Pokémon Mythology RPG
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#003 - Verde e Prata

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O som se intensificava pelos passos pesados e fortes que, pelo menos, agora soavam como pertencendo a uma única criatura, ao invés de um bando inteiro - dos males o menor, né?! Mas ainda assim pra um garoto solitário e suas fadas no meio do nada, era assustador e não importava o número.

Com o filhote agitado estendido à frente, como uma oferta, Vincent se manteve de olhos fechados pelo medo de antecipar e ver o fim próximo; deixava pra Link, ainda temeroso, a tarefa de ser seus olhos naquele novo encontro inusitado.

"GRRRWAAAANNN!" veio o grito alto e forte bem na frente deles, quando os passos já arrastados se reduziam até parar.  Link deu um gritinho assim que a "coisa" tomou forma, pra fora da vegetação que os cercava. E então Starchild sentiu o bebê praticamente ser arrancado das suas mãos. Quando abrisse os olhos lá estaria uma das figuras mais maternais do mundo Pokémon, aquela que tinha toda imponência e dureza pra proteger sua cria... E ir até o fim do mundo por ela também.

#003 - Verde e Prata - Página 7 Kangaskhan

– Pronto, garota... Achamos o... Erh... O-olá! – disse uma voz jovem e suave vinda de trás da Kangaskahn. Por sobre o ombro da Pokémon um par de grandes olhos e cabeleira castanhas de um garoto se mostravam, finalmente notando que havia outro humano na cena.


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Por Arceus...

Por um momento jurei que era o nosso fim. Tudo bem, estou sendo um pouco dramático, mas que eu temi pela minha vida e de meus pokémons, eu temi. O som que aquela pokémon majestosa produzia ao se locomover era semelhante a tambores gigantescos ribombando. Eu sentia até mesmo meu tórax tremer conforme ela pisava forte no chão. Não sei como não apareceu uma horda de Beedrills ou algo assim para atacá-los, porque a ameaça era grande.

Passado o susto, parecia que eu tinha recebido uma injeção de adrenalina, subitamente alerta e acordado. Me senti um burro... era CLARO que era um filhote de Kangaskhan. Como eu pude ser tão tapado? Estava na minha frente o tempo todo e eu ignorando... Talvez por saber que não existiam Kangaskhans selvagens por essa floresta, meu cérebro simplesmente apagou a possibilidade do bebezinho azul ser de tal espécie. Burro, burro, burro.

Eu devia estar babando ou algo assim, porque o menino que surgira de trás da pokémon maternal me olhava com um misto fascinação e estranhamento. Acho que ele - tanto quanto eu - não esperava encontrar outro ser humano por ali, ainda mais essa hora da noite. Era bom eu me explicar:

- Oi... Érrrrrr... Então, eu sou Link... Quer dizer, Vincent - Ainda estava meio abobado do susto, aparentemente. E puxar assunto nunca fora meu forte. - Estava, an, treinando por aqui quando encontrei o seu filhote. Como ele tava bem aflito, resolvi ajudar a achar sua família. Não esperava encontrar outro humano essas horas por aqui. Você precisa de algo? E como perdeu esse filhote?

Assim que emiti a última frase, me arrependi. Que maneira rude de puxar assunto! Não queria parecer intrometido... Mas tinha essa mania irritante de falar mais que a boca quando nervoso. Além do mais, esse garoto era até... bonitinho? Ai, agora eu corava na frente dele. Ótimo. Talvez só estivesse carente de atenção - depois de tantos eventos estranhos - e projetando coisas na minha mente. Uma coisa era certa: eu agia melhor com pokémons do que com gente.

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O garoto escorregava pelas costas de Kangaskhan quando via que Vincent era amigável. Eles tinham quase a mesma altura, talvez até o menino fosse uns centímetros mais baixo, mas isso por si só compensava o rosto jovial [imagem ilustrativa]. Claramente segurava o riso tanto pela falta de traquejo de Starchild quanto pela cena da Pokémon apertando o filhote entre os braços grossos.

– Treinar aqui a essa hora com todos dormin... – percebia que podia estar sendo invasivo – Digo, cuidado moço, pode ser perigoso, até por isso: é difícil achar outros treinadores por aqui nesse horário. Sozinho você pode se encrencar... Foi assim que eu entrei nessa. – apontava pro filhote – A gente tava indo pra Moss Rock, parei pra preparar um lanche, ela foi colher frutas, quando demos conta o bebê tinha sumido.

Um caso parecido com o de Serena, mais cedo, comprovando que a floresta se mantinha bem sucedida em seus mistérios e dificuldades de labirinto.

