Treinamento Lupino das chamas

Finalmente havíamos alcançado o majestoso Mt. Pyre. Era uma enorme formação rochosa, de fato, e pode-se dizer que “minha boca encher d’água” com vontade de escalar algum paredão mais isolado! Bem, talvez tivéssemos tempo para isso, mas estava ansioso demais para começar esse tal treinamento, e pelo visto Gaulvi também estava. Ainda não tínhamos subido o monte propriamente dito, o líder alfa achou melhor deixar isso para a manhã do dia seguinte, e pelo visto ele tinha planos para um primeiro teste.

Logo ele chamava seu Gloom e dava comandos para que usasse seus esporos a fim de atrair Pokémon selvagens até nós. Bem, na verdade até mim! Já que iríamos ficar um tempo na natureza, não fazia sentido manter minha equipe dentro das pokébolas, então decidi liberar todos eles. Elune e Leona estavam reluzentes como era habitual. Apep tinha mais afinidade com Kinney, então foi na sua direção para reconhecer o novo terreno. Mas de longe, a melhor reação foi Bahlok vendo pela primeira vez Paarthurnax, o mais novo membro do time, chocado do ovo que trazia comigo. O grande réptil ganhou os céus e saiu voando, com uma maestria inata, algo que vinha de dentro. O pequeno dragão, do chão, olhava aquilo tudo maravilhado. Bahlok sempre teve um fascínio com os céus e com as criaturas aladas, acho que ele está impaciente para crescer e se tornar o poderoso dragão voador que é o ápice de sua espécie. E eu estou pronto para fazer de tudo para ajudá-lo a conquistar esse desejo!

- Certo pessoal, nosso treinamento já vai começar por aqui! Paarthurnax, desça aqui garoto! - chamei o Aerodactyl, que mesmo voando bem ainda é um tanto atrapalhado com aterrissagens! - Aqui, coma isso! - dei a ele três doces para deixá-lo mais fortalecido, já pronto para iniciar o treinamento junto com os outros. - Aparecerão alguns Pokémon atraídos pelos esporos do Gloom. Vamos dar o nosso melhor para enfrentá-los! Fiquem todos preparados, vou escolher quem vai entrar na batalha quando eles surgirem! - disse para meus parceiros, e todos entenderam o recado. Apep sorria de forma maliciosa para Kinney, que estava bem ansiosa por aquilo. Leona se concentrava e Elune dava pequenos saltos, de empolgação. Bahlok encarava um ponto fixo, e Paarthurnax soltou o mais alto dos gritos quando viu algo se mexendo próximo de nós. Enquanto isso, Gaulvi iniciava um treinamento com seu time, mas tenho certeza que ficaria de olho em nós. Aquele era o início da minha prova de fogo, e eu já estava ardendo em chamas!                                                            

Mt. Pyre, uma enorme formação rochosa cercada por névoa e lugar de descanço e paz para muitos que ali resolviam guardar memórias de seus mais queridos, sejam humanos ou pokémons. Mas não fora para rezar que dois treinadores  chegam na bahía, e sim para liberar todos os seus pokémons, grandes e pequenos, para o que dizia ser um treinamento.
Gaulvi era nosso treinador número 1, parecia ancioso para sua estádia ali, organizou seus polémons em pequenos grupos e lhe deu ordens militares para se alongarem. Este tem um Charizard, e com a ajuda de uma lente em seu olho, este treinaria o movimento mais forte de um inicial do tipo fogo, o  temido Blast Burn. Gaulvi pede para que Charizard tente acumular energia de chamas em seus punhos e assim ele faz, forçando os músculos de seu corpo e fazendo muita força pra fazer um calor emanar de seu corpo. (Cuidado pra não virar super sayajin meu filho.)
Outro grupo seleto de pokémons era Gyarados, que ocupava bastante espaço no terreno, mas por sorte estavam perto do mar e esta pula pra dentro da água pra ajudar seus companheiros; Rhyperior, que apesar de grande tinha seu espaço de treinamento, e para aquecer seu treinamento acumulava energia num soco com seu braço direito e um segundo golpe eliminando toxinas de seu braço esquerdo; E Riolu, aquele que quase sumia diante tantos pokémons tampando seu destaque no time, este fazia um pouco de força, estimulando todos os seus músculos, lhe garantindo um bônus de ataque e defesa, e depois acumulava energia no seu braço para atacar o ar.

