Re: [Atemporal]Flora, a marketeira, e seus amigos

por **Karinna** Seg Fev 22 2021, 14:48

atemporal cherry cup

E, bom, como sempre, o rei da simpatia exalava boa vontade diante dos outros. Sério, às vezes me pergunto o porquê de toda essa dificuldade de se expressar com as pessoas, ou ao menos tratá-las bem, sei lá. É triste saber que sempre serão poucas as pessoas que conhecerão aquele Nicholas vulnerável e gentil que conheci depois de brigarmos feio nos arredores de Lavender. Imagino que seja porque o loiro não gosta de abaixar sua guarda e eu mais do que ninguém entendo, mas, cacete... Que saco. Quer dizer, poderia ser pior, né? Pelo menos Daisuke e Nicholas trocaram uma frase """"amigável"""""""" cada com cada um e esse era o cenário quarenta e dois nos diversos que criei na minha cabeça. É. Em pelo menos trinta os dois discutiam e brigavam.

Fazer o quê.

Para melhorar, Thomas fazia a pior coisa que se poderia fazer com uma mulher: aparecer, do nada, e colocar a mão nela. Mesmo que seja no ombro. Mísia teve a reação que eu esperava, afinal, acho que todas nós faríamos a mesma coisa, mas a melhor parte era a cara do garoto quando percebeu a burrada que fez. Tentei prender uma gargalhada e acabei me engasgando sozinha, ao ponto de ter que esconder o rosto atrás das costas de Daisuke enquanto tossia e ria ao mesmo tempo.

— Esse seu amigo, hein, Simba... — cochichei para o ruivo, escondendo a boca com a mão direita — Tsc, tsc. — parei de rir, acenando para o moreno — Oi, Thomas... Que entrada triunfal, né? — balancei a cabeça negativamente com um sorriso no rosto — Como foi sua batalha? — aproveitei e sentei no colo de Daisuke enquanto observava Wilkerson responder nossas perguntas e conversar com Mísia — E o encontro de vocês... Quando sai? — claro que eu ia ser incoveniente, dã, a garota tá até agora esperando o convite! — Coisa feia dar bolo em um mulherão desses. — apontei para a loira, dando um risada no processo e deitando a cabeça no ombro do Ranger — Seu amigo aqui pode te dar algumas dicas de como ir direto ao ponto. — dei dois tapinhas leves no peito do ruivo, aproveitando para dar um beijinho em seu pescoço — ...

E, bom, como nem tudo são flores, não pude deixar de perceber que Nicholas havia sumido no meio de toda conversa. Revirei os olhos, erguendo a cabeça e procurando por ele dentre o salão, até encontrá-lo jogando alguma coisa, esparrafado em cima de um puff. Bufei, quase me dando por vencida. Se ele não quer estar com a gente, não posso fazer muito.

— Já volto, Simba. Nem sei porque ainda tento. — reclamei somente para o Ranger, levemente frustada enquanto me levantava — Argh.

Com passos lentos e precisos, caminhei até onde Nicholas estava sentado e me sentei em um puff do seu lado. Ao menos jogando videogame ele parecia interessado e parecia também se divertir, então, sei lá. Talvez ele não goste tanto da minha companhia como gosto da dele.

— ... — inclinei o corpo, ficando levemente deitada sobre o puff e apoiando a bochecha direita com o punho direito e observando-o por alguns longos segundos — ... — iria ver se ele queria me falar alguma coisa; caso não, me levantaria e voltaria para onde estava, não vou ficar que nem uma idiota o perturbando se ele não quer nem ficar na minha presença — Você é... difícil, sabia?

cherry cup

por **Tyrant** Seg Fev 22 2021, 16:05

Maidens

T

anta coisa aconteceu. Primeiro foi Daisuke chegando, depois ajeitamos o vestido de Misia, então Karinna foi ao encontro de alguém e trouxe essa pessoa para perto de nós, tratava-se de Nico, o adolescente rabugento do Pokézap. Sabe, eu não esperava que ele viesse, será que estava inscrito? Confesso que não vi a lista de participantes, então além de Misia e Daisuke não fazia ideia de quem mais poderia encontrar.

