[Missão Rocket] Entre Paus e Pedras (e Armas) eu sou Espada!

Respirar ficava mais fácil. Aquele lugar tinha uma força que sugava almas fracas e a sensação de morte em vida era enorme, quase como uma pressão sobre os ombros. Alguns dos funcionários deixavam isso muito evidente nas relações entre si e com outros.

Durante a viagem no carro pude anotar as principais informações do dia no app de notas da pk-nav+ e um detalhe que poderia ser insignificante, mas ao meu ver era desconcertante: a velha e o datilógrafo. Ok, de repente não queriam demitir a senhora, na melhor das hipóteses alguém humano naquele sistema de produção em massa. Contudo, eu não era ingênuo. Ela trabalhava num setor importante, o de perigos! Isso poderia ser um esquema bem sujo pra indústria não levar culpa completa por descuidos no operacional, já que era uma idosa a trabalhar com os papéis numa máquina antiga. Desconcertante, não?

Respirava de novo tentando deixar o trabalho no trabalho, se isso fazia sentido. As coisas mais importante já tinha sido anotadas e não era minha tarefa me envolver nas conspirações da Tauros. Aquilo provavelmente ficaria para um agente de campo ou outro de inteligência. Me limitaria apenas a recolher informações e dar um pé na bunda de Cintia e sr. Tauros quando viessem com papo de compra e venda das ações da agência. Isso me lembrava de uma coisa!

SMS para Cindy escreveu:Obrigado pela ajuda, deu tudo certo.
Quando eu estiver mais livre te convido para um café e explico o que aconteceu.

Enviava uma mensagem simples para a mãe de Sckar não ficar tão preocupada, apesar de acreditar que a curiosidade persistiria, mas isso era particular dela.

Ao chegar em meu destino, e guardar as balinhas para mais tarde, o prédio que se estendia deveria ter uns 15 andares... Provavelmente o escritório do homem que buscava ficava na cobertura. Eles sempre ficavam. A sensação de grandeza, ver a normalidade de cima como se fossem tão poderosos quanto Arceus. Sabíamos disso por experiência com donos de emissoras de rádio e outros grandes empresários que tinham um ego que não cabia nesse mundo.

Diferentemente das Indústrias Tauros, a Corporação Devon era colorida e alegre. Até mesmo os funcionários agiam com cordialidade e gentilezas gratuitas. E para além das cores contentes, a arquitetura se revelava mais que apenas concreto frio e sem vida. Quer quiser, também não tinha vida ali, mas em forma de fósseis aos nossos pés. Uma escolha bem conceitual de exposição do acervo pessoal. De resto reparava bem pouco pois era logo atendido na recepção.

- Boa tarde, eu liguei mais cedo querendo marcar hora com o senhor Stone e a secretária, acho, me pediu para vir pessoalmente. Fiquei sabendo que ele além de empresário é especialista em pedras raras e que poderia identificar uma bem intrigante que encontrei em exploração.

Não ia ser exibido e mostrar ela pra mulher, apenas queria saber se podia subir até a sala do sr. Devon e aguardar - mais uma vez - ser o último atendimento do dia de um gabinete.

16h23min - Rutsboro City
"Sol forte com poucas nuvens, 25ºC"

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Matthew era prontamente reconhecido pela funcionária que ficava ali atendendo. Ela logo se lembrou da voz do menino, tal como as orientações. Pediu para o jovem aguardar um momento no sofá, oferecendo água ou café. E que sofá, hein? Era um couro amarronzado, super confortável e que se estendia ali na recepção. Foi fácil se sentir em casa ali. Um telão, maior do que a Tv do Centro Pokémon. Era, na verdade, quatro tvs, cada qual se direcionava para cada lado. Passavam a mesma coisa, inclusive no momento, uma propaganda da Cherry Cup que aconteceria dentre algumas semanas em Cherrygrove, em Johto, com passagens custeadas pelo governo. Olha que maravilha!

Enquanto a reportagem aérea demonstrava o estádio que era construído para a copa, a recepcionista ajeitava a vida de Matthew como ela poderia. Ao fazer isso, ela logo se direcionou para o menino e pedia para esperar mais um pouco. Até esperar ali não era tão chato, mesmo ninguém gostado de esperar, né?

