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Essa rota foi fantástica, Andros, fico muito feliz por ter sido narrada por ti. Quem sabe no futuro teremos oportunidades semelhantes, pois eu simplesmente amei ^^. Espero que tenha sido divertido para você também e desculpa por qualquer coisa!
Após muita concentração e canto, minha treinadora mostrou o resultado para o senhor e ele sinaliza aprovação, além de instruções sobre como deve ser consumido, afinal doses diferentes devem surtir eficácias variáveis, e eu quero cem por cento de chance de dar certo, por favor! O que mais me preocupava, no entanto, eram os efeitos colaterais intrínsecos dessa confecção natural, estaria realmente bem uma garota que é geralmente tão fraca tomar isso então? Fora quando fomos para o navio, eu não me lembro de ela ter comido uma única vez nos últimos três dias, então seu organismo já deve estar fragilizado por si só... Todavia, eu não tive tempo de inquirir ou questionar o pedido, Lari já estava bebendo a mistura, fazendo certa cara de amargura e desgosto, porém sabia que isso seria necessário. Acho que a única coisa que posso fazer é garantir sua segurança enquanto nesse estado, essa última batalha fez meu poder aumentar, isso eu posso sentir, então eu acho que vai dá tudo certo, não vai durar muito tempo, não é?
Assim como fora dito, os efeitos já pareciam ter começado, a loirinha fecha seus olhos e se deita na areia, levemente mexendo suas mãos como se fossem impulsos jorrando dela... Pouco depois, ela abre sua boca subitamente, como se estivesse com uma exaustão e ela estivesse sendo expelida aos poucos... O que está acontecendo? É realmente para ser assim? O Raoni está falando a verdade, não é? Não vejo motivo para ele está nos enganando nem nada do tipo... OK, eu vou ficar cuidando da Lariel, tomara que esteja tudo bem, melhor eu não atrapalhar nem nada do tipo...
...
- Onde que... Onde eu estou? Ninian? Onde você está? – O meu despertar não fora dos mais agradáveis: um singelo choque de percepção sobre a situação onde me encontro; uma aspiração para me curar dos devaneios que essa viagem insana me proporcionou. Não obstante, meus olhos não me concedem visão, o que não é por si só motivo para se assustar, afinal estou debaixo de uma ponte em que eu mal conseguira enxergar um Diglett se não desse sua localização com reclamações. O que me alerta, no entanto, é o fato de que apenas há vazio sobre o meu campo de visão, não importa o quanto eu mexa minha cabeça. Como se fosse a cereja no topo do bolo, os efeitos do medicamento ainda não passaram, eu quase que não sinto meu corpo, é como se eu pudesse flutuar, como se a Terra fosse isenta de gravidade, de fato é um bolo cozido por infortúnio e caos.
Colocando minha mente para pensar, eu tinha que raciocinar o que havia acontecido no momento em que desmaiei com a potência do cogumelo que invadiu minha psique... Uma breve inspeção no meu corpo revelava que... Eu não possuía minhas vestimentas. Chegando um passo a mais para os meus sensos, percebo que meu corpo está suspenso no ar; Minhas pernas não estão nem relaxadas sobre um solo, nem presas por correntes sobre uma parede tal qual prisioneiros de calabouços fantásticos seriam submetidos. É como se eu pudesse nadar sem água, correr sem chão. Isso, é um sonho. O que o cosmos da minha mente prepara para mim? Que mensagem há preparado para eu decifrar, que emoções eu devo sentir? Não tardou para que eu, refém do mundo ultramarino projetado pelo meu cérebro, recebesse visita de um ser enigmático, livre de forma descritível além daquela de uma chama, forma que se alimenta de alguma substância que eu não seria capaz de conhecer. Incandescente como uma torça, ilumina todo o ambiente vazio, dando-me visão definitivamente sobre o meu corpo e o campo onde meu avatar flutua: o Espaço. Com direito à estrelas, nebulosas e galáxias perceptíveis ao meu olho nu, não consigo evitar se não sentir ambos medo e maravilha, esse fungo é uma droga potente... A “chama” não era vazia de cor, é caracterizada por um amarelo agradável e confortante; Meu cabelo e minha essência se ressonam com essa cor, é o mesmo da minha mãe cuja deixei sem nem mesmo dizer adeus ao sair de casa três dias atrás...