Apenas sorri para ele, não queria acabar causando uma primeira má impressão... Mas acho que ele não ligava muito, até se afastou do grupo quando teve a chance. Mas acho que ele não seria o pior dos problemas, mas sim uma pessoa que chegou por trás de Misia e acabou tendo seu braço torcido a 360º, mais dois desses e conseguiria uma pontuação alta num jogo de skate. Quando me dei conta de quem era, coloquei a mão na boca e arregalei os olhos.

Mi-Misia, então é isso que você faz com quem te dá bolo?! - eu precisava aprender uma coisa ou duas com essa garota -Pega ele! Ensine-o a nunca mais deixar uma garota esperando de novo! - levantava os braços demonstrando minha animação. Era melhor deixar os dois pombinhos se resolvendo enquanto eu fazia algo importante.

-Mortal Kombat - disse baixinho para mim mesma. Aparentemente era isso que Nico estava jogando enquanto era importunado por Karinna. Ora, Karinna, você não sabe que um gamer odeia que as pessoas fiquem o incomodando enquanto joga online com outras pessoas? Acabei me aproximando por trás da loira e chamei -vem cá rapidinho - afastando um pouco, pedi para deixar comigo que eu resolveria esse problema -Vai lá com Daisuke, eu vou fazer ele se abrir com meus melhores atributos!

Sim, os atributos gamer. Peguei o outro controle e esperei ele terminar a partida online. Nico parecia ser realmente muito bom, talvez estivesse até mesmo à minha altura! Aproveitei enquanto ele era xingado pela pessoa do outro lado da tela por nomes como "vagabundo", "ladrão" e "ajudado pelo sistema". Rapidamente me sentei no puff ao lado -Acho que você pode deixar de lado esses noobs do online e jogar com uma profissional - tirei o controle de sua mão e coloquei no modo versus local -Eu não vou aceitar um não como resposta - olhei para a tela e inclinei o corpo para a frente, agora a parada iria ficar séria, só que muito séria. Meu personagem? Liu Kang. Não sei o motivo de gostar de jogar com ele, talvez por causa dos "IAIAIAIAIAIA" de seus chutes, mas a minha maior certeza era que eu vencia 99% das minhas lutas online com ele e aqueles 1% são lag.

-Escolha o seu. Vou te ensinar como se joga!

What is reflected in my eyes? Not the moonlight in a starless midnight that showers on the people passing by. One's so small and the world's so wide, every step forward echoes a sigh. I reach out for the halo far up high. Deeply engraved, my memory is silent but not forgotten indeed, someone has gone but a voice within me. Once I remember all the tales written inside this corp no more frail I'll follow what my heart used to believe.

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por **Panda** Seg Fev 22 2021, 17:41

Naquele momento parte de mim só queria sumir. Era eu praticamente ter agredido o garoto junto aos comentários de Flora e Karinna meio que admitindo que eu achava que havia tomado um toco. E o melhor é que elas falavam e vazavam na mesma hora atrás de Nico. Thomas por sua vez levava a situação na brincadeira, isso me aliviava um pouco mas meio brincadeira demais, até mesmo que chamando pelo nome completo. No meio dos comentários e da implicância a minha cara já estava ficando mais vermelha que nunca.

- Isso não tem nada a ver... - Respondi um pouco brava e o tom da minha voz evidenciava isso. - Você não me ajuda por que não é assim que se aborda as pessoas! Ainda mais uma garota. - Vendo ele meio agachando estendi a mão caso precisasse de ajuda ainda sim. - Esquecer eu não sei mas que você me chamou pra sair e sumiu... - Rebati meio que na lata, ok acho que não queria ficar por baixo na conversa depois do tom implicante do rapaz.

por **Nico'** Seg Fev 22 2021, 19:47

— Teleporte, bate, joga pra cima, começa a bater pra jogar ele pra frente, trava na parede, então é só eu dar um uppercut segurando triângulo, brutality clássico, GG — creio que pensei até alto enquanto fazia as sequências. Os dedos mexiam-se inquietos pelo controle, e ainda assim, as pálpebras semicerradas com o mesmo cenho tão inexpressivo que me é intrínseco. No processo, ouvi alguns xingamentos, mas fazer o que; é o preço que se paga por ser bom, huh?