As portas do elevador se abriram e de lá uma mulher de cabelos um pouco mal cuidados e loiros desbotados surgia. Estavam amarrados pra trás e caiam sobre o jaleco branco que ela usava. Suas roupas eram bem simples e estava longe de valorizar o seu corpo magro. Era alta, usava óculos muito grossos e tinha o mínimo de maquiagem – se é que tinha. Olhou para a recepcionista, e ela mesmo direcionou o olhar dela para o loiro no sofá.

- Boa tarde, sr. Matthew. Sou Dra. Betty, trabalho junto do sr. Stone em Gemologia, estudo de pedras preciosas; – ela dizia enquanto andava até ele, tirando uma das mãos do bolso e estendendo para cumprimenta-lo. Atrás dela, uma Kirlia se movia de modo macabro. Digo macabro porque não é normal de uma Kirlia ter aquela aura negra ao redor. Era uma pokémon como qualquer outra, mas usava fones de ouvido rosados com adesivos de caveira. Era possível ouvir um rock pesado que se escapava como sussurros e também usava uma pochete rosada. Tinha olheiras e parecia não emanar a alegria que toda Kirlia tinha. Era um Pokémon bem peculiar! - Pelo o que a secretária do sr. Stone me passou, preciso avaliar a sua pedra antes de passar para ele. Estamos seguindo este protocolo, pois há quase um ano, aumentaram em muito a busca por nós, devido a um fenômeno em Hoenn e vários treinadores foram presenteados com pedras raras. – parecia que havia uma certa frequência de treinadores ali... - Iremos ao 9º andar.

Ser bem recebido já mostrava a discrepância entre um espaço e outro. O sr. Stone devia ser criterioso com o caracter de seus funcionários, pesquisando antecedentes e tendo uma equipe pra treinar os mais novos afim de manter a excelência no atendimento. Quer dizer, menos pela telefonia. Mas parecia praxe passar de um ponto ao outro até encontrar o destino final da ligação.

Durante o momento que me pediram pra aguardar a notícia na... NAS TVS, me fez querer fazer algo.

MATTE

"Outra copa? Vai querer participar?"

MATTHEW

"Minhas experiências nesses eventos superlotados foram frustrantes. No início da jornada eu NÃO SEI como aquele Sandshrew venceu o Fera, mas isso me desestabilizou. Quando cheguei em Hoenn a copa estava super tranquila até na segunda fase quando enfrentei um dos treinadora mais fortes que inclusive venceu o torneio. Vai ver é por isso que não gosto de ver Winnie com ele... Me lembra das derrotas em rede internacional. Não sei se to pronto pra um torneio na minha região."

MATTE

"... Eu estava implicando contigo. Ainda tenho que terminar esse estágio e entregar a missão. Isso é em alguns dias e em Johto. Voltar pra lá sem conquistar um cargo alto em Hoenn não é recomendável."

Matthew queria espaço pra réplica, mas logo éramos convidados a aguardar um pouco mais até uma mulher que despertou o senso de moda em Thito, desejando a todo custo fazer uma transformação completa naquela mulher, desde compras a reboco total, sem pesar, só pra destacar a beleza daquela mulher. Será que pessoas inteligentes não sabem que da pra ser gostosa e intelectual ao mesmo tempo?

- ... Você é linda, sabia? - Thito se atreveu enquanto cumprimentava a mulher, deixando Matthew embaraçado pelo relacionamento que tinha firmado recentemente, tendo que se explicar rápido enquanto assumia a vermelhidão no rosto. - Isso não foi uma cantada, eu sou compromissado. Só achei que você deveria saber... É isso. Minha agência patrocina alguns coordenadores e acabo entendendo um pouco sobre estética e identidade visual, desculpe se tiver sido um comentário importuno.

Assumi o controle de novo e nos virei para o elevador, já que iríamos para o nono andar e também com a finalidade de não ter que encarar a mulher novamente e sermos colocados na rua por assédio sexual a uma funcionária do homem que gentilmente iria nos atender. E antes que o punk kirlia usasse seus poderes psíquicos, me adiantei:

- Encontrei a joia que mencionei no telefonema em Johto. Foi um presente do senhor das almas e o terror dos oceanos... Lugia. - Era um bom enredo para uma história enquanto ela avaliava a pedra, ao menos assim esperava instigar a mulher e não fazer com que ela se arrependa em nos atender.