– Acho que agora a gente só precisa de uma pausa pra terminar o lanche que nem começamos. E eu dar uma olhadinha pra ver se ele tá bem, mesmo. – o olhar que contemplava mãe e bebê agora se voltava pra Vincent e Link, com atenção – E você? Posso ajudar em algo? No mínimo oferecer um lanche também, pra agradecer pela ajuda. – levava uma mão até a nuca, meio tímido – Posso até dar uma olhada nos seus Pokémon se quiser. Não sou expert, mas minha mãe é uma curandeira e eu tenho alguns bons itens aqui... Pra você que tá treinando, deve ajudar, hehe. – e aí a timidez virou um leve constrangimento e "susto" ao se lembrar de um detalhe importante: – Ah, desculpa, eu sou o Adam. – estendia uma mão para o cumprimento.


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- Vincent. Prazer em te conhecer, Adam. Engraçado você ter perdido um bebê, por que eu perdi o meu hoje também hahaha

Localizei a pokébola de Serena e a invoquei. Saindo do clarão de luz vermelha, lá estava ela: a pokémon estrela ainda estava meio sonolenta, imagino que descansava merecidamente depois da batalha árdua que teve. Assim que viu seu amigo não tão misterioso assim, correu para brincar. Já eram grandes amigos! O menino então se mostrou de prontidão para ajudar com meus pokémons, e eu - é claro - não recusaria tal proposta.

- Aceito um lanche sim! - peloamordearceusqueaquilonãosetornassealgovergonhoso - E ficaria muito grato se pudesse me ajudar a cuidar do meu time! Eles estão bastante cansados porque encontramos alguns pokémons agressivos no caminho daqui, tem até uma pokémon pássaro nocauteada que capturei, então seria uma grande gentileza sua! Ficaria agradecido...

Tirei as comidas que guardava na minha bolsa também, incluindo toalhas, guardanapos e todo tipo de coisa para um lanche. Seria agradável, apesar de um pouco vergonhoso, compartilhar de um momento assim com outro treinador. Ainda mais um bonitinho como aquele...

- Se não for estranho pra você, podíamos seguir viagem juntos, até treinar, se quiser... - Disse, entre comilanças - Digo, até a saída da floresta. Podemos passar pela Moss Rock! Meus pokémons adorariam vê-la também....

Seria de grande ajuda ter outro treinador conosco até a saída desse labirinto. Será que era cedo demais para propor tal coisa? Tentava não colocar muita pressão ou expectativa. Não queria que fosse algo desconfortável para nenhum dos dois também. Ás vezes, ele poderia ser um lobo solitário ou algo assim. Mas que eu ficaria feliz de ter um parceiro, ou melhor dizendo, um colega para sair dali são e salvo, eu ficaria. Muito!

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Adam batia palmas duas vezes quando Vincent aceitava seus convites. Estava animado e já pousava a mochila no chão pra remexer dentro e se preparar pras coisas. Mesmo a imagem de uma Serena sonolenta e fatigada, ainda com marcas da batalha no corpinho, não diminuiu o ânimo do garoto. Ao contrário, até lhe arrancou um risinho quando a fada acabou indo parar dentro da "bolsa" na barriga de Kangaskhan, junto do outro filhote que agora era outra criatura, viva e risonha; até Link cedo ou tarde acabaria indo parar dentro da bolsa com os outros também.

– Ah! Quantas fadas você tem, hehe. – soltava distraído – Vamos lá... Staryu, ajude a gente com um pouco de luz, por favor. – lançava uma esfera e dela liberava a estrela do mar, que acendia a pedra em seu centro com uma luz amarelada e sutil, suficiente pra ajudá-los a se organizarem.

A toalha de Vincent ia ao chão num trecho de grama mais baixa. Sobre ela os garotos começavam a depositar algumas coisas. Adam parecia fazer o tipo organizado e caseiro, porque trazia consigo potinhos bem fechados, pães, frutas, coisas mais naturais ou artesanais. Também tirava uma caixa retangular e branca com o símbolo do Centro Pokémon no topo.

– Minha mãe é médica. – explicava, indicando a caixa – Uhm, acho que podemos andar juntos, sim. É... Eu não sou muito de batalhas, mas como nesse caso é um treino amigável, eu topo. – começava a analisar o filhote da sua Pokémon, só pra descobrir que ele estava perfeito – Você veio pra treinar com os selvagens? Quer capturar algum em especial daqui? – lançava as perguntas e devolvia o filhote pra mãe – Quando estiver pronto, posso dar uma olhada nos seus Pokémon já.