Vamos agora para o nosso treinador número 2, Galvanis, que também liberava toda sua equipe para o terreno. Em especial se destacava Aerodactyl, grande pokémon que por ironia não passava de um bebê recém nascido. Gaulvanis presenteia este com alguns doces, e com uma só bocada este as engole sem nem mesmo mastigar. O Pokémon sente uma estranha sensação em seu corpo, era como se tivesse ficado mais velho, ganhado experiência de vida, algo semelhante.
Todos prontos, uns mais ansiosos que os outros, era hora. Gloom libera finalmente seus Sweet Scent no ar e corre para voltar próximo a seu treinador, que lhe jogava uma nova tarefa. Gloom equipava uma charmosa bandana em sua testa, porém esta parecia pesada e diminuia um pouco seus movimentos. Diante de uma pedra aleatória, a planta conecta um tubo de energia verde e começa a drenar um pouco do energia que havia no minério. Mas minério não é orgânico, então logo sessa sem conseguir absorver muita coisa.

Voltando ao Sweet Scent. Sim, o cheiro foi liberado do ar, era fim de por do Sol, as estrelas num céu sem nuvens cobriam o horizonte. A neblina do mar esfriando era evidente, as ondas do mar eram tranquilas, e um zunido era percebido. Zuuuuuuum. O que foste isso? Uma assombração? Mas horas, estavam num cemitério, o que esperavam?
Uma caveira de cabeça surgia debaixo do pé de Galvanis, e uma luz vermelha e forte se acendia. Atrás de Kirlia um pedaço de pano azulado flutuava a lhe atormentar. Mais um pedaço de pano aparecia dessa vez em sua frente. Quando Rockruff resolve ladrar para o ser, um próximo pano aparecia do seu lado, lambendo sua orelha. Eram um, dois, três... Não, quatro Shuppets e um Duskull dançando ao redor do rapaz e seus companheiros. O que fazer?                                                           

Não demorou muito para a essência de Gloom chamar a atenção de muitos Pokémon nativos do local. E para a minha surpresa, eram todos bem característicos! O grito de Paarthurnax chamou a atenção de todos para um ponto específico, tanto que Elune ia começar a latir quando recebeu uma bela lambida na orelha, fazendo-a arrepiar todos os pelos do corpo!

- Atenção, pessoal! Eles chegaram! - os fantasmas dançavam à nossa volta, aparentemente não apresentando um comportamento agressivo, de fato. Já ouvi histórias de acidentes graves envolvendo este tipo de Pokémon, porém também ouvi histórias de que na verdade eles são apenas espíritos brincalhões e  arteiros. Bem, pelo sim e pelo não, estávamos ali para treinar, isso significava batalha!

- Certo, para essa primeira batalha: Kinney, Bahlok e Leona, uma passo à frente! Teremos mais oportunidades para batalhas Apep e Paarthurnax, por isso não se afobem! - usaria três dos meus parceiros nesse primeiro confronto, mesmo com ambos os ausentes se mostrarem bem ansiosos por aquilo!

- Leona, fique no centro! Kinney à esquerda, Bahlok a direita! - distribuía o campo de batalha da maneira que mais achava eficiente para aquele embate - Leona, comece com Double Team, depois use Disarming Voice! Kinney, avance contra os Shuppets próximos de você com duplo Throat Chop! Bahlok, faça a mesma coisa com duplo Bite! - dei os primeiros comandos de batalha, observando cada um dos movimentos, tanto de meus parceiros quanto dos adversários.                                                            

Separando seu time para confrontar os fantasmas, nosso treinador número dois dá as ordens. Weavile era quem começava o jogo com sua velocidade de dar inveja em qualquer um ali presente. Seu alvo seriam os Shuppets da esquerda, e com seu mata pescoço causa muito dano em vantagem sobre a fantasminha fêmea, sem nenhuma vantagem contra, o que lhe resta é apenas cair em nocaute sobre o solo.
O segundo a se mover seria Kirlia, essa embaça seus movimentos de dança e multiplica rapidamente em vários ilusões, confundindo o adversário e aumentando suas chances de escapar de um movimento. Era a vez agora de Bagon, este que mirava nos pokémons da direita, fez de Duskull seu alvo. Uma poderosa mordida do pokémon dragão (-10 ). Duskull pareceu não muito infligindo por aquele movimento, não era por menos, sua máscara de ossos lhe garantia uma defesa muito boa.
Vez dos fantasmas dessa vez. Um dos Shuppets libera uma aura fantasmagórica (Night Shade) pra cima de Kirlia, porém esta não é atingida por pouco graças a sua ilusão de óptica. O segundo fantasma porém tem sorte de conseguir acertar esta com um movimento físico (Feint Attack -16). O terceiro Shuppet resolve fazer Bagon de alvo, o atacando com a mesma aura que outrora tentou usar, dessa vez o acertando (-10). Pra terminar Duskull fechava o turno lançando uma aura colorida ao redor do dragãozinho, o que com sucesso, lhe causava confusão.
Segundo turno: Mawile novamente com seu braço voltado com energia do tipo dark ataca o último Shuppet da esquerda e nocauteia esse sem este perceber quem o atacou. Kirlia é pega de surpresa por um golpe vindo do Shuppet do meio, uma sombra que se erguia e a pegava por trás, um golpe de prioridade (Shadow Sneak -21 ).
Atacada, mas ainda de pé, e com raiva, a dançarina respira fundo e libera um estridente som de sua garganta, atingindo todos os fantasmas de uma só vez (-13 / -14 / -6). Bagon dessa muda sua estratégia e tenta atacar outro alvo. Estava um pouco tonto, mas conseguia ainda assim provar-se forte para atingir o Shuppet da direita com sua mordida (-12) causando um flinch ainda para ajudar.
Sobrara apenas Duskull a atacar, e este libera um Disable sobre aquele Bite, impedindo o treinador a comandar o golpe por um tempo.