16h30min - Rutsboro City
"Sol forte com poucas nuvens, 25ºC"

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Claro que aquela abordagem tão direta deixava a funcionário da Devon desconcertada. Ela arrepiava toda antes de sentir o seu rosto queimar e quase derrubar sua caneta que ela tirou do bolso do jaleco, sem nem lembrar que estava lá. Aquilo era um pouco invasivo, mas como uma das inúmeras personalidades de Matthew assumiu o controle, parecia apenas um clima deselegante. Kirlia revirava os olhos e revelava que estava mascando chiclete, assoprando uma bola e estourando.

As portas do elevador se fechavam e a mulher já tentava pensar como reagiria. Nem precisou muito. A mudança brusca de assunto fez com que ela se impressionasse tanto com o falar de Lugia, que nem lembrou que tinha recebido uma cantada, mesmo sem a intenção de ser uma cantada. Era desconcertante do mesmo jeito, oras. - LUGIA?!- um lendário sendo citado como parte de um encontro com um treinador parecia ser algo que seria difícil de acreditar, mas como o nome de Zapdos fora repetido tanta vezes antes, não era de se negar que tinha chances cabíveis.

- Isso é algo... Bem surreal! Tudo bem que ano passado tivemos o contato de Zapdos voando em Hoenn e depois disso vários treinadores apareceram aqui com uma Mega Stone! Será que Lugia também está envolvido com isso? Fico pensando que tipo de relação tem um lendário com mega stone...- bem, agora a cientista elevava sua mão no queixo, colocando sua mente pensadora para funcionar, esquecendo-se do momento constrangedor e fazendo com que aquele elevador – super potente e veloz – chegasse no andar 9.

Era um andar bem amplo, repleto de máquinas com várias finalidades. Vários balcões intercalados de um lado para o outro, juntos de pedras e fósseis que não eram mais possíveis serem revivido, mas ainda tinham importante componente de pesquisa. E um balcão bem bagunçado, com papéis e materiais de análise, ela puxava uma espécie de microscópio para perto. - Acho que primeiro eu tenho que me certificar se sua pedra é uma mega stone ou outra pedra qualquer. Não sou especialista de Megas, mas o senhor Devon poderá te orientar melhor.. . Mas conte mais sobre como conseguiu? Estamos muito curiosos com estes fenômenos que vem acontecendo... Claro, tudo pela ciência! - insistia a mulher, pedindo que colocasse a pedra ali.

Àquela altura a mulher devia achar que ou Matthew era pervertido ou tinha algum transtorno. Não que ela estivesse errada, mas as vezes é complicado controlar esses dois. Passionais demais. Não entendem que as vezes a emoção pode por tudo em risco. Por mais que tempo fosse precioso, ao menos aquele espaço não era de extremo perigo, mas eles tinha de aprender a controlar esses impulsos a começar pelo coordenador. por sorte ou estratégia ela se comoveu com a história e Kirlia não ligou pro ocorrido.

Ouvia o que ela tinha a dizer. Zapdos... Era uma das criações de Lugia. Will e Gray tinham comentado que enfrentaram a ave elétrica durante minha ausência. Mas isso foi bem antes das coisas em Tohjo voltarem ao normal. Não conseguia traçar uma relação direta. Talvez os Rockets tivessem uma investigação em andamento, mas mesmo que tivessem, duvido que um operador tivesse acesso. Conhecimento era um poder que apenas os melhor conseguiam ter. E eu não estava afim de esperar a boa vontade de uma promoção dos superiores. Faria o possível para conseguir por mérito próprio!

Ao chegarmos no andar que parecia meio bagunçado, mas pela ciência, a mulher cujo nome eu esqueci pedia para colocar a pedra no aparelho que manuseava e contar mais sobre a história que havia instigado sua curiosidade.

