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019 - O Velho Sabonete

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019 - O Velho Sabonete



Depois de vir da Sede da Virtuum, na Cidade de Olivine, hospedei-me no Centro Pokémon mesmo para não "gastar" roupa de cama da casa na Fazenda. Lá era tudo de graça mesmo e tinha camareira, além de um café da manhã bem gostoso. Então, por que não? O único problema mesmo é que a primeira refeição tinha ficado tarde para a vida de um Fazendeiro. Às 7h eu deveria estar capinando e não entrando na cafeteria... Mas enfim... O importante é que cheguei na Fazenda já alimentado, mesmo que fossem 9h30...  Tudo bem, um pouco de descanso não faz mal à ninguém.

Ruff? Ruff! Balbuciava o Rufflet Steve, enquanto tentava bater as asas e voar. Ele tem agido assim ultimamente, não gosta mais de ficar empoleirado em mim, o que de certo modo era um alívio. Suas patas estavam desproporcionalmente enormes e afiadas. Além do peso, faziam cortes de vez em quando. Acho que estava entrando na puberdade e o desejo de voar lhe era intrínseco, mas ainda difícil — Relaxa Steve, cada coisa no seu tempo... A gente tem muito trabalho pela frente, então vai ter tempo suficiente para tentar voar depois! — Comentei com o Pokémon, enquanto alcançava a porteira. Estendi o braço por cima dela e abri o trinco, empurrando um dos lados para acessar o terreno da minha Fazenda. Já o Rufflet, bateu suas asas para um "salto coordenado", típico de pássaros que não voam bem.

— Cheguei pessoal! — Disse em alto e bom som, usando as mãos como um "tubo" para expandir minha voz. Alguns Pokémon que estavam dando um belo descanso pela Fazenda, vieram me receber um tanto sonolentos, mas ainda não eram os do Aviário, que ficavam em uma área mais arbórea, separada. Era para lá que eu iria dar uma espiada, mas não sem antes passar pela área de plantio, só para ver as árvores muito carregadas de Berries, prontas para serem colhidas... Hm... Talvez valesse mais a pena colhê-las mesmo, antes que algum Pokémon coma essa tentação em forma de fruto — Ok Steve, vai lá dar "oi" para o pessoal do Aviário! Eu vou passar na Casa para pegar a cesta de colheita. Ok? — Falei ao Pokémon, me separando dele. Meu destino era o edifício central, onde localizava-se a residência e, consequentemente, as ferramentas de colheita, arado, e replantio. Poderia até não começar imediatamente, mas deixaria tudo arrumadinho para não me enrolar depois.


Resumo escreveu:

Olá Narrador! Mais uma Rota de Fazenda! Não tenho muitas ambições além da manutenção da Fazenda mesmo e a fabricação de Juices. Cuidarei da Plantação, do Aviário e dos Juices. Como serão muitos afazeres, precisarei de alguns posts a mais, então se não for muito puxado, gostaria de treinar um pouco, não exatamente no início. E também, se der, gostaria de aprender mais do que é o Old Amber que eu recebei na última rota, mas o Luch ainda não sabe. Quem sabe um NPC para interagir? Mas você que sabe!

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Off escreveu:
Eai Luch! To assumindo a rota, espero que façamos uma rota bacana!


Luch V. Drac, o criador finalmente chegava em sua fazendinha que merecia um pouco de atenção. 

Ele chegava na fazenda já fazendo barulho, chamando atenção dos pokémon que ele havia deixado no aviário. Steve, seu Rufflet, era o mais animado, que corria em direção das outras aves.

Enquanto a pequena águia se divertida, Luch começava a botar a mão na massa, ele ia até sua casa e pegava seu material para trabalhar na fazenda. Como já fazia um certo tempo que não passava por ali as coisas estavam um pouco empoeiradas, então depois precisaria dar um pouco de atenção para aquele lugar depois. 

Após pegar a cesta, ele se direcionava para os campos onde havia plantado algumas berries. Não era uma área muito grande, mas cumpria sua função. Quando ele chegava lá, ele percebia uma certa movimentação estranha em sua terra...

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Apesar da minha Fazenda não ser a maior dentre as que existem na UCE, ela exigia um trabalho relativamente grande para que tudo funcionasse perfeitamente... Por sorte eu tinha meus Pokémon para me darem uma "forcinha", porque sozinho eu levaria muitos dias até que tudo estivesse nos conformes. Foi por isso que enviei Steve até o Aviário... Ele iria bater um papo com seus colegas penosos e os deixaria por dentro de tudo o que ocorreria a seguir. Não que eles não soubessem, afinal tivemos o mesmo trabalho no último ciclo de colheita e manutenção da Fazenda, mas... Não custava nada deixá-los tranquilos antes de uma limpeza total no Aviário, não é mesmo? Mas enfim... O foco agora para as minhas mãos seriam as árvores frutíferas e suas colheitas, então... FOCO!

