Convite do passado

   A dupla de moças estava passando pro centro quando Ame decidiu que tinha de se preparar antes de irem até a tal fazenda, por isso Ame foi até o centro e comprou de pokeballs a mais TMs pra garantir.

  Beatriz esperou sentada do lado de fora do centro, com Buanery em seu colo bem deitada.

  Assim que a coordenadora enfim terminou suas provisões, elas partiram direto até a borda da cidade, perto da.

  — Olha, o hotel da sociedade, Thito deve estar orgulhoso desse lugar, é bem sultuoso. — Ame comentou quando passaram pelo hotel.

  — Thito? O coordenador Thito? Por que estaria? — Beatriz questionou

Ame travou. Ela praguejou baixinho, tinha errado os nomes na hora de falar, "Maldito Matthew!" Ela pensou.

  — Ah-ah! Eu tava só pensando que alguém como ele deve com certeza ter ficado aqui em algum momento, sabe como são estrelas de contests, né? Quem não ficaria orgulhoso de se gabar que ficou em tal lugar?.

  Ame tentou forçar um riso para distrair do seu erro, Beatriz não pareceu muito convencida, mas ela não questionou. Ame imaginou que conseguiu consertar isso.

Logo, elas estavam pertinho da tal fazenda e, para surpresa delas, Buneary começou a agir estranho. A coelha saltou dos braços de Beatriz e começou a apontar para uma direção desesperada.

  — Isso é mal, precisamos agir logo! — foi tudo que Beatriz disse antes de correr atrás de Bunneary pelo caminho.

  Ame demorou para entender que já estavam lidando com os malditos digletts. Só então ela saiu correndo atrás de Beatriz.

Off: Vamos levar 10 pokebas, 5 potions e um Shock Wave logo pra garantir! São menos 4600 na carteira.

   Seria este um breve momento de sorte? A escola estava fechada, sem chance de alguém se machucar consequentemente, internamente Ame agradecia a Arceus, então ela se lembrou: diglett pode afundar construções. "Droga" ela pensou.

  As duas começaram a discutir o que fazer. Ame sugeriu invadir o pátio e expulsar os pokemon, mas Beatriz cortou a ideia, pois seria péssimo se fossem vistas.

   — Para algo assim vitalizar leva um minuto, pense em como isso afetaria o restaurante. "Gerente do Amelicius é vista invadindo escola".

   Concordando com a loira, Ame tentava ter uma ideia, mas sem saber se os malditos pokemons estavam mesmo ali, tendo de confiar só num rastro de buracos que podiam ser qualquer coisa, de outro pokemon a real indicativo de que digletts tinham entrado na escola.

   Depois de muitos minutos, Ame tomou uma decisão. Ela sacou uma pokeball e desta surgiu uma pokemon elegante, incomun e com ar gélido a sua volta.

  Froslass se apresentava com mesura a Beatriz e depois se virava a sua treinadora, esperando ordens, pois certamente a coordenadora de cabelo azul devia estar precisando de sua ajuda.

   — Yuki, atravesse esse muro e confere sem algum pokémon estranho do outro lado, ta? Estamos atrás de uns digletts, se os vir faz eles fugirem pra fora da escola.

  Yukina sorria , como esperava, ela era super necessária a sua treinadora. Com toda elegância, a fantasma foi verificar o patio daquela escolinha. O quer que achasse, ela iria expulsar de lá.

Off: Foi mal a demora.

  Yukina tinha uma visão clara do que acontecia naquele pátio de escolinha, os invasores tinham bagunçado o espaço das crianças em suas escavações do terreno. Isso era inaceitável! Yukina ficou flutuando sobre o terreno, esperando algo acontecer, mas sua paciência era curta e ela queria voltar logo e com resultado para sua treinadora, sendo assim, Froslass apenas tomou a mais eficiente decisão na sua visão: ela lançou gelo nos buracos no solo. Se estivesse ali ainda, iriam se mostrar depois disso. Ou serem congelados, para a fantasma qualquer uma das opções servia.


  Fora da escolinha, Ame e Beatriz e a buneary de Beatriz, esperavam a fantasma voltar ou se alguma coisa acontecia do outro lado do patio. Beatriz batia o pé, impaciente, enquanto Ame estava encostada contra o muro esperando, também um pouco impaciente.

   — Eu realmente esperava que algo assim fosse ser mais rápido e menos entediante, seria melhor ter ficado no restaurante.

   — Quase me arrependo de ter aceitado, mas acho que isso é meu trabalho, eu aceitei entrar pra sociedade de qualquer jeito.

   —E por que você aceitou? Não parece muito feliz com essa decisão.

  Ame sorriu, um pouco envergonhada por seus motivos.

   — Matthew me ofereceu o restaurante se eu topasse. Eu gosto de cozinhar, mesmo não tendo feito muito isso antes começar a trabalhar no Amelicius.

   —Oh, então basicamente você ganhou um restaurante inteiro e agora sempre que chamarem para isso — Beatriz apontou para a escola — Você vai ter de atender?