- Meu pai era um dos melhores especialistas em aquáticos que Johto conheceu e antes de ser... dado como desaparecido, ele pesquisou sobre Lugia. Depois que estudei sua pesquisa nos diários que ele deixou, fui investigar. Encontrei com a lenda viva ao final da expedição. Lugia me testou, mas não foi páreo para mim e, ainda ressentido com a humanidade, tentou me matar pela soberba. - Isso não me afetava, mas ainda sentia Matthew completamente amargurado, pois o que mais desejava era ser amigo do Pokémon Alma em memória de papai. - Por misericórdia ou peso na consciência, não sei, ele desistiu de acabar conosco no processo, me levando de volta pra casa. Quando acordei, esta joia estava junto dos meus pertences.

Tirava a pedrinhas intrigante da bolsa e mostrava para a mulher que deve ter avaliado algumas parecidas durante a profissão, colocando-a onde ela pedia.

16h52min - Rutsboro City
"Sol forte com poucas nuvens, 25ºC"

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Naquele momento, não sabia o que mais prendia a atenção de Dra. Betty, se era a história que o loiro contava sobre como encontrou Lugia e a pedra apareceu misteriosamente em seguida, ou como a pedra era tão brilhante e com propriedades geológicas únicas. O microscópio adaptado era usado pela cientista, que só conseguia passar uma boa parte do tempo curvada para poder ver algumas qualidades morfológicas daquilo. Kirlia permanecia no cantinho dela, sem mexer com nada, enquanto o rocket esperava.

- Hmm.- era a reação dela diante do componente. - Hmm.- mais uma vez se repetia. “Hmm” era bom? Se fosse, a cientista estava cheia de “hmm” em sua avaliação primária. Após ter estudado visualmente, chegou a hora de estudar o componente mais importante. - Ela tem estruturas bem consolidadas. É típico de mega stone, mas tenho que ler se ela possui a mesma energia de toda Mega Stone ou é só algo semelhante.

Logo ao lado, havia uma máquina que ela levava a pedra misteriosa de Matthew. A máquina tinha seus tons brancos e uma cúpula de vidro em cima, que era aberta logo em seguida e colocada naquele espaço e fechada. Ao lado, um notebook parecia integrado naquele sistema e após teclar algumas teclas, a máquina se ligava e começava uma leitura. Na tela, vários gráficos de fundo preto com linhas verdes, que se mexiam como se fosse um monitor cardíaco, mas de um paciente em desfibrilação, já pra morrer. Havia um outro gráfico abaixo, parado, com uma vibração menor. Parecia a referência e a pedra vibrava infinitamente mais do que a referência.

Foram minutos em análise até Betty bater a mão uma na outra. - Eureka! É uma mega stone!- dizia com toda a convicção do mundo. Enquanto a máquina abria a cúpula mais uma vez para que Matthew fosse pegar a pedra, a menina saia correndo pela sala, indo até a mesa bagunçada cheia de papeis, procurando o celular dela. - Nossa, que emoção! Mais uma mega stone! São pedras bem raras, nem todo treinador tem a sorte de encontrá-la... Sr. Stone irá adorar ver isso!- dizia a mulher toda animada. Ela mandava mensagens de forma rápida. Seria ela quem estava falando com o dono ali?

Enquanto não obtinha retorno, Betty começava uma palestra chatíssima sobre mega stone. Eram informações que Matthew, como treinador, já tinha pela sua experiência de jornada, não valeria a pena discutir sobre aquilo. As portas do elevador do andar se abriam e uma mulher aparecia com seus saltos e caminhando até o grupo. Diferente de Betty, esta usava uma saia que delineava sua cintura, valorizava suas pernas e ainda dava o tom executivo esperado. A blusa branca bem estilosa e o salto preto, conferiam aos seus olhos púrpuras um tom bem diferente. Cabelos longos negros. Nossa, era sim uma mulher bonita que sabia se vestir. Trazia consigo nos braços uma pasta e um tablet. Apenas uma troca de olhares, Betty se comunicava com ela.

- Prazer em conhece-lo, senhor Matthew. Sou Mírian, secretária do sr. Stone. Acho que a partir daqui eu assumo.- dizia a mulher, estendendo a mão para cumprimentar o loiro.