Sendo meu oponente um jogador mais casual, nem ao menos consegui aquecer direito; pude sentir uma respiração mais pesada e olhos repousados sobre a minha figura, o ar vibrava de modo que denunciava a especialista achegando-se a um puff ao lado. Não era necessário possuir dotes telecinéticos ou paranormais para sentir a amarga impaciência que a cercava; isto fora denunciada assim que soprava aquelas palavras seguida de uma respiração mais longa. Como o jogo estava no menu principal, bastou pressionar um botão para cancelar a busca e deitar de maneira mais relaxada sobre o assento.

— Divulgação na televisão, um bando de novatos inúteis ou mesmo experientes, mas com sua força muitíssimo reduzida. É um prato cheio pra aquele bando de canalhas, e eu preferi vir dar uma olhada pra ver se encontro aquele cuzão por aqui. Isso é, se for realmente quem estou pensando — mirei o teto, absorto na imagem de quem outrora considerei como um irmão meu. — Se aquele maldito quer guerra, ele vai ter guerra. Espero que ele saiba com quem ele tá mexendo. Ou apenas é só paranoia, sei lá... — devaneei por um ínfimo lapso temporal, apenas deixando que o som da tela do jogo penetrasse por meus tímpanos, agora desfrutando de memórias longínquas que sempre me atormentam.

E tão repentino quanto fora ser chamado de “covarde”, uma daquelas outras garotas que nem sabia o nome ao certo puxara a loura para um canto mais reservado enquanto murmuravam algo que me era inaudível. Bom, tudo bem; era o tempo de deixar aquelas memórias se esvaírem e tornar à concentração ao meu passatempo — tal Shiranui, ainda vidrado no programa televisivo.

Ergui a cabeça para buscar mais alguma partida; não sabia ao certo o que ambas conversavam, e nem era da minha conta. Apenas fui surpreendido alguns segundos depois quando o controle foi roubado da minha mão, colocando a opção de versus local; outro controle me fora entregue, pedindo que deixasse de jogar online em busca de um desafio e, enfim, enfrentar uma profissional. Não querendo me gabar, contudo, nunca ninguém me tirou das máquinas em Viridian, ou mesmo meus recordes foram superados; não vai ser hoje que vou perder, por mais enferrujado que estivesse.

Ainda tinha os reflexos, o timing certo de acertar os ataques e os combos; não estou de todo o ruim, huh? Taciturno, fitei o cursor viajar pela tela até fixar-se em Liu Kang; quiçá como a disputa em jogos são sempre baseadas em frases provocativas, Flora o fizera também.

— Não pense que eu vou pegar leve com você — ergui o tronco lentamente, tendo total visão da televisão.

Já que não vou pegar leve, por que não... Jax? Por mais que seja um pouco mais lento que o Liu Kang, ele é versátil: ataca de longe, de perto, tem combos que por mais que sejam chatinhos de fazer, assim que acerta, arranca mais da metade da barra de HP. Ainda assim, ele não era o que mais me familiarizo como com Scorpion, contudo, ainda me saio bem.

Espero que ela saiba quem tá desafiando. O rei dos jogos de Viridian e Pallet não iria perder justo agora.

por **Lix** Ter Fev 23 2021, 01:21

Além de Mísia na rodinha estavam também Daisuke, Karinna, Flora (irmã do Tyrant?) e um outro maluco loiro que, tão rápido quanto eu cheguei, sumiu do nada. Agora um pouco mais recuperado do golpe de Mísia-Li me juntei a galera nos sofás sentando ao lado da garota, aproveitei para ouvir tudo o que ela tinha para falar e reparei que ela talvez estivesse um pouco desapontando comigo e um possível bolo.

- Foi mal, eu real me confundi por causa da roupa. Inclusive de onde veio a ideia de se vestir de maid?

Após isso me foquei em responder Karinna que já chegava com várias perguntas. Nossa em alguns momento a loira me remetia diretamente à Paula, principalmente quando começava a falar sem parar. - Eu estou sempre fazendo entradas triunfais né? - Falei e logo em seguida mudei um pouco meu semblante quando ela perguntou da luta. - Ah eu perdi, mas tudo bem sabe? Já participei por coisas tão humilhantes nesses eventos que nem me abalo mais.