   — Acho que sim.

   —Você acha?

   — Como você disse, eu ganhei um restaurante só por entrar nisso tudo, então pra mim faz sentindo ser útil, de algum jeito eu preciso "pagar" por esse presente, né? Nada é realmente de graça, né? Na real, me assusta como tudo até hoje foi incrivelmente facil, nada de problemas ou loucuras, claro, se não considerarmos a sua incrível teimosia nos primeiros dias, né? Você não é muito fácil de lidar, dona Beatriz.

  Beatriz franziu o cenho, murmurou algo que parecia "já passou, lembra?", mas Ame não prestou atenção. A conversa morreu nesse momento, pois nenhuma delas continuou falando, Ame estava refletindo sobre os últimos dias. Realmente, tudo estava tão bom? Ela praticamente estava agora tendo uma vida estável, com dinheiro de um emprego e um teto sob o qual viver mesmo que não fosse totalmente seu, não? Tudo isso tinha de ser pago, certo? Nada é de graça, afinal.




   — Hum?!.— Ame se assustou ao se lembrar dessa voz, fazia tanto tempo que pareceu que tinham falado ao seu ouvido.

   —O que foi? — Beatriz perguntou, meio curiosa por essa súbita atitude de sua chefe que parecia fora do ar.

   — Nada! É o tedio. — Respondeu Ame rápida, nem ligando se parecia nervosa. — Me dá um pezinho, eu quero ver o que ta acontecendo do outro lado.

Off: Ainda estou viva e o meu quarto esta em reforma, então por mim ta tudo ok se você demorar em narra, não tem pressa! E por mim ta tudo certo fazer disso um treino, fica até melhor, Thito =w=/

  Como um lindo saco de batatas, Ame cai no chão de bunda, pois Beatriz não foi capaz de manter ela apoiada. Antes de sua queda, a coordenadora teve um momento para abrir uma pokeball e liberar Munchlax do outro lado do muro, então Ame cai.


  A aparição de um pokemon gorducho e pequeno ali assustou Froslass que estava pronta para avançar nos dois digletts que agora fugiam dela. Antes que a fantasma pudesse reagir agressiva ao pokemon, a voz de sua treinadora surgiu:

   — Yuki, esse é o Tabe! Ele ta ai pra te ajudar! Cooperem!!

   "Ah, um ajudante." Froslass pensou depois dessa explicação. A fantasma olhou com pouca esperança de que o pokemon com cara de sono fosse ser útil contra aquelas pequenas pestes ligeiras. Ao menos agora eram dois contra dois, talvez conseguissem.

  Podendo flutuar sobre o campinho, Yukina subiu um pouco de altura para ter uma vista melhor de onde estavam os digletts naquela bagunça de tatames coloridos e brinquedos. Era como um tabuleiro (ou labirinto de coisas por entre as quais os digletts ficavam cavando).

  Descendo até estar perto do solo, Yukina começou a pensar num simples plano onde ela poderia apenas guiar o novato pokemon e depois ela poderia receber todos os elogios por terem conseguido expulsar os digletts. "Sim, um excelente plano!" Froslass se vangloriou antes de se virar para Munchlax para explicar o que queria dele.

  Para sua grande surpresa, Munchlax não estava nem ai para a situação, invés disso estava explorando os brinquedos do pátio como uma criança. Sem paciência, Yukina atrapalhou a brincadeira e começou um sermão.

  — Ei! Você! Não ouviu que você esta aqui para me ajudar? O que acha que esta fazendo aí?!

  — Brincando. — Munchlax respondeu como se fosse obvio. Pois era.

  Froslass se conteve para não gerar atrito desnecessário. Esse pokemonzinho era claramente uma criança, não ia ajudar começar a se irritar com falta de foco.

  — Pois bem, você quer jogar? Que tal brincar de pega com aqueles dois? — Froslass disse calmamente e apontou para a dupla de digletts do outro lado do pátio. Havia um labirinto de brinquedos e obstáculos até os dois, era um belo desafio para um pokemon que parecia pesado como Munchlax, Yukina pensou.

  Guiando de cima como uma torre de comando, Froslass dizia por onde Munchlax devia ir.

  —Uhm... Tão muito longe.

  — É só correr rapido.

  — Tem muita coisa no caminho. Eu vou bater se correr muito. — Munchlax disse, meio aborrecido já imaginando o que podia acontecer.

  Froslass inclinou a cabeça, se tivesse veias, teria uma saltando na sua têmpora. Ah, ser paciente era difícil.

  — Eu guio você, nem precisa se preocupar, só confie em mim.

  Como a criança que era, Munchlax olhou para a fantasma com brilho em seus olhinhos e perguntou se era sério. Froslass só disse que sim, era muito sério, ela prometia não deixa-lo se perder ou acabar batendo.