Tudo o que mais fiz naquele dia foi esperar. Não valia a pena listar o quantas situações burocráticas havia passado e agora tinha de esperar a análise da geóloga que nos recebia para que pudesse falar com o sr. Devon. Mas... sinceramente? Já que ela viu tantas pedras como essa ultimamente, poderia se especializar como o dono da empresa pra facilitar esse trabalho, não? Enfim, deve ser difícil encontrar EaD de formação continuada com ênfase em Mega Evolução, já que haviam poucos especialistas no mundo, apesar de Thito já ter visto o fenômeno com Lisia e Matthew durante o evento no festival das bonecas.

Betty estava mais animada com aquilo tudo que o coordenador com acessórios. Realmente não devia ser todo dia que surgia um objeto de estudo tão intrigante assim. Eu só acompanhava tudo, não por curiosidade, apenas precaução. Era minha natureza duvidar de tudo e de todos. Nunca se sabe quando alguém pode tentar te trair e atacar. Para além disso, Janine tinha me treinado para não confiar em ninguém. Nem mesmo em meus mestres.

Depois de alguns minutos com a doutora animada, ela confirmava, segundo seus teste, que era uma mega stone e ia correndo enviar uma mensagem para alguém, liberando a joia para que eu pudesse reavê-la.

- Não sei se chamaria de sorte, mas com certeza foi um presente.

Matthew não procurava por poder ou mais pokémon, ele tinha apenas o desejo puro de realizar um feito que papai não tinha conseguido e assim se sentir mais próximo da memória que tinha dele, conquistar a amizade de Lugia se tudo aquilo fosse real. No entanto, a realidade foi cruel e foi marcada por inúmeras mortes em momentos distintos dessa exploração. Lugia tinha todo o direito de tirar nossa vida, mas reconheceu alguma coisa que era merecedora dessa dádiva e aquela joia representava muitas coisas, mas principalmente a lembrança das coisas ruins que fizemos nas ilhas redemoinho...

E enquanto não recebia a resposta que queria ela me cansava os ouvidos com uma palestra de informações que tinham em artigos de professores-pesquisadores de outras regiões, mas que em nada resolviam minha dúvida específica. No entanto, para nossa sorte, a espera não mais nos afligiria. Mírian surgia como um anjo negro. Parecia um oposto de Betty a feia só que isso não era do meu interesse. Apenas respondi ao aperto de mão mantendo a postura ereta e expressão neutra. Antes de seguir com a secretária do senhor Stone, dizia à outra numa breve reverência:

- Obrigado pelo seu tempo e atenção.

17h01min - Rutsboro City
"Sol forte com poucas nuvens, 24ºC"

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Mais uma vez as portas do elevador se abriram para Matthew e Mírian, a charmosa e cheia de curva secretária de sr. Stone. Agora eles iriam para o famigerado último andar, onde era o escritório de um dos homens mais ricos de Hoenn. Claro que Sr. Stone era um investidor, filantropo e muitas outras coisas. Amante de geologia parecia ser uma delas! Mas se Matthew tinha dúvidas do que significava aquela pedra, dra. Betty tirou. Era uma mega Stone!

No último andar, não podemos dizer que ficaremos surpreso ao encontrar um pouco de luxo. Não era só o material, mas os detalhes. Um corredor branco com várias pinturas raras e quadros com outras peças mais raras ainda na parede se seguia até uma gigante porta dupla de madeira, muito bem esculpida em detalhes. Mírian abria a porta revelando a sala enorme que era do Sr. Stone. Contra a porta se via aquela janela enorme de vidro que dava visão para quase toda Rutsboro (um pouco de exagero aqui). O sol estava indo em direção ao seu poente, começando a “aquarelizar” os céus nos tons amarelados, em breve, laranja.

A sala tinha estante e livros, esculturas e até uma pedra de cores azuis e roxo no centro de uma cúpula de vidro. Parecia bem rara e preciosa, mas só dr. Betty para confirmar. - Sr. Stone? Este é Matthew, o moço que Betty falou.- parecia que a entrada do rocket ali tinha sido registrada e monitorada. Uma segurança totalmente diferente da Taurus.

Joseph Stone era um cinquentão de muito bom humor. Era pouco menor do que Matthew, com seus cabelos brancos e meio crespos, corpo já se mostrando os efeitos da idade, mas o terno de marca com certeza o deixava mais jovem e imponente. Ele terminava uma ligação praticamente quando sua secretária cruzou a sala e com bom humor ia até Matthew aperta a mão dele.

