Capítulo 13 - Planejamento [Tielo]

Planejamento

OFF: Yo

O músico nômade seguia por uma estrada rochosa e íngreme, não isso não é uma metáfora, era de fato uma estrada rochosa e íngreme, a Rota 27 de Johto, no sopé do grandioso Mt. Mortar, só não tão grandioso quanto o seu "primo" o Mt. Silver. O lado da saída de Mahogany era exaxtamente desse jeito, com uma estrada cinzenta com vários pedregulhos chatos daqueles que entram no sapato, porém era um caminho reto, sem bifurcações, sem subidas ou descidas.

Quer dizer, isso a princípio, pois quanto mais a leste Tielo seguisse, o verde começava a ficar proeminente, porém com o verde proeminente, a estrada também toma mais caminhos dentro da campina. Além de que, o caminho em que Tielo está no momento, reto, não quer dizer que seja necessariamente simples, há várias pedras espalhadas, algumas pequenas, algumas grandes, suficiente para um pokémon de porte médio ou um humano adulto se esconder.

Algo que certamente não ajudava no caminho era o fato do nosso bardo não ter um objetivo em mente. Como não se perder sendo que você nem sabe o destino? Mas não estava tudo perdido, agora era a hora que Tielo poderia criar um destino para si naquela empreitada. Eu disse que o caminho era reto e de fato ele é, porém, havia uma leve bifurcação, resultado de pequenos deslizamentos rotineiros na área, um barranco que descia mais ainda, afinal ao chegar, Tielo não estava exatamente no sopé do Mt. Mortar, mas na verdade um pouco acima.

Ele podia descer e descer significaria que eventualmente chegaria na área verde, o que talvez ele não queira fazer, pois demonstrou interesse em espécies que preferem a área montanhosa, logo seguir o caminho reto seria uma escolha um tanto óbvia pra ele. Mas quem sabe ele me surpreende?

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A travessia para o Mt. Mortar certamente não era uma das mais fáceis, a estrada rochosa chegava até a ser desconfortável de andar por ela e tinha também uma certa sensação de não estar progredindo no caminho, afinal tudo parecia igual. Claro, Tielo chegou a tal bifurcação. Intuitivamente, ir para baixo o levaria para o nível do sopé do Mt. Mortar, onde ele teria mais chances de achar a entrada da caverna, porém, isso não significa que ele não possa achar uma entrada nesse nível superior em que ele se encontrava.

Para resolver esse dilema ele pediria ajuda de um de seus companheiros, uma Dustox que podia ver o panorama do alto. Mas ela não estava muito afim de fazer isso e grudava na mochila de seu treinador, logo não tendo muito proveito. Tielo estava em uma situação chata, se assim pode se dizer, nem podia se distrair dedilhando o seu violão, pois a estrada era perigosa. Agora o que fazer? Tentar a sorte e escolher algum dos caminhos cegamente?

Enquanto ele poderia pensar em descer aquele barranco ou continuar seguindo reto, uma pedra voava de maneira perigosa, tão perigosa que quase acertava Tielo em cheio. Alguém arremessou aquilo no nosso bardo e não era uma pedra pequena, era literalmente quase do tamanho da cabeça do "protagonista". Depois que a rocha caiu no chão, sons de passos desesperados puderam ser ouvidos e tanto a pedra, quanto esses passos vinham da direção do caminho reto na estrada rochosa.

O dia mal começou e Tielo quase foi morto. Será que isso tem a ver com os bandidos que ele enfrentaria em Cinnabar, ou é só um sinal de má sorte mesmo?

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Aquela pedra pode ter sido um sinal de má sorte ou até mesmo de boa sorte, até porque não acertou Tielo, se tivesse acertado, no entanto, os resultados seriam bem ruins. Mas agora que ele estava ileso, o bardo queria ir atrás do lugar de onde veio aquela pedra que quebrou toda aquela quietude. Seria mesmo os criminosos que Tielo enfrentou em Mahogany? Não era uma possibilidade absurda, afinal ele estava bem nos arredores da tal cidade, então ele pode ter sido seguido bem facilmente.