  Totalmente motivado agora, Munchlax deixou o brinquedo onde estava e se preparou para começar essa corrida até os digletts. O caminho a sua frente era livre antes do primeiro obstáculo, a partir dali, ele estava totalmente a merce da fantasma de gelo que flutuava sobre ele. Era emocionante, não estava numa luta, mas ainda era muito emocionante depender de alguém assim, pensando Munchlax tomando impulsando. Ele começou a correr e Yukina a se mover, alguns metros a frente, vendo o caminho e então pronta para cumprir o papel de guia como prometeu.

  O primeiro trecho daquele labirinto não fora tão difícil, Yuki teve apenas de avisar onde Munchlax tinha de virar, o desafio começou no primeiro beco sem saída onde ele quase seguiu reto e direto contra um escorrega, parando bem na hora porque ela avisou que parasse.

  — Wuaaa, você disse que eu não ia bater!

  — E não bateu! Agora chega de manha, tem um monte de curvas logo a frente, você precisa ser aprender a frear na hora certa.

  Emburrado, Munchlax voltou a entrada que ele errou e agora, apenas de manha, não estava correndo como antes, sendo menos apressado para o gosto de Yukina que mandava ele se apressar. Na hora em que ele decidiu que já tava bom de incomodar a fantasma, Tabe acabou apressando o ritmo no momento errado e passado da entrada, de novo, e quase batendo num brinquedo, de novo, e só não colidindo com tudo por causa de Froslass que se pos no caminho, de novo!

  Um olhar frio e perfurante de aborrecimento dela serviu para dizer tudo que precisava e Munchlax ficou um tantinho sem jeito.

  — Eu ia acertar. — Ele murmurou coçando a nuca.

  — Continue, vamos logo acabar com isso! — Froslass disse, retomando seu lugar e esperando que Munchlax parasse de brincar com seus nervos inexistentes.

  E para grande felicidade dela, o pokemon gorduchinho terminou a corrida sem mais errar o caminho que ela ditava para ele.

Off: Já que agora estamos num Treino Livre, podemos treinar a velocidade do Munchlax?
Ativar segundo uso do Pickup do Tabe!

  Diglets enfim sairam do patio da escolinha e agora estava diante das duas treinadoras, mas eles não mostravam sinais de que estavam afim de batalhar, pareciam cansados. Antes que Beatriz e Buneary pudessem começar uma luta, Ame arriscou uma captura dos dois de uma vez!

  Duas pokeballs acertaram os encrenqueiros pokemons e nesse tempo de suspense, Tabe e Yukina vieram flutuando (Yukina carregou o pokemon bebÊ por cima do muro) até sua treinadora que muito os elogiou por terem consigo espantar os pokemon. Froslass tomou a frente e aceitou os elogios como se fossem somente dela enquanto que Munchlax olhava em volta, checando onde estava agora. Uma ruazinha fora da escola, parecia que não tinha ninguém passando por ali. Parecia.

  Tabe puxou a barra da blusa de Ame; quando ela se virou e olhou pra ele, Tabe apontou para o fim do muro da escola. Sem entender nada, Ame ia perguntar o que ele queria, no entanto, ela notou algo: uma sombra no chão. Tinha alguém se escondendo ali.

  Antes de poder contar o que viu, a coordenadora de cabelo azul foi cortada por Beatriz que lhe questionou o que fariam agora que estavam dois digletts a menos de cumprir a tarefa dada pela sociedade.

  — Se esses dois ficarem na ball, então faltam só oito para capturar ainda. Quanto tempo estamos aqui paradas? Eu estou sinceramente farta disso e mal fizemos nada.

  Embora soasse muito irritada, a loira tinha um bom ponto em suas reclamações. Elas não estavam progredindo num ritmo bom, quem sabe quando iriam capturar todos os pokemons, será que ainda teriam tempo para terminar algum treino?

  — Se quiser pode ir embora, talvez não tenha sido boa ideia ter arrastado você junto nisso, ainda mais na sua folga, né?

  Ame imaginou que essa fosse a melhor coisa a se fazer. Se Beatriz fosse embora, então só ela e seus pokes iriam correr algum risco ao lidar com o que quer se estivesse a espreita; Mas sua ideia não se desenrolou como queria.

  — Perdão?? Esse é seu jeito de me dispensar, pois se é, ele é péssimo. Eu vim porque eu quis e se eu for embora agora e por acaso a senhorita sumir ou voltar acidentada, quem vai levar a culpa sou eu, afinal seria tão benéfico que a nova chefe sumisse assim, não é? Todos iriam culpar a pobre Beatriz aqui.

  Buneary fez como sua dona e posou dramática ao apontar para si mesma. Isso tirou alguns risos dos pokemons de Ame enquanto esta ficava sem reação. Bem, ao que tudo indicava, Beatriz não iria embora tão cedo.

Off: EU RESSUSITEI!
Ei, Thito, pode me situar melhor onde as personagens estão, tipo o que tem no cenário em volta fora a escola, eu só entendi que estamos longe da cidade e perto da caverna dos digletts.