Pokémon Mythology RPG
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[Villain] – Lilycove City –

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E mais uma vez, solidão.

Após tanto tempo sem ter de se preocupar em encará-la, era compreensível o desleixo e a inquietação que pulsavam em suas veias quando, ao olhar ao redor, se via incapaz de encontrar quaisquer conhecidos que fossem, independente de melhor amiga ou amante. Era quase palpável a maneira como seus fantasmas ameaçavam galgar-lhe os contornos, arranhar-lhe a espinha e rasgar-lhe os ombros ao neles se dependurarem, sórdidos, sádicos - demônios à espreita que deliciavam-se com todo e qualquer ínfimo tropeço atordoado dos pés ariscos, das pernas trêmulas. Acima de tudo, preocupavam-lhe as maldições sombrias que, após tanto tempo em hibernação forçada (que acreditava ser meramente culpa de certa presença unoviana), a qualquer momento poderiam eclodir em morbidez caótica cujo objetivo nada mais era que demolir as estruturas protetoras que tanto trabalhava para construir.

...Um balanço de cabeça suave afastou os pensamentos em liberdade momentânea à própria consciência; Escapou dos lábios um suspiro manso, mudo, os orbes acinzentados passeando pelo manto celeste quase que completamente manchado com as nuvens de mesmo tom. Os pensamentos iam, vinham e se perdiam, largados à mercê da correnteza e do contínuo vai-e-vem da maré d’alma, tão exposta às tormentas que desaguavam de fora para dentro, de dentro para fora. Os dígitos pressionavam-se contra a superfície metálica de uma das esferas bicolores que consigo carregava, movendo o objeto de um lado para o outro em silêncio tão relaxado quanto lhe era possível, o peito subindo em descendo em resposta e sincronia inevitável com a respiração - e, então, gentil e em respingos gélidos, foram as gotas aquosas chocando-se contra o rosto pálido que fê-la retornar à própria realidade, as pálpebras se apertando por um instante suave e a cabeça movendo-se para o lado oposto àquele acertado pelo, logo descobriu, cano solto que escorria do corpo de sua dócil máquina de lavar.

— ...Eu sei, Balthazar. — Sopraram-se as palavras, um sorriso ameno brincando nos lábios enquanto os dedos afagavam com gentileza a superfície do corpo de seu fantasma protetor. O nome não era lá muito antigo - em realidade, havia surgido como uma ideia recente que, de certa forma, soava encaixar como uma luva no decoro do animal. — Eu vou tentar. — Respondeu a questão muda que, sabia, escapava pelas engrenagens e dobradiças do equipamento. — ...Mas não acho que tenho como garantir. —  Acrescentou, um sussurro quase inaudível que se perdeu com facilidade aos rodopios da brisa fria; Um sorriso vago correu pelos lábios pálidos, as pálpebras semicerrando-se enquanto um pressionar de dedos trazia para si a responsabilidade da liberação do canídeo bicolor que tencionava trabalhar.

— ...Lawrence, —  Chamou, abaixando-se na altura do Riolu quando o feixe esbranquiçado moldou não só seu formato, como também permitiu ao animal a obtenção da coloração fria de seu pequeno corpo. — fique perto. Hoje vai ser um dia complicado, entende? —  Disse, um sorriso torto e meio afetado despontando do canto dos lábios. Com paciência, a ruiva retirou do bolso da mochila um combo modesto de frutas coloridas, entregando-as ao lutador. — Pode comer no caminho, se quiser. Saiba que, talvez tenhamos que passar por uns maus bocados. Não questione. — Instruiu, simples, afagando a cabeça do filhote antes de se erguer mais uma vez. — Balthazar, cuide dele. Por enquanto, não precisa fazer muito mais. —  Pediu ao elétrico que, com seu olhar vítreo e constante zumbido provindo da corrente que o percorria, simplesmente assentiu com um vibrar tranquilo e um balanço da mangueira conectada ao formato quadricular.