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- Lari, oh Lari, por favor, acorde! – Eu já estava suplicando, chorando. Minha companheira não tinha acordado desde agora e, apesar de ainda está respirando, já se passaram horas! O Raoni também fora dormir, pelo visto, se ficarmos tempo demais aqui, podemos ser notados por algum humano ruim ou pokémon predador, nem eu sei sou tão confiante em minhas capacidades para isso...
Felizmente, talvez por conta de eu estar na barriga da menina, ela começou a se mexer e fazer barulhos, ela está acordando?! Ela... Ela abriu os olhos! Contudo ela não está fazendo mais nada, está só olhando para cima... O que esse maldito cogumelo fez...? - Lari! Você está bem? – Tentei chamar sua atenção falando mais uma vez...
- N. Ninian?... Eu tive um sonho tão... Um sonho tão estranho, acho que essa é a palavra certa... – A mocinha dizia suas primeiras palavras depois de horas, o sol já tinha se pondo, a lua já estava mostrando seu próprio tipo de brilho, passamos tempo demais. - Nini, eu... Eu não consigo mais te entender, parece que realmente deu certo... Minha visão ainda está estranha, eu não consigo ver... nada... Espera, que hora são?! – Parece que ela finalmente voltou aos seus sensos, mesmo que talvez ainda grogue da dormida... Sim, muito tempo já se tinha transcorrido, nós precisamos nos organizar para ir... Ah, verdade, ela também não conseguiria mais me entender... Embora seja de certa forma deprimente, eu entendo que talvez isso seja o melhor para ela...
- Raoni! Como ele está? – Parece ter se lembrado do próprio velhinho que a ajudou antes com os ingredientes também enquanto se levantava da areia e pegava sua mochila... Eu apontei para onde ele tinha ido descansar e fomos até ele. - Senhor, deu tudo cer- – Pausou sua fala assim que tocou na mão dele, talvez não queira acordá-lo? Ela parecia mais assustada do que o normal, seria mais um dos efeitos?... Voltando-se para baixo, Lariel percebe a pletora de itens que ele deixou ao lado dele, eu também fiz questão de protegê-los de qualquer um que viesse, não quero que seja roubado. Foi tanto tempo, que estou começando a ficar com sono... - E. Eu farei... – Disse minha coordenadora ao ler o papel que estava junto com os pertences. Apesar de eu não saber o que estava escrito, esses eram... Para a loirinha? Ela não colocaria em sua bolsa por motivo nenhum, eu imagino, então será que são uma última lembrancinha dele?... Eu achei melhor não perguntar nada, a minha companheira acabou de acordar e parece meio fora de si, melhor dar tempo para ela se compor... Para a minha surpresa, Lari pega o senhor pelo colo novamente enquanto ele dorme e, com passos lentos, caminhava para fora da areia e novamente para a ponte de madeira, agora estamos em cima dela, em vez debaixo.
- Se continuarmos o caminho, tem uma cidade mais a frente, podemos colocar o Raoni para... Descansar lá... E então vamos para casa... Eu imagino que você esteja cansado, Nini... – Lariel dizia com palavras mais pesadas do que o normal, o que estava acontecendo que eu não percebi? Ela não queria se separar dele sem antes dar um adeus assim como foi o caso para a Kathryne e a Yoshiro...? Eu tenho certeza que ele entenderá, boba...
E assim nós demos continuidade para a rota e então para uma cidade que eu não conhecia, a Nuvelle também não parecia ter muita ciência das coisas ou localidades, mas com a ajuda da polícia ela conseguiu um lugar para o velhote dormir, ao menos foi isso que pareceu ter acontecido... Agora está na hora de irmos, não é?