Se distraía brevemente, abrindo um pote que revelava cookies caseiros e tirando um de lá pra abocanhar; enquanto os olhos flagravam Staryu fugindo da Kangaskhan que queria apanhá-la pra enfiar na bolsa também.

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Uau...

Estar no centro de tanta alegria compartilhada me fez confrontar algo que eu escondia de mim mesmo: eu sentia falta da minha família. Depois que Violet morreu, foi ficando cada dia mais insuportável a nossa convivência. Meu pai estava distante, se trancando no seu escritório para ler o dia todo e se mantendo ocupado no trabalho a fim de ficar longe do nosso sofrimento, enquanto minha mãe se afundava lentamente, chorando quase que o tempo todo e sem energia pra mais nada. Quando eu saí de casa as coisas estavam melhorzinhas: havíamos nos mudado para outro continente, mais quente e úmido que o anterior, e o humor geral de todos parecia mais estabilizado. Entretanto eu ainda sentia lá no fundo que um grande motivador da minha partida tinha sido a vontade de sumir de tudo que me lembrasse da tragédia, exceto Serena, que me lembrava das qualidades de Violet. Minha casa e meus pais ainda emitiam uma aura trágica e enlutada por tudo que acontecera. E agora, lá estava eu: lanchando com um estranho que acabara de conhecer e sentindo falta de casa. Como são as coisas, não?

- Eu amo pokémons fada... Estou atrás de cumprir uma promessa de conhecer todos! - tentava falar o máximo para me distrair dos meus pensamentos melancólicos. - Que Staryu linda!

Confesso que a organização e apreço do menino acendera algo em mim. Algo nele era irresistivelmente atraente; e eu lutava agora contra mais esses pensamentos. Parecia que era minha mente contra mim agora, e pelo que sentia, ela ganhava de dois a zero. Devia ser só a carência de estar longe de outras pessoas ou a solidão da estrada, mas uma coisa era certa: Adam era o tipo de pessoa ao qual eu me afeiçoava com facilidade. Ele agora me perguntava o que eu fazia na floresta por essas horas, mas eu jamais revelaria que procurava atrair o espírito da minha falecida irmã. Mentir era mais fácil:

- Ah, Serena não gosta muito de sair em horários que não sejam de manhãzinha ou de noite, e como hoje tinha lua cheia, achei que seria legal sair com ela! Ela adora, mas hoje mesmo já me deu trabalho - e acabei contando a epopeia que rolou mais cedo com o sumiço da minha bebê. Entre mordidas e risadas, continuávamos conversando. - Mas então, não penso em nenhum pokémon em especial não... Como você viu, estou me especializando em tipos fada, mas por essa floresta não costuma ter nenhum... Não que eu saiba! E você, o que quer fazer na Moss Rock? A gente pode ir até lá juntos e depois procurar algum selvagem para treinar, sei lá... Você que sabe!

Não queria atrapalhar o planos do garoto, mas também não queria me separar dele tão cedo! Sua companhia era afável e agradável de um jeito que eu não via faz tempo... Talvez eu esteja precisando sair mais com criaturas que não sejam do meu time? Talvez seja o caso...

Terminando nossa refeição (que por sinal estava muito gostosa!), falei:

- Bom, me ajuda a recuperar meus pokémons então? Se não for te incomodar muito, é claro... - Será que eu abusava de sua hospitalidade? Me peguei pensando nisso várias vezes durante o lanche - Esse pokémon pássaro é o mais precisado, tadinho... Capturei ele porque fiquei com dó de deixá-lo na mata e meu vô sempre dizia pra ter um pokémon voador no time. Serena também precisa de cuidados. Já Link, só um curativozinho deve bastar!

Estava passando um tempo de boa qualidade ao lado de Adam! Era bom ter alguém para conversar eventualmente, assim eu não preciso ficar discutindo com minha mente inquieta o tempo todo. Estava percebendo que eu sentia falta de algo que eu nem mesmo sabia até Adam chegar. Seria aquele encontro esquisito o começo de algo?

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Pra Adam tudo acontecia de modo muito natural, talvez porque fosse da sua natureza ser assim mais gentil e ingênuo a ponto de não demonstrar a mínima estranheza por socializar abertamente com um desconhecido em meio a uma floresta misteriosa como aquela.