Os passos, então, encaminharam-se com tranquilidade na direção do Cais da cidade, onde as informações superioras apontavam a presença da tal gangue de rua - a moça julgou bem mais fácil ter de lidar com a expulsão de uma gangue (provavelmente por meio de batalhas, se tivesse de apostar) do que simplesmente se infiltrar pela segurança de uma organização de Contests para entregar sabe-se lá o quê para alguns bandidinhos que nem bem sabiam o que queriam da vida. Além disso, imaginou que seria mais simples identificar alguns arruaceiros no meio da rua, então por que não procurá-los para evoluir e/ou fortalecer seus pokémons, huh?

...Retirou, então, o costumeiro aparelho alaranjado do bolso, o polegar afagando-lhe a borda enquanto atravessava pacientemente as ruas da cidade. Tão tranquilos quanto as próprias passadas, os orbes acinzentados passearam pela tela opaca do eletrônico, mais especificamente pelas mais recentes mensagens trocadas - e torceu o canto dos lábios, divertida, ao se deparar com mais uma das tantas “discussões” de Flora e Lisanna do grupo do Pokézap que, aliás, havia recebido mais dois membros recentemente, que se tratavam coincidentemente do casalzinho que encontrara às margens de Fallarbor; Enfim, não era ali que tencionava manter a atenção, então logo desviou-a para outra conversa pois, independente do que estivesse para fazer, ainda tinha algumas mensagens para entregar.

Para Luch escreveu:
”Ei, como tá? Você conseguiu chegar de viagem? Me dá notícias pra eu não achar que você, sei lá, afundou no oceano, viu?”

Para Karinna escreveu:
”Arranjando muita confusão por aí, Shuckle?
Sinto sua falta. Vou ter que resolver os assuntos que você me meteu, bonitona… Me deseje sorte.”


Digitadas, enviadas - paciente, a ruiva bloqueou a tela do eletrônico, enfiando-o no bolso e deixando-o de lado; Não acreditava que seria necessário responder e/ou mandar mais coisa alguma por ora, então, limitou-se a caminhar pela estrada acimentada que se dirigia à orla, acompanhada unicamente pela dupla de pokémons (um veterano, um aprendiz) anteriormente liberada.

Não precisava de nada mais, afinal.

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Novamente atormentada pelo espírito da solidão, Natalie buscava foco para sua fatídica missão de Rocket Grunt... Não havia a companhia de Luch ou Karinna para alegrar um pouco mais seu dia, mas enfim... Nem poderia ter... No caminho que escolheu para si, ou melhor, foi escolhido para si, não poderia incluir o primeiro e não dava para contar com a presença da segunda, pelo menos não por enquanto, uma vez que estava diante de uma "prova de fogo" individual para sua aprovação nas fileiras Rocket. O fato é que Natalie tinha dois objetivos em mãos e não havia chance de falhar. Por sorte eles eram bem ressoantes e complementares, mas ao mesmo tempo ímpares e lhe custaria certamente mais do que um único dia para resolvê-los.

— GUARDA-CHUVA! AGORA É 5, CHOVEU É 15! — Gritava um vendedor na movimentada Rua do Cais de Lilycove. Ainda era tarde, então o fluxo de pessoas era altíssimo. À direita da jovem os próprios Cais, composto de armazéns acessíveis pela rua, apesar de fortemente protegidos, e o Porto propriamente dito, logo atrás dos armazéns. Encomendas chegavam de container de várias partes do Mundo e eram recolhidos por grandes guindastes ali. Em seguida, eram armazenados nos galpões visíveis ali mesmo da rua. Provavelmente a tal Gangue que Natalie procurava agiam nestes edifícios, roubando algumas coisas, talvez recursos dos próprios Rocket...

Mais adiante, depois do último Armazém, havia a aduaneira, onde faziam a fiscalização de todos os produtos que chegavam através de navio. Ao seu lado, o Porto exclusivo para Transatlânticos Inter-regionais, de onde muitos turistas saíam e entravam, principalmente agora numa época de "alta" deste tipo de viagem. Já à esquerda de Natalie havia uma espécie de rodoviária para micro-ônibus, especificamente de uma linha que fazia viagens do Norte ao Sul, onde localizava-se o porto, e vice-versa. Havia espaço para pelo menos cinco micro-ônibus estacionarem, mas três vagas encontravam-se ocupadas por uma obra, provavelmente dos esgotos, onde quatro funcionários discutiam calorosamente sobre suas funções. Além deles, passageiros pareciam enfurecidos pelo número reduzido de ônibus que geravam fila.