O que mais me incomodava no entanto era o fato de que aparentemente não só a Mísia, mas Karinna e Flora também estavam agindo como se eu tivesse dado um bolo na garota. Sério o que foi que eu perdi? Não havia se passado tanto tempo do natal não, calma aí galera.

- Pera, vocês realmente acham que eu dei bolo nela? - Fiz a pergunta meio que pra geral e em seguida respondi Karinna sobre Daisuke. - Eu sei, o Dai é um cara que não deixa ninguém na mão nunca, né? - Respondi sarcasticamente, claramente brincando com o garoto devido ao que acontecera no natal.

Com a loira e a morena saindo imaginei que Daisuke não fosse ficar ali por muito tempo e fiz um olhar meio sinalizando que era pra ele sair dali e não ficar segurando vela. Assim que ele saísse me virei para Mísia, que provavelmente estava com um biquinho na cara e perguntei: - Eu dei bolo em você?

Aquilo era difícil, pois eu por várias vezes acabava me perdendo em outros objetivos e esquecia do mundo à minha volta. Não podia negar também que eu tinha um pouco de problemas com autoestima e que isso influenciava na demora pra falar com a Mísia, que honestamente era um mulherão. Já que estava sentado ao lado dela cheguei mais perto, agora nosso corpos estavam mais próximos. Coloquei minha cabeça mais próxima da dela e comecei a falar.

- Talvez eu tenha demorado mais do que deveria para falar com você de novo. Eu até podia colocar a culpa na Cherry Cup, mas acho que isso não seria honesto com você. Isso é muito mais uma coisa minha do que um problema de tempo ou com você - Falei e suspirei, nossos rostos estavam lado a lado enquanto eu falava, porém dessa vez decidi chegar mais perto. Me virei e comecei a falar no pé do ouvido de Mísia. - Eu só quero que isso seja especial, não quero estragar a chance que temos. Você é uma pessoa importante pra mim e eu não consigo agir como se isso fosse só um encontro qualquer. Desculpa por ser tão lerdo às vezes. - Estávamos bastante próximos, então aproveitei aquele momento para encaixar minha mão na da treinadora. Não parecia algo forçado, mas natural. Pausei mais uma vez para caso ela quisesse falar algo e enfim completei. - Então... Você quer ir num encontro comigo? Você disse que ia me mostrar as tão famosas baladas de Lilycove, admito que fiquei bem curioso com isso. - Dessa vez a frase saia com um tom mais descontraído, porém ainda tinha uma coisa que eu tinha que falar. Cheguei no ouvido da garota mais uma vez e sussurrei, dessa vez em um tom "diferenciado". - Você é a maid mais gata que eu já conheci, Artemísia Lovari.

por **Cunha** Ter Fev 23 2021, 15:16

Com Mísia aplicando um belo golpe de judô em Thomas, eu apenas me prontifiquei a sentar na cadeira e observar. Sério, eu não esperava por aquilo, mas eu decidi que era melhor não me intrometer, fiquei com cara de paisagem, fingindo que não via e que nem conhecia aqueles dois. Não pude deixar de reparar, aliás, que Nicholas aproveitava toda a confusão pra fugir. A priori, me mantive quieto, não queria fazer com que Karinna se sentisse na obrigação de ir atrás dele, ao menos por enquanto. - Eu não sei de quem você ta falando, nem conheço aqueles dois. - Falava entoando neutralidade na voz, diante as risadas abafadas de Karinna, que se levantava para ir cumprimentar Wilkerson, enquanto eu ficava sentado e acenava de longe para meu colega de quarto. O motivo? Bem, eu só estava curioso quanto a caixa que Flora havia me dado. Ainda não havia descoberto o conteúdo dela, e cada segundo que passava eu ficava me perguntando se ela REALMENTE havia me dado um vestido de maid.

Tipo, não estou subestimando a capacidade e disposição dela de gastar horas a fio pra me sacanear com um vestido sob medida. Mas pareceu demais, agora que paro pra pensar. A loira se sentava no meu colo e eu apoiava a caixa em cima das pernas dela, ficando entretido enquanto a observava. - Quanto a ir direto ao ponto, quando nosso encontro sai? - Perguntei, na lata mesmo, e ignorando a brincadeira de Wilkerson, mudando de assunto tão logo quanto conseguia. - Quer dizer, eu sei que você é ocupada e tal, mas tem um espacinho na sua agenda pra minha pessoa? - Aguardava a resposta da loira com um sorriso de orelha a orelha. Claro que eu queria sair com ela, mas é óbvio que eu pretendia perturba-la e deixa-la envergonhada com a indagação direta. Ou talvez não. Amarrei meu Rapidash numa gostosa cara de pau, e talvez essas brincadeiras sequer cheguem a constrangê-la. Muito provavelmente vai passar longe. Como resposta, obtive um beijo no pescoço, que me fez tremer inteiro.

...okay. Não brinco mais de provocar ela. Ela ganha. Não bastasse isso, quase que de imediato, Bley se levantava, me deixando numa situação extremamente constrangedora. Ora, não bastasse eu estar de barraca armada, Thomas ainda pedia para eu me retirar. Olhei pro garoto, olhei pra baixo, pra baixo e pro garoto. Balancei a cabeça em negação e fiz o sinal com a mão para que ELE puxasse a garota pra outro local. Mas bem, fui prontamente ignorado.

Suspirei. Olhei de um lado, para o outro, e, de forma nada discreta, levantei escondendo a frente da calça com o embrulho e fui direto pro banheiro, até finalmente conseguir me acalmar. Ao entrar lá, respirei com mais tranquilidade, e decidi, de uma vez por todas, abrir o bendito embrulho.

Não era um vestido de maid, na verdade. Era uma blusa regata, daquele tipo que costuma ficar mais colada no corpo, e bem, era do meu tamanho. Ela era de coloração preta, e carregava o logo da loja de Torres, junto com a localização nas costas. Sorri, diante do presente. Honestamente, eu havia achado bem legal, então aproveitei para vesti-la também. Assim que troquei a camisa, pude perceber que aquele tipo de vestimenta, acabava ficando bem em mim. Nunca havia experimentado, então apenas dei de ombros.

Saí do banheiro e caminhei até a garota, que agora disputava uma partida com Nicholas, mas interferi momentaneamente. - Não quero te atrapalhar, mas obrigado pelo presente. - Disse com um sorriso, antes de me retirar e ir falar com Karinna. - Ficou legal, né? Sei bem que foi pra fins de marketing mas acabou ficando melhor do que eu esperava. - Ri, e em seguida, avistava meu nome no telão. - Ah, eu tenho que ir agora, to sendo chamado pra minha segunda batalha. - Falei, e puxei Karinna para um beijo. - Até daqui a pouco, loirinha. - Falei, liberando Temperance de sua Park Ball e lhe dando algumas instruções.

- Nosso próximo oponente é um saco, ta? Mas fica de olho nos pontos fracos. Sua vantagem ta no crítico, então se lembre bem disso, certo? - Falava, e a Pokémon sinalizava concordância com a cabeça a medida que prosseguíamos para o corredor da arena correta.

por **Karinna** Ter Fev 23 2021, 16:44

atemporal cherry cup

A explicação do porquê de Nicholas estar em Cherrygrove não poderia ser mais... Clara. Óbvio que ele estaria por aqui para tentar obter alguma informação sobre os Rocket ou Hendo. Em que universo eu imaginei que ele viria até aqui só para se divertir ou assistir batalhas ou dar apoio à sociedade? Ha, nessa última nem eu acreditei quando minha mente tentou me convencer. Balancei a cabeça negativamente, dando uma leve revirada de olhos enquanto ele me explicava tudo direitinho:

— Nico, você precisa deixar isso pra lá. — deitei a cabeça sobre o puff, suspirando no processo — Não deixa essa paranóia tomar cont-

Queria poder ter tido tempo de terminar a frase, mas percebi Flora se aproximando e, bom, antes mesmo de poder dizer que estávamos conversando algo sério a treinadora praticamente me enxotou, tudo por causa de videogame. Semi-cerrei os olhos com raiva e fitei Flora, depois Nico e depois o videogame -- tudo isso pelo menos umas três vezes. Só não tiro meu sapato e quebro esse troço inteirinho porque pelo menos tá servindo pra distrair um pouco a cabeça desse biruta que chamo de irmão.

— Eu que me foda, né? — reclamei comigo mesma, levantando e indo até Daisuke, que tinha trocado de blusa — E eu achando que não tinha como você ficar mais lindo, Simba. — roubei um beijo do Ranger, me derretendo todinha igual uma adolescente boba — Se alguma garota falar contigo no meio do caminho, você me avisa. — fechei o rosto, fingindo irritação mas que logo foi quebrada pelo próprio, que me puxou para um beijo — Boa sorte pra você e pra Temperance, vou ficar assistindo aqui na TV. Acho que não dá pra arrumar um espaço na arquibancada por agora.

Por sorte, a sala onde estávamos possuía três televisões. Uma Xatu estava vendo sua novela e a outra Flora e Nico jogavam um jogo esquisito que saía bastante sangue. Depois eu que sou a maluca, sanguinária e assassina, né? Era tanta brutalidade naquela loucura que ATÉ EU fiquei desconfortável assistindo.

Corri para o terceiro aparelho que ficava entre os dois antes mencionados, caminhando de um lado para o outro, nervosa. Eu definitivamente não tenho cabeça pra ficar aqui e aguentar todo esse suspense. Quando ambos desafiantes foram anunciados, meu coração quase teve um troço. Meu corpo foi tomado por uma sensação de orgulho tão gigantesca que quase fez minhas pernas bambearem: era meu Simba ali, pronto pra dar o melhor de si e vencer. Entrelacei ambas as mãos e fiquei observando a tevê encantada e com brilho nos olhos. Daisuke estava tão esperançoso pra essa batalha que, se ele não vencesse, eu teria que ir até o camarim do adversário e matá-lo. Não, calma, Karinna. Você precisa se contrOLAR O CARALHO VAI SIMBA

— VAI PORRA ACERTA ESSE ARROMBADO, TEMPERANCE!!!!! — como se tivessem ligado um switch nas minhas costas, fui de zero à cem mais uma vez — ESSE SURF VAI CRITAR, EU SEI QUE VAI! AFOGA ESSE SAPO E DEIXA ELE SEM AR MATA ELE PORRAAAAAAAAA!!!!!! — comecei a gritar com a televisão, batendo os pés em nervosismo; quando o apresentador decretou que o adversário de Drizzile havia sido nocauteado, dei um grito tão estridente que tenho certeza que conseguiriam escutar de outra arena — ISSO AÍ CARALHO, TÃO VENDO SÓ??? ESSE É O MEU NAMORAD- — levei ambas mãos até a boca e tentei não dizer a última letra, mas, bom, ninguém é idiota, né? eu precisava tirar o foco de mim e, tomada pela euforia, dei um soco na televisão, quebrando o LED instantaneamente — Er...

Ah, quer saber, FODA-SE! O DAISUKE GANHOU! Se eu tivesse que pagar o conserto dessa porcaria, eu pagaria. Corri para a entrada do corredor que Daisuke viria, aguardando que aparecesse para eu pular em cima dele e só não derrubá-lo no chão porque seu reflexo é impecável. Mas porra, que felicidade! A Drizzile deve estar super orgulhosa também e prometeria a ela alguns docinhos que trouxe na minha bolsa de recompensa.

cherry cup

por **Panda** Ter Fev 23 2021, 17:59

- Estou ajudando a Flora com o marketing da loja dela... Era pra ser uma palhaçada minha no Pokézap mas acabou que ela fez mesmo uma roupa pra mim. - Me sentei num daqueles sofás junto com o pessoal. Thomas começava a conversar com Flora e Karinna um pouco mais antes que todo mundo saísse para ver o que o menino antisocial estava fazendo. Aquele papo de bolo rendeu mais do que eu queria então coloquei a mão no rosto e tentei não prestar atenção. Olhava um momento para o celular, logo seria a minha primeira batalha e eu teria que ir... De maid. Eu só invento dor de cabeça pra mim mesmo... Então Thomas me perguntou na lata se ele tinha me dado um bolo.

