[Missão de Sociedade] [Missão Rocket] Trabalho de Operador Nunca Mais!

Era bem esquisito ficar naquele lugar de referência para outras pessoas, quando a única referência que tinha sido na vida foi pro filho, e mesmo assim ele não seguiu os passos dela, preferindo a vida que levava o pai. Não saber de tudo faz parte da vida, já que estamos sempre aprendendo coisas novas, ainda assim era difícil admitir que não tinha muita experiência no "pós-parto". Isto é, a parte de acasalamento e a teoria eram de domínio perfeito, mas na prática... Digamos que Mary nunca teve interesse em cuidar de mais Pokémon depois dos 3 fiéis e Vaporeon. Então seria novidade descobrir mais sobre Happiny. Ela pensou inclusive que as aulas com Rebeka ajudassem na prática.

Logo em seguida a esse momento terno do nascimento, algo acontecia do lado de fora. Caos? De novo? A senhora Monclar se sentiu um pouco tonta, talvez enjoada de lembrar de tudo o que passou em Goldenrod. Antes que pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, os garotos que estavam tratando dos pokémon tinham ido na direção do pedido de ajuda. Lopunny tomou o bebê em mãos e olhou pra dona como se ela tivesse que acompanhar eles. Mary preferiu não pensar, só foi...

- O-o que aconteceu? Vocês não podem largar suas funções assim... - Mary já adiantava o sermão, antes de ver a situação que os jovens correram pra socorrer.

Ela não era a heroína que fingiu ser outrora. Ao menos não do tipo que atende a chamados que não estivessem diretamente ligados à saúde. Acho que a situação com o Gilatina deixou isso bem claro para todos que acompanharam o desastre.

Enquanto Azula estava vasculhando entre os escombros [pickup], a missão me detinha a atenção de caçar um objeto em específico. Claro que levou um tempo, pois estava em uma das caixas mais altas da estante! Tratava de um aparelho de comunicação. Ótimo. Guardava ele para enviar mais tarde. Agora já não tinha mais o que ver ali.

- Vamos esperar do lado de fora. Achou algo? - Perguntava pra Azula que retornava ao meu ombro.

Voltando pela porta de onde entramos, outros três pokémon eram liberados para fazer o serviços completo e apagar qualquer rastro da base.

- Golbat, quero que usar Air Cutter para destruir as incubadoras, os computadores e todas as outras caixas da estante. Depois disso Carracosta vai usar Surf para destruir essa sala... Pode ser violento, não é pra sobrar nada. Metagross vai nos manter seguros com Protect enquanto isso.

Pronto, ventos cortantes para fazer picadinho das coisas mais importantes e águas turbulentas para não deixar nada ser salvo antes de partirmos. Com sorte, os materiais se misturariam ao excesso de conteúdo e aquele lugar seria apenas uma grande pilha de lixo humano. E do lado de fora ficaríamos de pé no Metagross enquanto ele mantinha a proteção erguida caso parte do corredor cedesse ou as torrentes vazassem demais.

Ah não, o coroa tutor de captura! Quer dizer, Mary não sabia que aquele velho era um mestre, mas pelas palavras ele indicava que tinha algum conhecimento na área, diferente da mãe que nunca nem experimentou tacar uma pokébola.

- Capturar? Você diz... com as pokébolas?

As de Mary deviam estar empoeiradas de tanto tempo guardadas no fundo da bolsa sem fundo.

- Se a gente só gritar eles não vão embora? - Ela perguntava, procurando uma alternativa outra que não um confronto direto com os pokémon que perturbavam o local improvisado da ala hospitalar.

Se não fosse o caso, ela seria obrigada a desafiar os Flying Pokémon. Ao menos fazia o básico de apontar a rotom-phone para descobrir os nomes das espécies com quem teria de lidar.

Independente da resposta, ela iria batalha contra os selvagens, porque sim. Então jogava a eeveelution psíquica pro desafio.

- Hmm Espeon, enfrente eles! Use.. Dazzling Gleam, por favor. Repita se precisar!

...

- Vamos sair daqui. Nosso trabalho terminou por hoje. - Matte anunciou ao supervisionar o trabalho da dupla.