Atrás da garota, Lawrence e Balthazar, pareciam tranquilos e interagiam timidamente entre si. O pequeno Riolu, com os braços cheios de frutas, comia lentamente cada uma delas, descartando as sementes assim que apenas elas sobravam. Já o Rotom, não tirava os olhos do pequeno e reforçava o cuidado em não engolir nenhuma das sementes, agitando negativamente o "cano", o que levava à respingos de água na nuca da ruiva. Entretanto, provavelmente os respingos viriam de outro lugar que não fosse o Pokémon, já que a tormenta se avizinhava com o assustador encontro das nuvens e o retumbar dos trovões, que de certa forma movimentava a economia daquele micro-ambiente:

— OK! GUARDA-CHUVA É 20! SE CHOVER MUITO É 30, HEIN! — Continuava anunciando o jocoso ou não vendedor. Natalie tinha que decidir o que fazer para investigar e descobrir mais sobre a gangue. Por onde começaria? [Villain] – Lilycove City – LrpOMIF


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Incomodava-lhe a necessidade não só de ter que explorar uma cidade em pico de organização de contest atrás de um bando de arruaceiros quaisquer que muito provavelmente nem sequer chegavam a atrapalhar as operações secretas e patéticas realizadas pela organização criminosa a qual se submetia mas, principalmente, irritava-lhe tê-lo de fazer entre uma multidão de comerciantes e turistas que praticamente sufocavam-na em um lugar que deveria ter como seguro simplesmente pela existência do mar e suas ondas tímidas que escoltavam barcos e navios para a costa e o cais.

A chuva veio como um bônus - quando as primeiras gotas caíram sob sua cabeça, a reação imediata que escapou foi um aperto discreto das pálpebras, uma das mãos se erguendo à altura do rosto para que os orbes acinzentados pudessem passear, livres, pelo céu manchado. Há algum tempo não tinha de lidar com um temporal e, particularmente, o calafrio que corria por sua espinha era inevitável ao pensar que, bem, não era novidade alguma que a tormenta costumava varrer para dentro do peito inúmeros fantasmas (antigos, novos) que ousava ponderar estarem esquecidos.

...Quais seriam eles, daquela vez?

— ...Não vai ser fácil, huh. — Murmurou, balançando a cabeça em negativa, torcendo o canto dos lábios em frustração. Antes de qualquer coisa, porém, a moça se deu ao luxo de revirar a mochila por trás de uma capa de chuva (duas, em realidade) outrora utilizada pelo narigudo rochoso na sua empreitada pelo Monte Pyre; Paciente, a utilizou para recobrir o corpo do canídeo lutador, abotoando a peça em seu pescoço para que o mesmo ficasse tão protegido quanto possível do choro que escorria do céu. Feito isso, ela também colocou uma sobre os próprios ombros, ainda que não se incomodasse realmente com a umidade - Balthazar, por sua vez, não precisaria, considerando sua tipagem, então deixou por isso mesmo. — Fique atento caso veja alguma movimentação estranha. — Pediu ao eletrodoméstico, ajeitando o capuz sobre a cabeça enquanto observava cuidadosamente ao redor.

As primeiras coisas que percebeu foram, claro, a obra que ocupava o espaço dos ônibus e, principalmente, o ambulante que esgoelava-se para tentar vender alguns guarda-chuvas para aquele mundaréu de pessoas que caminhavam de um lado para o outro, e isso sem considerar os enormes galpões, depósitos e containers que existiam vizinhos ao porto e, se tivesse de apostar, muito provavelmente era por ali que os dito cujo que procurava estavam arranjando confusão - apesar de que, hah, ir lá de cara não devia trazer muita vantagem naquele projeto de missão, principalmente levando em conta que ainda não era tão tarde assim; Que tipo de pessoa assalta em plena luz do dia, né?

