compreendida pelos humanos, eu mesmo posso dar um jeito. – Ele dizia meio receoso. - Mas, você vai precisar ir comigo para a rota 10. Lá tem um cogumelo especial, que pode te ajudar a retornar sua fala ao normal. Ele tem propriedades curativas e alucinógenas muito interessantes. Acho que um chá dele, pode ser o suficiente para te ajudar. Já que o seu problema parece ser mais físico do que sobrenatural como o da sua amiga ali. – Com isso, ele terminava. Mas olhava com curiosidade para Kathryne. Ela não tinha nenhum problema, então por que chorava tanto? - E você? O que te aflige?

Pena que o senhor uva passa não tinha ouvido o questionamento que Kathryne havia feito a Sapphire momentos atrás. Talvez ele tivesse a resposta para aquela pergunta. Mas, voltando aos problemas das outras duas, parecia estar tudo resolvido, mais ou menos. Lariel precisava ir junto com o velho, para procurar por um cogumelo na rota 10. Já Yoshiro, parecia ter um problema um pouco maior. Teria que procurar por Sabrina em Saffron, e aquilo não seria rápido. Agora, tinham uma decisão para fazer, precisavam se separar se quisessem resolver tudo o que tinham que fazer. Lariel teria que deixar a enseada de lado e seguir para a rota 10, enquanto as outra duas continuavam por ali para ajudar os pokémon. Ou teriam que ficar carregando aquele velho por todo o caminho, e ele parecia ser frágil o suficiente para morrer antes de encontrar o cogumelo. O que fariam então?





PROGRESSOS DA ROTA DE Yoshiro :


PROGRESSOS DA ROTA DE Kathryne :


PROGRESSOS DA ROTA DE Lariel :




Última edição por Andros em Ter 16 Fev - 20:35, editado 1 vez(es)

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Embora meu amor e admiração para minha treinadora seja imenso, até eu devo admitir que ela exagera às vezes, sendo uma presença que facilmente sobrecarga uma vítima inesperada, assim como é o caso desse jovem velhote, por mais estranho que sua existência pareça. Embora a dedução da garota estivesse com uma parcela de lógica, achar que ele entenderia tudo perfeitamente talvez fosse colocar as esperanças altas demais. E foi com esse aviso e reclamações nada mais que justificáveis que fizeram a loirinha se acalmar um pouco, ele não é só um objeto, afinal; Está nessa tanto quanto nós! Apesar disso, seu coração parecia disposta a dar calmaria nos nossos conflitos, seu conselho parecia preciso o bastante para ser de confiança, até mesmo aceitou nos levar, por conta própria, a um lugar que vai desfazer o desejo debilitador em contato humano, algo que é essencial para a espécie da minha coordenadora, nós realmente temos que agradecer. A oferta foi feita, uma solução até meio que milagrosa quando se para pra pensar em tudo que transcorreu, nós temos que aceitar, mas... Eu pensava a mim mesmo, contudo a expressão da adolescente não era exatamente a mais animada, acho que o motivo se torna evidente quando é colocado em retrospectiva todas as interações feitas numa única manhã, tudo por causa dessas duas garotas incríveis... Ir com o sábio seria dar adeus a elas... Pensando bem, nem eu sei o que eu faria...