Aquele era o mais próximo de um "obrigado" que eles ouviriam de Matte. Sendo assim, todos, com exceção do Metagross e Azula, eram retornados a suas respectivas esferas. Ainda "montado" no metálico flutuante, Matte indicava o caminho de retorno com a Pachirisu iluminando o caminho. Que foi? Não era legal sujar os sapatos com água de esgoto. Ainda mais com o cheiro de... pera - Que isso? Ta carregando uma bolsinha de cocô igual do salnorabo? - Dizia olhando pra Azula. Aparentemente a resposta era sim.

Enfim;;; Agora era só encontrar a saída do esgoto e retornar ao Hall.

Ouvindo atentamente ao coroa, Mary também tentava dar atenção a situação com os passarinhos. Espeon tinha dado um jeito nos arruaceiros, mas quem sabe por quanto tempo? A dica para manter a paz era a domesticação, ou melhor, captura das criaturas selvagens... Só que o processo...

- Devo TACAR neles? - Ela ficava um pouco abismada, entreolhando o velhinho e os desmaiados. - Que agressivo... Não posso só encostar?

Ela pegava algumas das bolotas e tentava ser mais gentil na captura dos voadores, encostando as esferas nas testas dos nocauteados. Não tinha nenhum glamour nisso, mas ela também não era nenhuma moçoila de 13/14 anos.

Agora TUDO faz sentido. Claro, não é um esgoto de verdade. Sempre soube! Mas tava escuro né? rsrs Acontece que Azula sabia disso ainda melhor e tentava sair antes de nós da passagem da base, se adiantando com o saco que encontrou.

- Bleh! Ei, vamos fazer um trato? Eu sei que você quer ficar mais forte pra dar maiores surras nos seus inimigos. E se nós clonarmos um novo corpo, geneticamente modificado e depois transferirmos sua mente pra lá? Nada mudaria, você só ficaria mais poderosa.

Claro, em troca eu queria que ela me desse o que encontrou. A ideia veio das cobaias nas incubadoras há pouco destruídas. Matthew com certeza nunca aprovaria isso, mas ele tinha dificuldades de lidar com a esquilo biguenta. Se fosse para incentivar essa lado, que ela tivesse músculos pra sustentar uma luta! E de quebra, ainda ganho respeito e a obediência dela.

Ok. Ela tinha de fato feito a primeira captura. E a segunda e a terceira... Bom, talvez fosse possível que ela investisse num aviário em breve, quem sabe? Ainda tinha que investir no novo terreno e para isso contava as moedinhas pensando se daria para pagar também as aulas extras.

- Muito grata pela aula, senhor! - Ela fez uma reverência breve em agradecimento.

Não muito distante dali, Azula e Matte estavam a caminho quando a esquilo chamou atenção para algo que tinha pescado. - Boa garota! - Dizia ao pegar o item encontrado.

Curioso era encontrar a dona Mary do lado de fora do centro improvisado, ao lado de um coroa com Espeon e Lopunny com caras suspeitas... O que tinha rolado por lá? Quer saber... Era melhor nem perguntar.

- Mãe, voltamos. - Anunciei a chegada, tendo a total atenção dela.

- Onde estavam? Não me avisou que tinha saído. - Ela disse como se já soubesse da nossa ausência.

- Pediram para liberar os selvagens que já estavam bem. Aliás, olha o que eu trouxe! - Mostrava os sacos de adubo e a frutinha pra ela. - Mais tarde eu te dou junto de uma fruta que desconheço. Gostaria que pudesse estudar mais sobre ela na faculdade.

Ela sorria e apertava nossa bochecha, aparentemente contente. Sem mais perguntas, nós retornamos para o interior do Hall. Havíamos terminado nossas tarefas, por isso procuramos a enfermeira para nos despedir. Antes do dia encerrar havia algo mais que eu devia reportar...
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Ganhar recompensas, mesmo que lembrancinhas, era bom. Não digo de forma consumista, mas pra alma. Ser presenteado e tals, sabe? Mamãe agradecia por nós dois e dizia que antes de partir tinha que se despedir dos colegas.

- Espero você lá fora.

Claro, voltaríamos ainda hoje para Ecruteak, Matte só precisava esperar a resposta da central Rocket de Kanto. Por isso enviava uma mensagem pedindo que recolhessem o objeto com um rotom-drone no local indicado. Enquanto isso se propunha a descobrir como ganhar alguns pontos de felicidade com Golbat para evoluir e ficar foda como o da sensei Janine...

- Golbat, o que quer fazer? Gostaria que ficasse feliz.

Era uma pergunta aberta. Poderia ser uma batalha, uma massagem, qualquer coisa para que atingisse os 100 necessários para evolução.


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