Era pouco mais que cinco da tarde quando um rosto nada familiar me chamou para sentar numa mesa ao fundo de uma sala de estar. Ao lado da mesa? Uma geladeira aberta. Do outro lado uma cama bagunçada. A entrada não tinha porta, as paredes eram de terra-escavada e o ar era quente igual o inferno. Balancei a túnica branca de algodão, tentando fazer ventar pelo meu peito. Olhei para baixo e vi meus pés (comumente) descalços e sujos.
Olhei de volta à figura desconhecida e vi um... tapa-olho?! Não sei dizer exatamente se era um tapa-olho ou um monóculo... era difícil saber. A transparência-escura ora ou outra trocava de cor. Abri a boca por um instante e puxei o ar; precisei encher meus pulmões para falar algo, mas quando vi, era só água e pó que entrava. Tossi. Tossi mais uma vez. De repente a figura-enigmática levantara e revelara um jaleco e um estetoscópio. Num ato bastante controverso ele colocou a parte auricular da ferramenta em sua própria orelha, enquanto colocava o metal frígido sobre minha testa (?) tentando medir algo... com uma cara de desgosto, desceu as bochechas. Puxou meu turbante e arremessou-o para longe.
Ainda não parecia suficiente, mas eu não conseguia perguntar. Uma sequência de tosse me tomou e o homem-estranho abaixou o aparelho para o meu pescoço. Arrancou meu cordão e jogou-o fora, junto dele foi-se meu pingente-moeda. Rasgou minhas vestes e pôs o estetoscópio em meu ombro. "Nada ainda?" uma voz afogada finalmente saiu da minha garganta. Eu parecia relativamente melhor...
O homem descera mais um pouco, chegara ao meu pulso e colocara a ferramenta ali. Ouvira minha pulsação por um tempo e fizera uma cara um tanto quanto assustada. "Eu morri?" perguntei, ainda com a voz esganiçada, entre uma tosse ou outra.
A resposta fora o silêncio e eu, numa mistura de medo & alívio, tomei dele a escuta do aparelho. Botei-o rapidamente no meu ouvido, senti o frígido auto-toque em meu pulso e num instante eu consegui ouvir minha pulsação. "Ufa", pensei. Infelizmente o pensamento durara tão pouco quanto minha audição; o bater arterial rítmico se tornou um chiado ensurdecedor e eu cai para trás.
Arranquei o estetoscópio de mim, mas o chiado não parava. Aos poucos minha visão ia se esbranquiçando e certos pontinhos iam surgindo e crescendo. Ao fundo, o doutor falava: "Akin, acorda..." dera uma pausa longa, para só depois continuar "... eu sou novo demais para ser preso por homicídio".
A última palavra me dera um suspiro final. No susto... acordei. Um rosto tão pouco familiar quanto o do sonho coloriu minhas vistas e eu pude (minimamente) me localizar no que aconteceu.
Apesar da localização, nada falei. Fiquei ofegante, assustado e um pouco descrente. Assim que juntei forças tentei levantar e assim que pudesse iria correr em direção ao rio. Quiçá dali iria à cidade.
Olhei de volta à figura desconhecida e vi um... tapa-olho?! Não sei dizer exatamente se era um tapa-olho ou um monóculo... era difícil saber. A transparência-escura ora ou outra trocava de cor. Abri a boca por um instante e puxei o ar; precisei encher meus pulmões para falar algo, mas quando vi, era só água e pó que entrava. Tossi. Tossi mais uma vez. De repente a figura-enigmática levantara e revelara um jaleco e um estetoscópio. Num ato bastante controverso ele colocou a parte auricular da ferramenta em sua própria orelha, enquanto colocava o metal frígido sobre minha testa (?) tentando medir algo... com uma cara de desgosto, desceu as bochechas. Puxou meu turbante e arremessou-o para longe.
Ainda não parecia suficiente, mas eu não conseguia perguntar. Uma sequência de tosse me tomou e o homem-estranho abaixou o aparelho para o meu pescoço. Arrancou meu cordão e jogou-o fora, junto dele foi-se meu pingente-moeda. Rasgou minhas vestes e pôs o estetoscópio em meu ombro. "Nada ainda?" uma voz afogada finalmente saiu da minha garganta. Eu parecia relativamente melhor...
O homem descera mais um pouco, chegara ao meu pulso e colocara a ferramenta ali. Ouvira minha pulsação por um tempo e fizera uma cara um tanto quanto assustada. "Eu morri?" perguntei, ainda com a voz esganiçada, entre uma tosse ou outra.
A resposta fora o silêncio e eu, numa mistura de medo & alívio, tomei dele a escuta do aparelho. Botei-o rapidamente no meu ouvido, senti o frígido auto-toque em meu pulso e num instante eu consegui ouvir minha pulsação. "Ufa", pensei. Infelizmente o pensamento durara tão pouco quanto minha audição; o bater arterial rítmico se tornou um chiado ensurdecedor e eu cai para trás.
Arranquei o estetoscópio de mim, mas o chiado não parava. Aos poucos minha visão ia se esbranquiçando e certos pontinhos iam surgindo e crescendo. Ao fundo, o doutor falava: "Akin, acorda..." dera uma pausa longa, para só depois continuar "... eu sou novo demais para ser preso por homicídio".
A última palavra me dera um suspiro final. No susto... acordei. Um rosto tão pouco familiar quanto o do sonho coloriu minhas vistas e eu pude (minimamente) me localizar no que aconteceu.
Apesar da localização, nada falei. Fiquei ofegante, assustado e um pouco descrente. Assim que juntei forças tentei levantar e assim que pudesse iria correr em direção ao rio. Quiçá dali iria à cidade.
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O Mahiro é o melhor do mundo <3