— Onde mesmo estão essas ferramentas? — Falei comigo mesmo, esticando os dedos e repassando o olhar por todo o armário, até encontrar o que queria. Ancinho, Foice, Regador.... Ah! E a Cesta, né? Afinal, teria que colocar as Berries em algum lugar até lavá-las e guardá-las de vez, seja na mochila ou outro canto. Enquanto fazia esse primeiro serviço, fiz questão de bisbilhotar se a casa estava nos conformes e fiquei estupefato com a quantidade de poeira que tinha por lá... Será que a poeira não poderia fazer o favor de não se acumular em casas onde não tem gente? Esse tempo que passava distante era realmente triste para a limpeza da Residência... Passei o dedo então por uma parte mais empoeirada, ficando decepcionado pelo estado que meu dedo ficou — Uma coisa de cada vez, né?

Deixando a sujeira para depois, levei todas as ferramentas até os Lotes dos Campos, apoiando-as sobre o chão, principalmente o regador e o ancinho, que usaria depois. Já a cesta e a foice teriam uma função bem específica agora na colheita e retirada das árvores. E por falar nelas, haviam quatro! Três delas de troncos mais largos e copas idem, que ocupavam mais lotes. A última eram de Berries com quase nenhuma complexidade, ocupando apenas um lote, além de estar recheada de frutinhas. Ha! Estava ansioso para "colocar a mão na massa", mas antes disso... Algo me chamava a atenção, era um movimento por ali, que não me contive em olhar para saber o que de fato ocorria... Espero que não seja problema...


Resumo escreveu:

Olá Bed! Tudo bem? Vamos nos divertir sim! Eu vou focar primeiro na colheita... Serão 8 posts para isso. Vou demorar então uns 7 posts fazendo colheita e cortando as árvores e só no oitavo vou tratar de fazer o replantio!

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Luch se espantava com o estado da sua casinha, mas decidia fazer uma coisa de cada vez e a primeira coisa de sua lista era cuidar se sua pequena plantação. Com ferramentas a mão, ele seguia seu caminho.

Quatro árvores eram vistas, prontas para serem colhidas, em suas copas, algumas frutinhas brilhavam em tons vivos, garantindo que a colheita seria farta.

A movimentação estranha vinha do pé das árvores, devido sua coloração escura, Luch não conseguia identificar logo de cara, mas ali estava um pokémon, de pelagem preta com detalhes em branco, o canídeo notava a presença de Luch e começava a uivar intensamente, como se chamasse alguém, e era realmente isso que ele fazia. Outro canídeo saia do meio da floresta, esse por sua vez bastante chamativo, com sua cor rosada, e um tanto quanto desengonçado.

Eles estavam ali pelas berries e lutariam por elas.

Off escreveu:
Vamos fazer essa colheita! 

Os pokémon selvagens que aparecerem não podem ser capturados! (Não que eu precise avisar, mas ainda assim)

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Com uma nota mental de que precisaria me focar na limpeza da residência após a colheita e os cuidados dos Pokémon, peguei as ferramentas e parti dali, em direção aos Campos de Plantio. E eu até cheguei lá, arrumando os objetos e me preparando, mentalmente e fisicamente, para o trabalho que teria. Contudo, quando me deparei com os lotes em si, algo chamou a minha atenção, bem próximo do solo, nas proximidades dos troncos das árvores frutíferas. Eram dois Pokémon! Eles não pareciam ser tão velhos, provavelmente eram jovens e estavam famintos. Devem ter vindo lá dos bosques que rodeiam a UCE, em busca de alimento. Apesar de não aparentarem serem poderosos, eu estava sozinho e "desarmado". Inevitavelmente, abri os braços e pedi que tivessem calma.

— Opa, opa, opa. Calma aí pessoal... Prazer! Meu nome é Luch, sou o dono desta Fazenda! Vocês estão com fome? — Perguntei, tentando ser delicado em meu contato com as criaturinhas. Elas poderiam não compreender minhas palavras, mas talvez sentissem minhas "intenções". Eu não tinha intenção de atacá-los, seja com alguma das ferramentas próximas ou com o lançamento de uma Poké Ball, com algum dos meus companheiros. Na verdade, deixava as mãos abertas e visíveis, para que notassem que estava ali "na paz". Entretanto, não sabia se Steve voltaria e tentaria atacá-los... Ele poderia achar que eu estava em perigo. O que de certo modo, não era uma mentira... Mas enfim... Se ele atacasse, as coisas poderiam acabar ruins para os dois lados. Restava a mim resolver a situação o quanto antes, mas para isso precisaria saber se os Pokémon selvagens se acalmariam...