Seguindo agora para o treinador número 1. Gloom mirava agora seu movimento de absorção na base da rocha, e sim, ali talvez existisse raízes e mais microrganismos pra se extrair algo. Gloom ia bem em seu trabalho, mas logo sessava outra vez ao perceber que o gramado ao redor já ficara todo seco e despedaçando com o vento. Não havia mais nada a ser sugado ali.
Rhyperior agora tinha um novo comando, continuar socando o ar intercalando os movimentos em cada braço, porém agora era para trocar. O Pokémon rinoceronte se perdeu muito pra conseguir fazer a troca, pois já havia se acostumado da outra forma. Algumas sequências e essa ficava feliz ao conseguir finalmente realizar o que havia sido pedido para fazer. Riolu continuava a treinar seu Facade e agora com mais agilidade dava pequenos pulinhos, socando o ar como se fosse um quebra queixo.
Gyarados agora em mar novamente executava a dança dracônica, aumentando ainda mais sua velocidade e força física. Com esse poder todo, a enorme serpente mergulha e volta, se jogando contra o céu e voltando num Tibum! Para infelicidade de todos que estavam treinando naquele canto, inclusive Rhyperior e Charizard que não eram fãs de água, ficavam irritados em ser molhado daquela forma e perder sua concentração.
Charizard em principal era o mais puto com a situação, tendo que voltar a se concentrar outra vez. Este fecha os olhos e novamente flexiona seus músculos, começando a emanar um forte calor. Com um soco ele libera uma fraca onda ao redor de si. Não era o suficiente ainda para ser chamado de Blast Burn, mas era o suficiente para deixar Charizard ofegante e exalando suor. Não é atoa, é um movimento que depende de bastante energia e após o pokémon usá-lo, teria que esperar um pouco antes de conseguir usar outro golpe.

Gaulvi resolve montar uma fogueira enquanto seus pokémons treinavam... Bem, precisaria após ser molhado pelo splash de sua Gyarados. Digo, não estava encharcado, mas mesmo assim, era bom estar seco numa noite como aquela. No entanto era a entrada do cemitério, não havia muita vegetação, árvores, pra se conseguir por perto, e o pouco que conseguia era melhor proteger do Waterfall de sua pokémon.

A peleja se desenrola, e aqueles fantasmas não eram pouca coisa. Leona parecia fraca, mas ainda de pé. Kinney era uma máquina, e Bahlok conseguia bons resultados, mesmo apresentando sintomas de confusão. Era o momento de ser avaliado por Gaulvi, que mesmo ocupado em seus próprios afazeres, ainda mantinha atenção sobre o que acontecia do meu lado da cerca; Ora, era pra isso que estávamos ali, afinal. Para ficarmos mais fortes e aprendermos com os mais experientes, mesmo que o nível de treinamento destes seja infinitamente maior!

- Ótimo! Leona, aqui garota! - me aproximo rapidamente de minha fadinha e aplico uma Potion em seus ferimentos - Você está indo muito bem, continue! Kinney, avance contra o Shuppet do meio com Throat Chopp! Bahlok, aguente firme! Foque o Shuppet à sua frente e dispare um Dragon Breath!

A batalha se desenrolava, estava mais próxima do fim - Vamos modificar um pouco nosso posicionamento. Kinney assume o centro, Kirlia vai para a direita, Bagon para a esquerda! Kinney Throat Chop no Shuppet! Leona, Draining Kiss no Duskull!                                                            