”Desculpa. Por antes. Vou. Falar. Mais devagar. Melhor assim?” A mocinha dizia, falando em pausas para o homem que agora estava no chão dando seus conselhos. Por que não continuamos com o plano original de levá-lo à enseada? Dessa forma é matar dois pássaros com uma pedra... No entanto... Quanto tempo será que ele tem de vida nessas condições? Sei que pode soar muito mórbido e macabro, todavia até eu temo do estado de fragilidade em que ele foi colocado, não deve ser exatamente saudável colocá-lo no sol quente de uma praia, ou expor a estresse excessivo como ver criaturinhas feridas, uma realidade que devemos nos preparar quando fazemos um resgate... Talvez seja essa uma das preocupações da minha mestra? Não sei dizer ao certo... Os olhos da garota rodeavam toda a floresta, olhando especialmente para os três humanos (seria o ancião ainda da mesma espécie que as outras?) e a Mudkip que estava atenta em seu ombro, seria isso uma escolha entre o resgate próprio e o auxílio ao próximo? Talvez não, pois o maior fator decisivo para ficar com suas companheiras parece ser se divertir e dialogar com elas, pois, honestamente, eu nunca vi Lariel tão feliz quanto agora; Antes isolada em sua casa, sair da cidade era impensável... Mas agora ela pareceu muito mais realizada consigo mesmo, talvez satisfeita de ter tido essa experiência, ter que sair de todo esse prazer de hoje pode até ser considerada uma crueldade, ou talvez não... Pensando bem, essa desabilidade tem cortado o contato com a Kathryne, veterana na qual a Nuvelle tanto admira, talvez realmente não fosse interessante que ela ficasse nesse estado, pois falar com a especialista tem sido um projeto de crescimento enriquecedor, isso é certeza. O mesmo poderia ser dito com a Yoshiro, não obstante o contato com essa acabou sendo mínimo, talvez a morena não tenha o mesmo nível de interesse na novata, ou não houve atrativo para passarem tempo juntas dado as circunstância bem plausíveis.

”Eu... Eu... Eu não queria ter que deixar vocês...” A cara de tristeza da minha companheira era visível, isso realmente é um dilema... Acho que a Lari também entendeu que apesar de estar gostando de falar com Pokémon, ela não pode continuar sua vida assim; A verdade é que esse estado atual pode lhe atrapalhar bem mais que ajudar... O seu olhar de tristeza era carregado, se eu tivesse que fazer uma estimativa aleatória, diria que ela está na beira de mais um choro, talvez adotou essa característica da Kath? ”Yozinha, mal nos conhecemos e já temos que dizer adeus?... E o que acontecerá depois, viraremos apenas uma lembrança no coração uma da outra? E os náufragos? Digo...” Embora fizesse esse último questionamento, fica bem claro que as outras duas são mais que capazes de fazerem esse serviço, afinal nós que somos as novatas e as fracas do grupo, é como a morena falou sobre darmos preocupação... Nós duas sabemos que elas vão se dar bem mesmo sem nossa presença, realmente era uma questão individual sobre estar lá para dar apoio moral e, acima de tudo, passar um tempo para se divertir com elas, não havia necessidade de criar outra façade quando seus sentimentos devem estar evidente. Após mais um momento de reflexão, minha amiga pega a anfíbia em seus braços e caminha em direção ao humano Sapphire, apenas em silêncio... Se fosse falar algo, provavelmente não resistiria suas lágrimas, é isso que decidi acreditar...

Dando um abraço apertado no garoto humano e na garota Pokémon ao mesmo, tenta transmitir seus sentimentos pelo simples gesto de contornar seus braços com a outra pessoa... Então parece que ela fez sua decisão... Para a minha surpresa, ela de fato queria dizer algo, porém foi breve... ”Cuide bem da Yoshiro...” Dizia a loirinha no ouvido do Sapphire, dando um carinho em sua cabeça. O que acho estranho é que... Ele não conseguiria entender, então por quê?... Talvez fosse só um desejo próprio que ela sem querer deixou externo, ou genuinamente esperou que ele entendesse o recado? Desfazendo-se do contato físico com uma, já ia em direção à loira mais velha, querendo dar seu adeus a mais uma amiga... Novamente fez um abraço, esse já contava como o terceiro na mais velha, não é? Apesar da Kath dizer não gostar, talvez esse contato atribua um significado mais profundo ao toque? Ou talvez aceita-los por educação. Esse envoltório humano também foi forte, certamente o mais apertado dos três, talvez a força necessária fosse pra fazer ele mais duradouro? Ainda não entendo exatamente essa espécie peculiar... ”Eu sentirei muita saudade...” Comentou baixinho para a moça que minha treinadora tanto admira. Ela também não conseguiria entender as palavras, mas quem sabe a mensagem?... Com isso finalizado, restava-lhe dar a resposta que já estava subentendida por todos ao velho... ”Eu aceito... Vamos indo?” Disse com um tom estranhamente baixo, talvez se colocasse mais de sua impulsão natural não resistiria a vontade de liberar seu pranto? Oh, Lari...

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