Eu estava me esforçando... Lidar com crianças não era minha área, não ensinam isso na academia ranger! Mesmo assim, as meninas estavam dando tudo de si para poder superar o evento fatídico do fim do ovo Pokémon e tocar a vida pra frente. A menininha, mesmo, não soltava o ovo que Raboot tinha conduzido até a gente (graça a Deus, sem rachadura!) e se apoiava em mim quando viu terminar o pequeno túmulo. Eu sorri. Togekiss achou que era hora de abraço em grupo, então só senti o Pokémon cobrir todos com suas asas alvas e apertar cada um contra o outro.
Mas no fim, já estava bom de cerimônias. Lampent sobrevoava curioso com o ovo que a menina carregava. Como disse, ele adorava abraçar ovos. Raboot permanecia quieto e de braços cruzados, como um lobo cueio solitário. Togekiss não soltava a gente. - Vamos, gente... Ainda temos que revisar o ambiente minuciosamente para nos certificar que não há ovos ainda.- dizia, referindo-me a este singelo caso de ovos abandonados.
A estratégia continuava a mesma. Togekiss e Lampent no alto, tendo visão privilegiada, Raboot entre a grama que sobrava e outras conformações do ambiente. Eu seguia de cima, vasculhando cautelosamente o ambiente. Não queria que ainda tivesse algum selvagem perigoso ali... Embora, até então, os selvagens dali não soavam perigosos, fugindo do primeiro Air Slash que viram... Tudo bem que era um Air Slash de um Super Togekiss...