Então, a atenção volveu para o vendedor, mas acabou por deixá-lo de lado: Aquele ali tentaria arrancar uma grana sua antes de abrir o bico, então as pupilas logo optaram por repousar na imagem do pessoal lidando com as obras. A parte mais lógica da situação era que, bem, se existiam pessoas causando baderna o suficiente para incomodar até mesmo a Equipe Rocket, qual seriam as probabilidades de que também não estivessem irritando/atrapalhando obras comuns que ocorriam no meio da rua? Talvez conseguisse pescar alguma informação do grupo de homens, mas...

Mordendo com discrição o canto do lábio inferior, o pensamento veio rápido; Uma respiração profunda foi o suficiente para encorajá-la à retirar o celular da mochila, tomando o cuidado de deixá-lo no silencioso antes de o colocar contra o ouvido e, então, caminhar na direção do quarteto. Não queria abordá-los diretamente para o caso de acabar soando suspeito demais então, oras, que outra opção teria, não?

— ...Ai, eu sei, mas nem tá tão tarde assim! — Desandou a falar, revirando os olhos em um gesto quase exagerado. — Tá, tá. Ai, 'cê realmente acredita nessa história? — Debochou, balançando a cabeça ao parar quase que exatamente ao lado dos homens, os orbes acinzentados passeando com tranquilidade pela imagem de seus dois pokémons. — Não, tipo... Quer dizer, se liga, né? Que tipo de galera ia querer ficar arrumando confusão logo por aqui? Tem tanto lugar mais tranquilo, sei lá, Mu Island? — Questionou para ninguém, um riso tranquilo escapando da garganta. — ... ...Nada a ver, velho. Eu acho que é só boato pra espantar de ficarem viçando de noite, sabe? Tem até gente trabalhando aqui! — Acrescentou, finalmente volvendo a atenção para os trabalhadores. Será que... Era uma boa aquele tipo de abordagem? Ugh. — Qual, gangue que nada. Relaxa, tô te falando, deve ser tudo ladainha. — Reforçou. — Não devo demorar, não. A Dalila ia chegar que horas, mesmo? — Pausa. — Sei, sei. Tô ligada. Vamo ver.

...
Hmm.

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Natalie sentia a chuva começando a cair sobre Lilycove, sobre si e também sobre seus Pokémon, um gatilho para experiências não tão interessantes do passado. Sendo assim, questionava-se quanto ao que elas trariam desta vez. Haviam muitas variáveis no cenário de sua missão, o que tornava a busca cansativa antes mesmo de começar. Por isso, resolveu primeiro cobrir Lawrence contra a chuva, repetindo o feito sobre si mesmo. O pequeno lutador, surpreendido pela ação, sorriu de maneira amigável e satisfatória, abraçando a capa para mantê-la mais fechada (+3 Happiness). Já Rotom, que não se importava muito com a chuva em seu "estado" atual, apenas recebeu a ordem para que ficasse atento à qualquer movimentação, a qual respondeu com um leve chiado e uma expressão constantemente vazia.

Natalie então, tomando sua primeira decisão em direção à missão, resolveu aproximar-se dos trabalhadores que ocupavam grande parte da rodoviária e começou uma conversa fictícia no celular, citando perigos, a cidade e... Uma gangue. Em um primeiro momento os homens nem estavam ouvindo sua conversa, mas assim que um deles notou a proximidade da ruiva e cismou em encará-la, parecia estar prestando atenção na sua conversa, esperando ela terminar para fazer uma abordagem. Um deles, mais alto e também mais fortinho, além de extremamente suado, ajeitou o capacete de proteção, usou uma toalha presa ao pescoço para tirar o excesso de suor e pigarreou para chamar a atenção de Chase, antes de começar a falar, parando o seu serviço para isso...