Resumo escreveu:


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Tentando uma abordagem mais pacifica, o garoto tentava conversar com os pokémon selvagens, para evitar um confronto inicial, perguntando se estavam com fome, o que era claramente confirmado ao ouvir suas barrigas roncarem, afinal não era tão fácil assim encontrar comida dentro da cidade e como Ecruteak possuía a Universidade de Criação com diversas fazendas, esses lugares eram comumente invadido por pokémons selvagens em busca de alimento.

A dupla estava um pouco intrigada com Luch, não sabiam ao certo se podiam ou não confiar nele, por mais que estivesse desarmado. 

Eles se aproximavam um pouco do garoto, em silêncio, até que a tensão era quebrada por o som de asas batendo, ou pelo menos algo que parecia ser isso vindo de direção do aviário, assustando todos ali por um instante.

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Enquanto tentava "lidar" de forma pacífica com os Pokémon Selvagens, ficava imaginando como eles chegaram até ali. Será que conseguiram passar por cima (ou por baixo) da cerca ao redor da propriedade ou havia alguma parte quebrada, assim como aquela que havia consertado da última vez, próximo à porteira? Enfim... De todo modo, os Pokémon famintos precisavam de um apoio e eu sabia exatamente como ajudá-los, sem perder berries. Havia uma metade de sanduíche, do meu café da manhã, dentro da mochila. Se eu conseguisse pegá-lo sem assustar a dupla, repartiria no meio para os dois. Mantendo então minhas mãos bem visíveis, fui lentamente retirando a mochila ainda nas minhas costas para alcançar o zíper do compartimento que continha o alimento. Entretanto, algo ocorreu mais rápido do que eu imaginava.

Com um bater de asas violento, um Pokémon se aproximou. Provavelmente tratava-se de Rufflet, que havia retornado do Aviário. Eu nem havia o visto, apenas sentido o vento produzido pelas suas asas, lançando poeira em meus olhos. Sem enxergar muito, larguei a mochila no chão e tentei tampar o rosto, esfregando-o com a mão livre — Steve? É você? Calma rapaz, está tudo bem! Tá tudo bem! — Dizia, prevendo uma batalha iminente entre o Pokémon e os dois selvagens. Eu esperava que não chegasse nesse nível a confusão, mas se fosse o caso, estaria pronto para lidar com aquilo de uma maneira não tão mais pacífica...


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Luch tentava contornar a situação, com um meio sanduíche ele tentava apaziguar os ânimos dos pokémons selvagens, porém a situação era interrompida com a chegada de Steve, porém não era só ele quem chegava, junto do Rufflet estavam também Lenora e o resto da gangue que habitava o aviário.

Todos percebiam a presença daqueles pokémons estranhos e as aves acabavam tomando um posicionamento um tanto hostil, achando que os monstrinhos estavam querendo atacar o seu precioso treinador.

Aquela manhã estava sendo muito mais turbulenta do que o garoto esperava. Caso não fizesse nada os pokémons iriam sair no braço, infelizmente por um mal entendido.

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Em um primeiro momento, o uso da metade de sanduíche para apaziguar os ânimos me soava como uma boa ideia. Entretanto, não era bem assim que Steve e os outros Pokémon Voadores do Aviário viam a situação. Aos olhos dos alados, os dois Pokémon selvagens invasores estavam apenas me ameaçando e poderiam me fazer mal a qualquer momento... Eu não podia lhes culpar, era uma cena bem complicada, apesar da minha suposta tranquilidade. Mas enfim... Com o bater de asas e o bando de penas lançadas pela aproximação dos voadores, os dois "intrusos", acabaram se colocando em uma posição defensiva também, deixando tudo meio caótico de novo. Uma batalha era iminente e, bem... Não era a minha intenção deixar tudo chegar nesse nível. Por isso, me coloquei de braços abertos entre as duas "facções", de frente para os meus próprios Pokémon — Pessoal, eles não estão atacando não! Estão com fome... E bem, aproveitando que estão todos aqui, por que não paramos para um lanche? Tem ração para todo mundo, não é? Por favor, sem brigas. Podemos resolver isso na paz... — Comentei, olhando os selvagens por cima do ombro. Se os dois lados entendessem que uma solução era possível, imagino que a briga pararia. Até porque... Se uma luta se desenrolasse aqui, quem mais sofreria seriam as árvores e as berries... Um verdadeiro desastre...


Resumo escreveu:


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Graças ao seu pensamento rápido, talvez não mais inteligente, por sorte as aves conseguiam parar a tempo de não se chocarem contra seu treinador. As coisas pareciam se acalmar.


Luch então anunciava que havia comida para todos, inclusive para os dois pokémon selvagem e isso fazia seus olhos brilharem, eles saiam da terra e sentavam próximo a casa, aguardando pela comida de graça. Pelo menos as Berries foram salvas.


Uma vez que esse problema era resolvido, era a vez dos pokémons de Luch o atacarem, afinal todos sentiam sua falta, principalmente Lenora. Eles faziam uma festa.


De qualquer forma, agora o criador estava livre para dar continuidade em suas atividades.

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