O garoto ouviu com atenção a história de como Vincent tinha chegado até ali na sua busca por Serena, reagindo com expressividade à cada detalhe, da preocupação ao riso com a menção de tê-la encontrado se deliciando com frutas como se nada tivesse acontecido. Quando as perguntas vieram, Adam já estava se preparando pra tratar dos Pokémon do outro, sem nem hesitar.

– Ah, tá explicado as fadas então, e a Taillow também, hehe. – começaria pela ave deitando-a na toalha à sua frente, depois de abrir espaço entre as comidas – Então, ter um voador é sempre bom mesmo, eles quebram um bom galho se você quiser economizar com passagens e não tiver medo de voar. Mas pra isso funcionar direito você teria que ir até Fortree. Só lá tem uma escola de voo pra te ensinar. – e a cidade ficava relativamente longe dali, pelo menos pra uma viagem a pé.

Como Taillow estava desacordada, seu tratamento levou um tempo e Adam disse que ela provavelmente não acordaria assim instantaneamente. Vincent podia retorná-la pra esfera ou deixá-la aninhada ao ar livre, pra que acordasse naturalmente quando sentisse as energias voltarem. Depois foi a vez de Serena, cujos olhinhos piscavam pesado pelo cansaço, mesmo que ela não quisesse dar o braço a torcer e demonstrar.

– Eu quase esqueci de responder, mas super aceito a companhia até a Moss Rock. Eu quero ir lá porque dizem que é uma pedra com poderes especiais, capaz de evoluir um Eevee, até! E, bem, eu tenho um Eevee aqui comigo, e do jeito que ele ama jardins e flores, acho que ficaria feliz de se tornar um Leafeon. – encarava Vincent com um sorriso largo, já antecipando uma alegria que viria em breve.

Com Serena completamente curada o ambiente se transformava mais um pouco, porque agora ela estava enérgica mais uma vez, saltitante e dançante, brincalhona a ponto até de se atrever a abocanhar um cookie inteiro e distribuir outros pros demais, espalhando farelos pela grama. Link, de fato, não daria trabalho algum pra ser tratado.

– Por falar em flores... É, você tem um ponto. Nunca vi nada sobre fadas por aqui, e isso é bem estranho já que é um lugar cheio de mistérios e pontos místicos... Tipo esse "altar" com a árvore estranha que você viu. Em compensação, sei de outras florestas não tão longe daqui com fadas. Ou melhor, não vou exagerar: Cottonee! É só o que sei que tem por lá. – e então podiam começar a se organizar pra voltarem a caminhar, se assim desejassem.


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Por alguns segundos, quase esqueci do mundo. Daquela floresta sombria, de seus habitantes territoriais e taciturnos. De minha irmã e todo o mistério que rondava sua presença espectral e aparições momentâneas. Dos meus pais. Até mesmo Serena, que desde que sumira eu não tirava o olho de cima, desapareceu dos meus pensamentos por alguns segundinhos. Eu poderia ficar horas ouvindo Adam falar. E horas falando com ele e analisando cada microreação da sua parte: como sua sobrancelha arqueava de surpresa, o brilho em seu olhar, o jeito que ele mastigava com suas bochechas rosadas... Eu não queria estar enfeitiçado daquele jeito. Mas me via cada vez mais adormecido, como se o garoto tivesse me colocado num sono febril e eu padecesse sonhando. Suspirava só de pensar.

"Vincent, para de drama. Você ACABOU de conhecer esse menino. Ele pode ser um assassino disfarçado e você a próxima vítima. Aquieta aí!"

Não pude nem discutir com minha consciência. Ela tinha um ponto: eu mal conhecia Adam. Não sabia seus gostos pessoais, o que faz quando ninguém o observava, como ele fala com a mãe dele... Sabia das suas mãos hábeis e atenciosas curando meus pokémons, seu hálito suave, seu apreço com seus pokémons... Ai. Era melhor eu parar de pensar nisso por um tempo.

- Cottonee? Nunca ouvi falar de Cottonee por aqui... Você tá é tirando uma com a minha cara hahahaha... Por onde você viu Cottonees?

Só a ideia de capturar um Cottonee já me animava o suficiente por dois meses, mas eu realmente nunca ouvi falar dessa espécie por aqui em Hoenn. Será que era verdade? Me perguntar isso me lembrou de algo: o saquinho de pó de fada. Serena com toda certeza se apaixonaria tanto quanto eu pelo item místico. Como ela foi minha primeira pokémon fada (e minha primeira pokémon de todas), nada mais justo do que entregar a ela o artefato sagrada.