- Não sei Thomas você que me chamou pra sair. - Acabei rindo por que querendo ou não era uma pergunta meio besta, mas não esperava em como ele iria reagir. Chegava mais perto, falava (E falava muito) sobre querer sair comigo e na verdade expunha um pouco mais sobre si. Também me pegava de surpresa segurando a minha mão mesmo que fosse algo que caiu bem e até terminava com uma pequena provocação. Demorei alguns segundos para me recompor com aquela mudança toda de personalidade antes de rir.

- Você é muito engraçado. - Coloquei a mão livre do rosto para esconder o tom de riso. - Thomas você é muito diferente do que eu to acostumada. Eu sou uma pessoa muito aberta então me conhecer é a coisa mais fácil do mundo é simples. Você não. A gente se encontrou pessoalmente duas vezes e parece que estou abrindo camadas de uma pessoa para saber o que ela é de verdade. Primeiro tímido, depois mais atencioso de fazer um presente pra uma desconhecida, agora mais debochado. - E dessa vez apertei a mão dele e sorri de maneira amistosa. - Claro que eu saio com você. Mas você não precisa fazer todo esse drama e todas essas justificações pra mandar uma mensagem no PV sabia? - Sorri de lado dessa vez num expressão típica de "te pego no pulo" - Essa vida de treinador é solitária e ocupada. Se você ficar sumindo sem dar satisfações aí que eu nunca vou conhecer o Thomas de verdade. Afinal nas baladas de lilycove você dança e bebe, não fica conversando. - Acho que tinha me feito entender. - E sim eu sou a maid mais gata. Você não tem cara de conhecer muitas maids e a Flora se encaixa mais no quesito fofa. -

por **Lix** Ter Fev 23 2021, 20:58

Após dizer o que tinha pra dizer ouvi Mísia atentamente se explicar pelo que ela queria dizer com o tal "bolo". Eu não havia chamado ela depois de tudo o que rolou mesmo e acho que talvez ela tenha ficado triste. Também explicou que era difícil me conhecer de verdade, mas o que eu ia fazer se eu era só um personagem de RPG meio mal feito? Pelo jeito a resposta era me esforçar mais.

Ouvir ela concordar com o elogio que ela recebia me deixava sem jeito. Mísia era do tipo bonitona, então provavelmente já estava acostumada com isso e provavelmente não era assim que eu ia conquistar ela.

- Tudo bem então, tá marcado. E eu te chamo pra conversar sim no Pokézap tá? - Me levantei do lado da garota e comecei a caminhar, estava na hora da minha próxima batalha. - Eu vou ter que seguir pra minha próxima luta, a gente pode se falar depois?

por **Panda** Ter Fev 23 2021, 22:36

- Bom eu posso te chamar no Pokézap também, eu entendo sua situação. Eu estou me acostumando também com toda essa coisa de treinadora... Os dias passam muito rápido... - Acabei me deixando confessar olhando para baixo dessa vez pensativa. - A gente conhece muitas pessoas, mas se não fossem os pokémon... É realmente solitário. - Nem percebia que apertava de leve a mão do rapaz só quando o mesmo se levantava anunciando que iria para a sua próxima batalha.

- Claro. Vou torcer por você. - Sorri para o rapaz até acabar dando um abraço nele como se quisesse reconfortá-lo, afinal tinha falado um pouco demais sobre ele, talvez ele interpretasse mal. - Mas não precisa se preocupar, essa para de bolo é só uma besteira. Eu vou para a minha batalha também então a gente se vê depois. - Quando o rapaz foi embora fui atrás de Karinna na hora que Daisuke havia vencido a batalha, eu já ia comemorar junto quando assisti, horrorizada, a garota quebrar a tela no soco. MEU DEUS CORRE BERG. Acabei puxando a loira para se afastar um pouco para evitar que desse merda e segurei sua mão. - Você se machucou? Fico feliz que o Daisuke ganhou haha agora vou torcer pro Thomas também. - Comentei enquanto chegava a mão da garota. - Daqui a pouco vai ser a minha vez na segunda rodada e agora pensando que se passar talvez vou enfrentá-lo e o Daisuke... Nossa vou tomar um sacode quando pegar o povo mais experiente. - Agora eu engoli seco por pensar nisso.

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