Não pude evitar de ouvir sua conversa, senhorita... E bem, esse negócio de gangues é real hein. Se eu fosse você não andaria desacompanhada pelas Ruas de Lilycove... Essa obra aqui inclusive, é pra reparar o esgoto. Alguns arruaceiros andaram quebrando coisas lá embaixo e tenho certeza que foi um desses meninos de gangue! Dizia o homem, fazendo uma expressão "parecida-com-o-emoji-do-blastoise". Já o outro, mais magro e baixinho, com um leve cavanhaque, apenas ria da atitude do colega, sacudindo a cabeça negativamente enquanto retornava a seus afazeres Eu saio do trabalho daqui há uns 15 minutos, se a jovem quiser me esperar, eu posso te levar até em casa, quem sabe a gente não para no caminho para tomar um café ou um suco... Apesar da chuva, o dia tá meio quente, né? Continuou o galanteador trabalhador, para a vergonha alheia do colega. Como Natalie reagiria? [Villain] – Lilycove City – LrpOMIF


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Ainda que a preocupação inicial fosse inevitável quando os homens pareceram simplesmente não dar bola para seu teatrinho manjado de filme de sessão da tarde, bem, ela logo se dissipou quando as palavras atraíram a atenção não só de um, mas de dois dos trabalhadores ali presentes. Aparentemente não seria necessário pensar em uma outra abordagem (graças aos céus, considerando que sinceramente não tinha lá muitas ideias partindo daquela ligação, sabe como é), e a ruiva teve de conter um pequeno sorriso no canto da boca diante do fato. Pelo menos aquilo era a parte fácil, né?

— Isso. Aí eu te confirmo depois, pode ser? — Outra pausa. — Tá certo. Então a gente se fala mais tarde, te dou notícias. Beijo, tá? — Foi dessa maneira que a "ligação" foi encerrada, o eletrônico sendo afastado da orelha para que pudesse mexer na tela por alguns segundos, "distraída", antes que o pigarro e as palavras do obreiro dessem conta, por sorte, de chamar sua atenção. — Huh?

— Sério? — Perguntou, erguendo as sobrancelhas em uma expressão surpresa, os dedos se apoiando com delicadeza à frente dos lábios. — Nãão! Ah, para, você só tá querendo me assustar! — Acusou, franzindo o cenho com suavidade e encolhendo os ombros, num gesto tímido e meio acuado. — Como que pode, saírem destruindo o esgoto e não ter ninguém nem pra contar a história? Você acha que eles ainda ficam por aqui? Quer dizer... Esse tipo de gente não fica mais em lugar mais esquisitão, sombrio, sei lá? — Quis saber, em interesse inocente, mordendo com discrição o lábio inferior.

...E, claro, a paquerada.
Não tinha se iludido que não teria possibilidade de acontecer, duh.

— Ah... Então, eu tô esperando minha prima, sabe. — Comentou, um sorriso gentil passeando pelos lábios. — Ela devia ter chegado mais cedo, mas o navio atrasou e tudo o mais, um saco, sabe! — Reclamou, revirando os olhos e apoiando uma das mãos no quadril. — Parece que tiveram problema com um negócio de carga, eu nem entendi. Aí tenho que ficar plantada aqui esperando sabe-se lá até quando. — Acrescentou, balançando a mão na frente do rosto e deixando escapar um suspiro frustrado. — Vocês que devem ter sorte! Quer dizer... Apesar de lidar com gente quebrando o quê? Canos? — Riu, sem graça.

Bem, até que não tinha sido tão ruim, né?
...até então.

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Natalie havia tido bastante sorte em chamar a atenção de dois dos trabalhadores. Seu teatrinho havia despertado a atenção de um dos dois, que usou o assunto para uma paquerada e do outro, simplesmente por achar graça das tentativas infrutíferas de seu colega. Aliás, quando Natalie gentilmente dispensou o homem - que devia ter o dobro da sua idade - o outro acabou dando uma risadinha mais alta, deixando visivelmente irritado o galanteador operário Ah, sim... É... Ok então...! Comentou o grandão, "fechando a cara" e voltando ao trabalho. Já seu parceiro, apoiou-se na pá que usava para tirar entulho e com um sorriso faceiro, comentou com Natalie...