Continuando o treinamento de nosso treinador numero 1. Gloom agora vai para próximo da água e começa a usar seu poder de absorção na água. Este faz um grande esforço até que corda de energia encoste em algo, mas após um período de tentativas este parece aliviado. Quando sessa, alguns pedaços de alga escurecidas aparecem a flutuar. Parece que este fora realmente longe.
Riolu muda seu aquecimento de socar o ar e agora tentaria em algo físíco. O pokémon prepara seu soco e bate contra a rocha, mas este reclama um pouco de dor por ter batido em algo tão duro. Com um beijinho na mão o mesmo volta a tentar, mesmo que doesse um pouquinho. Após algumas tentativas, a pedra finalmente trincava.
Com medo que sua Rhyperior se molhasse outra vez, seu treinador a move para perto da fogueira. Seu trabalho agora era conseguir executar ambos os movimentos juntos, intercalando sempre entre as mãos. Era bem difícil para a rinoceronte conseguir executar aquilo com perfeição, era muito informação. Mas ela dava um jeito, mesmo confusa e errando muito, ela conseguia de alguma forma.
Gyarados pelo incidente de ter molhado seus companheiros de equipe agora se afastava da margem e com seu ataque ainda em vigor pelos Dragon Dance executados, esta bate com bastante força sua calda sobre, criando uma grande torrente de água. Mas era uma onda que o treinador queria que ela fizesse, então começou a se concentrar nisso. Não era na base da brutalidade, Gyarados teve que aprender que tinha que bater na água de outra forma pra conseguir executar uma onda, e assim que girou sua cauda na horizontal, uma onda de quase dois metros era formada e logo sessava.
Charizard era chamado para assistir um vídeo de outro Charizard executando o movimento. Este assiste ainda ofegante, e quanto termina encara o mar, carregando o fôlego. Hora de tentar outra vez, esforçou-se bastante para conseguir acumular a energia em seu pulso e com bastante força soca o solo. Este elimina uma forte onda de calor, mas pulsa forte o bastante para empurrar Charizard para trás e fazer este tombar de costas.


Agora o treinador número 2, Galvanis chama sua Kirlia para próximo de si, e espirra um medicamento em suas feridas, recuperando sua energia para voltar ao combate. Nesse tempo, o Shuppet do meio inicia o turno esticando sua sombra por de trás do dragão e lhe dando o dano daquele Shadow Sneak (-8 ). Para infelicidade deste fantasma, Weavile se aproximava e terminava com sua felicidade com um golpe certeiro e efetivo. RIP.
Não tendo como se vingar, Bagon mira no Shuppet restante, lhe atacando de longe com suas chamas azuladas (-14). Mesmo confuso esse dragãozinho tava era com muita sorte.
Shuppet ainda continuou de pé, no seu limite porém. Mandou aquela aura fantasmagórica sobre Kirlia que já se envolvia de volta entre os pokémons, mas erra, já que essa ainda estava rápida o suficiente pra escapar de algo.
Duskull termina o turno dando um insignificante susto no confuso dragão (Astonish -2).
Com outro turno pra começar, Weavile vai para o centro e finaliza o último Shuppet, deixando apenas Duskull em pé. Bagon tenta atacar o pokémon mesmo sem receber uma ordem, porém é atacado por si mesmo (confusion -6). Kirlia com seus passinhos se aproxima do fantasma e beija sua bochecha, o que parecia fofo na verdade era um ataque vampiresco que deixava o pobre caveira bem fraco (-7 e +5 para Kirlia).
Duskull podia ser o mais fraco ali no meio, porém parecia ser o mais resistente e foste o único a ficar de pé. Com um golpe ainda sobrando, lança sua aura colorida ao redor de Weavile, o deixando confuso no processo. Bagon no entanto deixava sua confusão de lado e voltava ao normal.

Havia uma máquina em minha equipe, e essa máquina chamava-se Kinney. Implacável e precisa, ela saltava sobre os fantasmas e derrotou um por um, e como uma boa irmã mais velha e comandante, volta e meia trocava alguns grunhidos com seus companheiros. É esse tipo de atitude que um general esperava de seu oficial de campo. Eu não poderia estar mais orgulhoso de todos eles, mesmo sabendo que podem melhorar ainda mais e ficarem todos mais fortes, exatamente o propósito de estarmos todos aqui.

- Muito bem, todos vocês! Vamos finalizar com isso! - estava pronto para lançar novamente os comandos, até que resolvi dar atenção a algo que já me despertava atenção. Apesar dos Shuppets serem mais implacáveis nos ataques, aquele Duskull era duro na queda! E tinha uma boa estratégia de batalha, visto que manteve um de meus Pokémon em confusão e sem seu ataque mais eficaz e agora atordoou minha melhor combatente. Era, de fato, um Pokémon interessante. Sua capacidade inata do tipo Fantasma também era estrategicamente interessante no uso para resgates, como atravessar estruturas sólidas e afinidade com a escuridão. - Ei, Duskull! - chamei a atenção do selvagem para mim - Você é um ótimo lutador, obrigado por esta batalha! - abri um sorriso e busquei uma Pokébola na minha mochila.  

- Vamos por um fim nisso! Kinney, se concentre e tente aplicar uma Throat Chop! Leona, mais um Draining Kiss! Bagon, Dragon Breath! - repetia os comandos naquela fórmula que se mostrou ser um sucesso e tanto. Assim que tudo se findasse, lançaria a esfera bicolor na direção do Fantasma.