- Ah, este é o jovem da Mega Stone!- sim, Matthew conseguia notar que estavam todos conectados ali dentro. - Eu devo dizer meus parabéns, meu jovem. Mega Stone são itens raros e poderosos, sobre tudo para treinadores Pokémon... Será que eu posso vê-la.- era um pedido simples. - Acho que você deve estar curioso para saber de qual Pokémon esta mega pertence... Como deve notar, uma mega stone só responde à mega evolução de uma espécie específica...

Acompanhava a secretária completamente mudo desta vez. Não porque não tinha o que conversar, apenas não achava necessário estabelecer qualquer comunicação com ela. E para além disso, pensava na joia presenteada por Lugia. Daisuke também tinha recebido uma e não parecia parar de pensar nela nos últimos dias que ficou conosco na casa de campo em Goldenrod. Claro, isso e o fato de me culpar por exterminar toda uma civilização... Isso porque ele não imaginava que havia matado os rockets que encontramos antes. Mas como essa amizade era problema do Matthew e não minha, não me meteria no assunto. Só imaginava se ele já sabia do que se tratava e não tinha nos contado. Foi bom saber por Will e Gray e receber essa indicação de quem procurar.

E como se fosse encaixando as peças, era apresentado, finalmente, ao Homem. Sr. Stone! Será que ele também compraria a Avengers por 1 bilhão? Hmm.. Acho que Matthew não me deixaria trair os colegas de trabalho, então não valia nem tentar. Então só apertava a mão dele e tentava ser gentil com um sorriso e escolhendo as palavras certas, deixando ele ver a pedra.

- Obrigado por me receber sr. Stone. Eu li brevemente um artigo do professor Sycomore, acho, onde ele ilustra o que é e como funciona na teoria a mega evolução. E pelas experiências que já tive, sei que são itens extremamente poderosos. Fico contente de ter uma e sim, curioso pra saber que espécie ela corresponde. Se for uma ainda não descoberta como um Feraligatr ou Ledian, vai fazer o jovem Matthew muito feliz.

O comentário em terceira pessoa poderia soar presunçoso, mas era o que ele realmente sentia. O laço com seus primeiros pokémon era muito forte, tanto era que mesmo capturando um Druddigon ou outros em Hoenn, ele não foi capaz de se dedicar o mesmo que para com Emboar e Electivire. Escolhas. Era sabido que não tinham registros de mega feraligatr, mas nada indicava que pudesse ser descoberta. Se havia uma mega beedrill então talvez uma mega ledian não fosse sonhar demais. Né?!? Deixa o mlk sonha!

17h08min - Rutsboro City
"Sol forte com poucas nuvens, 24ºC"

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Ok, falar de si próprio em primeira pessoa realmente chamou atenção do homem, mas que tinha mais interesse em ver a pedra do que em notar aquele estranho comportamento. Mesmo assim, o homem riu e ficou curioso, no bom sentido, sobre possibilidades de novas megas. - É tudo muito novo e acredito que é totalmente possível! Seria uma descoberta da década!- dizia o bom homem, nutrindo esperanças daquilo que ele considerava raro. Mas não custava nada dar esperança, né?

Bem, o homem elevava a pedra no alto e até colocava contra a luz do seu escritório. Era uma pedra interessante e, com certeza ,diferente. Ele olhava com admiração, ora com um olhar crítico. - Devo admitir que não é fácil analisar uma Mega Stone, mas conheço uma pessoa competente o bastante para fazer isso. Um homem que pode, de fato, resolver o seu problema. O Campeão de Hoenn, Steve! - que também se chamava Stone. Coincidência? Não, Matthew sabia que Steve Stone era filho e herdeiro de Joseph Stone.

- Steve é muito aventureiro, não é à toa que ele liderou várias pesquisas e buscas por mega stones. - dizia o homem devolvendo a pedra para Matthew e indo até a sua mesa, onde ele pegava um tablet e começava a procurar uma informação. - Vejamos... Ele estará os próximos meses no Mt. Pyre, em alguma pesquisa dele... Acho que vale a pena você ir encontrá-lo e Steve conseguirá, com certeza, identificar de qual espécie pertence esta pedra. - Matthew, agora, tinha a localização do especialista em Mega Stone...