Se eu fosse você, não comentaria sobre gangues assim tão claramente, sabe? Aqui em Lilycove você nunca sabe quem pode fazer parte de um grupo criminoso ou não. Não é como se fosse Mu Island... Disse ele, fazendo referência à frase da garota ...Mas o crime anda se espalhando, de uma forma mais organizada... Ou você acha que qualquer criança ia usar o esgoto pra roubar o Contrabando dos Rockets e ainda cavar e explodir túneis sem ligar para nada? Alguém tá querendo crescer por aí, manja? Continuou explicando, talvez querendo indicar algo? Enfim, ele sabia bastante sobre os "esquemas" do lugar e dava a entender que não eram apenas pivetes fazendo roubos. Seria alguma Organização se infiltrando nos negócios Rocket. Se fosse o caso, poderia ser uma missão grande demais para uma Grunt.

Natalie certamente tinha muitas questões a fazer, mas antes que pudesse raciocinar em expressá-las, o supervisor dos dois os chamavam para uma reunião, algo que prontamente obedeceram, afastando-se. Chase agora tinha mais informações nas suas mãos, mas ainda não pareciam ser suficientes para resolver o grande problema de sua missão. É claro que haviam muitos mais elementos a se estudar e abordar, com calma ela conseguiria "montar" esse caso e talvez resolvê-lo. O que Natalie faria agora então? [Villain] – Lilycove City – LrpOMIF


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— ...Roubar contrabando de Rockets? — Veio a questão, o cenho se franzindo com discrição mas, dessa vez, um pouco mais sincero do que as outras reações até então. Em momento algum a ruiva se importou com a "birra" do mais velho, principalmente considerando que não tinha plano nenhum de dar bola para o dito cujo, então o interesse era obviamente voltado às palavras do segundo homem; Ora, mas aquilo ali parecia mais um plano bem arquitetado que simplesmente um vandalismo sem sentido e razão... Será que teria mais problemas em resolver o caso do que tinha imaginado inicialmente? — 'Cê acha que tá tão ferrado assim, à ponto de ter uma segunda organização querendo comer pelas beiradas e "subir"? — Perguntou, respirando devagar, os orbes acinzentados passeando pelo rosto do rapaz.

Infelizmente, o terceiro elemento da cena - o supervisor - veio para atrapalhá-la, arrematando suas duas fontes de informação (independente de quão básicas elas fossem) de uma vez só. O fato obviamente caiu em seus braços com uma pitada de frustração mas, enfim, a treinadora aceitou que não conseguiria mais nada por ali: Tal como os dois trabalhadores, ela própria deu meia-volta e se foi, esfregando as têmporas ao guardar o celular em um dos bolsos, pensativa. Não precisava pensar muito, porém, para ir de boca à segunda peça de quebra-cabeça que achava que poderia usufruir: Sem pressa, os passos a encaminharam imediatamente na direção do vendedor de guarda-chuvas, afinal, dizem que dos olhos da rua ninguém escapa, né?

— ...Alô, senhor? — Chamou, um sorriso ameno brincando nos lábios. — Qual é mesmo o seu preço? Vinte, é? — Questionou, ponderando o tipo de abordagem que poderia ter com aquele homem. Vejamos como ele reagiria, primeiramente, huh?

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O comentário do segundo trabalhador foi certeiro em despertar tanto um interesse, quanto um receio por parte de Natalie em relação a toda a situação que ocorria entre Rocket e a Gangue. Até porque, se ela lembrasse bem sobre as palavras do Rocket que lhe passou a missão, ela poderia até mesmo ser derrotada e ainda sim cumprir a missão. Seria esta uma forma de usá-la como isca descartável? Uma "queima de arquivo"? Se fosse o caso, Karinna estaria realmente segura com toda essa confusão? Enfim...

Natalie até tentou arrancar algo a mais do trabalhador, mas quando foi chamado pelo supervisor, ele prontamente retornou, mas não sem antes olhar por cima do ombro para a ruiva e fazer um gesto de "fazer o quê? boa sorte", além de manter o mesmo sorriso de antes em seu rosto. Pois é, não teria mesmo jeito de descobrir mais daquele rapaz, pelo menos não agora... Sendo assim, era hora de buscar outra fonte de informação e foi pensando nisso que a ruiva aproximou-se do vendedor de guarda-chuvas, uma figura que parecia onipresente nas ruas de Lilycove.