- Serena, venha aqui. - Ela teimou alguns segundos, querendo continuar na bagunça que fazia com o resto do time de Adam (ai, eles se davam tão bem...), mas logo que gesticulei mais veemente, ela entendeu que era importante. Agachei para ficar a sua altura. - Olha só o que eu encontrei... Você não vai acreditar!

E entreguei o item para ela. Assim que identificou o que era, catou da minha mão numa velocidade alucinante e saiu saltitando em volta de mim, feliz como nunca! Como era bom vê-la assim, esbanjando felicidade... Quando minha irmã se foi, achei que nunca mais a veria sorrir. E lá estava ela, fazendo novos amigos e descobrindo o mundo comigo. Me sentia realizado!

- É um presente pra você, viu sua boba? Toma cuidado com isso! Não queremos perdê-lo... Acima de tudo, sei que ele vai te ajudar a se concentrar para usar seus golpes de fada! Faça bom uso, minha princesa bailarina. - E dava um beijinho na sua testa (com certa dificuldade, já que ela não parava quieta).

Terminando de arrumar as coisas e ajeitar os itens do piquenique surpresa em cada bolsa, só nos restava partir. Estava ansioso para passear mais com o menino e ainda ter a oportunidade de ver um Eevee evoluir para Leafeon. Se eu não me especializasse no tipo fada, com certeza escolheria o tipo grama! Estava animado para zarpar.

- E aí, vai me levar para a Moss Rock? - perguntei, brincando com Adam. - Vai em frente, escoteiro.

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Adam chegou a enrubescer e rir quando foi acusado de estar brincando sobre Cottonees pela região. Mas a distração com a cena de Serena alegre pelo item que lhe foi entregue fez o garoto se perder um instante no diálogo, enquanto seguia organizando a bagagem. Foi só quando Starchild fez uma nova pergunta é que a mente de Adam foi trazida de volta à realidade.

– Ah sim, vamos lá! – concordava com poderem partir – Staryu, obrigado. Kangaskhan, vou te deixar curtir seu bebê em paz. Vamos lá galerinha!? – falava com seus Pokémon, retornando-os pras esferas e deixando as fadas de Vincent "órfãs" da grandona maternal – Desculpa, mas é que ela chama muita atenção por aqui e... Bom, é aquilo, tem coisas que gostaria de evitar enfrentar nessa floresta. – explicava, relembrando os passos pesados da Pokémon.

Ia colocando as mochilas nas costas enquanto olhava nos arredores, pra tentar se localizar mais uma vez naquele labirinto verde. Era hora de torcer pra que Adam também tivesse uma resposta pra isso, que não fosse só o caminhar errante que tentava a sorte de cruzar com a Moss Rock quando o destino quisesse.

– Ah, e por falar em floresta. É isso. Os Cottonees! Eu pessoalmente não cheguei a ver um selvagem, é verdade. Mas no mês passado conheci uma treinadora que tinha uma linda Whimsicott e me disse onde achou. – sorria orgulhoso, como se a informação fosse um mapa do tesouro; àquela altura já gesticulava pra chamar o garoto e seu grupo numa direção pra caminharem – É até uma história engraçada, porque foi quando meu Eevee fugiu desenfreado, atraído pelo jardim da mulher. E lá estava ela e a fada. Não conheci muito delas, mas o suficiente pra achar que ela tava falando sério que era possível encontrar Cottonees nas florestas de Hoenn. Não nessa aqui, infelizmente...


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- Imagina, vou fazer o mesmo! - E retornei Link para sua pokébola. O guerreirinho merecia um descanso depois de ter ficado boa parte dos últimos tempos em modo alerta para mim - Descanse, Link! Você merece.

E continuei caminhando ao lado de Adam, com Serena logo a frente, eu de olho na pequena pra que ela não suma de novo. Depois do apavoro que eu dei nela, imagino que não vá desaparecer tão cedo. Se isso duraria? Improvável demais.

- Eu não sabia mesmo! - respondi Adam sobre a história do Cottonee - Sério, você foi uma luz pra mim! Vai me ajudar muito na minha jornada... - Disse, tentando não transparecer o duplo sentido em ambas frases - Mas então, eu só sabia da existência de Ralts por aqui, mas eles parecem tão tímidos... Não faço ideia de onde eu poderia encontrá-los, só sei que eles vivem na região...

Tentava puxar assunto enquanto caminhávamos. Amava ouvir Adam contar suas histórias mirabolantes sobre como seu Eevee correu pra cima de um jardim e afins. Estava ávido para conhecer mais daquele menino misterioso que o destino colocara no meu caminho. E poderia ainda receber dicas de quem parecia conhecer a região melhor do que eu.

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