Mas se pensar por um lado: por que arremessar uma pedra? Sério que esse é o melhor jeito que criminosos conseguem apagar alguém? Tinha algo que não se conectava. Mas quem sabe né? Único jeito é descobrir, logo a bifurcação que Tielo estava foi reduzida a um único caminho possível, sendo o caminho reto e rochoso que continuava acima do sopé da montanha.

Enquanto continuava ele percebia que o chão ficava um pouco mais arenoso, o que convenientemente possibilitava ver pegadas pelo chão e as únicas pegadas que tinham por ali eram de pés bem pequenos, similares ao de um humano, porém mais quadrados. Aquilo era capaz de eliminar a possibilidade de serem os criminosos, mas é o famoso "nunca se sabe", só descobrindo para saber.

Porém antes que o bardo pudessem analisar qualquer coisa no local, ali vinha mais, um projétil rochoso, um mini meteorito, dessa vez menor que o de antes e errava Tielo com bem mais folga, também foi possível ouvir um leve risinho. O que seria aquilo?

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Se antes a Dustox se mostrava desinteressada, agora ela tinha se irritado com seja lá quem está arremessando aquelas pedras e debochando tanto dela quanto de seu treinador. Tielo tentava analisar as pegadas, mas não tinha nenhuma suspeita, logo sobrou pra descobrir quem era o culpado de arremessar aquelas pedras indo atrás dele mesmo. E Dustox ía no momento em que Tielo comandava.

A mariposa voava não por muito tempo e parava ao lado de uma pedra no canto da estrada, olhando para o que tinha atrás de tal rocha. Foi nesse momento em que a pokémon inseto fora surpreendida, um pequeno ser saltava e a acertava em cheio com uma cabeçada, empurrando-a, porém o tal ser também caia no chão com tudo.

O ser em questão era uma criaturinha humanoide pequena e acinzentada. Haviam algumas cristas pontudas em sua cabeça e o pokémon em si parecia até ser musculoso. Era um pokémon bem icônico de Tohjo, o pequeno lutador Machop, um dos objetivos de Tielo nessa rota. A criaturinha em questão agora estava bem irritada, olhando Dustox, franzindo sua testa e estava afim de começar uma bela de uma briga. Tielo interferiria? Ou queria que uma briga realmente começasse?

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Aquele Machop não sabia mesmo no que estava se metendo, inclusive o pokémon que ele estava vendo já era algo bem desconhecido para o pequeno lutador. Parecia um Venomoth, mas com certeza não era um Venomoth, pode se dizer que é um parente de Hoenn da mariposa Kantoniana. Porém, Machop estava com medo daquele bicho que nunca viu? Não. Isso significa que ele vai ganhar? Também não, inclusive ele vai tomar uma surra e eu como o narrador, descreverei tal logo abaixo.

Dustox em si não era um pokémon rápido, porém Machop era obviamente mais lento e logo já tomou um dos ataques em cheio do pokémon de Tielo, a mariposa incorporava uma aura azul e prendia o corpo do pequeno humanoide e o arremessava na parede, esse que soltava um "cry" agudo de dor (-46) e aquilo realmente doía. Porém, só deu mais motivação para o pequeno lutar, uma luta desigual, mas ele não fugiria, partindo pra cima, dando um tapa na venenosa, que seria capaz de derrubar qualquer coisa que ela estivesse segurando.

E o ataque derradeiro vinha. Machop podia lutar e lutar, mas além de ser um poder psíquico que vinha de Dustox, coisa que os lutadores naturalmente já temiam, a mariposa era um alvo mais forte, o próprio lutador tinha ciência disso. Como essa foi uma batalha rápida, nem me darei o trabalho de fazer o "código" de batalha. Machop levou uma surra e estava lá nocauteado.

Esse era um dos pokémon que o nosso bardo protagonista estava procurando, era só jogar a pokébola e esperar a captura. Afinal, também não era legal largar o pokémon nocauteado ali.

Progresso - Tielo: