Mas, claro, por mais que sua movimentação no espaço-tempo e mesmo os desaparecimentos de todo um universo que a rodeava tentassem testemunhar à favor de sua insanidade, bem, sempre existiam os discretíssimos fragmentos que sussurravam-lhe o contrário, tecendo promessas quase vazias de que suas experiências não eram lá tão descabidas. A da vez, inclusive, veio como um murmúrio maldito ao pé do ouvido, os músculos retesando e estremecendo quando o timbre grave cumprimentou-a como melodia amaldiçoada, distante, que jamais deveria ser liberta aos ouvidos de meros camponeses em meio ar.
...Discretos, os dedos se pressionaram sobre as palmas, as unhas roçando pela pele e ameaçando rompê-la em arranhão bruto. Naquele momento, o pescoço torceu-se para o lado, a visão periférica buscando uma imagem que, ainda que desejasse que não, tinha plena consciência de quem era o responsável por detrás das palavras que ecoavam no cômodo vazio. As pálpebras ameaçaram se cerrar, os ombros encolhendo-se em reação inevitável e a respiração indo e vindo em uma tentativa tola de manter-se serena - afinal, sabe-se lá quão rápidas as coisas poderiam ir de oito à oitenta, huh?
— ...Você ainda está aqui. — Murmurou, balançando a cabeça em negativa e afundando as unhas sobre as palmas, silenciosa. — Não achei que fosse continuar. — Balançou a cabeça, discreta, antes que a atenção enfim se voltasse à esfera largada no chão mencionada pelo fantasma. A sobrancelha se ergueu por um instante e, então, a ruiva se inclinou para recuperar o objeto entre os dedos, estudando-o ao trazê-lo para próximo do rosto. — ...De onde veio isso? — Murmurou, franzindo o cenho com discrição.
...Seria aquilo mais uma sina, tal como o pedregulho rochoso que a acompanhava?
...
Perigoso.
...Discretos, os dedos se pressionaram sobre as palmas, as unhas roçando pela pele e ameaçando rompê-la em arranhão bruto. Naquele momento, o pescoço torceu-se para o lado, a visão periférica buscando uma imagem que, ainda que desejasse que não, tinha plena consciência de quem era o responsável por detrás das palavras que ecoavam no cômodo vazio. As pálpebras ameaçaram se cerrar, os ombros encolhendo-se em reação inevitável e a respiração indo e vindo em uma tentativa tola de manter-se serena - afinal, sabe-se lá quão rápidas as coisas poderiam ir de oito à oitenta, huh?
— ...Você ainda está aqui. — Murmurou, balançando a cabeça em negativa e afundando as unhas sobre as palmas, silenciosa. — Não achei que fosse continuar. — Balançou a cabeça, discreta, antes que a atenção enfim se voltasse à esfera largada no chão mencionada pelo fantasma. A sobrancelha se ergueu por um instante e, então, a ruiva se inclinou para recuperar o objeto entre os dedos, estudando-o ao trazê-lo para próximo do rosto. — ...De onde veio isso? — Murmurou, franzindo o cenho com discrição.
...Seria aquilo mais uma sina, tal como o pedregulho rochoso que a acompanhava?
...
Perigoso.