Sua abordagem era cautelosa, questionando sobre o preço do guarda-chuva, mas resultou em uma reação explosiva Opa, opa... Na verdade é 30, mas posso fazer por 20 pra você! E aí, o que acha? Quer levar quantos? Qual cor? Imediatamente o vendedor pareceu "ligar-se", fazendo uma pergunta atrás da outra e já estendendo os guarda-chuvas de diversas cores para Natalie. O que ela faria então? [Villain] – Lilycove City – LrpOMIF


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Considerando que tinha uma capa de chuva, bem, não era preciso ter muito mais que dois neurônios - ou nem isso, talvez - para descobrir que seu interesse maior por ali não eram exatamente os guarda-chuvas. A moça tinha consciência do fato mas, sinceramente, não acreditou que precisava se importar com aquela pequena informação naquele momento, principalmente levando em consideração que não era como se um ou outro ambulante fosse se importar com aquele tipo de situação - quer dizer, pelo menos a ruiva apostava que não, levando em conta que poderia estar lucrando com aquilo, né?

Foi com o semblante tranquilo que a treinadora escutou a explosão animada do homem diante da possibilidade de uma venda - o que não era estranho, afinal, quem não quer se livrar das mercadorias que carrega? -. Os orbes acinzentados passearam cautelosamente pelo leque colorido que lhe era estendido, a cabeça se balançando com suavidade antes que os dedos roçassem pela ponta de um dos objetos, um sorriso ameno brincando nos lábios no processo.

— ...Bem, eu não me importo com especificações... — Começou, devagar. — ...Mas, na verdade, eu queria uma outra coisa de você. — Acrescentou, mordendo o canto dos lábios e se permitindo um sorriso simples. — Podemos chegar à um acordo, que tal? — Sugeriu, abaixando o guarda-chuva que lhe era estendido. — Eu levo, mas quero saber de uma informaçãozinha. Nada demais, juro! — Garantiu, franzindo a ponte do nariz num gesto de graça.

— ...Então, sabe como é... — Disse, ajeitando brevemente uma das madeixas avermelhadas por detrás da orelha. — Ouvi falar que tem uma gangue espreitando pelos lados de cá, e tudo o mais. — Explicou, o tom de voz baixando, tranquilo. — O que eu quero saber é: O que uma garota precisa saber pra ter um pouco de aventura? Se é que você me entende... — Arriscou.

Será que ele era boca solta? Esperava que sim.
...E que tivesse alguma coisa pra soltar, é claro.

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Natalie esperava que o homem compreendesse que seu interesse ali ia bem além de simples aquisição de mercadorias, afinal os guarda-chuvas não eram tão necessários para quem já tinha uma capa de chuva que cumpria o seu papel. Entretanto, como muito bem notou, o homem não parecia se importar muito com "necessidades" e sim com vendas. Ele empurrava a mercadoria para que a ruiva levasse, o que gerou uma resposta de Chase, tentando ser mais específica sobre o que realmente buscava, mas sem ser tão óbvia, portanto terminou seus questionamentos querendo saber "O que uma garota precisa saber pra ter um pouco de aventura?".

Aventura? Hohoho Respondeu o vendedor, com uma risada um tanto enigmática ao final da pergunta praticamente retórica. Nesse instante uma viatura da Polícia Local, não dos Ranger, passou bem devagar pela rua de acesso à Rodoviária e era notável que o policial do assento do carona, trocava olhares cheios de significado com o vendedor, que logo tratou de continuar o assunto Uma garota pode ter muitas aventuras aqui em Lilycove, principalmente de noite. Mas o que ela realmente precisa para uma BELA aventura é de pelo menos cinco guarda-chuvas com estampas únicas e um tecido que barra cada gotícula de chuva. E essa opção especial eu tenho, custa PK$ 35 cada um, mas faço por PK$ 150 se levar os cinco! Comentou o homem, sorrindo tranquilo ao guardar os guarda-chuvas comuns e baratos para retirar o mais caro da bolsa e ofertar, com certas segundas intenções, à Natalie. O que a jovem faria diante disso? [Villain] – Lilycove City – LrpOMIF


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