[Wants VS Needs] – Power Plant –

E é assim que a gente sabe quando um português safado não lê o nosso post: Quando ele ignora todo o mencionado e tenta sabotar o nosso pokémon ao fazer os bagulhos tortos. Fica esperto que o que vai, volta, viu, senhor europeu? Espero que pelo menos não esqueça os 15% da minha skill •^•.

Enfim, digamos que não foi com muita surpresa que a ruiva observou o estrago realizado por seu amável dinossauro roxo - um sorriso de canto se torceu, quase amigável, os orbes acinzentados passeando pelas águas mais uma vez açoitadas por um golpe de veneno realizado pelo gosmento pokémon adversário. O fato, aliás, foi responsável por um erguer de sobrancelha e um balançar discreto de cabeça, os dedos tamborilando com discrição na lateral da cintura.

— É assim que vocês queriam denunciar alguma coisa? — Indicou as águas intoxicadas com a cabeça. — Sinceramente, eu não me surpreendo se acabar descobrindo que são vocês os vilões. Ou, uh, são bem horríveis no que fazem... — Revirou os olhos, forçando um bocejo fingido. — Grimm, Reflect e False Surrender no Garbodor. Zuby, Facade no Muk e Earthquake. Shellos, Scald no Muk e Protect. — Instruiu, sem enrolar ou levar muito tempo pensando.

Não era como se precisasse, sabe?

Não tinha motivo algum para discutir. Quer dizer; A justificativa utilizada pelo homem era patética o suficiente - hurr, durr, você não aceitou o veneno caindo na cabeça do seu pokémon, então com toda a certeza você é a culpada dessa situação. Patético, era completamente patético: E exatamente por isso que a treinadora simplesmente não se deu ao trabalho de bater boca com aqueles três.

Até porque, não se bate boca com cadáver.

Sabe, assim que os pokémons tombaram do lado oposto do campo e os "jornalistas" acabaram desarmados, a ruiva se arrependeu de não ter trazido consigo a companhia de Navi, o sanguinário Cofagrigus - no fim das contas, aquele totalmente seria o trabalho ideal para o fantasma, que sujaria as próprias mãos com o maior prazer do mundo e permitira que esse peso ficasse fora de sua consciência; Uma, das tantas correntes que já a agarravam e açoitavam.

...Ele não estava, porém.

A primeira atitude, então, foi imediatamente retornar seu dinossauro arroxeado para a própria esfera bicolor, sem concedê-lo chance alguma de permanecer naquilo que em breve se tornaria uma arena maculada. Os ombros se encolheram, discretos, e a ruiva se aproximou do narigudo metálico que ali repousava, aproximando o rosto de seu "ouvido" e sussurrando, paciente, uma ordem de Sandstorm.

Depois disso?
Oh, depois disso...

Um elfo demoníaco bem poderia se divertir com alguns Spirit Break, certo?

Há uma explicação razoável para o desejo do surgimento da tempestade de areia invocada por Probopass, e não era simplesmente para que servisse de camuflagem ao feroz espécime galariano que mantinha consigo já há algum tempo. É válido dizer, aliás, que a moça o fizera por ela própria; Dizem que o que os olhos não vêem, o coração não sente, afinal, e tudo ela faria para se livrar de qualquer uma das tantas correntes que tentavam amarrá-la ao chão, ásperas, ácidas, cortantes.

Os sons de carne atravessada, rasgada, porém, certamente fariam o favor de ficar por um bom tempo em sua memória.

— ...Vamos. — Sussurrou, os braços capturando rapidamente a lesma aquática que repousava no chão após a bendita batalha. — Temos que ir. — Disse, simplesmente, retornando Probopass para sua esfera bicolor - não que realmente quisesse fazê-lo mas, sabe como é, não podia contar com a velocidade do metálico se quisesse alcançar a bendita que havia escapado por entre seus dedos. — Preciso dos seus ouvidos, Grimm. Guie pra onde ela está indo! — Instruiu, preparada para abandonar aquele lugar sem olhar para trás.

Ativistas é o caralho.

Ah, eu sei que você queria isso. Eu também queria; Todos nós sabemos. Então, sim, deixando para trás um campo de batalha maculado por areia, poeira, veneno e o próprio líquido vital, seguimos nessa empreitada atrás da cara de pau que simplesmente deu no pé, sem mais e nem menos. Um caminho inevitavelmente rápido, as pernas se forçando a ir rápido e rítmicas até que, inevitavelmente, se deparasse com a porta de metal que tentava, em vão, impedir sua passagem.

O olhar, simples, se desviou na direção do élfico faérico. Apontou a porta com a cabeça, uma ordem muda para o noturno que lidasse com aquilo - ora, quer dizer, tinha certeza que a força bruta do animal seria mais que suficiente para que pudesse passar, mas... Enfim. Vamos ver, né? Qualquer coisa, sempre podia acumular mais de seus pokémons para aquele trabalho, sim.

Pois é.

Patético, patético, patético; Já foi dito patético? Espero que sim - ora, chegava a ser irritante ter que perseguir uma qualquer que havia simplesmente não só dado no pé com um selvagem possivelmente machucado, mas também pelo fato de se tratar de alguém que abandonara seus companheiros sem olhar para trás, sem pensar duas vezes. Isso, por si só, acendia um asco maldito em su'alma - então, você deve compreender o torcer de lábios e revirar de olhos ao ouvir o berro estúpido que ecoou ao que o metal foi arrebentado para abrir o caminho.

Não ficou muito mais feliz quando foi exposta à outra barreira masculina, aliás; Muito menos ao ser tratada como se fosse uma criança.

— Ah, tem mais? — Um sorriso se torceu no canto dos lábios, debochado. — Quanto tempo será que demora até ela te abandonar, que nem fez com os outros? — Deixou escapar um riso cínico por detrás da máscara de neoprene, repousando a lesminha do mar no chão e permitindo que o élfico faérico tomasse, mais uma vez, dianteira naquele combate. Sem a presença de Zuby, daquela vez - pelo menos, não ainda. — Fake Out e Spirit Break. — Instruiu ao animal, simplesmente - um pouco frustrada, também, pelo fato de que não poderia simplesmente gozar da habilidade de seu companheiro, levando em consideração que o adversário da vez se tratava de um noturno. — ...Scald e Yawn. — Murmurou à pequena Shellos; Com sorte, podia contar com um belíssimo burn e, huh, tinha lá suas dúvidas que eles prestariam atenção em um bichinho minúsculo de suporte quando se tem um fisiculturista faérico prestes a te descer a porrada.

Eles não pareciam lá muito inteligentes, sabe?